Páginas

segunda-feira, dezembro 31, 2007

2007 pelos fotojornalistas da Reuters


2007: INSTANTE FATAL sempre a crescer

O Instante Fatal Ultrapassou os duzentos mil visitantes em 2007 e cresceu todos os meses. Para 2008 vai haver surpresas com a possibilidade dos leitores poderem ver publicadas algumas postagens dos próprios.

UM 2008 PORREIRO, pá !!!

domingo, dezembro 30, 2007

Um 2008 porreiro, pá !!!...


Até para o ano. Carrascal, 3o Dezembro 2007.Foto LC.

Gehry e a púpila do senhor doutor


Aproveitei o descanso alentejano para pôr a leitura em dia.
Leitura e ver alguns filmes que tinha em lista de espera.
Vi o filme de Sidney Pollack sobre o arquitecto Frank Gehry. É um documentário notável sobre a obra do famoso arquitecto. Fiquei estarrecido com a obra do mestre do risco.
A arquitectura foi sempre para mim uma vocação adiada. Nunca consegui em dez anos de arquitecto fazer minimamente o que queria e ao abandonar de vez a arquitectura pelo fotojornalismo, ficou sempre dentro de mim uma missão adiada.

Gehry tem da arquitectura um conceito notável: alia o arrojo da forma ao funcionalismo, faz da arquitectura um objecto para servir o Homem e para o pôr num palco de magia, luz, volumes, espaço, movimento, tempo, emoção.
O documentário foi realizado por outro mestre que muito admiro, o Sidney Polack. Este documentário foi feito com uma câmara mini-dv, uma Canon xm1 ( igual à que eu tenho) que o próprio realizador empunhou, sempre à mão, sem tripé, andando atrás do arquitecto e conversando com ele.
Este conceito de documentário é-me muito querido. Defendo, e pratico, que é muito aliciante poder usar uma câmara com espontaneidade, sem perder o rigor formal e a qualidade técnica. Há muitos exemplos e este trabalho de Polack confirma que a qualidade de um filme não está no peso do equipamento mas sim no talento de quem o faz.

Fiquei a perceber definitivamente que a recusa em dar o projecto do Parque Mayer a Gehry foi mais uma das grandes burrices socialistas. Quiseram fazê-lo por razões políticas e por um evidente lobby dos arquitectos que pairam em volta do poder autárquico.
Os lisboetas iam ganhar uma peça de arquitectura que atrairia muitos milhares de turistas e poriam Lisboa no mapa do turismo internacional cultural. Por exemplo: Bilbao tem 35o mil habitantes e 750 mil visitantes por ano que acorrem para ver o Guggenheim. Nunca aprendemos.

O livro que li ontem foi "Os meus 35 anos com Salazar" da autoria de Maria da Conceição de Melo Rita,( Micas) e do Joaquim Vieira. Fotos actuais da Clara Azevedo.
Micas
foi a pupila do senhor doutor Salazar, viveu em S. Bento, criada por ele e educada como de uma filha se tratasse.
O livro é um documento histórico notável, muito bem escrito, com a análise e o enquadramento histórico do Joaquim Vieira. É de certa forma o reverso do livro de Dacosta sobre Salazar.
Fiquei de novo a saber das qualidades humanas do homem que mandou demasiado tempo em Portugal. Ali se percebe muito do nosso paternalismo social, da pieguice, da forretíce, do cinzentismo e da nossa tolerância temperada com rezas, sacrifícios e boas intenções.
Está lá a minha infância, a ideologia da minha geração, percebemos porque tivemos de nos tornar de esquerda, do contra. Crescemos contra a filosofia de vida Salazarista. Não que fosse má de todo: era patriota, honesta, bondosa, rural, comedida, fraterna, poupada, com o sentido da responsabilidade cívica. Havia noção de Pátria, família e respeito. Nos tempos que então corriam entre uma economia falida pelos jacobinos da 1ª República e uma política democrática desacreditada pelos republicanos ávidos de poder, Salazar surgiu como o fiel da balança. O salvador da Pátria, claro.
Se tivesse saído em 1956 tinha sobrevidido como herói, acabou como fantasma nacional.
O fim e a forma como desabou o seu Mundo, que previu nas longas conversas à noite com a Micas pelos jardins de S. Bento, foi trágico. E triste.
Fomos governados por um homem solitário, austero e bondoso, que gostava de flores, da companhia das mulheres e que sonhava um dia deixar o poder e regressar à terra natal para se dedicar ao vinho, à leitura e, porventura, ao amor. Esteve quase a fazê-lo com Christine Garnier mas quando teve de optar, adiou. Como o fez sempre com a passagem do poder.

sábado, dezembro 29, 2007

Pacheco abrupto com a blogosfera

Pacheco Pereira desanca hoje no Público a blogosfera portuguesa. Acha que ela reflecte narcisismos, invejas e má língua ( cito de cor). E acha mesmo que os blogues padecem do mesmo mal dos jornais, da falta de análise profunda, do pessimismo doentio, do bota-abaixo, enfim: os blogues do "Portugalinho" são mais do mesmo da imprensa tradicional, com a agravante que agora na blogosfera cada um se acha senhor de poder opinar sobre tudo, todos e o próprio umbigo.
Cada país tem a blogosfera que merece.
Até posso estar de acordo genericamente com esta crítica de Pacheco e posso mesmo adaptá-la a outras áreas da vida portuguesa, nomeadamente o fotojornalismo.

Só que, vindo de quem vem, esta análise demolidora perde bastante força. Legitimidade mesmo.
O blogue de Pacheco Pereira, O Abrupto, é de uma pobreza franciscana a tocar a indigência. É cinzento, chato, feio, pouco ágil, nada surpreendente, sem ferramentas multimédia, é uma folha simplória que por acaso é lida num monitor, mas se fosse impressa em papel podia ser um rascunho de um desroganizado estudante liceal.
Claro que tem audiência porque basta o homem querer opinar para os jornais lhe oferecerem páginas, as rádios ligarem os microfones, as televisões entrarem no ar. Pacheco atrai audiências. É o pensante útil, de serviço, para todo o serviço, como outros que assim ganham honradamente a vidinha. Nada de mal.
Até se lhe pode reconhecer uma corajosa frontalidade. Só que um site, ou um blogue que viva apenas do conteúdo escrito, caso do Abrupto, não atingirá nunca a dimensão para que nasceu: comunicar através de um novo meio, a internet com todas as ferramentas digitais que permitem uma nova forma de linguagem e interactividades nunca antes experimentadas. Os blogues são uma nova linguagem, uma nova cultura, uma geração diferente da tradicional que comunicava do alto.

