quarta-feira, maio 30, 2007
terça-feira, maio 29, 2007
Maddie: hipótese do veleiro raptor cresce
Algumas pistas interessantes no blogue Portugal Profundo:
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No Diário de Notícias de ontem, 28-5-2007, numa notícia assinada por José Manuel Oliveira, surge a filtrada "pista do velejador britânico", remetendo também para uma alegada referência no computador de Robert Murat, o único arguido do caso, e da rota marítima de fuga:
Do Portugal Profundo contactei ontem, 28-5-2007, à tarde a Marina de Lagos e foi-me dito que, desde há meses, o Posto de Fronteira internacional do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) na Marina não tem ninguém "em permanência", isto é, está normalmente... vazio. Apesar deste posto constar do Acordo de Schengen, não tem ninguém, aparecendo os agentes do SEF quando são chamados pelos serviços da Marina. Não existe, assim, um controlo presencial dos movimentos de entrada e saída da Marina pelo SEF.
O processo de vigilância será o seguinte: a Marina comunica por e-mail (!) com o SEF - dentro da obrigação estipulada de comunicar aos órgãos de polícia criminal - que existe uma embarcação que quer sair para um país ou território fora do chamado Espaço de Schengen, como Marrocos, e os agentes do SEF, tal como os da Alfândega, aparecem para o controlo dos passageiros e tripulantes. Na Marina dispõem ainda de contactos telefónicos fixos e móveis do SEF. Todavia, se o proprietário da embarcação não declarar expressamente que vai para um porto estrangeiro fora do Espaço de Schengen essa fiscalização não é feita.
O horário de Inverno da Marina, entre 16-9 e 31/5, que vigorava quando Maddie desapareceu, vai das 9 às 18 horas. As embarcações de mastro mais alto precisam que seja levantada a ponte levadiça para poderem sair e isso só pode ocorrer, nesses casos, quando os serviços da Marina estão abertos (no horário referido). Todavia, quando pretendem deixar a Marina fora do horário, também existirão casos desses em que as embarcações passam com autorização, dentro do horário de abertura dos serviços, a ponte levadiça e ficam amarradas depois no pontão para poderem partir quando desejarem. No caso de embarcações de mastro menos alto e nas embarcações a motor a questão do bloqueio da ponta levadiça não se põe e podem partir na prática quando entenderem, não existindo controlo dos seus movimentos fora do horário previsto.
Mais ainda, a Brigada Fiscal também controla os movimentos das embarcações e fá-lo 24 hortas por dia. O controlo da Brigada Fiscal é feito muito por causa da lota, de forma a prevenir que o peixe seja vendido pelos pescadores fora desse espaço autorizado. Os agentes da Brigada Fiscal, que cumprirão turnos de 6 ou 8 horas, realizam um percurso que inclui a lota e não estarão permanentemente no extremo do pontão. Aliás, nem sequer têm um local no pontão onde se abrigar nessa tarefa - ao que parece tendo já existido directivas que terão proibido que o agente leve o carro próprio para se abrigar. Mais ainda, a vigilância da Brigada Fiscal, incide sobre a área fiscal, cabendo ao SEF o controlo da entrada e saída de pessoas e dispondo de informação referente a pessoas que são procuradas.
Este dispositivo (serviços da Marina no horário previsto e Brigada Fiscal para a vigilância alfandegária e fiscal) não garante o controlo da fronteira marítima internacional em Lagos - o que é grave num contexto de constante imigração ilegal a partir de Marrocos e África sub-sahariana e de tráfico de droga - e não podia ter prevenido a fuga do(s) raptor(es) de Maddie através de um barco, se foi essa a via utilizada. Madeleine pode não ter sido extraída do País num barco, mas, se foi, o dispositivo não era suficiente para prevenir a fuga pelo mar a partir de Lagos.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): Robert Murat que é arguido - e não acusado nem pronunciado -no processo de desaparecimento de Madeleine Beth McCann tem direito à presunção de inocência até à emissão de sentença condenatória transitada em julgado. Também o "velejador inglês", quem quer que seja, não é que se saiba arguido neste processo.
Levanta-te e faz slideshow!
Já disponível a versão beta do Soundslides Pro. Experimentem pois este não precisa de curso para aprendizes multimédia.
Viva o corretor, abaixo a ortografia
Parece que se pode passar a dar erros ortográficos.
A asneira não vai contar para as provas de português.
Fico mais descansado com as minhas gralhas e com as falhas da treta do corrector do blogue. Também não percebo porque tive de sofrer no liceu com o português e com os erros ortográficos, para já não me lembrar das reguadas na primária por causa dos erros no ditado ( sim, ainda apanhei o tempo das reguadas!).
Confesso que me parece tudo isto uma grande balda: licenciaturas por fax, cursos superiores onde se pode entrar com a quarta classe, dirigentes do Estado que o podem sem licenciatura, médias negativas para entrar na faculdade, passagens com número indeterminado e injustificado de faltas. O rol da permissividade escolar não tem fim.
Estamos a criar um monstro, melhor uma sociedade de energúmenos.
Portanto: o saber não conta, tudo se resume a uns artolas espertalhaços que debitam umas coisas e fazem o que lhes mandam.
Jovens, espertos, baratos, ignorantes, dóceis e muito burros. O perfil dos agentes do contingente geral.
Greve geral.Estado vai poupar no papel higiénico
Afinal não posso fazer greve amanhã. Fiquei a saber que não sendo sindicalizado não posso fazer greve. É pena. Dava-me imenso jeito.
Aproveitava para descer o Chiado, fazer uma ou outra foto para gastar os últimos filmes preto e branco que ainda tenho para a Leica.
Para comemorar o dia de luta atacava num puro e homenageava o camarada Fidel. Olhava Lisboa, a do Zé, a do Telmo, a da Roseta e a do Costa. Os outros também não interessam nada, estes também não.
Não posso fazer greve, portanto. Vou ter de trabalhar.
Mário Soares espera-me à uma da tarde para uma sessão fotográfica, antes a rotina habitual. Filho na escolinha às 9, jornal às 9 e meia, escolher fotos, combinar reportagens, ler jornais....
Não me lembro da última vez que fiz greve. Nem sei se fiz alguma vez. Se o Carvalho da Silva só fez greve uma vez.. eu também tenho alguma impunidade de esquerda, não ?
Devo ter feito quando era funcionário público e trabalhava como arquitecto no Ministério das Obras Públicas. Então tudo me dava jeito para faltar. Até uma greve.
Acho bem a greve, só que duvido da eficácia desta greve geral.
Não se percebe o objectivo. Quem vai sair mais prejudicado é o Zé ( não o queixinhas do empata) mas o verdadeiro que anda em transportes públicos e que tem de picar ponto e ver os descontos no fim do mês no salário baixo.
Os do costume é que pagam e sofrem.
O governo está-se nas tintas e o ministro das finanças ainda vai poupar uns milhares em dias que não vai pagar aos funcionários públicos e em papel higiénico.
