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domingo, dezembro 31, 2006

Acidente de arquitecto Saraiva explica aumento da sinistralidade

Está explicada a razão pela qual aumentou a sinistralidade na época natalícia: o arquitecto José António Saraiva teve um acidente.

A odisseia é contada pelo próprio na sua Tabu, no número desta semana, isto é: depois da capa dos 7 Anões, já nomeada para o Prémio Gazeta das Caldas.

Tudo aconteceu quando o arquitecto regressava a casa, acompanhado pela sua secretária Carla Duarte, depois de um jantar de Natal na margem Sul onde a abundância de marisco e outras iguarias fez celebrar a primeira grande festa do Sol. Ter patrões banqueiros tem destas vantagens: é fartar e tirar a barriga de alguma contenção razoável quando os jantares de Natal no Expresso eram bem mais fugazes.

Adiante: o que aconteceu foi de uma rapidez imprevisível, tal como no dia em que o arquitecto adormeceu ao volante quando a seu lado o irmão lhe falava em tom sonolento.

Dois ucraniano montados num Uno vermelho – semelhante àquele que terá provocado o acidente com o Mercedes de Diana- chocou a alta velocidade com a Mercedes do arquitecto, homem calmo ao volante e que uma vez me confessou ter dado 140 na auto-estrada a caminho de Estremoz.

Óleo no chão, resistência a assinar a declaração amigável, acabou por trazer a polícia que tomou conta da ocorrência.
Tudo está bem quando acaba em bem: a Mercedes ainda arrancou depois de batida e a Carlinha chegou a tempo a casa de tratar da família.

Uma coisa é certa: este acidente alterou as estatísticas de acidentes na época de Natal e se não fosse mais esta confissão de um director de jornais, nós nunca perceberíamos porque virou caos o trânsito na capital.

sábado, dezembro 30, 2006

A vergonhosa morte de Saddam

A morte de Saddam Hussein é uma coisa horrível. Uma vergonha para a comunidade internacional, uma cobardia para a democracia.

A imagem do ex-ditador de Bagdad a caminhar para a forca amparado por embuçados é um quadro digno da Idade Média, quando a Inquisição lançava os mártires à fogueira.

Foi uma morte sem dignidade, sem dimensão, sem castigo. Foi uma morte fria, executada com uma precipitação e um espírito mesquinho de vingança.

Se no dia da invasão do Iraque a multidão em fúria tivesse assaltado o Palácio e morto o ditador, como aconteceu com Ceauscescu na Roménia, a morte do ditador teria tido uma dimensão trágica e histórica, simbólica, que esta morte de Sadam não teve.

Um tribunal fantoche, num regime fantoche, numa situação política dominada pelo Estados Unidos, onde Bush precisa à viva força de um mártir, de um rosto que possa simbolizar a vitória americana, mesmo que esta nunca o seja, não são condições muito sérias para matarem o ex-ditador.

Um regime que defende os direitos humanos, a democracia, que é contra a barbárie, a pena de morte, as armas químicas, a morte de inocentes, como pode afirmar-se com cenas medievais como esta?

Que exemplo dão ao Mundo as forças da coligação perante um espectáculo destes, degradante, indigno de políticos civilizados, pregadores da tolerância contra a intolerância do Islão?

Qual é a diferença entre este assassinato e os milhares de crimes cometidos pelos terroristas e pelos fanáticos da jiade?

A Europa devia ter vergonha e os democratas americanos deviam repensar o Mundo que estamos a construir, um tempo de intolerância que só pode levar a mais e mais violência.

Alentejo submerso


Manhã fria no Alentejo. Na aldeia algumas luzes de Natal, postas pela Junta da Freguesia, tornam a paisagem ainda mais triste. Há uma solidão latente neste Alentejo, um abandono que parece ao mesmo tempo uma revolta tranquila das gentes. Pode ruir tudo à volta que a aldeia consegue resistir a tudo. Passou pela dureza fascista, pela paranóia revolucionária, sobrevive à incompetência do bloco central, essa figura política que não foi capaz de levantar Portugal do chão.
Para fim de ano, e para sábado de manhã não está nada optimista esta análise.
Melhor ano virá.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

O melhor em fotografia do Whashington Post em 2006

O melhor do Whashington Post em 2006. Demolidor

Corpinho de Cicarelli chama à fome


A ex- Ronaldo, a escandalosa Cicarelli, está a ser espalhada em cartazes como este por todo o Brasil. O modelo vende saúde mas a polémica recente por causa das quatro jovens anorécticas mortas está a revoltar alguma opinião brasileira. Quer dizer: no Brasil podem-se matar uns aos outros ao tiroteio mas quando toca a corpinho magro...calma. Foto AP.

San Francisco e Los Angeles, por Luiz Carvalho

quarta-feira, dezembro 27, 2006

California 9 dias e meio, video de Luiz Carvalho

As melhores fotos do ano da TIME

Veja aqui as melhores fotos do ano 2006 da revista TIME.

Um pequeno esclarecimento

Há alguns leitores que ficam furibundos com pequenos erros ( por vezes grandes calinadas é certo) originados pela pressa em postar e com alguma falta de tempo para corrigir. A falta de um corrector de texto no Blogspot contribui para essas falhas.
Na verdade escrevo muito rápido, dou uma vista rápida de olhos e publico. Por exemplo só hoje reparei que a legenda da foto de ontem sobre a Nigéria não fazia sentido.
Peço desculpa aos meus leitores e vou passar a ser mais cuidadoso.
Obrigado pelos alertas que me mandam.

Floribela: afinal há outra


A outra Floribela, CLIQUE AQUI

terça-feira, dezembro 26, 2006

Os Top 20 nús famosos do cinema 2006


Os nús famosos do TOP 20 cinematográfco segundo "Vinte minutos".

Uma foto por dia

Imagem de uma rua em Lagos, Nigéria, depois da explosão do pipeline que originou centenas de mortos.

Onde está o oitavo anão? Ganda noia!

Há muito tempo que não me ria tanto como com a história solarenga dos 7 anões e o Natal. Hilariante no minimo.

Lá estava a Laurinda e o marido que acompanhei no seu casamento de Santo António e o David que fotografei também no palco da Cornucópia.
É evidente que é uma história sórdida.

Imagino como a Felícia e a Clara se divertiram, elas que têm juntas muitos quilómetros e léguas submarinas de trabalho, amizade e boa disposição. Gosto delas mas esta história atinge um patamar baixo (atendendo ao tema) como não me lembro de ver há muito tempo nos jornais.

Ser-se notícia porque se é alto, baixo, gordo, ou coisa assim, é estranho, muito estranho, mesmo para um jornal descomplexado, sem tábus, mordernaço, está-se bem meu, intão pessoal, ya mano...

Eu fazia já um Natal das 7 matulonas, um ano novo da Branca de Neve, um Carnaval dos cornudos anónimos ou uma Páscoa dos corcundas.

Se a moda pega não vão faltar temas aliciantes nos nossos semanários.
Os cineastas tísicos, os músicos gordos, as fadistas de bigode, os fotógrafos zarolhos, os pintores de pé, as actrizes surdas, os futebolistas sem bolas ou os políticos anões.

Ah!! É isso. Quem era o oitavo anão? Descubram.

Sónia Braga escaldante em Sexo e a cidade

I feel good

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Viva James Brown

Morreu James Brown. Viva o mestre ouça-o aqui:

Pai natal vive, Sócrates ressuscitou!


A invenção dos portugueses, que é este Primeiro absoluto aqui está no seu melhor.

Nem no Natal nos deixa em paz. A demagogia e a mentira brilham como estrelas no céu num Natal de esferovite, luz a mais, espectáculo a mais, política a menos e marketing a sobrar com música de elevador.

Engenheiro gostava de o ver responder a estas e outras perguntas. Mas a isso você foge com a habitual ferocidade histérica.

O PIB está a subir?
Portugal está em que lugar da cauda da Europa ?
Quanto reduzimos efectivamente na despesa pública ?
Planos de grandes investimentos produtivos para o futuro?
Que estratégia para novos e profícuos mercados ?
Como vai a educação?
A segurança?
A Justiça?
A liberdade de imprensa?
Quanto custam as nossas forças armadas?
Quantos estudantes terminam a licenciatura?
Estas licenciaturas linkam com o mercado de trabalho?
Quanto custa estudar?
Quanto custa comprar casa?
E o mercado de aluguer de casa é europeu?
O IMI é razoável para quem comprou casa com salário?
O sistema de descontos para a segurança social, sem tecto, é digno de uma sociedade de mercado?
Por que é tão cara a gasolina em Portugal?
Para onde vão os lucros da GALP?
E da banca?
E da BRISA?
E a EDP podia vender mais barata a energia à indústria?
A liberalização vai ou não vai aumentar ainda mais a electricidade para os lares?
O IVA é competitivo com Espanha?
Porque é tão cara a internet em Portugal?
Porque se despreza a cultura digital nas escolas?
Porque pagamos as chamadas mais caras da Europa?
Porque pagamos scuts e a Espanha não?
A Irlanda tem TGV?
A Irlanda tem aeroportos faraónicos?
A RTP é uma vaca sagrada?
Porque pagamos a RTP2, Àfrica, Açores, Madeira.
Porque pagamos uma taxa de tv e rádio escondida na factura da electricidade?
Onde anda o dinheiro (2%) da publicidade para o audio-visual?
Há filas de espera, porque não vai haver para os abortos?
Quantos funcionários públicos meteu o ex-primeiro Cavaco nos quadros do Estado?
Quem criou o actual sistema retributivo da Função Pública?
Quem são os pais do monstro?