Pacheco Pereira usa a blogosfera mas está longe de saber o que é este meio e as suas potencialidades. Ainda está na pré-história da web e já critica como se fosse uma sumidade na matéria, aliás como faz em relação a tudo e todos.

Pacheco: é o nosso, e o seu, portugalinho !!...

COMENTÁRIOS DESTACADOS DOS LEITORES:

moreno cabeleireiro disse...

O Pacheco é o próprio Centralismo Blogosférico. Comité Central de si próprio, o homem não pára! Opina sobre tudo. É o secretário geral dos aborrecidos-oprimidos. Chega de tanto cabotinismo.

7:27 AM

Eliminar
Anónimo Anónimo disse...

Nesta matéria de blogs o LC ressentiu-se e com a legitimidade que o seu trabalho neste blog lhe outorga. Nós somos previligiados leitores bloguistas.
Agora o PAcheco , acha que só devem emitir opiniões sobre outrém ( individuo ou sociedade ) quem tem alvará para tal.Assim só pode ser religioso quem vai à missa e entregar ao padre a sua ligação com Deus.
Com o Pacheco passa-se o mesmo! Nós para termos opinião temos que citar o Pacheco.
Este Portugal está cheio de Pachecos e por isso temos maiorias absolutas na politica há 20 anos.Temos os orgãos do estado sempre controlados pelos mesmos e somos cada vez mais pobres. Para além do estado apadrinhar monopolios empresariais.

Lembro-me do Mario Soares dizer que com a entrda na CEE os portugueses iriam ter o nivel de vida da Europa, Foi à 21 anos!

Esqueceu-se de dizer qual Europa!
Nós vamos caminhando em direcção à Roménia a grande velocidade !!!

O Pacheco que diga quêm o financia e quêm lhe encomendou essa opinião?
Vem ai o controle da internet! Não é PAcheco? Entretanto vamos já lavando a cabecinha do gentio!!!!

12:57 PM

Eliminar

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Torres Couto, 20 anos para limpar o nome

A entrevista que Torres Couto dá à revista Sábado desta semana, no seu exílio em Fortaleza, no Brasil, é um testemunho pungente da ironia da política e da justiça em Portugal.

Torres Couto foi um líder sindical tolerante e conciliador, sendo socialista assinou o acordo de concertação social com Cavaco e o sindicalismo democrático ficou a dever-lhe muito até pela boa relação que sempre teve com o então líder da CGTP José Luís Judas.
Acusado de fraude na gestão dos fundos da Europa, ele e outros dirigentes da UGT, tiveram que esperar 20 anos ( vinte!) para que a justiça tivesse sido feita e eles ilibados. Pelo caminho ficou uma carreira política caída no descrédito e pior: uma vida pessoal que acabou por ser afectada pelo escândalo e pelo julgamento em praça pública, que ele nunca conseguiu evitar.

Estive duas vezes com o Torres Couto. Uma no Algarve a fotografá-lo para o Expresso sobre políticos em férias e outra viajei a seu lado de Bruxelas para Lisboa, vinha eu de uma reportagem e ele de fim de semana do seu cargo de eurodeputado.
Era, e é, um homem inteligente, afável, e com uma visão política muito realista e moderna. Dizia-me no Algarve que o Cavaco tinha uma visão saloia do país. Por exemplo ele achava que os portugueses não precisavam de ensino pré-escolar porque havia sempre umas amas que resolviam o assunto. No avião de Bruxelas confessava-me o seu desalento pelo guterrismo e pela forma atamancada como Portugal crescia sem sustentabilidade.

Talvez por ser tão forte e afirmativo se tenha tramado no Partido Socialista. A verdade é que nem Ferro Rodrigues o segurou, ele que agora se arma em vitima por ser testemunha no Caso Casa Pia e só Manuel Alegre o apoiou no pior dos momentos. Outra coisa eu não esperaria.
A história de Torres Couto dá que pensar. Demonstra a fragilidade do sucesso e prova como a inveja e a mediocridade são os maiores lobbies da maldade num país de gente hipócrita.
Quando no mesmo dia leio que o número dois do BCP vai ser esse socialista inefável de nome Vara, aliás grande amigo de José Sócrates, que aliás é também grande amigo de Santos Ferreira, que aliás é grande amigo de Guterres, que por acaso também deixou cair na lama Veiga Simão, um homem de dimensão invulgar e que também na mesma revista conta a sua história de sucessos e traições. Como dizia o Fernando Lopes, " isto anda tudo ligado".

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Merry Christmas pela MAGNUM

Sarko e Carla, amor no Nilo

O EL Mundo não brinca e não tem complexos. As fotos dos pombinhos. AQUI.

CALENDÁRIO PIRELLI 2008

Está aberto o salto do Vara

Soraia Chaves incendeia net

Estreia hoje Call Girl o filme fetichista de António Pedro de Vasconcelos. Até aqui nada de novo. O que há de extraordinário é o fenómeno Soraia Chaves. Esta mulher incendeia audiências, desperta fantasmas, faz dos portugueses uns alarves dos sentidos.
O que tem Soraia que as "outras" não têm ? Um misto de malícia e mistério numa voz que desperta roncadores. Frágil, com ar de quem precisa de amparo, a actriz que não atingiu ainda a perfeição da técnica de bem representar, já atingiu a fama.

