O título era: " Vem aí a Maçonaria Feminina!".
Na altura a minha namorada Rose Nery Sttau Monteiro fazia parte do grupo das fundadoras e não conseguiu esconder-me o segredo.
Teresa Coutinho, mais tarde secretária de estado de Guterres, e mãe do passe social da Carris, também se iniciou por lá.
Encontrávamo-nos aos fins de semana no Meco, dávamos grandes passeios a pé entre o pinhal e a praia. Eu andava numa Wolkswagem pão de forma da Rose e a Teresa Coutinho num 4L.
Comíamos caldeirada feita em casa, eu fumava cachimbo e o Moisés Espírito Espírito Santo ficava fulo com as corridas de formula 1 na RTP.
Luiz Carvalho
A Maçonaria feminina, de seu nome Grande Loja Feminina de Portugal, tem dez anos de existência como obediência maçónica autónoma. Contudo, a sua origem data de há 25 anos, quando um grupo de mulheres portuguesas, entre as quais se contavam a psicanalista, ex-dirigente e ex-eurodeputada do Partido Socialista Maria Belo, a bibliotecária e professora universitária em Lisboa Manuela Cruzeiro e a jornalista, já falecida, Helena Sanches Osório, foi convidado pelo Grande Oriente Lusitano e pela Maçonaria feminina francesa para fundar em Portugal uma versão daquela organização para mulheres.
As fundadoras foram então a França, iniciaram-se na Maçonaria feminina francesa e, em 1983, em conjunto com um grupo de francesas que vieram para Portugal, já que as portuguesas "não chegavam", abriram uma loja portuguesa da obediência francesa.
Hoje a Maçonaria feminina tem sede na Rua dos Ferreiros, nº 14, em Lisboa, e é composta por lojas que seguem os dois ritos, o francês e o escocês antigo e aceite, embora o oficial da organização seja este último. Isto porque, segundo Maria Belo, a diferença passa "apenas pelo ritual que traduz uma maneira diferente de abordar a simbologia".
Em breve, garante a psicanalista, terão também um site na Internet onde procurarão tirar partido das novas tecnologias para facilitar o trabalho de organização funcional. Mesmo assim, e apesar da modernização e da actualização, Maria Belo reconhece que a Maçonaria "é uma organização de elites". O seu objectivo é "formar pessoas". "Estamos interessadas em pessoas que pretendem ir mais além, não andamos à procura de tudo", afirma a grã-mestra. "Mas também não é uma selecção de ordem social, pois já tivemos mulheres que vieram de meios humildes."
Enquanto organização, a Maçonaria feminina tem evoluído e, segundo Maria Belo, começou por ter dentro de si "duas vertentes antagónicas, uma que se identificava com o feminismo e outra que queria ser, em feminino, aquilo que era, no seu imaginário, uma Maçonaria masculina". Esta divergência atrasou mesmo a formação da Grande Loja Feminina de Portugal. "De início, venceu a primeira corrente, depois impôs-se a segunda, mas hoje é mais feminista e mais autónoma e não tem necessidade de corresponder ao que seria um GOL no feminino", explica Maria Belo./ Público
As fundadoras foram então a França, iniciaram-se na Maçonaria feminina francesa e, em 1983, em conjunto com um grupo de francesas que vieram para Portugal, já que as portuguesas "não chegavam", abriram uma loja portuguesa da obediência francesa.
Hoje a Maçonaria feminina tem sede na Rua dos Ferreiros, nº 14, em Lisboa, e é composta por lojas que seguem os dois ritos, o francês e o escocês antigo e aceite, embora o oficial da organização seja este último. Isto porque, segundo Maria Belo, a diferença passa "apenas pelo ritual que traduz uma maneira diferente de abordar a simbologia".
Em breve, garante a psicanalista, terão também um site na Internet onde procurarão tirar partido das novas tecnologias para facilitar o trabalho de organização funcional. Mesmo assim, e apesar da modernização e da actualização, Maria Belo reconhece que a Maçonaria "é uma organização de elites". O seu objectivo é "formar pessoas". "Estamos interessadas em pessoas que pretendem ir mais além, não andamos à procura de tudo", afirma a grã-mestra. "Mas também não é uma selecção de ordem social, pois já tivemos mulheres que vieram de meios humildes."
Enquanto organização, a Maçonaria feminina tem evoluído e, segundo Maria Belo, começou por ter dentro de si "duas vertentes antagónicas, uma que se identificava com o feminismo e outra que queria ser, em feminino, aquilo que era, no seu imaginário, uma Maçonaria masculina". Esta divergência atrasou mesmo a formação da Grande Loja Feminina de Portugal. "De início, venceu a primeira corrente, depois impôs-se a segunda, mas hoje é mais feminista e mais autónoma e não tem necessidade de corresponder ao que seria um GOL no feminino", explica Maria Belo./ Público
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