Alexandra Lencastre escaldante
segunda-feira, maio 28, 2007
Papa recebe pais da desaparecida Madeleine
Os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, ambos católicos praticantes, assitirão à audiência geral, que se celebra na Praça de São Pedro, sendo depois recebidos pelo Pontífice.
Os McCann visitaram há poucos dias o Santuário de Fátima, em Portugal, e pediram aos peregrinos que ali se dirigem diariamente para rezarem pelo regresso da sua filha.
A criança desapareceu no dia 3 de Maio de um aldeamento turístico na Praia da Luz, perto de Lagos, quando se encontrava a dormir com dois irmãos gémeos, enquanto os pais jantavam num restaurante nas imediações.
Até o PS já quer Lino no Parlamento
O PS vai propor que o ministro das Obras Públicas seja ouvido sexta-feira no Parlamento sobre o futuro aeroporto internacional de Lisboa, respondendo a um requerimento do CDS-PP, anunciou o deputado socialista José Junqueiro.
O vice-presidente da bancada socialista adiantou que o PS está aberto a outras iniciativas parlamentares sobre o projecto em causa, admitindo um debate em plenário, se vier a ser defendido pela oposição.
"Há um requerimento do CDS-PP que pede que o ministro Mário Lino compareça na comissão de Obras Públicas com carácter de urgência. O PS decidiu viabilizar de imediato esse e todos os requerimentos que existam nesse sentido", declarou José Junqueiro à Agência Lusa.
"Proporemos que o ministro venha já na sexta-feira esclarecer o que tem de ser esclarecido sobre a questão do aeroporto da Ota", acrescentou, precisando que a proposta do PS será feita na reunião de terça-feira da comissão de Obras Públicas.
O vice-presidente da bancada socialista voltou a defender que o colóquio parlamentar agendado para o dia 11 de Junho sobre o futuro aeroporto internacional "responde, até por excesso", ao apelo do Presidente da República, Cavaco Silva, a um debate aprofundado sobre o assunto./JN
Ser ou não ser de esquerda, eis a questão
Hoje ao afirmar alto no meio de um open-space ( estilo Charrua ?) que era de esquerda, toda a gente num raio de 10 metros desatou a rir. Alguns dobravam-se mesmo com as gargalhadas. Fiquei atónito. Se mostram à minha frente a ideia de que sou de direita o que dirão quando não estou...
São pessoas simpáticas, algumas amigas, mas não me compreendem. Eu compreendo-os. Quando se tomam posições independentes, cria-se sempre a ideia de que estamos do outro lado da barricada, o que nem sempre é verdade.
A minha cultura é de esquerda, desde a adolescência. Embora seja verdade que quando eu gostava da Suécia os meus amigos falavam da China e quando eu agora cito Espanha os meus amigos citam a Suécia.
Acho mesmo que sou de esquerda. As minhas referências culturais estão todas na esquerda, as opções políticas sempre repudiaram os dogmas da direita, sou pelo Estado social, pelo papel moderador do Estado, acho que os sindicatos são importantes, reconheço a luta de classes, subscrevo por baixo todos os principios em defesa das igualdades, das oportunidades, da justiça social, tudo isso. Sei que tudo idto não basta para se ser de esquerda mas ainda acrescentaria uma grande lista de valores éticos e morais que a direita não defende. Depois sou um liberal na verdadeira acepção da palavra.
Também não vou estar aqui a desfiar o rosário das minhas opções. Até porque quem por aqui passa tem mais que fazer.
Conclusão desta cena: a forma como construímos a nossa personagem é determinante para os outros nos verem como nós queremos. A vida não está fácil para os politicamente incorrectos, para os que são independentes, para quem segue o seu caminho e não as tendências, as modas, o que dá jeito.
A zona de conforto é jogar dentro de uma grande área de consenso, sem ondas, sem duvidas, sem riscos. Talvez por não serem nada disto eu me identifico tanto com Proença de Carvalho e António Barreto, com Vasco Pulido Valente e Miguel Sousa Tavares.
Sou de esquerda mas ando de Porsche, sou de esquerda mas gosto dos frades da Cartuxa, sou de esquerda mas prefiro Partagas a Café Creme, sou de esquerda mas detesto grupos e grupinhos, sou de esquerda e gosto das homilias do Padre Cândido, sou de esquerda mas acho a Helena Roseta uma padeira de Aljubarrota demodée, sou de esquerda mas irrita-me a pose de Sócrates. Sou de esquerda mas acho que há patrões bons e patrões maus, trabalhadores excelentes e outros que são uns calaceiros oportunistas.
Voltarei ao tema.
Vosso,
luiz Carvalho
Destaco estes bons e divertidos comentários:
domingo, maio 27, 2007
Enfim Só- António Barreto sobre Sócrates
ENFIM, SÓ!
Público, 27.05.2007
António Barreto
Retrato da Semana
A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas maneiras. Mas, se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam. Entre estes, está o facto de o candidato à autarquia se ter afastado do governo e do partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal. A ponto de, com zelo, se exceder: prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido. Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.
Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado? Uns saneados, outros afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo. Manuel Alegre resiste, mas já não conta. Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe. António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão. Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.
O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário. Crispado. Despótico. Irritado. Enervado. Detesta ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam previstas. Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber. Deseja ter tudo quanto vive sob controlo. Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação. O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado. O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão. A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa. A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação. As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.
Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si. Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa. Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado. Nomeia e saneia a bel-prazer. Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.
A semana horribilis de Sócrates
O seu sucesso foi ter estado calado dois meses depois de ter tomado posse.
Quando abriu a boca foi para anunciar o aumento do IVA, o fim das SCUTS e o inicio da destruição do Estado Social. Mas quando o fez já tinha uma almofada de credibilidade costurada no silêncio.
O silêncio é uma das belas artes do sobrevivente português.
Conheço alguns desses mudos. Quando estão em crise calam-se, nunca se sabe o que pensam, o que dizem é feito de uma forma pausada, voz cava, expressão séria. Ou estamos perante um inteligente ou frente a alguém com sentido das responsabilidades. Geralmente estas aventesmas transformam-se em lideres, pouco depois revelam-se uns burocratas medíocres mas já é tarde. O poleiro já foi entretanto ocupado por eles e depois de lá estarem têm daquela cola que cola burocratas ao tecto.
O nosso primeiro, que sabe não ter grandes qualidades de intelectual ou de cultura estruturada, aprendeu a vida na politica e nesta soube pôr-se a jeito para estar no sitio certo na hora certa, logo aprendeu esta máxima: " O que não digo faz parte de mim o que digo torna-se em propriedade dos outros".
Quando o controle pelos bitaiteiros terminou, isto é: quando os seus ministros desataram a falar a coisa começou a complicar-se.
Primeiro foi o inefável ministro da saúde que mais parecia querer deitar abaixo o governo do que fazer parte dele ( agora muito calado, repare-se), agora têm sido outros destruidores do dono.
Mário Lino parece um buldozer a levar tudo á frente. As bocas à margem sul são estúpidas mas a comparação infeliz ( muito infeliz !!!!) do aeroporto na margem sul a um doente com cancro nos pulmões ultrapassa tudo. Esta frase merecia sim a sua demissão.
