O Miguel Sousa Tavares, no seu artigo de opinião do Expresso desta semana, põe o dedo na ferida. E a doer, com a sua desabrida e já habitual frontalidade.
De facto, é Público e Notório que, sendo certo que o excesso de velocidade é uma das causas da sinistralidade rodoviária, não é a única, não estando, sequer, demonstrado que seja a principal.
É Público e Notório que quem conhecer os esquemas formais e informais não paga coimas. É Público e Notório que os processos prescrevem aos milhares nas Delegações de Viação, onde advogados avençados sustentam os pareceres dos Governadores Civis e dos Delegados de Viação na aplicação das coimas.
É Público e Notório a ineficácia da Delegações de Viação na promoção processual, sobretudo, por falta de vocação policial e de disponibilidade de meios para, sequer, localizar os arguidos. É Público e Notório que um simples truque num engano na residência é meio caminho andado para a prescrição do processo.
É Público e Notório alguma confusão de competências processuais entre as polícias e outras entidades administrativas.
É Público e Notório que a última revisão do Código da Estrada favorece a prescrição, não porque a lei não seja boa mas porque não existem os meios suficientes para a sua aplicação.
É Público e Notório que muita coisa se continua a resolver de forma informal, isto para ser semanticamente conveniente.
É Público e Notório que o valor de uma coima por falta de cinto de segurança ou por falta de capacete, comportamento que só penaliza o próprio, é tantas vezes superior a um tipo que é apanhado com os copos a conduzir em sentido contrário na auto-estrada, a quem não é retirada preventivamente a carta de condução e que com a ajuda dum advogado, para tanto chegando que seja um simples estagiário, continua a conduzir, passando a ser um “assassino em potência”.
É Público e Notório que muitas estradas são autênticas ratoeiras, mesmo para quem lá passa todos os dias, bastando que uns tipos armados de polícias se ponham com uma raquete nas mãos a regular o trânsito em obras que aparecem todos os dias sem controlo administrativo da sinalização.
É Público e Notório que “... Na cabeça dos polícias de trânsito foi introduzido um «chip» há vários anos...”
Mas também é Público e Notório que os polícias procedem em função das orientações que lhes são dadas.
Mas também é Público e Notório que as melhores orientações são aquelas que dão notoriedade aos políticos, conjunturalmente no poder. Hoje e ontem. E, pelo que vejo, também amanhã.
É Público e Notório que...!
ResponderEliminarO Miguel Sousa Tavares, no seu artigo de opinião do Expresso desta semana, põe o dedo na ferida.
E a doer, com a sua desabrida e já habitual frontalidade.
De facto, é Público e Notório que, sendo certo que o excesso de velocidade é uma das causas da sinistralidade rodoviária, não é a única, não estando, sequer, demonstrado que seja a principal.
É Público e Notório que quem conhecer os esquemas formais e informais não paga coimas.
É Público e Notório que os processos prescrevem aos milhares nas Delegações de Viação, onde advogados avençados sustentam os pareceres dos Governadores Civis e dos Delegados de Viação na aplicação das coimas.
É Público e Notório a ineficácia da Delegações de Viação na promoção processual, sobretudo, por falta de vocação policial e de disponibilidade de meios para, sequer, localizar os arguidos.
É Público e Notório que um simples truque num engano na residência é meio caminho andado para a prescrição do processo.
É Público e Notório alguma confusão de competências processuais entre as polícias e outras entidades administrativas.
É Público e Notório que a última revisão do Código da Estrada favorece a prescrição, não porque a lei não seja boa mas porque não existem os meios suficientes para a sua aplicação.
É Público e Notório que muita coisa se continua a resolver de forma informal, isto para ser semanticamente conveniente.
É Público e Notório que o valor de uma coima por falta de cinto de segurança ou por falta de capacete, comportamento que só penaliza o próprio, é tantas vezes superior a um tipo que é apanhado com os copos a conduzir em sentido contrário na auto-estrada, a quem não é retirada preventivamente a carta de condução e que com a ajuda dum advogado, para tanto chegando que seja um simples estagiário, continua a conduzir, passando a ser um “assassino em potência”.
É Público e Notório que muitas estradas são autênticas ratoeiras, mesmo para quem lá passa todos os dias, bastando que uns tipos armados de polícias se ponham com uma raquete nas mãos a regular o trânsito em obras que aparecem todos os dias sem controlo administrativo da sinalização.
É Público e Notório que “... Na cabeça dos polícias de trânsito foi introduzido um «chip» há vários anos...”
Mas também é Público e Notório que os polícias procedem em função das orientações que lhes são dadas.
Mas também é Público e Notório que as melhores orientações são aquelas que dão notoriedade aos políticos, conjunturalmente no poder. Hoje e ontem.
E, pelo que vejo, também amanhã.
Abraço do 212ahora
Tem-se andado a trabalhar para a enchente :-)
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