Senhoras e senhores meninos e meninas José Sócrates Cardinalli responde:

«em 2006 as coisas começaram finalmente a melhorar»

«Melhorou a confiança - nos consumidores e nos empresários. Melhorou a economia - com previsões de crescimento económico acima de todas as expectativas. Melhoraram as nossas exportações - as empresas portuguesas estão a vender mais e melhor no mercado global»,

«De Setembro de 2005 a Setembro de 2006, a economia portuguesa foi capaz de criar 57 mil novos empregos»

«pôr as contas públicas em ordem».

«Com isso estamos a recuperar a credibilidade do país nos mercados internacionais, e a confiança dos portugueses num Estado que deve ter as contas equi libradas. Passo a passo a economia está a recuperar. Passo a passo os resultados começam a surgir»
«Sei que o Governo está a pedir a todos um esforço maior, mas os portugueses sabem bem que nenhum país progride sem um esforço maior de todos os seus cidadãos. Não há alternativa ao trabalho árduo»,
«mais desfavorecidos da no ssa sociedade: os mais pobres, os doentes, aqueles que estão sós e que precisam de todo o nosso afecto e de todo o nosso espírito de entreajuda».
«Quero dirigir-me em particular aos idosos com menos recursos porque são esses que verdadeiramente mais precisam da nossa solidariedade. O Governo continuará a fazer tudo o que está ao seu alcance para lhes dar condições para uma vida digna livre da pobreza como não pode deixar de ser numa sociedade que se quer respeitar a si própria e que tem a ambição de ser mais justa»
«que procuram em Portugal uma vida melhor e que assim contribuem para o progresso do nosso país».
«É com gosto que vos acolhemos no nosso país e neste tempo gostaríamos que se sentissem em vossa casa»
«Com a sua acção tanto têm contribuído para a afirmação de Portugal no contexto internacional. Em nome de todos os portugueses dirijo-lhes uma mensagem de apreço pelo seu trabalho que a todos nos dignifica»

Marcelo Caetano era mais sério nas suas conversas em família


Votaram nele. Aturem-no.

As imagens e os sons de 2006


As imagens e os sons ( é a multimédia estúpido!) de 2006 do CLIQUE AQUI PARA VER

As novas revelações sobre o rosto judaico de Jesus



Com a devida vénia a António Marujo do Público:

Jesus tem um rosto judaico: profeta, rabi, perseguido como muitos outros. Os estudos mais recentes tentam desvendar esse aspecto até agora oculto do Nazareno. Mas permanece um mistério maior: o das razões da morte como um excluído, que torna esse momento "fundacional" para a identidade cristã.

O profetismo judaico é uma chave essencial para compreender Jesus. Cada vez mais, a investigação histórica e bíblica coincidem em que é necessário redescobrir a cultura e a geografia religiosa de Jesus Cristo para se poder entender Jesus em toda a sua verdadeira dimensão. Mas essa tarefa esbarra na escassez de elementos históricos que existem, quer de fontes cristãs quer judaicas.

"A chave mais importante para se entender Jesus é o contexto judaico" em que viveu, dizia o biblista José Tolentino Mendonça no primeiro dos Diálogos sobre Jesus, promovidos pelo Centro de Reflexão Cristã, em Lisboa, entre Novembro e Dezembro. A propósito do tema Jesus, Judeu da Palestina, Tolentino Mendonça acrescentava: "Dizer que Jesus é um judeu da Palestina é dizer o óbvio; não é um judeu da diáspora, mas um judeu palestinense."

Actualmente, existe uma "enorme biblioteca em torno de Jesus, judeu da Palestina". De tal modo que se fala, entre os exegetas bíblicos, da third quest, ou terceira vaga de estudos, que gira em torno do Jesus judaico. Mesmo se não abundam as fontes, historiadores, arqueólogos, sociólogos e exegetas têm-se debruçado sobre aspectos múltiplos do retrato de Jesus.

Também sobre o judaísmo contemporâneo de Jesus não abundam as fontes: "Há muitos elementos sobre o judaísmo reconstruído da Academia de Jâmnia, mas não sobre o judaísmo do tempo de Jesus". O mesmo fenómeno, nota o biblista, dá-se com outros textos da cultura ocidental, como a Odisseia e outros clássicos - as versões mais antigas que existem são medievais).

"Não há razão para os historiadores do tempo falarem" de Jesus, dizia Alain Hayat, reitor da Sinagoga de Lisboa, no primeiro dos Diálogos. Para este responsável judaico, "Jesus ganha pertinência depois da morte".

A exegese bíblica adopta, por isso, o critério da plausibilidade, da tentativa de perceber, no cruzamento de fontes e interpretações, o que pode fazer sentido ou não. Mesmo assim, Jesus permanece "inacessível", diz Tolentino Mendonça. À imagem do Noli me tangere (Não me detenhas), a cena após a ressurreição tantas vezes pintada ao longo dos séculos, Jesus escapa-se mesmo ao entendimento dos mais próximos.

É através do critério da plausibilidade que surge o argumento da autoridade de Jesus: esta vem "pela meditação que se faz da figura de Jesus e acaba por se fundamentar na reivindicação, não explícita, que Jesus faz de ser filho de Deus".

A fractura do messianismo
entre cristãos e judeus
Apesar da fé judaica em que Jesus cresce e vive, o tema hoje "mais polémico e fracturante entre judaísmo e cristianismo é o messianismo de Jesus", comentava João Lourenço, frade franciscano e também investigador da Bíblia. No seminário As Bibliotecas de Deus, que está a decorrer na Universidade Católica até Janeiro (ver texto nesta página), este especialista na Bíblia citava um dos pormenores do conflito inicial entre judeus e cristãos, no final do primeiro século: após a assembleia de Jâmnia, que reformou o judaísmo após a destruição do Templo de Jerusalém no ano 70, uma das bênçãos judaicas que se acrescentou foi a de que quem confessasse o messianismo de Jesus não poderia entrar nas sinagogas.

De tal modo esse tema é central e máximo divisor comum entre cristãos e judeus que o então cardeal Joseph Ratzinger estabelecia, em 1997, uma relação entre a espera judaica do Messias e a espera cristã na segunda vinda de Jesus. Afirmava o actual Papa na Academia das Ciências Morais e Políticas de Paris: [Na fé de Israel, são essenciais a Torá e, por outro lado] o olhar de esperança, a espera do Messias - a espera, isto é, a certeza de que o próprio Deus entrará nesta história e realizará a justiça, à qual apenas podemos avizinhar-nos de formas muito imperfeitas. Também a Igreja "espera" o Messias, que já conhece e à qual, antes de mais, ele manifestará a sua glória.

Para fazer a aproximação ao judaísmo do tempo de Jesus, refere Tolentino Mendonça, é preciso entender a pluralidade religiosa da época. Havia "um judaísmo em crise, não unitário" nem "monolítico". Basta pensar nos grupos que existiam e correspondiam a diferentes perspectivas do judaísmo. Entre os principais, estavam os saduceus, "abertos a compromissos com os romanos para conservar privilégios", os fariseus que faziam a lei e defendiam um "nacionalismo forte" e os essénios de Qumran, que viviam "à margem" e tinham uma "concepção mística da vida".

Na sua relação com o corpo social e religioso envolvente, a perseguição que Jesus sofre também "não é inédita". Era "comum" os profetas judeus serem perseguidos e acabarem mal. Mas a sua morte como um excluído torna esse momento "fundacional" para a identidade cristã, na opinião de alguns dos mais importantes autores da última vaga - E.P. Sanders, John Dominic Crossan, John Meier e Geza Vermes. Esse será mesmo o mote para a teologia de Paulo: o importante é a morte de Jesus na cruz. E será um aspecto fundamental na construção da identidade cristã.

Pai Natal de 30 metros em areia

Trinta metros de Pai Natal na areia de Puri, em Orissa, ìndia.

Natal encantado

Pai Natal radical

Este Pai Natal chama-se Michael Pless é instrutor de Surf na Califórnia e passa as festas em Seal Beach, California.

domingo, dezembro 24, 2006

FELIZ NATAL

Uma foto por dia

Foto de Dennis Stock/ Magnum

quinta-feira, dezembro 21, 2006

O que custa em Portugal é saber viver

Entrámos na semana da paz e da concórdia. Logo vou acabar aqui com polémicas e criticas.

Durante duas semanas vou tentar (tentar) só dizer bem.
Um amigo meu muito cínico dizia-me há anos que a melhor maneira de destruir o inimigo é elogiá-lo. Deve ter razão já que é um homem de sucesso, só que tem a vida destroçada por uma tristeza latente e profunda, uma mágoa contida, enfim: uma vitória para nada.