As entradas no Instante Fatal têm sido de fazer bicha para essa palavra chave: Soraia, a Chaves.
O vídeo que tive a ousadia de fazer com fotografias para a Única do Expresso está a atingir os 40 mil visitantes no Youtube, o que é um grande êxito para mim: nunca pensei ter tanta audiência com um vídeo feito sem pretensões e que acabou por desgostar muita gente, por diversas razões. O sucesso tem sempre um preço ! Eheheh!...
O filme de APV vai ser um sucesso, diria mais um susexo!

quarta-feira, dezembro 26, 2007

A febre do meio mandato de Sócrates

O estado a que chegou a governação socialista mostra e demonstra de novo, como as maiorias políticas acabam por corromper por completo o espírito da democracia. Se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente.

O que estamos a assistir em matéria de dança de cadeiras entre a CGD, o BCP e o governo não pode deixar de nos aparvalhar. Pior é difícil de imaginar, mas vai ficar pior, descansem.

Sócrates está naquela curva do mandato em que vale a pena valer tudo. Ou agora ou nunca.
O que fizer agora ainda não será lembrado nas próximas eleições e portanto: o fartar vilanagem tem de ser já. O povinho tem memória curta. O povinho não tem mesmo memória.
Um político que prometeu e não cumpriu em áreas tão sérias como os impostos e o emprego, um político que não tomou uma única medida que tenha beneficiado quem quer que seja, a não ser os interesses do grande capital ( pareço o PCP mas é a verdade), um governo que aniquilou a classe média, tirou regalias sociais, que destruiu o pouco que havia do estado social, ainda aparece nas sondagens com um excelente resultado.
Os portugueses perderam a noção de tudo. Satisfazem-se com um pérfido poder de compra, a possibilidade de uns endividamentos, umas larachas de TV e férias pagas a prestações.
Perdemos a qualidade e pior: perdemos uma cultura responsável de vida e de cidadania.

Com um primeiro-ministro licenciado pela sorrelfa, a mediocridade instalou-se na sociedade portuguesa e alastrou a todas as áreas da sociedade. No Estado e nas empresas. Nas escolas e nas famílias. Até os padres mudaram. Tornaram-se modernos, light, e esqueceram o latim.
É uma análise catastrofista e amarga mas convenhamos que é difícil não se ser amargo num país que demora 15 anos a construir um túnel inútil no Terreiro do Paço, que fez estádios de futebol e fecha hospitais, que tem o pior ensino da Europa, embora o mais caro, que tem uma saúde cara, estúpida, incompetente, digna de um país do terceiro Mundo... Temos uma justiça anacrónica que não permite o crescimento económico e que deixa injustiçados muitos... Estes últimos anos, depois do Guterrismo, ficamos com todos os índices estatísticos contra nós, a não ser o da mortalidade infantil, o único item onde crescemos e melhorámos. E sabem porquê ? porque foi sempre o mesmo grupo a tratar do assunto e os políticos esqueceram-se de ali fazer mexidas.

Se Pinho for para a CGD já nem vai poder haver adjectivos. Mas esta maioria absoluta que os portuguesinhos elegeram está um brinco. Não parece haver grandes contestações: vamos pagar mais impostos, aceitamos pacificamente a nova lei sobre o tabaco, aceitamos tudo. Sócrates é um sortudo.

Sarkozy intimo com Bethina Rheims


Sarkozy deixou que o Paris-Match, pela objectiva de Bethina Rheims, entrasse durante uma semana na sua intimidade. As fotos são soberbas, não fossem elas de uma das fotógrafas mais conceituadas. Bethina não é uma fotorepórter mas as fotografias do PR francês mostram bem como no acto de fotografar não há etiquetas.
Vejam aqui o vídeo e comprem o Paris-Match. O último reduto do fotojornalismo puro e duro, malgré tout.

Mais notícias:

Sarkozy com Bruni em lua de mel, no Egipto

Sarkozy e Carla Bruni estão de férias no Egipto. Segundo o jornal El País, o casal chegou esta quarta-feira num jacto privado, emprestado pelo milionário francês Vincent Bolloré.

O Presidente francês e a cantora vão ficar na zona de Luxor, no Hotel Old Winter Palace, onde cada noite custa 1.100 euros.

A estadia do casal foi programada pelo ministro da cultura do país, que escolheu vários pontos turísticos para o casal visitar.

No dia 27, Carla e Nicolas Sarkozy vão encontrar-se com o ministro Bernard Kouchner e a sua companheira, a jornalista Christini Ocknrent, numa mansão junto ao Mar Vermelho.

As férias do Presidente francês e Carla Bruni terminam no dia 30. No mesmo dia, Sarkozy irá até ao Cairo, para se encontrar com o Presidente Egípcio Hosni Mubarak.


Leitores do Fatal decidiram

Armando Vara, cenas rosa choque

Armando Vara é uma grande figura da democracia portuguesa.
Foi ele que inventou as matrículas com letra K quando foi secretário de estado, foi ele que inventou a tolerância zero nalgumas estradas assassinas em que o Estado não investiu um chavo, foi ele que esteve envolvido na célebre Fundação para a Prevenção e Segurança e foi ele que Jorge Sampaio obrigou demitir através de um ultimatum a António Guterres, por causa das broncas com a célebre fundação.
O homem fez de morto político e acabou por entrar para a administração da Caixa onde antes, muito antes, tinha sido um modesto, mas já ambicioso, empregado de balcão.

Vara é unha com carne com Sócrates e tem um percurso político e académico que parece clonado do primeiro ministro. Ambos têm uma formação académica de alto gabarito, licenciados na Universidade Independente. E se Sócrates teve o brio de ver a sua licenciatura passada a um domingo, Armando Vara teve a sua licenciatura passada três dias antes de entrar como administrador da Caixa Geral de Depósitos.

Agora está de volta ao sucesso. E aí está outra vez o transmontano a subir a corda a pulso socialista. Como tem saber e talento para tanta subida não se sabe, mas que Vara salta bem na dita que ninguém duvide.

Vejam este extracto de uma notícia do Público, ainda deste ano:

Ex-professor de Sócrates envolvido no projecto
Morais, GEPI e construtora da Covilhã fizeram moradia de Armando Vara
20.04.2007 - 09h03 José António Cerejo, PÚBLICO
Armando Vara, quando era secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, recorreu ao director-geral do GEPI (Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do MAI) e a engenheiros que dele dependiam para projectar a moradia que construiu perto de Montemor-o--Novo.

