Ainda sobre o assalto de Sócrates à Caixa dos Jornalistas.
É evidente que os jornalistas vão pagar aquilo que andaram a semear durante anos.
Isto é: aquela ideia peregrina de que o jornalismo é uma actividade militante, de que o jornalista tem de ser de esquerda, engagé, activista de causas, etc, etc, que tanto sucesso teve nos anos setenta, e que trouxe muitos revolucionários falhados para a profissão, acabou por criar o estigma de que os jornalistas tinham de ser pobres, mal pagos, quinto poder, por aí fora. Já sabemos disto.
A verdade é que o Mundo mudou, os burros mudaram e a militância no jornalismo à Padeira de Aljubarrota tipo Diana Andringa ( vejam no que ela deu: numa militante BE a fazer jornalismo) deu tristes resultados e desacreditou a profissão.
O Sindicato dos Jornalistas que enveredou por esse caminho a guinar à esquerda, perdeu credibilidade e capacidade negocial.
À falta de uma Ordem dos Jornalistas ficou um sindicato que agora vem defender uma coisa que os seus camaradas em 75 aniquilaram com a estatização da sua Caixa .O camarada Sócrates acaba de dar a estocada final. Temos um governante de coragem!!! ( a coisa pegou e não descola).
Há sub-sistemas ? E qual é o problema ? Não há vários escalões de rendimentos?
Se querem igualitarismo porque não foram para a Albânia ?
Esses sub-sistemas custam ou não ao Estado ? Isso é que devia ser discutido.
O dos jornalistas não custava, Mas... podia dar mais ainda para o Estado comilão, àvido de dinheiro de quem trabalha.
A Caixa dos Jornalistas DAVA ao Estado, não tirava.
A Caixa dos Jornalistas era PRIVADA no tempo de quem ? De Salazar.
É o furacão( depois do Furão) contra a classe média.
Para Sócrates,os advogados não são sérios, a banca suspeita, as televisões privadas concorrentes desleais da RTP,os pilotos calões, os arquitectos tontos, os engenheiros bons primeiros-ministros ( helás !!) os professores de economia excelentes presidentes da República (bravo!),os empresários malandros que fogem ao fisco, os homens do futebol corruptos, os artistas bons para o desemprego, a arte boa para comprar a comendadores por atacado, os bons países são os que têm grandes aeroportos, progresso é TGV, educação é balda, os professores calinas, os médicos negociantes, as forças armadas boas para brincar aos heróis no estrangeiro, a GNR um taxímetro para facturar na estrada,
os quadros dispensáveis, os jovens bons e baratos, os carros o mal do mundo, a ecologia uma bandeira que pode dar dinheiro.
Podia continuar e é um exercício curioso.
Não conheço UM português que tenha beneficiado com UMA medida deste governo.
Talvez Joe Berardo. ( Haja Deus!)
Nem o PIB cresce, nem o emprego aumenta, nem a gente almoça um destes dias. Detesto choradinhos mas este país está uma treta total.
Deprimente, triste, mesquinho, sem ambição.
Este governo não tem um projecto, nem sonho.
É fuínha, não vê ao longe e ao perto precisa de óculos.
Se Sócrates é português, EU QUERO SER ESPANHOL !!!!
Almada não diria melhor.
Já somos dois...
ResponderEliminarTrês. Mas não acredito que Almada Negreiros - segundo Eusébio, o rei, parece que terminou empatado 1 a 1 - quisesse mesmo ser "Hespanhol"...
ResponderEliminarUm abraço fraterno, professor
Somos 4! O que se está a passar é uma autêntica vergonha, mas o que fazer? Esta providência não vai dar em nada, todos o sabemos, o melhor é começar a tratar de um seguro de saúde. Quem pode. E quem não pode? Quem não sujeita-se ás filas intermináveis em centros de saúde, e a doença que espere. O que não nos mata torna-nos fortes!E já agora, no post anterior sobre a caixa de jornalistas temos quem cite um texto de Paula Sá. A Paula não deve ganhar 600 euros por mês certamente...
ResponderEliminarmais um.
ResponderEliminarMas esqueceu-se dos funcionários públicos esses canalhas que são responsáveis até pelo buraco do ozono. o sócretina além de ser espanhol, também cheira mal da boca.
Só é pena é que você só se ouça a si próprio , porque não responde ao texto da sua colega Paula Sá que postei lá em baixo?
ResponderEliminarSobre o querer ser espanhol, força, pelo que tenho lido eu desejo ardentemente que se transforme em espanhol e depressa.