Como não sou cínico tenho dificuldade em disfarçar sentimentos o que me torna muitas vezes interessante (a falta de modéstia é própria de arquitontos) mas prejudica-me a maior parte das vezes.Portanto: estou tramado sem poder dizer mal de alguém.

Nem da polícia. Vejam lá: mandaram-me parar há pouco numa operação stop aqui em Oeiras e não me multaram apesar de não trazer o papel da carta verde. O Range está zarolho e eles nem viram.

Aqui a minha cultura de esquerda funciona. Os polícias são filhos do povo, estão ali ao frio como os repórteres, não há nada como um cumprimento bem aberto:" Boa noite senhor guarda! Isto hoje está mau, está briol. Quer os documentos? É já a seguir." Pode deixar-se cair de seguida: " Era por aqui que morava aquele sacana do Coelho que foi Ministro da Administração Interna e vos lixou os aumentos.

E a despropósito: O Isaltas é que sabe: a amante tramou-o mas ele não brinca em serviço. Por acaso o amigo não me sabe dizer o resultado do Benfica?". Está tudo em ordem? Boa noite e Bom Natal senhor guarda.

Ligo o pisca para a esquerda, ponho os faróis em mínimos para não se topar o médio fundido, acelero lentamente, e ainda aceno ao bófia.

O que custa é saber viver em Portugal.Na Califórnia tinham-me dado voz de prisão, vasculhavam-me a camioneta, perguntavam se pertencia ao sindicato... mas com uma condição prévia: tinha que ter feito qualquer manobra proibida.

No estados Unidos jamais um cidadão é incomodado na rua se o seu comportamento for normal.

A Caixa que Salazar estimava

Ainda sobre o assalto de Sócrates à Caixa dos Jornalistas.

É evidente que os jornalistas vão pagar aquilo que andaram a semear durante anos.
Isto é: aquela ideia peregrina de que o jornalismo é uma actividade militante, de que o jornalista tem de ser de esquerda, engagé, activista de causas, etc, etc, que tanto sucesso teve nos anos setenta, e que trouxe muitos revolucionários falhados para a profissão, acabou por criar o estigma de que os jornalistas tinham de ser pobres, mal pagos, quinto poder, por aí fora. Já sabemos disto.

A verdade é que o Mundo mudou, os burros mudaram e a militância no jornalismo à Padeira de Aljubarrota tipo Diana Andringa ( vejam no que ela deu: numa militante BE a fazer jornalismo) deu tristes resultados e desacreditou a profissão.

O Sindicato dos Jornalistas que enveredou por esse caminho a guinar à esquerda, perdeu credibilidade e capacidade negocial.

À falta de uma Ordem dos Jornalistas ficou um sindicato que agora vem defender uma coisa que os seus camaradas em 75 aniquilaram com a estatização da sua Caixa .O camarada Sócrates acaba de dar a estocada final. Temos um governante de coragem!!! ( a coisa pegou e não descola).


Há sub-sistemas ? E qual é o problema ? Não há vários escalões de rendimentos?
Se querem igualitarismo porque não foram para a Albânia ?
Esses sub-sistemas custam ou não ao Estado ? Isso é que devia ser discutido.
O dos jornalistas não custava, Mas... podia dar mais ainda para o Estado comilão, àvido de dinheiro de quem trabalha.
A Caixa dos Jornalistas DAVA ao Estado, não tirava.
A Caixa dos Jornalistas era PRIVADA no tempo de quem ? De Salazar.

É o furacão( depois do Furão) contra a classe média.
Para Sócrates,os advogados não são sérios, a banca suspeita, as televisões privadas concorrentes desleais da RTP,os pilotos calões, os arquitectos tontos, os engenheiros bons primeiros-ministros ( helás !!) os professores de economia excelentes presidentes da República (bravo!),os empresários malandros que fogem ao fisco, os homens do futebol corruptos, os artistas bons para o desemprego, a arte boa para comprar a comendadores por atacado, os bons países são os que têm grandes aeroportos, progresso é TGV, educação é balda, os professores calinas, os médicos negociantes, as forças armadas boas para brincar aos heróis no estrangeiro, a GNR um taxímetro para facturar na estrada,
os quadros dispensáveis, os jovens bons e baratos, os carros o mal do mundo, a ecologia uma bandeira que pode dar dinheiro.

Podia continuar e é um exercício curioso.
Não conheço UM português que tenha beneficiado com UMA medida deste governo.
Talvez Joe Berardo. ( Haja Deus!)
Nem o PIB cresce, nem o emprego aumenta, nem a gente almoça um destes dias. Detesto choradinhos mas este país está uma treta total.
Deprimente, triste, mesquinho, sem ambição.
Este governo não tem um projecto, nem sonho.
É fuínha, não vê ao longe e ao perto precisa de óculos.


Se Sócrates é português, EU QUERO SER ESPANHOL !!!!
Almada não diria melhor.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Para acabar de vez com o Natal


Claro que o Natal me comove. As prendas, as crianças e as luzes, a neve, a aldeia da minha infância, a surpresa no sapatinho, as férias, a magia toda.

Como os descapotáveis, os cães e outros animais de estimação, tudo isso é lindo nos filmes.
Na real, na vida, torna-se menos poético. Diria mesmo: muitas vezes penoso.

Ser obrigado a comprar prendas, a adivinhar gostos e desejos e a ter de pagar por coisas inúteis, confesso que me irrita. Pior do que o Natal para esbanjar dinheiro só aquele que temos de pagar aos fiscais dos impostos.

Claro que na noite de Natal na hora de abrir prendas a alegria instala-se e acabo por me arrepender por ser tão frio com a quadra.
Por vezes temos de disfarçar o que nos vai na alma pois os tempos puxam para a pieguice.

Sócrates rouba Caixa dos Jornalistas

O governo quer integrar a Caixa dos Jornalistas no sistema geral. O Sindicato dos Jornalistas, tarde e a más horas ( há muito que se falava nesta medida e até Cavaco já o tinha ameaçado enquanto 1º ministro) vai tentar uma providência cautelar para o evitar. Duvido da eficácia, oxalá consiga,

Rápidamente:

1- A Caixa dos Jornalistas existe desde os anos 40. Nunca dependeu de dinheiros do Estado, sempre teve, e tem, dinheiro extra.
2. Foi graças à fúria comunista que deixou em 75 de ser privada para ser estatal.
3. Agora estatal tiram aos jornalistas todos os direitos adquiridos.

É mais um alibi para o Estado sacar dinheiro para cobrir um deficit que não baixa por falta de coragem política e evidente incompetência.

É mais uma medida demagógica e igualitária do socialismo-neo-liberal de Sócrates. Não tira aos ricos para dar aos pobres, apenas tira aos menos pobres para ficarmos todos mais pobres.

Não votaram nele ? Não votaram no Cavaco ? Aguentem e não chorem. Têm o que merecem.

terça-feira, dezembro 19, 2006

YOU TUBE cresce em Portugal

O Youtube foi o domínio que mais cresceu em número de utilizadores únicos em Novembro, segundo os dados da Marktest. Num mês em que o número de portugueses a navegar na Internet a partir de casa diminuiu em 3,6 por cento, o Youtube aumentou em 10,6% o número de utilizadores únicos.
«Em Novembro, 2.439 mil portugueses com 4 e mais anos navegaram em suas casas na Internet, o que representou um decréscimo de 3,6% relativamente ao mês anterior», de acordo com os dados da Marktest.

Em sentido contrário seguiu o domínio do Youtube que registou o maior aumento mensal em número de utilizadores únicos, com um acréscimo de 10,6% para os 1.846 mil, situando-se na oitava posição dos domínios mais visitados.

O domínio google manteve a liderança, com 1.928 mil indivíduos, seguido do sapo.pt, com 1.846 mil utilizadores únicos e do msn.com, com 1.795 mil utilizadores únicos, segundo a Marktest.

«Downloads» no telemóvel disparam
De acordo com os mesmos dados o número de portugueses com 10 e mais anos a fazer «downloads» através do telemóvel ascende a 766 mil.

O estudo revela ainda que 60% dos indivíduos que usa estes serviços têm menos de 65 anos.

«A utilização do serviço de «downloads» atinge valores superiores junto dos homens ¿ 11,8% dos que possuem telemóvel afirmam fazer «downloads» diversos, face aos 8,8% de mulheres nas mesmas condições», segundo a Marktest.

Madaíl confia em "Mize-Tung"

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) disse hoje esperar que a nomeação de Maria José Morgado ( Mize-Tung como era conhecida no tempo em que militava no MRPP) para coordenar a investigação do Apito Dourado sirva para acelerar um processo que "tem sido doloroso".

Para Gilberto Madaíl "este processo tem sido doloroso", sobretudo, para aqueles que "não têm nada a ver com isto", portanto, "para bem do futebol português e da sua credibilidade, era bom que fosse resolvido o mais depressa possível".

"Se a indicação da procuradora Maria José Morgado é para acelerar o processo, ficamos muito contentes. Para que as coisas possam regressar a uma situação normal", referiu o líder federativo.