São nas pequenas frases que muitas vezes apanhamos o carácter de quem as profere.
Mário Lino mostrou ser uma pessoa sem carácter, nem moral, nem ética. Isto é inadmissível num ministro. Ponto final.
Sócrates, isolado, só ( e hoje muito só a dormir no Kremlin!!) parece já não ter mão na boca nos disparates dos ajudantes. A ministra da educação não ajuda, a da cultura prefere andar num camelo no deserto ( ou na margem Sul ?), o da saúde transforma-se no ministro da doença, o da economia abre a boca e sai asneira, até o dinossauro Almeida Santos ajuda à festa com aquela tese peregrina que um aeroporto com pontes é uma ameaça para os terroristas !!!!!!!!!
Pior não sei o que podia ser. A não ser a saída de Costa que vai correr em pista própria e porventura levantar voo mesmo na Portela de Lisboa rumo a primeiro ministro quando Sócrates acabar por tirar o tapete a Cavaco ( esta semana os primeiros sinais de crispação!) e querer aterrar em Belém.
Uma semana horribilis. Cada um dos faits-divers não é importante. Somados já dão uma boa patuscada de asneiras. E em politica não é preciso muito para cair em desgraça. Basta uma má terça-feira de Carnaval. Não é professor Cavaco ?
Vosso,
Luiz Carvalho
Retrato robot divulgado pela PJ dá novas pistas
De acordo com o inspector-chefe Olegário Sousa, desde o fim da tarde de sexta-feira «o número de chamadas não aumentou, mas o seu conteúdo é diferente», relatando a maior parte delas encontros visuais com o suspeito que terá sido visto na noite do alegado rapto.
Na conferência de imprensa, a PJ pediu informações acerca de uma pessoa caucasiana (não precisa se é homem ou mulher), com idade entre 35 e 40 anos, medindo entre 1,70 e 1,75 centímetros, cabelo curto e vestindo um blusão ou casaco de cor escura, calças de tecido de cor clara e sapatos de cor preta.
De acordo com a descrição policial, o homem ou mulher circulava na zona da Praia da Luz na noite em que a pequena Madeleine desapareceu - 03 de Maio - e teria ao colo uma criança «ou qualquer objecto que pudesse com ela ser confundido».
Nas suas declarações de hoje à Lusa, Olegário Sousa admitiu que ao final do dia de hoje poderão ter sido recebidas «cerca de 100 chamadas» nas instalações de Faro e Portimão da PJ, cujos números foram divulgados sexta-feira.
Entretanto, na Praia da Luz não aumentou substancialmente o número de pessoas que acorre diariamente ao posto móvel da GNR instalado junto ao aldeamento «Ocean Club», de onde desapareceu a menina britânica.
De acordo com fonte policial, sexta-feira à noite, depois da conferência de Imprensa da PJ, ninguém procurou o posto e hoje de manhã a procura também foi escassa.
A meio da manhã de hoje, um homem de 75 anos, morador em Ourique, Alentejo, foi ao posto móvel da Praia da Luz para descrever «uma manobra estranha» num parque de estacionamento da sua área de residência, no dia seguinte ao desaparecimento de Maddie.
«Vi uma senhora com uma criança ao colo que entrou no banco da frente de um carro, que entrou em contramão no parque de estacionamento», disse aos repórteres José Francisco, reconhecendo que não viu as características físicas da criança.
Apesar de ter relatado o caso, no próprio dia, à GNR de Ourique, o idoso procurou hoje as autoridades a cerca de 150 quilómetros de casa porque, alegou, «nunca mais se falou do caso».
Para que o testemunho não fique esquecido, não hesitou em pagar 90 euros ao «carro de praça» que o trouxe logo de manhã desde o Baixo Alentejo.
«Todos os testemunhos recolhidos no posto móvel ou noutras instalações são registados e encaminhados para a PJ», garantiu à Lusa fonte da GNR junto ao aldeamento «Ocean Club».
Entretanto, as autoridades abriram hoje ao trânsito a rua fronteira ao aldeamento, até aqui fechada à circulação, retirando as faixas que ali tinham sido colocadas na noite do desaparecimento.
Contudo, o posto móvel permanece na zona, no pátio do empreendimento, que sem mantém com acesso condicionado a automóveis e pessoas.
Diário Digital / Lusa
sábado, maio 26, 2007
Santana no perdoa-me a Marques Mendes
Edição video de Luiz Carvalho sobre uma gravação RDP
E se recordar é viver, é sempre saudoso ouvir o hino do Menino Guerreiro, o Pedrito de Portugal
Chorai santanetes, chorai !
sexta-feira, maio 25, 2007
As primeiras alfinetadas de Cavaco ao governo
Todos caem na tentação em falar às saídas para os microfones estendidos, avidos de sound-bytes. Hoje o Presidente Cavaco também caiu na tentação do fala-só.
Com expressão crispada, voltando aos tempos em que mal controlava o tom da voz, o Presidente aventurou-se em dar uma alfinetada ao governo, tomando como pretexto a gaffe de Mário Lino e, diga-se na verdade, para desabafar sobre a sua dúvida da viabilidade do aeroporto da Ota.
O que estranho é que um Presidente que se quer comedido, com sentido formal e de Estado, venha dizer uma coisa daquela importância á saída de uma porta, em pé, a meio metro de uns estagiários de jornalismo ( são os que hoje saem para a rua para fazerem recolha de depoimentos). Foi em dois dias a segunda alfinetada a Sócrates.
A outra foi ontem a propósito da drenada directora que mandou o professor Charrua para a suspensão.
Cavaco dá sinais de ansiedade, começa a ficar inquieto, pois já todos o acham demasiado complacente com o governo, desde o professor Marcelo, a Marques Mendes à primeira dama que decerto não gostará de ver o marido a dar os améns permanentes aos socialistas.
A tentação de intervir vai aumentando e não me admiro que um destes dias o balão da contenção não rebente.
Sócrates está só. O malfadado canudo fê-lo perder altura mas as sondagens ainda o dão como maioritário, o que também é espantoso. Só neste país de totós: o homem aumenta impostos, atrasa-nos a vida e a malta gosta. Alguém me explica ? ou será porque Marques Mendes é tão mau, tão mau, como o provou nesta bazófia de baixo nível contra o ministro Lino que ninguém quer o homem nem na oposição, muito menos no governo ?
Santana Lopes ontem também se passou e chamou de práticas Estalinistas e nazis a Marques Mendes, hoje foi ao perdoa-me na SIC.
Entretanto o ministro das finanças vem dizer que em 2008 já vai haver progressão nas carreira para os funcionários públicos. Extraordinário ! Andaram-nos a ir ao bolso nos impostos para isto ? Já é a abrir porque vai haver eleições ?
Valha-nos santo Deus e a Virgem.