Para fazer as obras serviu-se de uma empresa e de um grupo ao qual o GEPI adjudicava muitos dos seus concursos públicos.

Com 3500 contos (17.500 euros) o actual administrador da Caixa Geral de Depósitos e licenciado pela Universidade Independente tornou-se dono, em 1998, de 13.700 m2 situados junto a Fazendas de Cortiços, a três quilómetros de Montemor-o-Novo. Em Março de 1999 requereu à câmara o licenciamento da ampliação e alteração da velha casa ali existente.

Tratava-se de fazer uma casa nova, com 335 m2, a partir de uma quase ruína de 171 m2. O alvará foi emitido em 2000 e a moradia, que nunca teve grande uso e se encontra praticamente abandonada, ficou pronta meses depois. Já em 2005, Vara celebrou um contrato para a vender a um particular por 240 mil euros, mas o negócio acabou por não se concretizar.

Onde a história perde a banalidade é quando se vê quem projectou e construiu a moradia. O projecto de arquitectura tem o nome de Ana Morais. Os projectos de estabilidade e das redes de esgotos e águas foram subscritos por Rui Brás. Já as instalações eléctricas são da responsabilidade de João Morais. O alvará da empresa que fez a casa diz que a mesma dá pelo nome de Constrope.

A arquitecta Ana Morais era à época casada com António José Morais, o então director do GEPI, que fora assessor de Armando Vara entre Novembro de 1995 e Março de 1996. Nessa altura, recorde-se, foi nomeado director do GEPI por Armando Vara - cargo em que se manteve até Junho de 2002 - e era professor de quatro das cinco disciplinas que deram a José Sócrates o título de licenciado em Engenharia pela UnI.

O Bcp continua no bom caminho como se pode ver.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

CHAMAR A MÚSICA

Esta noite não vou ver a TV nem a folha do jornal banal que ninguém lê... Vou chamar a música...como o vento do deserto... musa dos meus temas, nesta noite de açucenas...abraçar-te apenas....

Uma canção para esta noite de Natal. Chamemos a música e as musas. Feliz Natal!


VIDEOCLIP DE LUIZ CARVALHO

domingo, dezembro 23, 2007

O tesourinho deprimente de José Manuel Barroso

Nos tempos em que José Manuel Barroso era durão marxista-leninista-maoísta e lutava contra o ensino burguês. Uma pérola achada no blogue Terra de Ninguém.

Urgências fecham para bem dos utentes


O Ministério da Saúde garantiu hoje que o encerramento das urgências do Hospital José Luciano de Castro, em Anadia, e do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Alijó durante o período nocturno é "para o melhor das populações".

"Esta decisão é para o melhor das populações. Em Anadia e Alijó, os serviços que vão encerrar não reuniam as condições adequadas a um serviço de urgência", disse à Agência Lusa fonte do Ministério da Saúde.

Quem é amigo, quem é?
O ministro Correia de Campos, claro !

Governo não evita mais mortes nas estradas

O número total de mortos nas estradas portuguesas até ao final do ano deverá ser superior aos registados o ano passado. Num balanço divulgado no seu sítio na Internet, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária refere que há um aumento de 19 mortos, no período entre 1 de Janeiro e 16 de Dezembro deste ano, em relação ao período homólogo do ano anterior. Em 2006, morreram 850 pessoas nas estradas portuguesas.

FOTO DO ANO UNICEF

Acidentes, consumismo e Natal

Quatro vítimas mortais é o balanço da «Operação Natal 2007» nas primeiras 48 horas. Há ainda a registar 13 feridos graves e 161 ligeiros. Foram ainda detidos 22 condutores por ultrapassarem 1,20 gramas de álcool por litro de sangue quatro por conduzirem sem carta.

Fotos de Miss França crucificam-na

A revista Entrevue publicou nesta sexta várias fotos de Valérie Begue, nascida na ilha Reunion, em poses particularmente ousadas.

Em uma delas, Valérie aparece lambendo o conteúdo de um pote de iogurte, enquanto em outra a Miss aparece de biquini simulando estar crucificada.
"É absolutamente inaceitável. Ela deve sair imediatamente, ou a obrigaremos a sair. Não é qualquer coisa a imagem da Miss França, imagem que ela suja. Lutamos desde sempre para que este concurso seja digno da França", declarou à AFP Geneviève de Fontenay.


Prendas muito estúpidas para o Natal


O site : http://www.stupid.com sugere para o Natal limpa sanitas com as figuras de Bush e Hillary entre outros. Era uma boa ideia para vender em Portugal com alguns cromos nacionais.

sábado, dezembro 22, 2007

Meneses e às vezes

O PSD antes de Meneses estava à beira do pântano, prepara-se para dar um passo atrás

Quer ser o nosso Sarkozy e tem um jeito muito peculiar de dar tiros nos próprios pés.
Ainda não se percebe se o tipo é mesmo assim, se disfarça mal ou se estamos perante um caso de ingenuidade bacôca política. Na entrevista que deu ao Expresso desta semana deixou cair umas ideias que são, no meu modesto entender, um suicídio político.
O homem acha que ao defender ainda mais as políticas neo-liberais vai ganhar votos. Ora, os portugueses, a classe média, estão fartos de pagar para tudo e para nada, e por nada. Vir com os chavões que o Estado deve alienar tudo, até a saúde, as comunicações, a água, tudo, não me parece nada de rentável em votos contados. Aproxima-se de Sócrates, reforça o centrão, não dá alternativa ao eleitorado desiludido. Faz crescer Portas e até o BE.

Um clone de Sócrates era o pior que podia acontecer agora à política portuguesa.