Em relação ao facto de na lista que apresentou às eleições da FPF estarem alguns arguidos do processo Apito Dourado, Gilberto Madaíl lembrou que "isto não se passou apenas na Federação", recordando as eleições da Liga de Clubes.


Questionado sobre a denúncia feita no livro de Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, sobre os festejos do presidente do FC Porto após a vitória da Grécia sobre Portugal na final do Euro2004, Madaíl disse não acreditar no relato.


Já Luiz Felipe Scolari, afirmou que "há portugueses que torcem por uma coisa e outros que torcem por outra", mas não se mostrou "preocupado com isso".

Henri Cartier-Bresson, The Impassioned eye

Cavaco pode ter arma sem saber disparar

Os requisitos para a obtenção de licença de uso e porte de arma, que entraram hoje em vigor, não são para todos. A nova lei mantém a facilidade de alguns no acesso às armas. É o caso do Presidente da República, dos membros do Governo, deputados, magistrados e governadores civis. Até o Provedor de Justiça pode andar armado sem saber disparar.

A nova lei das armas obriga a aprovação num curso de formação àqueles que quiserem ter uma arma ou a todos os portadores que queiram renovar a licença. No entanto, os detentores da licença especial não precisam de aprender a disparar, ou fazer prova de que sabem, basta fazerem o registo.

As armas que os altos cargos do Estado podem utilizar são as mesmas que as Forças de Segurança. Ou seja, a de 7.65 mm e a de 9 mm. O cidadão comum só pode adquirir armas até ao calibre 6.35 mm./ Portugal Diário


BBC entrevista suspeito de matar 5 prostitutas

A BBC justificou hoje a decisão de difundir uma entrevista ao primeiro suspeito do assassínio de cinco prostitutas em Ipswich (Leste de Inglaterra), considerando que a mesma não prejudica os seus direitos.

O director adjunto da BBC News, Adrian Van Klaveren, explicou ter tido de avaliar se a difusão da entrevista, que identifica claramente o suspeito, poderia prejudicar os direitos do suspeito no caso de uma eventual acção judicial e ter decidido que «não era o caso».

A entrevista ao homem de 37 anos foi feita no passado dia 12, mas não tinha sido difundida inicialmente, pois Tom Stephens, identificado hoje em todos os media britânicos, aparentemente não o desejaria.

O homem, que se apresentou como um amigo das prostitutas, foi interrogado para recolher elementos de «contexto», segundo a BBC.

No entanto, após a sua detenção a empresa audiovisual britânica difundiu a entrevista nos seus programas de informação e deu também uma cópia à polícia.

Esta decisão foi criticada por vários advogados especialistas dos media, considerando que ela poderia prejudicar o direito do suspeito a beneficiar de um processo imparcial, se eventualmente fosse acusado.

Van Klaveren considerou, por seu turno, que é do «interesse público» conhecer as declarações do suspeito. «Tivemos de pensar nas questões éticas. A conversa realizou-se numa base diferente» e «considerámos que estas circunstâncias extraordinárias e muito raras o justificavam», explicou.

Tom Stephens deu duas entrevistas antes de ser detido segunda-feira, à BBC e ao Sunday Mirror. Apresentou-se como um «amigo» e protector das cinco prostitutas mortas. Admitiu «não ter álibis», mas declarou-se inocente. à BBC declarou: «Cinco corpos, receio que haja mais».

A detenção do primeiro suspeito foi hoje prolongada 36 horas, anunciou a polícia.

A polícia tinha até às 19:30 de hoje para pedir ou não o prolongamento da detenção, que tem de ser ordenada por magistrados. O suspeito, que até meio do dia de hoje não tinha sido acusado, pode assim continuar a ser interrogado até quinta-feira de manhã.

Os corpos de Tania Nicol, 19 anos, Gemma Adams, 25, Anneli Alderton, 24, Paula Clennell, 24, e Annette Nichols, 29, foram encontrados entre 02 e 12 de Dezembro, perto de Ipswich, uma cidade de 140.000 habitantes situada a 140 quilómetros a Leste de Londres.

A polícia britânica anunciou hoje a detenção de um segundo suspeito, um homem de 48 anos, no âmbito do inquérito ao assassínio de cinco prostitutas em Ipswich.



Entretanto um segundo suspeito foi preso

Portugal feliz e contente

Os portugueses fervem em pouca àgua. Gostam de se iludir com faits-divers. Uma realidade que todos aceitam como destino: o nosso PIB diminui, o nosso atraso é irrecuperável a curto e médio prazo, a europa está cada vez mais longe.

Ninguém tem culpa.

Cavaco que foi 10 anos primeiro- ministro não tem culpa. Guterres ficou com muita má fama. Os que lhe seguiram estão imunes. Não há responsáveis. Somos o país europeu com os políticos mais incompetentes. Ninguém sai mal deste retrato.

Agora andamos entusiamados com as operações Furacão e Apito Dourado. Finalmente justiça!

A Operação Furacão está a põr em cheque empresas e bancos que podem estar inocentes e estar a criar condições para o enfraquecimento ainda maior do tecido empresarial.
O Apito Dourado pode ser muito moralizador, por causa de uns golos ou de uns penalties a mais ou a menos, um fruta a mais ou a menos. O país não vive dessas palhaçadas.

Aquilo que devia ser positivo: mais investimento, mais empenho, mais profissionalismo, mais trabalho, está em baixo. Portugal deve ser o único país europeu onde estas chalaças ganham popularidade, daí o nosso atraso crónico.

Sócrates dá borla aos funcionários públicos


Crise ? Qual crise ! Sócrates até dá borlas aos funcionários ! Ou será para poupar nos telefones e no papel higiénico ?

Governo concedeu tolerância de ponto aos funcionários públicos no próximo dia 26, em virtude do período natalício, refere um despacho do primeiro-ministro.

"Considerando que é tradicional a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência no período natalício, tendo em vista a realização de reuniões familiares", mas também "a prática que tem sido seguida ao longo dos anos", determina-se a tolerância de ponto "aos funcionários e agentes do Estado, dos institutos públicos e dos serviços desconcentrados da administração central", refere o documento, citado pela Lusa

No entanto, são exceptuados da tolerância de ponto "os serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período em termos a definir pelo membro do Governo competente".Para os casos de trabalhadores que tiverem de comparecer no próximo dia 26, o despacho do primeiro-ministro adianta ainda que, "sem prejuízo da continuidade e qualidade do serviço a prestar, os dirigentes máximos dos serviços e organismos" (...) "promoverão equivalente dispensa do dever de assiduidade aos respectivos funcionários e agentes em dia ou dias a fixar oportunamente".

Amante profissional cita Fatal

Ser citado pelo «Amante profissional» é sempre um gosto.

Paula Lee é uma bloguista de grande qualidade e a forma como ela está na vida e na profissão exemplares. Paula escreve com convicção e trabalha com paixão. Qualidades cada vez mais raras nos dias que correm.

A morte dos jornais

Recupero aqui o excelente artigo de Nicholas von Hoffman sobre a morte dos jornais

Hope for haters of "the media" of whatever stripe or flavor! Judging from recent events, they may not have much media to kick around any more. Things are definitely on the droop in news-media land.
One reason morale is down is reportorial work is getting exceedingly dangerous. In recent weeks Anna Politkovskaya, an investigative journalist, was murdered in Moscow; so far this year in Iraq twenty-six journalists have been killed; and just the other day, according to the Associated Press, "Misael Tamayo Hernandez, editor of El Despertar de la Costa, was found nearly naked, with his hands tied behind his back, in a room of the Venus Motel on a highway, Zihuatanejo police officials said." Incidents like that can put a chill on recruiting at the J-school job fair.
While foreign journalists are losing their lives, journalists in America are losing their jobs. The Christian Science Monitor reports that "daily newspapers in New York, Boston, Houston, St. Louis, Philadelphia, San Francisco, and elsewhere are laying off or buying out hundreds of newsroom employees, as well as other workers." And talk about covering your own funeral: The Monitor added that "last summer, The Christian Science Monitor cut newsroom jobs, too." Those cities do not begin to exhaust the list of places where reporters and editors are being let go.