Vosso,
Luiz Carvalho
Pais de Madeleine frustrados com a PJ
Ontem, a PJ não realizou quaisquer inquirições mas quatro polícias britânicos deslocaram-se ao aldeamento onde procederam a medições, cujo objectivo não foi revelado, na zona do apartamento de onde desapareceu a menina. Clarence Mitchell, o novo porta-voz da família nomeado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, disse ao CM que “a frustração de Gerry e Kate McCann aumenta à medida que o tempo passa, pois querem ter a filha com eles o quanto antes”. O casal “elogia o grande trabalho e determinação da PJ e sabe as limitações legais a que está obrigada” – mas o facto de não lhes serem transmitidos dados sobre a investigação, devido ao segredo de justiça, contribui para o sentimento de “frustração”.Mitchell assegura que os McCann “querem permanecer no Algarve durante as investigações”. José Carlos Eusébio / Ana Palma/ Correio da Manhã
quinta-feira, maio 24, 2007
A lata de Carmona e a ironia de Costa
O avanço de Carmona para Lisboa traz consigo aquela atitude sempre corajosa de o desgraçado perdedor se deitar às feras para ser papado. Lembremo-nos que Carmona, o sonso, se apresentou na primeira jornada como o professor competente que ia ganhar contra os políticos. Mesmo contra Santana a quem devia o favor de o ter posto a correr na pista dos avançados. Numa atitude que fazia lembrar o PRD que também era constituído por políticos que não eram políticos mas generais na reserva e criadores de vacas ribatejanas, além de Manuela Eanes numa remake saloia de Evita da Madre de Deus, Carmona ganhou porque Carrilho deu uma daquelas carrilhadas desafinadas. Ganhou a um candidato que teria sido um bom presidente de câmara mas que foi um mau candidato. Agora Carmona regressa e que vai fazer estragos no PSD ninguém duvida. A sondagem de hoje do DN era já esclarecedora. E que vai partir o resto que já estava em cacos desta salada de candidatos também já ninguém duvida. Os velhinhos que ainda vivem na capital vão ter muito que matutar para encontrarem um candidato sério e com verdadeira vocação de autarca. António Costa já mostrou a sua face ao vir dizer que “era bom que os lisboetas fossem ouvidos sobre a localização do futuro aeroporto”. É a política dura sem dó dos que vivem e amam a mais bela cidade do Mundo: Lisboa
O circo mediático à volta do caso Madeleine
O circo montado na Praia da Luz para contar ao Mundo as últimas sobre o paradeiro da pequena Madeleine foi por si um caso de estudo.
A polícia portuguesa já dá sinais de fadiga e de impaciência para lidar com as diárias conferências de imprensa e só não parou com esta operação de marketing porque as grandes cadeias de televisão estrangeiras, as agências de notícias e os jornais de referência continuam lá especados em directo.
A Judiciária já começa a querer dizer que a mediatização do caso só atrapalhou as investigações e que os jornalistas, ao atirarem-se como cão a bofe a tudo o que mexe, só atrapalharam os movimentos dos nossos Sherlock Holmes.
Oxalá as provas recolhidas contaminadas, não o tivessem sido pelos jornalistas em vez de um descuido técnico de um qualquer agente, como veio muito bem questionar o ex-inspector Bruto da Costa.
O que aconteceu na Praia da Luz com os jornalistas, foi uma operação normal na imprensa estrangeira sempre que há um grande acontecimento e é preciso montar uma logística para por a funcionar em tempo real uma máquina poderosa de reportagem.
Não estive lá mas os fotógrafos do Expresso que lá estiveram, contaram-me que tudo aquilo estava montado com um profissionalismo invejável. Eles ficaram impressionados com o eficácia dos colegas a trabalharem no terreno.
Foram definidas pools para a imagem, para não haver atropelos, respeitaram-se as regras combinadas para a interpolação dos pais (aliás furada de uma maneira bacoca e muito pouco ética por uma repórter da RTP) e as fotografias não mostraram a privacidade e os momentos de recolhimento dos pais da Madeleine.
As televisões estrangeiras como a SKY, a BBC e a CNN montaram verdadeiros estúdios. Uma cãmera com teleponto veio de Inglaterra para ser colocada na praia para a pivot fazer directos, enquanto os sinais de satélite se mantinham sempre abertos para o caso de ser necessária uma entrada rápida em directo.
Os fotojornalistas enviavam as fotografias para as redacções ao mesmo tempo que fotografavam, equipados com eficazes portáteis e com tecnologia de transmissão sem problemas. Podiam trabalhar as fotos com o computador em cima do capôt do carro, na praia, onde desse.
A logística funcionava e até protector solar foi comprado pelas produtoras para pouparem a pele dos jornalistas que tinham de esperar horas na praia para entrarem em directo, ou pedidas pizas à fartura para as refeições não prejudicarem o trabalho.
A noção de serviço ao leitor e ao espectador é a principal obsessão da imprensa estrangeira e isso é a chave do sucesso, e a única forma de se sobreviver numa época em que tudo mudou, e continua a mudar, a um ritmo que nós jornalistas nos temos absolutamente de adaptar.
Quando a policia portuguesa critica esta eficácia da informação, ao ponto de a responsabilizar pelo fracasso total da investigação, e quando alguns bem pensantes da comunicação (que nunca fizeram uma reportagem na vida) vêm dizer que a cobertura foi excessiva, estão-se também a esquecer que se não tivesse sido este circo mediático o caso da Madeleine tinha caído na indiferença, como infelizmente aconteceu com outros casos semelhantes que foram pura e simplesmente metidos na gaveta.
Claro que isto não é válido para os que lá estavam a encher os habituais chouriços, mas era de jornalismo que eu falava não de salsicharia.
quarta-feira, maio 23, 2007
Piada de Charrua ou boca de carroceiro ?
Segundo os tablóides da manhã o ex-deputado do PSD e funcionário público terá chama "filho da...." a Sócrates em alto e bom som, no meio da repartição. O caso muda de figura, se assim foi.
Nem sempre o que parece é.
Porventura poderá ter havido ali alguma alarvidade.
O que também não me espantaria. Deixou de haver regras de conduta em muitas empresas privadas e em organismos públicos. A balda ainda impera em muito lado e é responsável pelo nosso atraso crónico, falta de produtividade e profissionalismo. Anda tudo isto ligado.
O rigor é confundido com autoritarismo, a alegria no trabalho com rebaldaria, o brio com graxa ao chefe. É uma das marcas do 25 de Abril: deixou a ideia que em liberdade tudo se pode fazer, tudo se deve tolerar e ninguém tem de responder perante ninguém. A cultura da irresponsabilidade está instituída.
A diferença entre autoritarismo e autoridade está num fio de navalha, mas verdade seja dita que cada vez temos mais autoritarismo e menos autoridade.
Um funcionário público tem deveres de lealdade e tem de ter uma conduta responsável e digna.
Exemplar.
Ser-se funcionário público não é a mesma coisa que ser-se trabalhador de uma entidade privada. Essa cultura perdeu-se na nossa sociedade e a culpa recai sobre os governos que têm feito tudo para tirar dignidade a quem trabalha no Estado, desde funcionários a agentes da ordem e militares.
A imagem de Margarida Moreira não ajuda nada a confiar nela. Mas tudo isto são opiniões à distância.