Depois das patacoadas na entrevista, veio pouco depois dizer no jantar de Natal do PSD que as divisões e conversas de corredor não vão permitir a vitória daqui a 2 anos sobre o PS. Logo: reconheceu que há divisões e, frágil, reconhece que lhe andam a fazer a cama. Meu caro: isso acontece aos melhores, pode crer. O que não é o seu caso.
Hoje veio meter de novo água ( apesar de ainda não estar privatizada) ao exigir que Cadilhe seja o futuro Presidente da CGD. Se Sócrates o quisesse fazer- o que duvido- já não poderia, se o não fizer vem mostrar que bem pode Meneses pregar no deserto, olhar para o céu e amaldiçoar as elites sulistas, como o fez no seu pândego livro. O Rui Ramos é que o topa!
Que desgraça !!! Até o pequenino fazia melhor.

O iPhone autografado por Bill Clinton

Presos não vão em seringas dadas pelo Estado


Nenhum recluso aderiu até agora ao programa de troca de seringas na prisão de Paços de Ferreira, segundo o sindicato dos Guardas Prisionais, que coloca a hipótese de os detidos desconfiarem do sistema e recearem ser prejudicados quanto a saídas precárias, noticia a Lusa.

Claro, óbvio: quem se vai denunciar com a medida ? Mas sosseguem caros presos: droguem-se na legalidade mas se forem apanhados a fumar a ASAE mete-vos na ordem e se reincidirem acabam atrás das grades. A perseguição ao tabaco vai começar. Os novos inquisidores estão no seu mundo, sempre em nome do ar puro, das virtudes, da moral. Há em tudo isto uma certa atitude fascista.

Terra de Ninguém é blogue que promete

Um novo blogue, Terra de Ninguém que aconselho vivamente. Primeiro, porque é inteligente, bem escrito e com sentido de humor; Segundo porque o autor tem 17 anos e um talento emergente já bem vincado; Terceiro porque o Pedro Freitas, o autor claro, é meu sobrinho e prova que quem sai aos seus não é de Genebra!!!
Fui há pouco brindado com esta surpresa que me deixou estarrecido, e peço desculpa por estas inconfidências. Sem paternalismos: o Terra de Ninguém arrancou bem e fixem este nome que vai dar que falar. E Pedro: nada de vídeos da Soraia Chaves, se não a ASAE ainda te fecha a loja!

Doentes felizes no Curry Cabral



Gostava que Correia de Campos tivesse estado hoje numa singela festa que foi organizada numa sala à parte do serviço de cuidados intensivos do Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Teria sido a melhor lição que o ministro dos cortes na saúde podia ter tirado ao longo deste seu longo e cruel mandato.
Para quem a eficiência da saúde se mede em números de produtividade dos médicos ( mais uns priviligiados a abater da classe média), em custos de funcionamento, em permanente campanha de descrédito dos profissionais da saúde, se ali tivesse estado o senhor ministro veria como há serviços em Portugal que afinal são exemplares, e que um serviço público a sério só pode funcionar com empenho, alguns meios e muita dedicação.
A política de terra queimada do ministro contra médicos, enfermeiros e doentes, não promove nada o desenvolvimento. Mas há quem saiba dar o exemplo, sem se pôr em bicos de pés, sem publicidade. Há quem seja herói no anonimato. São os melhores de todos nós.

A sala especial dos cuidados intensivos, paga com sponsers, permite a vida digna a dois doentes muito especiais. Um que vive há 32 anos entravado numa cama, e uma outra doente que resiste há 15 a uma total paralisia.
Hoje houve felicidade num quarto de hospital.
Só por isto, eu que detesto o Natal, fiquei rendido.
Feliz Natal, Mr. Campos.

Madonna realizadora, segue marido


A cantora norte-americana Madonna vai estrear-se como realizadora apresentando o seu primeiro filme no próximo Festival Internacional de Cinema de Berlim, noticiou o semanário alemão Spiegel, escreve a Lusa.

«Filth and Wisdom», um filme de baixo orçamento, rodado em Londres e baseado na sua própria experiência de vida, chegará à capital alemã pela mão da autora, que irá pessoalmente apresentá-lo na 58ª edição do festival, indica o semanário que será publicada este fim-de-semana.

Espaço Shengen: via verde para 400 milhões


Poder viajar sem fronteiras é na verdade um sonho concretizado.
Lembro-me como era penoso, para não dizer assustador, atravessar as fronteiras entre Portugal e Espanha e de França para Espanha. Por vezes éramos obrigados a esvaziar o carro, a abrirmos sacos e malas, e sermos obrigados a pagar direitos por uns tarecos quaisquer.
Ainda hoje, quando vou a África me lembro logo desses anos de aventura nas fronteiras europeias. Foi há muito pouco tempo. Como eu tremia ao atravessar Vilar Formoso com um amplificador Rotel enrolado numa manta no banco de trás do Dyane, ou como eu estava aflito a passar na Portela em 1982 com um elevador de um vidro para a porta do meu MGB-GT !
A liberdade consolidou-se muito nesse aspecto.
Os 400 milhões de europeus que vão poder circular pela Europa, livres de fronteiras, nem sabem bem ainda o que representa uma tão grande mudança de cultura.
É pena que a Europa nos traga, no reverso, como desconsolação, a eurocracia, o politicamente correcto, a estupidez do deficit que impede o crescimento. O verdadeiro controle, eficaz do cidadão para ser feito hoje, não precisa mais de um polícia a cheirar bagagens e a carimbar passaportes. Os computadores encarregam-se dessa missão. Em cada sistema windows, um bufo ( o MAC é para artistas !!!).
O controle passou a ser informático, digital, implacável, certeiro. Por isso só foi possível agora alargar Shengen com o competente contributo português em software. Ninguém vai escapar ao controle. Somos óptimos em vias verdes.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Call Girl, Soraia Chaves e o fétiche do mestre


António Pedro de Vasconcelos APV) não é só o benfiquista que transparece na RTP N naqueles debates de marretas da bola. O APV é um cinéfilo de gabarito, um intelectual criado no Vavá da Avenida de Roma em Lisboa, nos saudosos anos sessenta, quando ter um mini era porreiraço e a palavra "pá" nasceu na gíria alfacinha.