While reporters are not yet as scarce as hen's teeth, there are far fewer of them than there used to be. Here is an instance brought to us by the Project for Excellence in Journalism, one of those high-toned outfits that studies the state of things and issues reports: "There are roughly half as many reporters covering metropolitan Philadelphia, for instance, as in 1980. The number of newspaper reporters there has fallen from 500 to 220. The pattern at the suburban papers around the city has been similar, though not as extreme. The local TV stations, with the exception of Fox, have cut back on traditional news coverage. The five AM radio stations that used to cover news have been reduced to two. As recently as 1990, the Philadelphia Inquirer had 46 reporters covering the city. Today it has 24."
The cause of mass reporter firings are varied, but the biggest is long-term loss of circulation, sometimes slowly and sometimes shockingly quick. "Average daily circulation dropped by 2.8 percent during the six-month period ended Sept. 30, compared with the period last year, according to an industry analysis of data released by the Audit Bureau of Circulations. Circulation for Sunday papers fell by 3.4 percent," wrote the New York Times. If the readers continue to disappear at this rate into the Internet or die off or opt out of word communication for pictures and music, the advertisers are going to do the same.
As readers evaporate, so do advertisers and, although American newspapers continue to be more profitable than most businesses, there is panic over what the future holds in store. Investors, fixated on what they think is going to happen, have pushed down the price of newspaper stocks. The fall in the price is driving the remaining newspaper stockholders nuts.
American corporate managers are schooled to do one thing and one thing only under stress--lay people off. Here and there around the country editors have been resisting. They have been tussling with their own managements, insisting that there comes a point when laying off staff hurts the quality of the product.
One such drama has been playing out at the Los Angeles Times, where over the past couple of years two top editors have been shown the door for refusal to lop heads. The Times is owned by the Tribune, a Chicago-based corporation that owns dozens of newspapers, TV stations, Internet sites and even a Major League Baseball team. It makes money, pots of it, but not enough to keep the price of its stock where its owners would like it to be.
Since the major shareholders are interested in money, not product quality, they are willing to sell the company or, if they can make more money another way, to split it up and sell it off piece by piece. That is what was done earlier this year with the Knight-Ridder newspaper chain. K-R, a quality outfit with a special ethos, is now in pieces under various owners with various ideas of what a good newspaper is supposed to be.
If the Tribune corporation is broken up, God knows who will end up owning its papers. Rumor has it that billionaire entertainment wheeler-dealer David Geffen and real estate developer Eli Broad may team up to buy the LA Times.
So who needs newspapers anyhow? We have the Internet. Other than the websites supported by newspapers, the Internet is devoid of reporters. The Internet operations do not pay people to go out and gather accurate information. Thus we are bumping up against a contradictory situation. Thanks to the Internet, the iPod and so forth, we have more media outlets than ever before--but fewer reporters.
When the last reporter is laid off, we can subsist on rumor, speculation and gossip. These three are usually more interesting than the facts, but do you want to bet your life and livelihood on them?
Well, there is always what they call citizen journalism. That means, if you see something, take a picture of it with your cellphone and call in. It's not exactly New York Times reliability, but it's open-source, and they tell us that is terrific stuff. You know about Wikipedia. So why not wiki-wacky news?

Euroridículo

Sérgio de Andrade, Jornalista

Tenho por certo que o presidente da Assembleia da República, como bom socialista, é adepto fervoroso da adesão de Portugal à União Europeia.

Por conseguinte, tenho por certo que respeita todas as suas instituições, nomeadamente os membros do Parlamento Europeu. Assim, o que se passou recentemente, e que a meu ver não teve nos media o devido relevo, não passará senão de um mal- -entendido.

Não foi por o dr. Jaime Gama querer desconsiderar os eurodeputados em geral, e aqueles que investigam certos voos da CIA em particular. E muito menos por a comissão europeia que visitou Portugal ser presidida por um social-democrata.

Impensável por parte do dr. Jaime Gama, genuíno democrata que é!Mas a verdade é que a Comissão Europeia de Inquérito aos voos da CIA que veio a Lisboa apurar do nosso envolvimento, ou não, em actividades que o Parlamento Europeu, pelos vistos, considera condenáveis deve ter levado de nós, portugueses, e do deputado n.º 1 nacional, isto é, o presidente da AR, uma ideia bastante triste.

Com efeito, ao chegar à AR, a sala do Senado, onde a comissão deveria reunir-se com os deputados portugueses, estava fechada. Seguiu-se uma cena digna de uma ópera cómica, com os líderes partidários a procurar descalçar a bota.

O BE emprestava uma sala, o PC precisava do aval de Bernardino Soares, o PS ficava à espera dos eurodeputados na sua sala, o PSD recebia-os numa sala sua, depois levava-os à sala do PS - enfim, uma coisa de um ridículo atroz.Consta que a "peixeirada" só foi possível porque o dr. Jaime Gama não havia sido previamente avisado - e amuou.

Mas a explicação é capaz de não ser assim tão simples. A verdade é que a comissão tem encontrado, em muitos países da chamada União Europeia, forte resistência à sua actividade. Esses países parece seguirem o princípio de que "o que é bom para os Estados Unidos é bom para nós, europeus".

Portanto, há que travar os ímpetos dos incómodos eurodeputados que querem saber mais do que é conveniente. Mas a mim o que me choca mais é que, para mostrar o seu desagrado quanto aos objectivos da comissão, Portugal se tenha servido daquele expediente de fechar a porta do Senado.

O que esperar, porém, de um país que já bateu o recorde do ridículo ao mandar uma corveta apontar os canhões ao "barco do aborto" vindo do seu parceiro Países Baixos?!

A deprimente televisão portuguesa

Ficar em casa, só mesmo obrigado.

E com a gripalhada tive mesmo de faltar à entrega do prémio EPSON em Madrid para o qual tinha sido convidado pela simpática Filipa Coelho, relações públicas da EPSON Portugal.

Ainda por cima deixar de ir a Madrid por causa de uma estúpida gripe...

Ficar em casa acaba por me chamar a atenção para a televisão. Mesmo de relance não posso deixar de notar que os telejornais são todos iguais, só mudam no alinhamento. De resto, o estilo, o conteúdo, a duração, é mais do mesmo. As televisões anulam-se umas às outras, imitando-se, sem um rasgo de criatividade, nem arrojo. Estão a gerir as miseráveis audiências e não arriscam mudar.

Esta atitude acabará por levar ao suicídio. Tudo irá mudar com a televisão digital terrestre e esta forma de programar em televisão será atirada para as calendas.

Os temas dos telejornais são deprimentes. Por exemplo, a SIC põe um tom de desgraça em tudo. Para falar do Natal vai buscar pobres na rua, desgraçados sem tecto. É um choradinho pegado. Aquela tagarelice da crise, tipo: " a crise aí está e os comerciantes não vendem.." é um tique permanente.

Estar doente é uma seca mas assim se vê como aqueles que têm de ficar em casa sofrem e vêem a dor aumentada com esta televisão triste e deprimente com laivos de alegria sórdida como são os felinianos programas da manhã.
Amén.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Maldita gripe

A gripe atacou e fiquei retido em casa, a dormir. Vamos ver se a crise passa e o Natal acontece.

Vídeo polémico de talibans

Talibans difundem vídeo de ataque às forças internacionais e mostram como fabricam uma bomba artesanal

Polícia insiste em direito à greve

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) vai entregar amanhã, na Assembleia da República, uma petição pública para exigir o direito à greve, que recolheu cinco mil assinaturas.

"Podíamos ter recolhido mais assinaturas, mas terminámos essa recolha quando já tínhamos mais do que o número suficiente para que a petição seja aceite", disse o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues.

A lei não consagra o direito à greve aos profissionais da PSP e da GNR e o actual Governo já disse que não pretende tomar qualquer iniciativa para alterar a lei.

"O que leva a ASPP a exigir o direito à greve é o facto de, quando foi aprovada a Lei 14/2002, de 19 de Fevereiro [Lei Sindical da PSP], o Governo de então, por coincidência também socialista, ter-se comprometido a cumprir a lei na sua plenitude, no que diz respeito, também, à negociação séria, como forma de serem encontradas soluções que respondam aos problemas dos polícias", refere a organização sindical em comunicado.

No entanto, segundo a estrutura, o Ministério da Administração Interna "tem imposto, constantemente, a sua vontade, desvalorizando as propostas sérias e devidamente fundamentadas apresentadas pela ASPP", dando como exemplo um "caderno reivindicativo" entregue no mês passado na tutela, que foi desvalorizado, "já que nenhum responsável do ministério mostrou disponibilidade para receber da ASPP o respectivo documento".

Associação diz que a tutela não querer melhorar a PSP

Para a ASPP, o ministério "denota uma clara falta de vontade para melhorar a PSP e a qualidade de vida de todos os profissionais que, diariamente, envergam o emblema da instituição com brio, apesar das fracas condições de que dispõem".

Entre outras exigências, a ASPP reclama que o ministério aumente o efectivo da PSP — actualmente com perto de 22 mil profissionais — em mais quatro mil elementos.

O documento propõe ainda uma actualização de vencimentos de cinco por cento para 2007 para os polícias e a abertura de concursos, com o objectivo de "promover todos os profissionais com promoções em atraso desde Março de 2004".

A ASPP exige, igualmente, a "discussão e aprovação urgente" do novo Estatuto de Pessoal da PSP, que deve garantir, nomeadamente, a "atribuição do subsídio de risco".

Além de reivindicar a regulamentação e implementação de um horário de trabalho de 35 horas semanais para todos os profissionais da PSP, a associação exige o pagamento das horas extraordinárias.

Quanto a instalações, a ASPP reclama "locais dignos em matéria de higiene e salubridade" e preparados para a função policial, bem como "uniformes funcionais", "armamento moderno", a renovação do parque automóvel e melhores comunicações.

A ASPP diz representar perto de dez mil dos aproximadamente 22 mil profissionais da PSP, sendo a estrutura sindical mais representativa na corporação.

PIB português um terço abaixo da Europa

O Produto Interno Bruto (PIB) português medido em unidades de poder de compra (UPC) continuou a afastar-se em 2005 da média europeia, situando-se quase um terço abaixo do dos 25, segundo dados do Eurostat publicados hoje.