Se o dislate de Charrua foi mesmo o insulto baixo deve ser responsabilizado, tenha ou não sido dirigido a Sócrates. Se foi uma piadola era melhor que a directora estivesse quieta. Ela disse que tomou a decisão a frio depois de muito ponderar.
Entretanto o Presidente da República, pressionado por alguns analistas políticos, já veio dizer que era bom que tudo fosse esclarecido.
Acho que Cavaco se precipitou. Se um PR passa a meter-se em processos disciplinares na função pública não vai fazer mais nada. E se se provar que houve mesmo comportamento grave então perdeu uma boa oportunidade para estar calado.
Sócrates esteve bem: respondeu com descontracção e disse que ninguém seria condenado por delito de opinião.
Estou curioso para ver o desfecho do caso. Se houve matéria para castigo e não houver consequências será uma vergonha. Se houve excesso de zelo, outro escândalo.
Daqui a 10 anos saberemos.
Os mais procurados na net
A palavra Youtube foi a mais pesquisada pelos utilizadores portugueses de Internet durante os três primeiros meses deste ano, sendo procurada por quase 10 por cento do universo de internautas, divulgou hoje um estudo da Marktest.
Entre Janeiro e Março, a expressão Youtube foi pesquisada por 268 mil portugueses de quatro e mais anos quando navegaram através de computadores em suas casas, o que representou uma fatia de 8,9 por cento dos internautas nacionais. Hi5 foi a segunda expressão com mais pesquisas, com cerca de 248 mil internautas, ficando a expressão Gmail na terceira posição, que foi procurada por 6,7 por cento dos utilizadores de Internet (204 mil), segundo o estudo Netpanel, da Marktest.
Na lista das 10 expressões mais procuradas constam também as palavras Jogos, Google, Wikipedia, Hotmail, Sapo e Sexo. A Vodafone, a Fnac e a Worten foram as empresas mais procuradas na rede, ao serem solicitadas por 104 mil, 101 mil e 99 mil internautas, respectivamente.
O estudo da Marktest revelou ainda que a palavra Euromilhões foi a mais procurada por 93 mil internautas, mesmo à frente da expressão Finanças, que foi alvo de pesquisa por parte de 91 mil portugueses.
Quanto a personalidades, o destaque vai para o lutador de 'wrestling' John Cena que foi a individualidade mais procurada no decorrer do trimestre por 32 mil utilizadores, o que correspondeu à 129ª posição do 'ranking'.
O quarteto de humor Gato Fedorento aparece na 135ª posição (31 mil internautas), enquanto que a terceira personalidade mais pesquisada, o cantor português Tony Carreira, surge no 159º lugar, com 29 mil utilizadores.
A artista luso-descendente Nelly Furtado foi a mulher mais procurada na Internet nesse trimestre, surgindo na 203ª posição (25 mil internautas). O estudo da Marktest tem como base a análise do comportamento dos internautas portugueses a partir de um painel de utilização doméstica.
terça-feira, maio 22, 2007
Dar uma dança com ela e apita o TGV !
Um casamento na zona saloia é sempre uma festa. Tristezas não pagam dividas e na hora de dar ao pé o que é preciso é ritmo. Os portugueses nunca param de me surpreender. Neste caso pela positiva. E siga o baile....
Um video de Luiz Carvalho
Afinal quem conta a anedota de Charrua ?
Corre o boato que aquilo foi uma anedota do melhor, melhor do que aquela do célebre ministro Borrego de Cavaco, sobre os alentejanos.
Quem conta a anedota ? Queremos sabe-la. Quem souber que a conte e se for funcionário público...paciência, é a vida.
Os 3 da Câmara airada em repasto indigesto
Aquilino veio logo dizer que se Costa não tivesse avançado votava Roseta. Para apoiante não está mal!.. Soares deve ter digerido muito mal o almoço. E Sampaio parece ter voltado à vida partidária activa. Não havia necessidade.
À mesma hora no restaurante do Chapitô, com aquela deslumbrante vista sobre Lisboa, Fernando Negrão almoçava com a madrinha Manuela Ferreira Leite. Com semblante carregado, numa pose feminina do género "professor de economia", disparou certeira: " se o Dr. Fernando Negrão tem uma conta calada para pagar também António Costa a tem: esteve no governo que não ajudou em nada a câmara!". Toma e embrulha.
Esta estratégia de lembrar que António Costa é o nº 2 de Sócrates , "a luz que vai faltar ao governo" segundo António Vitorino, pode revelar-se mortal para o candidato socialista. E se os lisboetas o colam a este governo que mente aos cidadão, lhes aumenta os impostos, e não dá o emprego que prometeu, e...e.... vai haver surpresa da grossa em Lisboa.
Eu já sei em quem não vou votar. Por princípio não voto em quem me vai ao bolso.
segunda-feira, maio 21, 2007
A burocrata que castiga em nome de Sócrates
-Professor Charrua suspenso estava requisitado há 20 anos na DREN
-Foi um bufo de um colega que o denunciou
-A directora confirma tudo
-Charrua pediu para regressar à escola onde pertence no Porto e assim vê levantada a suspensão, mas não o processo
Um dos problemas dos regimes absolutos é haver sempre uns bufos mais bufos que os chefes.
Salazar tinha esse problema com a PIDE. Sabe-se que ele não imaginava que um grupo de bófias a mandado do Barbieri Cardoso tinha ido matar o Delgado a Espanha e que muita da crueldade que se passava nas prisões politicas era escondida ao homem das botas.
Sócrates deve ter esse estigma. No meio da sua solidão, que não deve ser pouca, há uns lambe-botas que decidem armar-se em defensores da honra perdida do engenheiro.
O que leva uma burocratazeca a levantar um processo disciplinar a um professor, que foi deputado do PSD, o professor Fernando Charrua, só porque este gozou com o canudo do Primeiro? Já não se pode brincar com o canudo do Primeiro? Era o que faltava! Até o ministro das obras feitas o faz !!!...
Não acredito que Sócrates mandasse fazer uma estupidez destas, até porque se o quisesse ter feito já podia ter metido na ordem ( não na dos engenheiros, claro !!!!!!!!!!) o professor do Politécnico de Santarém, autor do blogue Portugal Profundo ( meu leitor aqui no Fatal) onde há 2 anos apareceu a primeira noticia sobre o grande embuste do ano ! Pode sempre mandar fechar o Politécnico como fez com a Independente, mas isso também era demasiado evidente...
Agora que a ministra da educação, o Primeiro e mesmo o Nosso Senhor de Belém, deviam tomar JÀ posição sobre esta bestialidade burocrática não há dúvidas.
É uma vergonha, é mesquinho, mancha a democracia e põe em causa liberdades, direitos e garantias.
Também a atitude da Governadora Civil de Lisboa em marcar eleições para a Câmara de forma a prejudicar os candidatos independentes não me parece muito cordial. O Tribunal Constitucional, que deve estar muito contente com a forma como foi tratado o caso de Rui Pereira) já veio meter a data na ordem ( e também não é na dos engenheiros!). Mas não contente com a controversa atitude a senhora governadora foi á apresentação da candidatura de António Costa. Como cidadã- disse ela. Claro. Devia ser como quê ? Será que a ex-administradora do CCB não percebe que em politica o que parece é ?
