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terça-feira, dezembro 19, 2006

A deprimente televisão portuguesa

Ficar em casa, só mesmo obrigado.

E com a gripalhada tive mesmo de faltar à entrega do prémio EPSON em Madrid para o qual tinha sido convidado pela simpática Filipa Coelho, relações públicas da EPSON Portugal.

Ainda por cima deixar de ir a Madrid por causa de uma estúpida gripe...

Ficar em casa acaba por me chamar a atenção para a televisão. Mesmo de relance não posso deixar de notar que os telejornais são todos iguais, só mudam no alinhamento. De resto, o estilo, o conteúdo, a duração, é mais do mesmo. As televisões anulam-se umas às outras, imitando-se, sem um rasgo de criatividade, nem arrojo. Estão a gerir as miseráveis audiências e não arriscam mudar.

Esta atitude acabará por levar ao suicídio. Tudo irá mudar com a televisão digital terrestre e esta forma de programar em televisão será atirada para as calendas.

Os temas dos telejornais são deprimentes. Por exemplo, a SIC põe um tom de desgraça em tudo. Para falar do Natal vai buscar pobres na rua, desgraçados sem tecto. É um choradinho pegado. Aquela tagarelice da crise, tipo: " a crise aí está e os comerciantes não vendem.." é um tique permanente.

Estar doente é uma seca mas assim se vê como aqueles que têm de ficar em casa sofrem e vêem a dor aumentada com esta televisão triste e deprimente com laivos de alegria sórdida como são os felinianos programas da manhã.
Amén.

1 comentário:

  1. não posso estar mais de acordo. Acabei de assistir à abertura do Jornal da Noite da Sic sobre a vaga de frio que aí vem. Fiquei a saber que uma senhora já colocou mais um edredon na sua cama, e um senhor que queria comprar um aquecedor não encontrou o que procurava. Ora se isto é jornalismo, a minha vizinha do 1º Dto merece o pulitzer. Sempre faz "reportagens" mais criativas.

    cumps

    ps: as melhoras.

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