O organismo responsável pelas estatísticas comunitárias indica que o PIB português por habitante passou de 73 por cento da média da UE em 2003 para 72 em 2004 e 71 no ano passado.

Portugal tem o valor mais baixo da UE a 15 e é ultrapassado por três Estados-membros que aderiram em 2004: República Checa (74 por cento), Chipre (89) e Eslovénia (82).

A República Checa está numa trajectória ascendente, tendo ultrapassado Portugal em 2005, depois de ter tido uma percentagem idêntica em 2004.

Grécia significativamente à frente Portugal

O PIB por habitante no Luxemburgo foi no ano passado o mais elevado da UE (251 por cento), enquanto que o da Letónia foi o mais baixo (48 por cento) – mas a subir em relação aos anos anteriores (41 em 2003 e 44 em 2004).

Holanda, Áustria, Dinamarca, Bélgica, Reino Unido e Suécia situavam-se entre 15 e 25 por cento acima da média, enquanto Finlândia, Alemanha e França ultrapassavam a média em cerca de dez por cento.

Itália e Espanha estavam no nível médio dos 25.

Grécia e Eslovénia estavam 20 por cento abaixo da média, enquanto que Portugal fazia parte de um grupo de Estados-membros 30 por cento abaixo da média, juntamente com a República Checa e Malta.

Os timoneiros da Nação

(com a devida vénia ao Braganza mothers)

TIME multimédia à séria

Muito bom o making off da entrevista com os putos do You Tube. Clikar aqui para ver

domingo, dezembro 17, 2006

O beijo na boca de Elsa Raposo a Sofia Aparicio

Gurus do You Tube também figuras do ano

MICHAEL GRECCO FOR TIME
Chad Hurley e Steve Chen os gurus do You Tube também eleitos figuras do ano pela Time

TIME elege leitores (YOU) como figura do ano

Sim, você.
Você controla a idade da informação.
Bem vindo ao seu mundo.
A Time acha que são os leitores a figura do ano (YOU) ao serem eles os novos motores e protagonistas das noticias e de serem eles a poderem também fazer as notícias.
Esta estratégia para cativar os internautas tem a ver com a linha editorial seguida ultimamente pela revista norte-americana que tem consolidado audiências no online e perdido na edição em papel. A seguir atentamente.

Carolina Salgado elogia Maria José Morgado


Carolina Salgado, ex-companheira do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, elogiou a procuradora Maria José Morgado, que vai coordenar o processo "Apito Dourado", considerando-a uma "excelente mulher", num entrevista hoje publicada no Jornal de Notícias.

"A magistrada é uma excelente mulher e é vista com muito bons olhos pelo procurador. Pelo que dizem, é uma defensora da Justiça. E isso agrada-me muito, obviamente", afirmou Carolina Salgado, numa entrevista publicada hoje pelo Jornal de Notícias (JN).

Na quinta-feira, o Procurador-Geral da República, Fernando Pinto Monteiro, nomeou a procuradora-geral adjunta Maria José Morgado para dirigir e coordenar todos os processos relativos ao caso "Apito Dourado".

Carolina Salgado reafirma ao JN que tem provas documentais das acusações que faz no livro "Eu, Carolina", em que denuncia alegadas situações de corrupção desportiva, evasão fiscal, violação do segredo de justiça, agressões, perjúrio e fuga à justiça.

A ex-companheira do presidente do FC Porto reitera ainda que sabe mais sobre estas situações do que aquilo que descreveu no livro, admitindo que "muita s coisas ficaram por dizer" e que "houve retoques, parte dos quais por aconselhamento jurídico".

Questionada se foi à Polícia Judiciária (PJ) antes do lançamento do livro, acompanhada pelo presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, Carolina Salgado diz que essas afirmações são uma "calúnia" destinada a transformar o processo numa guerra entre clubes.

"Lançar esse tipo de calúnia é tão absurdo e tão ridículo que só demonstra que se está a fazer deste processo uma guerra entre clubes, tentando assim desviar as atenções para aquilo que é importante: a justiça", afirma.

Carolina Salgado sublinha que já insinuaram que teria uma equipa de benfiquistas a trabalhar para si, o que classifica de "ridículo".

Declarações de Pinto da Costa são "inqualificáveis"

Em reacção às declarações do presidente do FC Porto publicadas no sábado pelo semanário Sol, Carolina Salgado limita-se a considerá-las "inqualificáveis".

Pinto da Costa afirmou ao Sol que nada lhe pesava na consciência e que, portanto, não ponderava a ideia de se demitir "por causa de uma pessoa que se revela a si mesma no livro que escreveu".

A ex-companheira de Pinto da Costa nega ainda ter pedido protecção policial e afirma que em Vila Nova de Gaia, onde continua a morar, tem sentido "grande conforto e carinho por parte de todos", sobretudo das mulheres.

Na entrevista ao JN, Carolina Salgado escusa-se a revelar quando será ouvida no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP).

Na sexta-feira, a TVI noticiou que Carolina Salgado foi convocada para depor amanhã, dia 18, no Tribunal de Gondomar, no âmbito do processo "Apito Dourado".

No livro "Eu, Carolina", publicado em vésperas do início da instrução do processo "Apito Dourado", a ex-companheira de Pinto da Costa denuncia alegadas situações de corrupção desportiva, evasão fiscal, violação do segredo de justiça, agressões, perjúrio e fuga à justiça.

No livro, Carolina Salgado revela ainda ter contratado duas pessoas - alegadamente a mando de Pinto da Costa - para agredirem Ricardo Bexiga, hoje deputado do PS e então vereador da Câmara de Gondomar, cujas denúncias deram origem à investigação do "Apito Dourado".

"Apito Dourado" levou dois anos a ser investigado

O processo "Apito Dourado" teve início com a operação policial com o mesmo nome realizada em 20 de Abril de 2004, que resultou na detenção de 16 pessoas, entre árbitros e dirigentes do futebol, por suspeitas de corrupção desportiva, inicialmente centradas no Gondomar SC, clube da Liga de Honra.

Ao longo do processo foram constituídos 27 arguidos, incluindo o então presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e ainda presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro, o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol Pinto de Sousa.

Acusado de 47 crimes, o principal arguido é José Luís Oliveira, que à data dos alegados factos (2001/2004) desempenhava os cargos de vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar e de presidente da Comissão Administrativa do Gondomar SC.

O processo "Apito Dourado", que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências entre o futebol profissional português e as autarquias, foi investigado durante quase dois anos e teve o despacho de acusação em 8 de Fevereiro deste ano.

A instrução do processo, pedida por 16 dos 27 arguidos, começou em 12 de Dezembro de 2006, e vai agora confirmar ou anular a acusação, estando previsto que a fase de inquirição de testemunhas termine a 17 de Janeiro de 2007./ Público

Merche Romero nua e ao vídeo


Clique aqui

Fotojornalismo multimédia a sério


Vejam este site do WP sobre as mulheres afegãs.Fotojornalismo multimédia.

Henri Cartier-Bresson por Mourat

Caça à multa na CREL


Um familiar meu foi multado na CREL esta semana por excesso de velocidade. Numa recta, a 170 num BMW topo de gama, numa tarde sem trãnsito, piso seco, boa visibilidade.

Os tipos esconderam-se atrás das moitas e... flash! Engraçadinhos !
A brigada de trânsito não fiscaliza as estradas, monta ciladas. Não protege e ajuda os automobilistas, toma-os como inimigos. A GNR-BT prefere poupar nos quilómetros, na visibilidade, na prevenção já que multar a granel é mais rentável e contribui em todos os itens para as boas estatísticas.

Um enxame de carros e polícias esperava depois da via verde esse meu familiar e algumas dezenas de totós que acreditam que a BT está de boa fé e não se comporta como aqueles putos que assaltaram por ali perto a actriz Lidia Franco: à traição.

O que é inacreditável é que a GNR manda parar na berma das auto-estradas originando perigo iminente para o trânsito. Pelo menos deviam ser profissionais como os seus colegas em França. Quando fui multado numa auto-estrsda francesa um polícia-motard mandou-me segui-lo até à àrea do posto da polícia.

Os acidentes baixaram em Portugal porque o medo reina nas estradas e porque o consumo de combustível baixou logo há menos gente a circular, menos acidentes. Depois os carros estão mais seguros e as estradas ajudam. Prevenção: zero.

Agora a palhaçada dos radares em Lisboa vão ser outra forma de exibicionismo de um presidente de câmara incompetente sem obra feita, com uma divida colossal e que quer mostra serviço. Mostre Carmona. Já sabíamos que a lentidão era o seu forte.

sábado, dezembro 16, 2006

Uivo da GNR prende mais de 100 pessoas

Mega operação da GNR mete 105 de cana.

David Hockney

Uma imagem por dia. David Hockney

Carolina Salgado vai a tribunal segunda-feira

Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, presidente do FC Porto, foi convocada para depor segunda-feira no Tribunal de Gondomar, no âmbito do processo de corrupção no futebol "Apito Dourado", noticiou hoje a TVI.