Estas trapalhadas são sinais de arrogância do Poder e de um desnorte que só se sente em governos maioritários ao fim da última parte do segundo mandato.
Sócrates com estes tiques de cavalo cansado está a marcar a descida progressiva do seu mandato.
Os número não ajudam. Começando pelos do desemprego.
E os do crescimento...calma jéjé !! Esses números andam colados aos da Europa ( que cresceu muito mais), sendo que as exportações são as responsáveis, em sectores de ponta que não empregam muita gente. E quando a crise estalar em Espanha, preparem-se para o ricochete que isso vai ter por cá.
Vosso,
Luiz Carvalho
comentário de um leitor que eu destaco:
O processo instaurado a este professor não visa persegui-lo pessoalmente, porque não tem pernas para andar, antes tem como objectivo intimidar e silenciar alguns dos restantes 170 mil e nesse aspecto há-de conseguir algum êxito, infelizmente.A "artista" Margarida Moreira, se saísse da DREN seria para ser colocada noutro sítio próximo da Sra. Ministra. É que ela foi co-fundadora do Sindicato dos Professores do Norte, um dos mais fortes da classe e por isso, é uma bufa que dá muito jeito, tal como o Sr. Valter Lemos, outro grande "malabarista", que esteve alguns anos na FNE e que é hoje seu Secretário de Estado.
Ainda o site da Lusa
Mas também acrescento: se a Lusa faz um investimento daquele quilate, que é um investimento de negócio, também podia ter ido mais longe vendo para a frente. Não quero pronunciar-me para lá disto.
Uma coisa é evidente: o site é um atraso de vida, demonstra falta de arrojo e de inovação, não descola da imagem institucional e burocrática a que a Lusa nos habituou. Isto sem desprimor para ninguém. São as instituições que devem dar sinais de mudança.
A RTP passo a passo tem dado sinais de serviço público inteligente, informação rigorosa, bom divertimento e um site que é do melhor que por cá temos. É só um exemplo.
Novo site da Lusa é de uma total indigência
Gastar 1,5 milhões de euros numa coisa daquelas é de ficar de boca à banda.
Sinceramente não percebo.
Como pode uma agência nacional fazer um site daqueles, cinzento, burocrático, triste, completamente desligado das novas tendências multimédia? Ao menos podiam ter copiado do melhor que fazem as suas congéneres, mas nós por cá temos sempre a mania que vamos inventar a pólvora e reinventamos a mediocridade.
Ao menos podiam fazer a asneira mais barata mas até aí temos a mania das grandezas.
Claro que Sócrates que tanto gosta de controlar a comunicação social tem aqui um bom espelho da sua inefável política e do seu ministro Augusto Santos Silva.
Uma total indigência.
Fanar fotos parece natural no Público
Hoje atirava-se a um editor que à última hora fanou uma foto na net para publicar sem pedir autorização ao autor. Alertado pela fotógrafo nunca lhe respondeu e acabou por justificar o seu acto como um desespero de última hora. A foto foi publicada esquartejada, recortada, e a justificação do editor foi a de que o novo modelo gráfico (?) do Público assim o exige.
É preciso ter lata...
domingo, maio 20, 2007
Sempre que o amor quiser a Lena d´Àgua
O regresso de Lena d`Agua com Sempre, um disco de jazz gravado ao vivo no Hot Clube é uma alegria.
A Lena esteve muitos anos afastada, depois de ter sido a cantora mais popular do seu tempo. Lembro-me que nos anos oitenta era ela e o Rui Veloso que mais espectáculos ao vivo davam em Portugal. A vida trouxe-lhe desgostos, desvios para a heroína, e ela mal conseguiu sair desse fundo. Saiu por si e com a alegria que ela põe na vida.
É uma mulher da minha geração, entrou nos fatídicos 50. Lembro-me dela nos anos oitenta e de amigos mais ou menos comuns comentarem que ela era querida mas muito burra. Vivia-se o tempo dos marialvas de esquerda. Não acredito.
Sempre gostei muito dela como mulher ( as suas pernas fotografadas de baixo a entrar no palco numa festa de O Sete, no Campo Pequeno, eram de fazer tremer os olhinhos e como cantora sempre a ouvi. Gostava dela e de outro talento desperdiçado: a Adelaide Ferreira.
Bem vinda Lena com a tua doce voz.
Herman José: só lhe resta representar deitado
A SIC decidiu arriscar e trazer de volta ao prime-time o programa de Herman José, como se fosse possível concorrer com os Gatos Fedorentos. O resultado é deprimente. Francisco Penin tinha prestado um grande favor ao Herman José em o deixar escondido para as calendas da madrugada. Aquilo é penoso, decadente, triste. Dá pena. Herman José por muito irritante e insuportável em que se tenha tornado nos últimos anos merecia uma melhor gestão da sua carreira. O novo-riquismo e a arrogância transformaram um génio numa triste figura.
A desculpa que ele dá numa entrevista fazendo-se de vitima, amargurado pelo pais que o não compreende, dizendo que as audiências são uma ditadura terrível é no mínimo patética. Agora já diz mal das audiências, mas não o dizia quando era líder.
Talvez a sua saída seja a de fazer o papel de um cómico que só representa deitado no chão, como o fez com total crueldade à Maria Vieira. Cá se fazem, cá se pagam.
Maçonas em França 25 anos depois da iniciação
O título era: " Vem aí a Maçonaria Feminina!".
Na altura a minha namorada Rose Nery Sttau Monteiro fazia parte do grupo das fundadoras e não conseguiu esconder-me o segredo.
Teresa Coutinho, mais tarde secretária de estado de Guterres, e mãe do passe social da Carris, também se iniciou por lá.
Encontrávamo-nos aos fins de semana no Meco, dávamos grandes passeios a pé entre o pinhal e a praia. Eu andava numa Wolkswagem pão de forma da Rose e a Teresa Coutinho num 4L.
Comíamos caldeirada feita em casa, eu fumava cachimbo e o Moisés Espírito Espírito Santo ficava fulo com as corridas de formula 1 na RTP.
Luiz Carvalho
As fundadoras foram então a França, iniciaram-se na Maçonaria feminina francesa e, em 1983, em conjunto com um grupo de francesas que vieram para Portugal, já que as portuguesas "não chegavam", abriram uma loja portuguesa da obediência francesa.
Hoje a Maçonaria feminina tem sede na Rua dos Ferreiros, nº 14, em Lisboa, e é composta por lojas que seguem os dois ritos, o francês e o escocês antigo e aceite, embora o oficial da organização seja este último. Isto porque, segundo Maria Belo, a diferença passa "apenas pelo ritual que traduz uma maneira diferente de abordar a simbologia".
Em breve, garante a psicanalista, terão também um site na Internet onde procurarão tirar partido das novas tecnologias para facilitar o trabalho de organização funcional. Mesmo assim, e apesar da modernização e da actualização, Maria Belo reconhece que a Maçonaria "é uma organização de elites". O seu objectivo é "formar pessoas". "Estamos interessadas em pessoas que pretendem ir mais além, não andamos à procura de tudo", afirma a grã-mestra. "Mas também não é uma selecção de ordem social, pois já tivemos mulheres que vieram de meios humildes."
