O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) disse hoje esperar que a nomeação de Maria José Morgado ( Mize-Tung como era conhecida no tempo em que militava no MRPP) para coordenar a investigação do Apito Dourado sirva para acelerar um processo que "tem sido doloroso".
Para Gilberto Madaíl "este processo tem sido doloroso", sobretudo, para aqueles que "não têm nada a ver com isto", portanto, "para bem do futebol português e da sua credibilidade, era bom que fosse resolvido o mais depressa possível".
"Se a indicação da procuradora Maria José Morgado é para acelerar o processo, ficamos muito contentes. Para que as coisas possam regressar a uma situação normal", referiu o líder federativo.
Em relação ao facto de na lista que apresentou às eleições da FPF estarem alguns arguidos do processo Apito Dourado, Gilberto Madaíl lembrou que "isto não se passou apenas na Federação", recordando as eleições da Liga de Clubes.
Questionado sobre a denúncia feita no livro de Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, sobre os festejos do presidente do FC Porto após a vitória da Grécia sobre Portugal na final do Euro2004, Madaíl disse não acreditar no relato.
Já Luiz Felipe Scolari, afirmou que "há portugueses que torcem por uma coisa e outros que torcem por outra", mas não se mostrou "preocupado com isso".
O Assobio de Lata
ResponderEliminarEnquanto ripo umas músicas para o computador, deixo aqui duas ou três ideias que sobram do Apito Dourado, com a nomeação há poucos dias da Procuradora Geral Adjunta Maria José Morgado.
Por um lado, manifestamente, a nomeação é política, procurando aproveitar a personalidade desta Magistrada, fazendo passar, desta forma, para a opinião política a vontade em combater a corrupção.
De facto, desta vez é a sério, é a mensagem que se pretende criar junto dos cidadãos eleitores.
Por isso, se nomeia uma Procuradora que tem tido uma postura irrequieta, independente e, supostamente, competente.
Pois, não é, sobretudo, de competência que se trata, já que, não tenho dúvidas de que na Magistratura do Ministério Público, outros existem, porventura, mais competentes.
Mas, dada a dimensão mediática deste problema, convém esta nomeação, que o poder político, este ou outro qualquer, procura capitalizar em votos.
Do mal, o menos, porque o trabalho desta Magistrada até ser saneada da Polícia Judiciária, exactamente por ter começado a tocar no osso de alguns proeminentes, parece ser uma razoável garantia de que, agora, as coisas andem.
Por outro lado, este Apito Dourado é um Assobio de Lata, porque, sendo a Polícia Judiciária uma polícia de investigação de apoio ao Ministério Público, o seu actual responsável já devia ter pedido a demissão.
Só que o actual director nacional da Polícia Judiciária é cinzento, por isso foi nomeado, quando o director anterior se começou a tornar inconveniente.
Mas, o lado mais curioso, ou talvez não, é que toda a gente aplaude a nomeação de Maria José Morgado, incluindo os supostos amigos dos arguidos.
Só falta mesmo os arguidos terem que engolir o assobio e ficarem felizes se forem condenados, porque deve ser porreiro a condenação por conta de tão prestigiada Procuradora.
Do 212ahora