Carolina Salgado publicou, em vésperas do início da instrução do processo, um livro intitulado "Eu, Carolina", no qual denuncia alegadas situações de corrupção desportiva, evasão fiscal, violação do segredo de justiça, agressões, perjúrio e fuga à justiça.

Entre outras acusações, a ex-companheira do presidente do FC Porto revela que contratou duas pessoas - a mando de Pinto da Costa - para agredirem Ricardo Bexiga, actual deputado do PS e então vereador da Câmara de Gondomar, cujas denúncias deram origem à investigação do "Apito Dourado".

O beijo de Maria a Salazar por Eduardo Gageiro

Miguel Sousa Tavares fala de Carolina Salgado

Simplesmente Carolina Salgado, SIC

sexta-feira, dezembro 15, 2006

A calma dos portugueses

Nada melhor do que ir a um serviço público para avaliarmos da produtividade portuguesa. Por exemplo: manhã numa estação dos correios. Quinze minutos para pôr uma encomenda. Antes não sei quantas simpáticas velhinhas a pagarem a àgua, a luz, a receberem a reforma. Mas também gente nova que podia resolver aqueles pagamentos no multibanco ou na net. A empregada do balcão muito simpática aproveita para falar um pouco. As pessoas vão ali como vão ao comércio de bairro. E gostam de poder falar com alguém. Lindo, mas bom para quem não tem defacto nada para fazer.

Outro exemplo. Hoje ao balcão da TMN ( mas podia ser outra qualquer operadora). Um cliente fala do seu telemóvel como se estivesse a levar o cão ao veterinário. " Pois, ele deixou de responder ao comando de voz. Ah, sim? o cartão pode ser reparado ? Não sabia. Pois, as fotos são formadas por milhões de pontinhos e quando se faz uma foto de papel aquilo não tem qualidade... a publicidade é muito bonita ! Bom, então deixo-o cá, mas veja se o que me vão dar para substituir pode fazer chamadas de vídeo. Não ? Bom, paciência. Vai durar três meses a reparar? Pode ser menos ? Era bom, este modelo também já está ultrapassado..."

Já que têm tanto tempo os portugueses bem podiam aproveitá-lo de forma mais saudável. Apanhar este fantástico Sol, por exemplo, que nos recarrega a alma.

Circo Papião, David Carvalho equilibrista

Senhoras e senhores, meninas e meninos apresento-vos david Carvalho num perigoso exercíco de equilibrismo::))) O pai Luiz Carvalho nunca foi tão longe!
PS: os blogues também são bons por permitirem estas vaidades

Querido diário

Querido diário:

Dois livros a reter: o de Jorge Simão sobre Fado e o de retratos de Augusto Brázio. Dois grandes fotógrafos com quem gosto de trabalhar e dois àlbuns notáveis.

Terceiro livro de fotografia: o de Eduardo Gageiro já à venda. Estejam atentos à entrevista da ÚNICA do próximo sábado com Gageiro. Um portfolio e uma conversa com a Ana Soromenha e comigo. Deu-me um grande prazer falar com o Gageiro depois de 25 anos de relações cortadas. Alguns amigos que o detestam vão ficar irritados mas não deixarei de ser menos amigo deles.

O Sol esteve radioso e o frio caiu ao anoitecer como uma lâmina numa paisagem rural de àgua e caminhos abandonados.

Hoje apetecia-me fotografar sem fim.
Estou vivo, portanto.

Duas ou três ideias sobre blogues e audiências

Acho que despertei ontem alguma polémica com o meu post " porque gosto da Carolina".

Sinceramente: gosto mesmo. Tem fibra, picante, inconsciência, consciência, malvadez, pecado, ousadia, sacaníce, muitos condimentos , todos mesmos, para uma grande história. Dava um filme em grande à Hollyood e ponho já o Scorcese a filmar.

Um blogue não tem regras estabelecidas e é por natureza contra a corrente, pela liberdade, pela emoção, pela sinceridade. Um blogue é um espaço onde tudo está em aberto. É pessoal, intransmissivel e não tem de responder perante ninguém. Por isso aqui no Instante Fatal eu digo e faço coisas que jamais faria no online do meu jornal ( vejam os meus postes no Flagrante Deleite).

Aqui não sou jornalista, não estou a fazer jornalismo.
Aqui sou o cidadão Luiz Carvalho. Ponto.
E faço o que me dá na gana com a condição de não ofender nem prejudicar nada nem niguém.
Quando critico ou louvo políticos faço-o enquanto individuo. Ou quando aplaudo amigos ou cito familiares.

Portanto não se admirem de às vezes ser mais solto ou irreverente.
O facto de transcrever ou linkar para notícias e sites é já em si uma edição ( não jornalística). As minhas escolhas são por si uma ideia, uma caminho, um convite para quem me lê.

Não se esqueçam que o Google é isso: um agregador. Por vezes eu sou um agregador à minha maneira.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Romy Schneider lembrei-me dela não sei porquê


Talvez seja da hora. Sempre foi a minha actriz preferida. Por vezes lembro-me dela como de alguém que perdi e de quem tenho uma imensa saudade.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Carolina adivinha Pinto da Costa na prisão



Carolina Salgado diz numa entrevista publicada hoje na revista Focus que o presidente do FC Porto será preso quando sair do clube, na sequência do processo Apito Dourado.

Questionada pela revista se Pinto da Costa ainda vai continuar muito tempo à frente do FC Porto, Carolina Salgado responde que "sim".

"Quando ele sair do clube vai acontecer-lhe o mesmo que a Vale e Azevedo (antigo presidente do Benfica que esteve preso devido a fraudes na transferência de jogadores). Vai preso. Aí é que ele vai ver os poucos amigos que tem. Está rodeado de bajuladores e oportunistas", revela.

Na entrevista à revista Focus, a antiga companheira de Pinto da Costa declara que muitos dirigentes devem estar contentes com a sua separação.

Carolina Salgado diz ainda que não escreveu o livro "Eu, Carolina" por vingança e que deseja após esta publicação "encerrar um capítulo e voltar ao anonimato".

No livro, a antiga companheira de Pinto da Costa denuncia alegadas situações de corrupção desportiva, evasão fiscal, violação do segredo de justiça, agressões, perjúrio e fuga à justiça, que envolvem Pinto da Costa, arguido no processo de corrupção no futebol conhecido como "Apito Dourado".

Carolina Salgado revela ainda ter contratado duas pessoas - a mando do presidente do FC Porto - para agredir Ricardo Bexiga, então vereador da câmara de Gondomar, cujas denúncias deram origem à investigação do "Apito Dourado".

De acordo com a imprensa de terça-feira, a colaboração de Carolina Salgado com a justiça pode "ajudar a reabrir várias certidões entretanto arquivadas" do processo Apito Dourado.

Este processo, que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências entre o futebol profissional português e as autarquias, foi investigado durante quase dois anos e teve o despacho de acusação em 08 de Fevereiro deste ano.

Fonte: Lusa

Porque gosto da história de Carolina Salgado

Instante Fatal em quarta posição no Google, ontem, na pesquisa "Carolina Salgado".



Alguns leitores do Instante Fatal têm-me criticado por ter cedido às audiências e de ter dado aqui espaço ao livro e a toda a polémica em torno de Carolina Salgado.

Eu sou um fanático das audiências.

Defendo até ao fim que os jornalistas têm de trabalhar para os leitores e que não há leitores maus, há mau jornalismo. Sem leitores não há jornalismo e sem eles não há empregos.

Quando fui editor multimédia do Expresso aumentei em poucos meses significativamente as audiências. E nunca cedi, nem me deixariam, a tentações fáceis.
Apostei na qualidade, na surpresa, na emoção, na agilidade, na utilidade para com os leitores.


Atraír o público é uma arte, tal como é uma arte sermos pessoas com qualidades para os outros nos seguirem, admirarem ou amarem.

Uma geração de jornalistas, dos anos 70, habituou-se a trabalhar para um público que não tinha escolhas, logo era fácil monopolizar os temas quer na forma quer nos conteúdos. Quando vemos a RTPmemória achamos inacreditável como a televisão era tão má há 15 anos. Era porque o monopólio estatal exercia a sua ditadura da mediocridade.

Depois muitos jornalistas habituaram-se a considerar que o patrão ( quer fosse Estado ou privado) só tinha de pagar os prejuízos dos jornais, ou televisões, ou revistas, porque o contrário era ceder à qualidade. Escreviam para eles, para os amigos. O leitor era burro se não os entendesse.

Um dos maiores embustes foi o mito do segundo canal da RTP.
As mentes defensoras do jornalismo dito sério achavam que aquele canal era bom porque era chato, cinzento, esquerdista e muito, muito, mal feito. Aquelas reportagens tipo diaporama da Diana Andringa, e de outros da mesma escola, eram o exemplo de televisão séria.
Até o Carlos Pinto Coelho já estava na calha para se tornar o idiota padrão do jornalismo cultural. ( que nunca doam as mãozinhas ao boxeur!!)

Estes dogmas são mortais na nossa sociedade. Por isso não evoluímos.