Enquanto organização, a Maçonaria feminina tem evoluído e, segundo Maria Belo, começou por ter dentro de si "duas vertentes antagónicas, uma que se identificava com o feminismo e outra que queria ser, em feminino, aquilo que era, no seu imaginário, uma Maçonaria masculina". Esta divergência atrasou mesmo a formação da Grande Loja Feminina de Portugal. "De início, venceu a primeira corrente, depois impôs-se a segunda, mas hoje é mais feminista e mais autónoma e não tem necessidade de corresponder ao que seria um GOL no feminino", explica Maria Belo./ Público
sábado, maio 19, 2007
Desemprego: mais uma promessa falhada
Portanto: uma vergonha. Confesso que não percebo o que faz este governo, além de aumentar impostos e tirar regalias sociais.
Na verdade os portugueses não ganharam nada até agora com esta politica restritiva: não houve crescimento, nem melhor saúde, nem ensino, o próprio deficit baixou mas de uma forma pouco sustentada, até a colecta dos impostos baixou embora a IVA e outros impostos indirectos tenham cavalgado.
Preocupante ? Não.....................
New York Times à Jornal da Paróquia
Um fotógrafo local apresentava-se então com várias Leicas R com motor, um Volkswagem Golf GTI e um rádio no carro para as suas comunicações. Eu estava embasbacado com o estilo. À minha frente via um profissional como eu achava que devia ser: apetrechado, competente, eficaz. Para mim nunca seria possível em Portugal atingir-se aquele grau de profissionalismo. E nunca foi.
Quando me cruzava com fotojornalistas europeus que vinham a Portugal achava sempre que havia uma cultura evidente na forma como se posicionavam no terreno, como escolhiam o equipamento e pela atitude séria e atenta como trabalhavam.
Lembro-me de estar ao lado do Bruno Barbey em Fátima, em 1979, ele estava a trabalhar para a National Geographic. À medida que a procissão se aproximava, ele disparava ao alto, ao baixo, aproximava-se, disparava, recuava, media a luz com o fotómetro, corrigia, disparava, disparava. Um fotógrafo da Capital, também ao lado, desabafava com alguma arrogância:” É só gastar filme !!”.
Aprendi muito vendo os repórteres estrangeiros trabalharem. Reparei que o célebre Koudelka em Fátima ( 1977) era discreto, parecia um peregrino com a sua Nikon F velhinha e as leicas onde nem se conseguia ver a côr, de tanto uso. Disparava e retirava, disparava e era engolido pela multidão. Não usava sacos de fotógrafo e vestia um blusão coçado da tropa. Mas por detrás havia técnica de ver e técnica fotográfica.
Os meios melhoraram e hoje a forma de trabalhar da imprensa europeia e mundial nada tem a ver com a da portuguesa.
Isto vem a propósito do que os meus colegas do Expresso me relataram sobre o que foi trabalhar no “Caso Madeleine”.
O que esteve no Algarve deparou com um cenário raro por cá. Os fotógrafos e cameras das televisões trabalhavam à distância, com tripés e potentes teleobjectivas, para evitarem as molhadas anárquicas com atropelos entre jornalistas e com a consequente agressão sobre os protagonistas da história.
Havia zonas interditas e foram criadas pools. Assim trabalha-se sem confusões, em ordem, com resultados finais melhores. As televisões investiram em equipas grandes, com produtores, maquilhadoras, assistentes, realizadores, vários pivots. Havia telepontos para os directos, varandas alugadas, protectores solares para os jornalistas em espera ao Sol.
Os fotógrafos transmitiam de imediato dos seus portáteis instalados nos capots dos carros, nas esplanadas, no passeio, onde desse. E todos o estavam a fazer na maior das calmas.
Mas no meio desta sofisticação, as câmeras que andavam ao ombro a fazer reportagem eram todas mini-dv, da Sony, câmeras que as televisões portuguesas teimam em não usar porque os chamados “ repórteres de imagem” ( é uma das designações mais embirrantes que eu conheço) continuam a achar que são cãmeras de amador. Portanto: os tipos da Sky, da BBC, são umas bestas.
Gastamos, nós cidadãos governados pelo engenheiro do choque tecnológico, balúrdios em investimentos da moda, por outro retiramos aos nossos profissinais a possibilidade de estarem equipados com as ferramentas justas para as tarefas que lhes são atribuídas ( para usar uma terminologia institucional!). Os instrumentos de trabalho são vistos como brinquedos, da mesma forma que numa universdade que eu bem conheço um gravador de CD`s era encarado há dois anos como justificável só na cadeira de Rádio !
Um fotojornalista sem a sua workstation digital, cãmera fotográfica e de video, gravador mp3, computador com meios de comunicação e com,programas de edição de imagem e audio, não vai a lado nenhum.
A nossa falta de ambição sente-se até na forma como aceitamos ou não também a qualidade de vida no trabalho. Há tempos acompanhei um jornalista do El pais aqui em Lisboa. Quando ele entrou no então meu 525 tds, comentou:” Hombre, que bom carro para trabalhar!”, no dia seguinte uma colega de outro jornal atirou-me: “ tens um carrão destes ? Éh pá os fotógrafos sãos uns sortudos, ganham que se fartam!”.
Somos pobrezinhos e adoramos.
Como dizia hoje alguém perto de mim: em Portugal temos sempre um pé a fugirmos para a choldrice. Podemos trabalhar num edificio sofisticado,mas enchemos as paredes de papeis colados a fita cola, só não fumamos se não pudermos no open-space, as secretárias estão atoladas em papeis como as velhas repartições públicas e se acharmos que o calor é muito porque as janelas não abrem vamos repescar uma ventoinha dos anos setenta e o ambiente retro está instalado, O ambiente, a forma de trabalhar, a atitude, o fado.
sexta-feira, maio 18, 2007
António Costa monta Smart ( é cá dos meus)
O candidato está confiante. Chegou num Smart, sem que eu o tivesse visto a tempo de o fotografar montado na bomba.
Se quiserem saber mais comprem o Expresso no sábado. Vale a pena.
Por muitas bocas que aqui escreva na hora de fotografar ponho sempre o mesmo empenho e entusiasmo. As fotos correram bem e o candidato é simpático.
PS: um leitor, Carlos Costa ( penso que nada tem a ver com o candidato Costa) está indignado com algumas piadas escritas aqui. Meu caro: tenhamos sentido de humor. A cidade está cheia já de anedotas sobre a Judite, a loira ucraniana, o escândalo sexual politico do momento, e os trocadilhos negrão-chamussa. Está-se bem....
quarta-feira, maio 16, 2007
Judite domina a Câmara de Lisboa
Judite 1- CML- 0
2- Negrão o candidato de terceira escolha de Mendes, para não dizer desesperada escolha, foi Director da Judite.
Judite 2- CML-1
3- Rui Pereira já foi inspector da Judite e chefão do SIS, vai substituir Costa que queria mandar na Judite.