Se há quem goste de cinema, saiba dessa poda e tenha sentido cinéfilo é ele. Depois é um homem de charme encantador, um contador de histórias. Gosto muito do António Pedro de Vasconcelos e fico deliciado com este seu percurso de realizador. Ele ultrapassou bem o período do cinema de 16 milímetros, câmara ao ombro, preto e branco, som directo, planos sequência até se gastar o magazin, para um cinema que chega ao grande público e que sabe descrever a sociedade portuguesa. Deu esse passo em O Lugar do Morto e agora chegado a Call Girl vai ser a afirmação como o realizador português que mais entradas vendeu até hoje, sem abdicar de fazer cinema de autor.
Call Girl estreia a 27 de Dezembro e as crónicas que o mestre escreveu no Sol durante a rodagem do filme, em textos bajuladores para com a sua actriz fétiche, a Soraia Chaves, fazem adivinhar que vamos ter cinema de fazer crescer água na boca.

PS: o que um tipo tem de escrever só para ter o pretexto de pôr uma foto da Soraia !

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Patrões estão frustrados, coitados !

Os patrões estão frustrados com a nova lei laboral. Afinal não vão poder despedir à balda. O sonho de uma sociedade onde os empregados sejam uma espécie de material descartável não está a concretizar-se. Uma chatice.
Os comentadores políticos, nomeadamente alguns jornalistas de economia que despem o fato macaco de jornalistas para trajarem um traje de luces de comentadores encartados, já disparam na SIC N que a lei não permite os despedimentos, logo não vai haver retoma, nem crescimento. A culpa é dos trabalhadores, dos sindicatos, do governo socialista. Estes arregimentados ainda vêm com a lata de que o crescimento português não acontece por causa das leis laborais. O crescimento nacional não dispara porque a conjuntura é má, os nossos empresários são maioritariamente analfabetos, grunhos mesmo, e aqueles que são letrados acabam por se manifestarem demasiado espertos, para eles claro.
Isto é um discurso de esquerda ? Deus me livre ! Temos de entender que um país só cresce se houver responsabilidade de patrões e empregados. Ora, em Portugal os trabalhadores adoram não pensar, descansar, sonhar com pontes e feriados e horas de saída, e os patrões olham para os empregados como uma raça a abater. Neste contexto troglodita, onde as empresas desprezam sistematicamente o mérito e o espírito empreendedor, é difícil haver uma lei laboral que acabe com este lamaçal.
Bem podem os comentadores de economia pregar por uma lei laboral neo-liberal. O que eles não pensaram é que com uma lei dessas eles seriam logo os primeiros a engrossar o nosso exército de desempregados. Acabava logo o pão para malucos.

Sobe, sobe, Fatal sobe !


Mais um dia triunfal para o Instante Fatal: 1116 visitas. Gracias, meu povo !

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Manhã negra na Urgência de Faro

Hoje tive a minha penitência, embora não estejamos na Páscoa.
Seis horas na urgência de Faro para fotografar os imigrantes clandestinos, que os inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras conseguiram evacuar pelas traseiras, à última hora, longe dos três jornalistas que ali estavam. Isto mostra bem como as autoridades não têm a mais pequena consideração pela missão de informar e só se preocupam com manobras de lana caprina. Para os cabos de esquadra, os jornalistas são sempre inimigos.

Lixaram-se pois apanhei-os mais à frente e foi disparar até esgotar o buffer da máquina.
Mas não é disto que quero falar.
Quero falar da triste e deprimente vida na sala de espera de um hospital português cheio de esterco, contentores ferrugentos, chaminé a queimar lixo, funcionários com ar de mais doentes do que os próprios doentes. Parece a Roménia ou outro país de Leste no tempo do comunismo. Sim porque agora começam a passar-nos a perneta.

Ali, entra-se doente e pode sair-se morto, ou pior: entra-se cheio de saúde e fica-se apanhado pelo clima. Os doentes estão ali horas e horas sentados a entreterem-se com outro deprimente albergue televisivo, A Praça da Alegria da RTP, sem saberem quando e como vão ser atendidos.
Aquilo não é saudável, é sórdido.
Em Portugal é tudo reformado, ou está de baixa, ou o chefe facilita, portanto: espera camelo que a coisa está difícil ! A vida está má para todos...Depois vem o ministro falar na falta de produtividade dos médicos. É preciso ter lata e demagogia populista que baste.

O Hospital de Faro é um must de broncas. A semana passada um doente crónico que lá morreu foi descoberto pela família com um catrapázio em cima do cadáver a dizer:" cuidado tem vírus perigoso!". O que sobra em comunicação alarmista, falha em comunicação social. O assessor destacado para falar com a imprensa preocupa-se mais com fotos tiradas no interior do hospital sem autorização ( os burocratas são uma espécie em vias de desenvolvimento!) do que em informar os jornalistas e de lhes facilitar o trabalho.
Quando saí do hospital e tropecei dando com os queixos no chão, rasteirado pelas minhas botas CAT de homem das obras, e que não foram feitas para correr atrás de polícias, o que me assustou ainda no chão a tentar proteger a Canon da queda, era se tinha de voltar para as urgências de Faro ! Só essa ideia me fez levantar do chão como uma mola e sentir-me apto para todo o serviço. Safa ! Safa ! Já dizia o grande Cavaco, também ele achincalhado à entrada daquela monstruosa fábrica de consertar gente.

Novo salário minímo enriquece partidos

É uma bronca. Um escândalo, uma desfaçatez.

O governo decidiu aumentar uns pós ao paupérrimo salário minimo nacional (smn).
Ora, há indicadores de referência no que respeita a subsídios do Estado que estão indexados ao salário minimo. Quando o salário de referência aumenta, aumentam na proporção as subvenções estatais.
Uma vez que houve um aumento para o smn que ultrapassou largamente a inflacção os partidos políticos vão receber na mesma proporção a já choruda subvenção. O aumento é de tal ordem que vai chegar aos 5 milhões de euros só num ano, só o aumento!

(Ouvi esta tarde no
RCP, quando regressava do Algarve ( ALL!) depois de ter fotografado os pobres imigrantes marroquinos, e de vir tão distraído pois tive de travar ao lado de uma brigada da GNR-BT, vindo eu a 180 !!! ( os leitores adoram estas confidências). Os tipos toparam e até acenderam as sirenes. Como eu acalmei para os 100 ( safa! safa!!!) eles lá seguiram nos seus 160 !
Deviam estar com pressa para irem render de turno).