Triste Portugal ao que chegou...
ResponderEliminarMas o povo é soberano... e masoquista!!!
Tem o que merece...
Mas os outros, aqueles que não queriam a situação presente???
Enfim, é a democracia...!!!
(Agora em letras pequeninas: um professor universitário não pode escrever "estucada"... Deve escrever "estocada". Pelo menos no cas presente...)
Saudações.
(E desculpe a correcção!)
num dos teus posts de ontem escrveste:
ResponderEliminar"Não votaram nele ? Não votaram no Cavaco ? Aguentem e não chorem. Têm o que merecem."
Fodª-se, que este blog, de vez em quando, resvala para a peixeirada.
ResponderEliminarCaro Luiz Carvalho,
ResponderEliminarO meu caro tem vindo a afirmar-se zangado com o governo e o malvado do presidente Cavaco que segundo você se preparam para assaltar o sistema de saúde dos jornalistas. Partindo do princípio que é você também jornalista, seria melhor antes clarificar alguns pontos, respondendo a uma ou duas questões, seria então mais fácil para nós avaliar se você tem ou não razão e se o governo é ou não constituído por gente de vistas curtas, penso que ficaremos todos a ganhar com o esclarecimento que penso nos vai dar:
A primeira questão trata de saber o que é e para que serve o SNS?
Quanto a mim parece-me que não é difícil perceber qual o propósito do SNS, visa a solidariedade entre todos, ou seja, assume que para o bem comum, desde os mais ricos aos mais pobres, deve existir uma reserva financeira que os possa auxiliar aquando dela necessitem, seja na situação de doença seja na velhice.
Assumindo este princípio, é claro que todos devem contribuir para o dito fundo, e mais deveriam até ser aqueles que mais podem os que mais deveriam contribuir. Logo você, eu o primeiro ministro o presidente da república, todos devemos essa contribuição e ponto final, parece-me justo!
O segundo ponto trata de saber se para além desta contribuição, poderão os profissionais que o desejem contribuir para outros fundos, com vista a obter uma melhor pensão de reforma? Quanto a mim a resposta é sim! Não só deverão poder como deverão contribuir, uma vez que o podem fazer.
Dito isto, gostaria que me respondesse: Os jornalistas para além do seu subsistema, descontavam para o SNS ou não?
Se a resposta for sim o meu caro tem razão e o governo está a agir mal. Caso a resposta seja não, então meu caro, você está, tal como muitos outros em Portugal, a agir de má fé pensando apenas no seu bem estar e não querendo saber daqueles que menos posses têm, ou seja, está a ser profundamente egoísta, tentando cuidar do seu bocado de queijo. Se assim for, corra para Espanha,mas por favor corra depressa.
Cumprimentos
Claro que os jornalistas descontavam para o SNS. E porqyue tenho de descontar brutalidades para uma maioria que muitas das vezes nem merece ? Porque não hei-de descontar um minimo para garantir a solidariedade social ?
ResponderEliminarcaro anoymous...
ResponderEliminarSe os jornalistas descontavam para o SNS como diz, têm à partida razão na sua indignação. Mas por favor diga-me lá, no seu recibo de vencimento apareciam então dois descontos, um para o SNS, tal como aparece no recibo de vencimento de qq cidadão e um outro, necessáriamente voluntário para o sistema "privativo" dos jornalistas? O que significa que com a integração deste subsistema o meu caro vai passar a descontar menos, podendo assim utilizar esse dinheiro para descontar para um qq seguro de saúde/reforma.
Quanto ao facto de descontar para uma maioria que muitas vezes nem merece como afirma, isso é subjectivo e como jornalista deverá saber até melhor do que eu, que as leis não podem ser feitas com base em subjectividades desse tipo...quem iria julgar quem merece?
Sim, concordo consigo que deve descontar um mínimo para garantir a solidariedade social,mas esse mínimo não deve ser igual para si e para um trabalhador fabril. O risco de um sistema desses é, daqui a uns anos, o sistema de saúde para os mais pobres, por falta de dinheiro, uma vez que todos os mais ricos só descontavam um mínimo, ser um sistema típico do terceiro mundo, enquanto o sistema dos mais ricos ficar ao nível do melhor que há no mundo, levando assim a maiores clivagens sociais.
Porque não adoptar um sistema tipo nórdico em que todos têm acesso a um sistema fabuloso, descontam bastante é certo, mas o sistema é utilizado por todos, desde os ricos aos pobres, parece-me bem mais justo.