Ontem no LUX, no lançamento do excelente livro sobre fadistas do meu colega Jorge Simão ( grandes fotos Jorginho!!!) e da Alexandra Carita, um editor de um recém criado tablóide estava escandalizado porque o Expresso tinha sido desenhado por um designer espanhol. Como se o design tivesse pátria. Mas estava feliz porque a sopa de letras onde trabalha tem um ovo estrelado na testa. E tinha sido matutado por um jeitoso nacional. ( é um ex-intelectual resignado às maravilhas do entulho gráfico e o que é nacional é bom!!)

Isto remete-se para esta grande verdade: os nossos olhos só vêm o que nós queremos e a nossa inteligência é completamente selectiva.

Voltando aqui: o meu interesse pela história da Carolina aponta em vários sentidos. Acho a história políticamente importante, acho-a socialmente um retrato de um certo país que temos, humanamente é terrível: é um murro no estômago, um drama shakesperiano de amor, ódio, traição, com muita bimbalheira pelo meio num toque final com música de Nino Rota.

Ainda voltarei ao tema.

Cavaco Silva contesta qualidade técnica da RTP

Madaíl põe na sua lista procurador do DIAP

Já tínhamos política- futebol, vamos ter justiça-futebol.
A mistura parece-me explosiva.
Com a devida vénia ao Record:


Gilberto Madaíl lidera a única lista concorrente às eleições para os órgãos sociais da FPF, marcadas para dia 6 de Janeiro.

O prazo para apresentação de candidaturas terminou às 16 horas de ontem e os serviços administrativos da FPF terão três dias para confirmar a eligibilidade de todos os nomes apresentados.

Gilberto Madaíl não mudou muito a actual composição dos órgãos sociais, mantendo todos os presidentes dos diferentes pelouros, com excepção do Conselho de Justiça, que passará a ser presidido pelo juiz jubilado Herculano Lima.

Para número 2 deste conselho foi apresentado o nome de António José Almeida Pereira, procurador adjunto e número 2 do DIAP do Porto.Almeida Pereira, adepto assumido do FC Porto, foi responsável, por exemplo, pelo processo que decorreu no Tribunal de Matosinhos contra o antigo árbitro José Guímaro. Mais recentemente, tem conduzido processos relacionados com o caso Apito Dourado.

A composição do Conselho de Justiça foi a que mais trabalho deu, devido à recente imposição do Conselho Superior de Magistratura. Mas, para além dos dois primeiros nomes, os restantes cinco vogais são todos advogados, soube Record, cumprindo-se a imposição estatutária.

A recente oposição da Associação de Futebol de Braga levou a que esta não esteja representada formalmente na lista ontem apresentada por Madaíl, apesar de Mesquita Machado manter a presidência da Mesa da Assembleia Geral e Cerqueira Alves continuar como membro da direcção, mas os dois na qualidade de independentes.

Ângelo Brou, actual vice-presidente em representação da Liga, dará, como se previa, o lugar a Hermínio Loureiro, mas continuará na FPF com o cargo de secretário-geral (que poderá passar a designar-se director executivo).

O Conselho de Arbitragem sofre algumas alterações, com a saída de Azevedo Duarte (de novo Braga penalizada), e as entradas de Abílio Domingos, Juvenal Silvestre, Jovita Fernandes e José António Pereira.Autor: JOSÉ CARLOS FREITASGilberto Madaíl lidera a única lista concorrente às eleições para os órgãos sociais da FPF, marcadas para dia 6 de Janeiro.

O prazo para apresentação de candidaturas terminou às 16 horas de ontem e os serviços administrativos da FPF terão três dias para confirmar a eligibilidade de todos os nomes apresentados.Gilberto Madaíl não mudou muito a actual composição dos órgãos sociais, mantendo todos os presidentes dos diferentes pelouros, com excepção do Conselho de Justiça, que passará a ser presidido pelo juiz jubilado Herculano Lima.

Para número 2 deste conselho foi apresentado o nome de António José Almeida Pereira, procurador adjunto e número 2 do DIAP do Porto.Almeida Pereira, adepto assumido do FC Porto, foi responsável, por exemplo, pelo processo que decorreu no Tribunal de Matosinhos contra o antigo árbitro José Guímaro. Mais recentemente, tem conduzido processos relacionados com o caso Apito Dourado.

A composição do Conselho de Justiça foi a que mais trabalho deu, devido à recente imposição do Conselho Superior de Magistratura. Mas, para além dos dois primeiros nomes, os restantes cinco vogais são todos advogados, soube Record, cumprindo-se a imposição estatutária.A recente oposição da Associação de Futebol de Braga levou a que esta não esteja representada formalmente na lista ontem apresentada por Madaíl, apesar de Mesquita Machado manter a presidência da Mesa da Assembleia Geral e Cerqueira Alves continuar como membro da direcção, mas os dois na qualidade de independentes.

Ângelo Brou, actual vice-presidente em representação da Liga, dará, como se previa, o lugar a Hermínio Loureiro, mas continuará na FPF com o cargo de secretário-geral (que poderá passar a designar-se director executivo).O Conselho de Arbitragem sofre algumas alterações, com a saída de Azevedo Duarte (de novo Braga penalizada), e as entradas de Abílio Domingos, Juvenal Silvestre, Jovita Fernandes e José António Pereira.Autor: JOSÉ CARLOS FREITAS

Sportinguista de gema, no país do futebol

Com a devida vénia à Joana Latino da SIC

terça-feira, dezembro 12, 2006

O último adeus a Pinochet

Uma imagem terrível esta sobre o fim de Pinochet.

Carolina Salgado põe boca no trombone

Carolina Salgado não faz mais declarações aos jornalistas porque podia comprometer o processo que visa a concessão do estatuto de arrependida, previsto para casos de criminalidade altamente organizada.

Aquilo que não foi possível esclarecer no Ministério Público de Gondomar poderá agora dissipar-se com os depoimentos de Carolina Salgado acerca dos cinco últimos campeonatos.

Apesar de homologados desportivamente, não há risco de prescrição se forem considerados crimes de corrupção desportiva e outros delitos contra a economia.MAIS AMEAÇAS DE MORTECarolina Salgado está a receber mais ameaças de morte desde que chegou a sua casa, em Gaia.
Todas as ameaças são feitas por telemóvel. Carolina só tinha dado o seu número a pessoas de confiança – mas agora está de relações cortadas com algumas. A ex-companheira de Pinto da Costa poderá em breve ter escolta do Corpo de Segurança Pessoal da PSP. Face às ameaças, os seus dois filhos ontem não foram ao colégio.

As fugas de informação, vindas da Polícia Judiciária do Porto, são exemplo de que não se pode confiar em ninguém, segundo fonte ligada ao processo, admitindo-se que a investigação passe da PJ do Porto para a Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), a unidade de elite da Polícia Judiciária, porque santos da casa (Directoria do Porto) não fazem milagres, segundo pessoas próximas da condução deste processo.De acordo com uma magistrada do Ministério Público, a oportunidade de combater a corrupção da arbitragem do futebol, negociatas com passes de futebolistas, fuga ao Fisco e crimes cometidos à sombra das claques é uma ocasião única e histórica, que não pode ser desperdiçada.

Os dados que a ex-mulher de Pinto da Costa tem e o seu cruzamento com informações já recolhidas pelas autoridades policiais podem dar uma machadada decisiva nos meandros criminosos dos clubes. Carolina Salgado pode vir até a mudar de identidade e sair do País com os filhos, com apoio do Estado.
O atentado contra Ricardo Bexiga, há dois anos, é apenas um dos casos. Ricardo Bexiga foi ontem à tarde ao DIAP do Porto entregar um exemplar do livro ‘Eu, Carolina’, tendo feito novas declarações à magistrada do Ministério Público.

AGRESSÕES CONTINUAM NO MINISTÉRIO PÚBLICO DO PORTOO processo do atentado contra Ricardo Bexiga continuará a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto, pois a matéria em causa ocorreu na comarca do Porto e o caso também não apresenta complexidade que justifique a sua avocação.

A titular do processo continuará a ser a procuradora adjunta Graça Ferreira, ao contrário do que noticiámos anteriormente.A procuradora da 4.ª secção do DIAP do Porto, Clara Oliveira, não viu necessidade de chamar a si o processo e, por isso, nem sequer propôs a avocação à coordenadora daquele departamento do Ministério Público, Hortênsia Calçada. Esta procuradora-geral adjunta afinal não recebeu qualquer proposta de avocação, pelo que nunca poderia despachar o que não existe.

Segundo fonte do MP, Graça Ferreira é considerada bastante competente para prosseguir com a condução do processo sobre as agressões a Ricardo Bexiga, cometidas em 25 de Janeiro de 2005, quando o vereador da Câmara de Gondomar saía do seu escritório de advocacia, na zona da Alfândega, no Porto.
O caso de Carolina Salgado está a ser acompanhado pelo procurador-geral distrital do Porto, Pinto Nogueira, com a correspondente informação à Procuradoria-Geral da República, em Lisboa, porque já não estará em causa um atentado contra o ex-vereador de Gondomar, mas toda a corrupção no futebol. / Correio da Manhã