Portanto: ou o governo muda o critério e a lei, ou os partidos políticos vão receber mais pelo aumento do salário minimo do que os desgraçados que têm de viver com quatrocentos e tal euros por mês.
O PCP e o Bloco de Esquerda recusaram-se a comentar, mas o PS veio dizer pela boca de Canas e Coelho que talvez fosse conveniente pensar em fazer qualquer coisa. O PSD não comenta porque vai propôr outra lei para apoio aos partidos.
Estamos, na verdade, entregues à bicharada.

948 visitas hoje no Instante Fatal

terça-feira, dezembro 18, 2007

RESPONDA AO LADO À SONDAGEM FATAL

Noite branca nas estradas a Norte


Há gente isolada na IP4 e nalgumas estradas a Norte. Está tudo a bater o dente e alguns reféns dentro dos carros devido à neve. É a segunda noite branca !!.

Imigrantes decepcionados com o ALLgarve !

fotografia de ilustração tirada do Google
Até para se ser pobre é preciso ter sorte. Aqueles infelizes marroquinos que desembarcaram à beira do naufrágio na Ilha da Culatra, tiveram um azar dos Távoras. Imaginem que em vez de terem dado à costa em Espanha, os maus ventos dos vizinhos, trouxeram-nos para Portugal. É galo. Agora nem os imigrantes legais já querem Portugal, os ucranianos já não querem viver aqui e abalam para a Polónia e Itália.
Atónitos, os imigrantes ilegais que esperavam ouvir hablar espanhol, foram apanhados por uns tipos a falarem numa algarviada total. Quando toparam o engano um deles terá dito em françês marroquino: " Oh, nom ! Nous sommes arrivé au ALLgarve !".
O caso não é para brincadeiras, mas convenhamos que os pobres desgraçados tiveram mesmo pouca sorte com os ventos !

PS: O cúmulo do cinismo era estes pobres de Alá terem dado de caras com um daqueles cartazes do Ministro Pinho ( mas muito bem pagos por nós !) onde se gabam as potencialidades da Costa Oeste portuguesa. Porque não fazer um desses outdoors com os futuros imigrantes clandestinos ? Alô Nick!!! Já "basaste" ?

Como canta a namorada de Sarkozy

Vejam e oiçam como bem canta Carla Bruni, a nova companhia de Monsieur President Sarkzy.

Sarkozy e a Bruni

Sarkozy com a sua Bruni na Eurodisney. O PR francês já tem o seu parque de diversões


segunda-feira, dezembro 17, 2007

Rap dos bandidos ou Aniki-bó-bó versão XXI

Este vídeo vai transformar-se num ícone do Norte. Já é dado como o hino dos rebeldes da noite. Depois das últimas prisões ainda se fala mais nele. O grande Papa Saldanha Sanches já o identificou assim na SIC N. Calma rapazes ! O vídeo tem muita graça, gosto do seu acabamento artesanal e do tom sincero. Os putos têm pinta e até conseguiram figurantes como um Boxster S, um 645i e um MGB. É um Porto Graffitih.

Sócrates entra na campanha Portugal

fotomontagem:Luiz Carvalho

Se Sócrates quiser na Campanha ofereço esta foto. O Tsunami de Portugal

Intimissimi-1, Portugal-0


fotografias de Luiz Carvalho
Gosto muito mais da campanha da Intimissimi do que daquela que nos custou só em fotos para o artista convidado 800 mil dele.
A Intimissimi mostra argumentos que nem a Vanessa Fernandes, nem o Mourinho conseguem convencer. Depois porque a escala dos outdoors, a cor, o impacto social, é muito mais forte do que as " photoshopadas" do Nick Name. São fotos impactantes as da Intimissimi. Contra factos não há argumentos da campanha Pinho. Mais nada! ...
Claro que como fotógrafo gosto de malhar nos génios da estranja, bem pagos e famosos. Quem não gostaria de ter feito aquelas fotochachadas pagas a peso de ouro ? Logo, os anticorpos saltam e não se fala de outra coisa no meio da fotografia portuguesa. Dantes tinham inveja do António Homem Cardoso, agora roem-se com o Nick! Digamos que em matéria de inveja os fotógrafis portugueses internacionalizaram-se ! Ehehehe!
Na verdade a campanha é de uma banalidade confrangedora e duvido muito da eficácia. Os contrastados retratos não deixam sequer adivinhar os protagonistas. Primeiro porque são uma miragem, segundo porque tirando os do costume, os outros ninguém conhece. Mas como os tempos mudam, agora o que parece ter impacto é mostrar desconhecidos...mais uma invenção dos homens do marketing e das agências de comunicação.
Se aqueles cartazes deslavados incentivam a visitar Portugal... eu prefiro a Espanha.

domingo, dezembro 16, 2007

AS FOTOS DE 2007 do Whashington Post

CLIQUE AQUI PARA VER AS MELHORES FOTOS DE 2007

Oscar Niemeyer e os cem anos da genialidade


Identifico-me muito com a obra de Oscar Niemeyer.
Como arquitecto ele é um dos mestres dos mestres.
Se a arquitectura é espaço e tempo, esse conceito foi-me transmitido fisicamente quando desci uma escada circular que está implantada na Assembleia Nacional em Brasília.
Foi uma sensação de harmonia aliada ao funcionalismo e à escala do Homem.

Niemeyer conciliou o racionalismo com a funcionalidade a partir de uma ideologia posta na rotura com os conceitos tradicionais, com o fim de dar uma nova vida, fazer com a arquitectura uma sociedade nova: mais democrática, sem preconceitos formais. A arquitectura ganha espectáculo, ritmo, sinfonia, mas também uma geometria fria e arrojada de cortar a respiração.

Quando ao fazer cem anos este comunista diz que a vida nada mais é que um sopro e que ele não se considera ninguém de extraordinário, apenas mais um comum dos mortais, que acabará no esquecimento, mostra uma lucidez arrepiante. A consciência daqueles que ganharam a eternidade.