Judite 1- CML-1
4- Carmona perdeu a CML vai recandidatar-se mas foi a Judite que o fez arguido.
Judite 1- CML- 0
Sosseguem cidadãos: a Câmara de Lisboa vai agradar a todos, o difícil vai ser escolher entre um "preto" e um Negrão, uma loira e uma rebelde, um arguido e um impoluto.
terça-feira, maio 15, 2007
Governadora de Costa tenta liquidar Roseta
Costa começa bem, e com estratégia !
Costa à conquista de Lisboa
O homem seca tudo à volta. Parece o Cavaco no segundo mandato rodeado de cinzentos por todo o lado.
A solidão do Poder leva a este isolamento. Ainda nos admiramos do isolamento de Salazar, de Marcelo Caetano e outros.
Costa pode agora ganhar balanço para voar. Para já vê-se livre dos incêndios de verão e este ano com a calorassa que aí vem ele ia passar de chamussa a chamuscado. Vai fazer de vitima do descalabro do Carmona, vai dar uma de competente, justiceiro.
O governo vai dar ali uma boa ajuda, renegociar a divida, vai haver chantagem politica, nós pagaremos claro, e com sorte se a Roseta não vier tirar a maioria, talvez Sócrates se safe. mas a coisa está preta para não dizer castanha !... É que se os lisboetas se lembram que aquele Costa foi um dos que tramaram a malta no aumento de impostos, IVA, corte nas regalias sociais e por aí fora.. então as eleições para Lisboa vão transformar-se numa hipótese de vingança contra os mentirosos e aí o Costa perde.
Por mim achava bem feito. E como voto em Lisboa estou radiante. até votava no Carmona só para vingar as mentirolas do governo.
Costa ainda vai ter de reinventar a corrida do Ferrari e do burro para animar a malta.
Anónimo disse...
Eu também sou de Esquerda (da verdadeira, progressista) e também gosto de coisas boas, não acho que seja incompatível! Ser de Esquerda não implica na minha opinião ter aqueles fundamentalismos próprios do pcp... que por exemplo foram os responsáveis pela enormidade que fizeram ao João Amaral, que foi do melhor que por lá tiveram.
Ah, já agora, para não gostar do Sócrates nem é preciso ser de Esquerda, basta ter uma "coluna vertebral". Até acho que o partido socialista se tivesse um mínimo de vergonha (que obviamente não tem), tirava a palavra "esquerda" do site e dos estatutos. Só lá está para gozar com a malta, pois nunca se governou tanto à direita em Portugal como agora.
Não vejo sinceramente perspectivas para este país. Temos uma das classes políticas mais incompetentes da UE e um dos povos mais imbecis da Europa, que há 30 anos vota sempre nos mesmos. O facto do Sócrates ainda ficar bem nas sondagens é uma prova viva que o nosso povo é mesmo estúpido e bronco.
Na minha opinião, uma das tristezas de ser de Esquerda é que depois de se conhecer melhor o povo, percebe-se que realmente a maioria dele é bronco, rude, acarneirado, conformado, pouco informado, mal-educado, com falta de intelectualidade, com pouca moral, com pouco ou nenhum sentido cívico, com pouco ou nenhum brio profissional, e sem vontade nem responsabilidade para exercer os mais elementares direitos de cidadania. Os nossos políticos, são ao fim e ao cabo um pouco o espelho disto tudo.
Neste contexto não vejo, infelizmente, saídas airosas para Portugal. Temo imenso sobretudo pelas novas gerações.
João V.
2:00 AM
Eu cá sou do Barreiro!
ah ah ah ah ah ah ah ah
4:40 PM
Ó Luíz, você não me lixe com estas tretas de esquerda e de direita.
Você gosta é de mandar umas bocas, desancando nos tipos de quem não gosta... E, olhe, que faz muito bem... Embora ás vezes tenha que torcer os rins quando percebe que abriu demasiado o lancha-chamas.
Você gosta é de viver bem e de lhe ser reconhecida qualidade no seu trabalho.
E é também um tipo com alguma vaidade... Sem ofensa, porque a vaidade nem sempre é defeito.
O que é isso de ser de esquerda ou de direita?
Se eu estivesse lá, olhe que também me dobrava a rir.
Peço desculpa do meu comentário, se acaso estou a ser excessivo, mas o que nós escrevemos nos nossos blogs são o nosso melhor retrato e um bom retrato não engana... porque, aqui, somos (ainda) mais autênticos.
8:38 PM
Hoje ao afirmar alto no meio de um open-space ( estilo Charrua ?) que era de esquerda, toda a gente num raio de 10 metros desatou a rir. Alguns dobravam-se mesmo com as gargalhadas. Fiquei atónito. Se mostram à minha frente a ideia de que sou de direita o que dirão quando não estou...
São pessoas simpáticas, algumas amigas, mas não me compreendem. Eu compreendo-os. Quando se tomam posições independentes, cria-se sempre a ideia de que estamos do outro lado da barricada, o que nem sempre é verdade.
A minha cultura é de esquerda, desde a adolescência. Embora seja verdade que quando eu gostava da Suécia os meus amigos falavam da China e quando eu agora cito Espanha os meus amigos citam a Suécia.
Acho mesmo que sou de esquerda. As minhas referências culturais estão todas na esquerda, as opções políticas sempre repudiaram os dogmas da direita, sou pelo Estado social, pelo papel moderador do Estado, acho que os sindicatos são importantes, reconheço a luta de classes, subscrevo por baixo todos os principios em defesa das igualdades, das oportunidades, da justiça social, tudo isso. Sei que tudo idto não basta para se ser de esquerda mas ainda acrescentaria uma grande lista de valores éticos e morais que a direita não defende. Depois sou um liberal na verdadeira acepção da palavra.
Também não vou estar aqui a desfiar o rosário das minhas opções. Até porque quem por aqui passa tem mais que fazer.
Conclusão desta cena: a forma como construímos a nossa personagem é determinante para os outros nos verem como nós queremos. A vida não está fácil para os politicamente incorrectos, para os que são independentes, para quem segue o seu caminho e não as tendências, as modas, o que dá jeito.
A zona de conforto é jogar dentro de uma grande área de consenso, sem ondas, sem duvidas, sem riscos. Talvez por não serem nada disto eu me identifico tanto com Proença de Carvalho e António Barreto, com Vasco Pulido Valente e Miguel Sousa Tavares.
Sou de esquerda mas ando de Porsche, sou de esquerda mas gosto dos frades da Cartuxa, sou de esquerda mas prefiro Partagas a Café Creme, sou de esquerda mas detesto grupos e grupinhos, sou de esquerda e gosto das homilias do Padre Cândido, sou de esquerda mas acho a Helena Roseta uma padeira de Aljubarrota demodée, sou de esquerda mas irrita-me a pose de Sócrates. Sou de esquerda mas acho que há patrões bons e patrões maus, trabalhadores excelentes e outros que são uns calaceiros oportunistas.
Voltarei ao tema.
Vosso,
luiz Carvalho
postado por Luiz Carvalho às 22:36 em 28/05/2007