Cavaco Silva experimenta sensações fortes

«Foi como sentir a adrenalina sentado no sofá. Faz lembrar as viagens de Júlio Verne. É uma criação virtual extraordinária. Tinha conhecido algo não muito diferente na Exposição Universal de Sevilha. Foi uma sensação que vale a pena experimentar», disse Aníbal Cavaco Silva na inauguração do 17º Centro Ciência Viva do país.
O Presidente da República falava depois de experimentar os simuladores que lhe permitiram sentir as vivências dos morcegos cavernícolas que habitam na zona, viajar por 175 milhões de anos até às origens mais longínquas do Maciço Calcário Estremenho e ver, a três dimensões, as influências do clima na bacia de alimentação do Alviela.- Diário Digital.

O que dirá o nosso Presidente quando lhe deram para experimentar um simulador de um país que cresce sustentadamente, com ensino, saúde, justiça, impostos justos, segurança, ordenamento territorial...enfim: um pais. Façam esse simulador para ele pf. pode ser que ao menos isto se torne num país virtualmente decente. LC



sábado, dezembro 15, 2007

LINKS PARA SITES ÚTEIS NO INSTANTE FATAL

Beatriz Costa nasceu há cem anos.

Fotografia de Luiz Carvalho

Faz hoje cem anos que nasceu Beatriz Costa. A minha homenagem com esta fotografia que lhe fiz por volta de 1980.

Fotografia e jazz em Madrid

Fotografia: Luiz Carvalho

Uma homenagem à foto ganhadora no Concurso Epson. Minutos antes da entrega dos prémios fiz esta foto no Centro Rainha Sofia, Madrid, de músicos de jazz ensaiando. A foto tem tudo a ver com o ambiente da ganhadora. Coincidências divertidas.


sexta-feira, dezembro 14, 2007

800 mil euros para fotografar Portugal


Nos meios da fotografia não se fala de outra coisa: um fotógrafo estrangeiro foi contratado pelo Ministro Manuel Pinho ( marido da responsável pelo BESphoto) pela módica quantia de 8oo mil euros ( está certo o número) para fazer uma campanha publicitária sobre Portugal. O trabalho é feito numa semana e constará de paisagens e alguns retratos aos mais célebres portugueses, como Mariza, Mourinho e Ronaldo.
O fotógrafo é de primeira água e faz-se pagar bem. Santos da casa não fazem milagres e porventura não haveria muitos fotógrafos portugueses a poderem dar uma visão tão cosmopolita e internacional como este Nick Knight.
Lembro-me que o Duarte Pacheco também pediu ao Cecil Beaton para o fotografar no seu gabinete do Terreiro do Paço. Mas sejamos rigorosos: pagar este balúrdio a um fotógrafo parece-me um exagero. Eu levava metade e dobrava o tempo... o
pior era o resto e o resultado. Isto é como os arquitectos portugueses contestarem o facto do Ghery desenhar o Parque Mayer. Why not?
Só espero que as fotografias valham mesmo a maçaroca, senão... temos mais uma visão BESphoto em género publicitário. O que seria um escândalo e desta vez pago pelos nossos bolsos. Paga tuga !!.

Sais de prata

Acabo de descobrir este blogue sobre fotografia muito interessante e bem diferente do Instante Fatal, que é... um blogue um bocado a puxar ao tablóide ::)) Gostava por vezes de ter um registo mais " Sais de prata" mas estamos sempre reféns de qualquer coisa. Neste caso das audiências que eu muito prezo, embora seja um elitista sulista !!
Tomem lá link: Sais de Prata

Quem tramou Jardim Goncalves ?

Veja aqui esta excelente peça do Público.

Irene Pimentel ganha Pessoa

Foto: jornal Público

A Irene Pimentel acaba de ganhar o Prémio Pessoa. Conheço-a desde os anos oitenta, da Galeria Opinião, do restaurante A Trave, daquele Bairro Alto onde nos cruzávamos com o Luís Pacheco, o Manuel Fonseca, o Vitorino e muitos, muitos outros pândegos. este prémio é mais que merecido pelo seu dedicado, sério e profundo trabalho e pela sua enorme honestidade intelectual. Um grande beijo Irene e muitos parabéns.

Quem é a Irene Pimentel:


Irene Flunser Pimentel, historiadora, investigadora do Estado Novo, é a vencedora do Prémio Pessoa 2007.Irene Flunser Pimentel licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, em 1984 e é actualmente investigadora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É autora de uma vasta obra, entre a qual "História das Organizações Femininas do Estado Novo", da fotobiografia de Manuel Gonçalves Cerejeira, da fotobiografia de José Afonso e da obra "A PIDE/DGS, 1945-1974".O Prémio Pessoa, no valor de 50 mil euros, é atribuido pela Unissys e pelo jornal "Expresso". Em 2006 o laureado foi o investigador António Câmara, fundador da empresa de tecnologia Y Dreams./ Público

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Epson entregou prémios em Madrid

Uma das fotos ganhadoras com Menção Honrosa
A foto de Alfredo Cunha com Menção Honrosa
A terceira classificada
A primeira classificada

Foram hoje entregues os prémios do Concurso Ibérico de Fotografia organizado pela EPSON, e do qual eu faço parte do júri juntamente com o António Homem Cardoso por Portugal. A cerimónia acabou há pouco aqui em Madrid no Centro Rainha Sofia numa festa de muito bom gosto, muita gente, muito canapé e excelente champagne.
Os felizes contemplados (!) estavam todos, à excepção do Alfredo Cunha, o único português premiado.
Só tenho a dizer que estes eventos se revelam muito encorajadores para quem começa e muito reconfortantes para os decanos quando concorrem... e ganham, claro. Apesar de não ser muito concurseiro, com a idade torno-me mais tolerante ( embora não pareça !!) e começo a compreender o estímulo que estes acontecimentos proporcionam.
Mesmo com toda a vulnerabilidade que um concurso possa comportar, a verdade é que entre ganhadores e excluídos muito boa fotografia vem ao de cima e muita gente se entusiasma para começar na profissão de fotógrafo ou no passatempo da fotografia.