
Algumas pistas interessantes no blogue Portugal Profundo:
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Sobre o caso do desaparecimento de Maddie, outra vez.
No Diário de Notícias de ontem, 28-5-2007, numa notícia assinada por José Manuel Oliveira, surge a filtrada "pista do velejador britânico", remetendo também para uma alegada referência no computador de Robert Murat, o único arguido do caso, e da rota marítima de fuga:
No Diário de Notícias de ontem, 28-5-2007, numa notícia assinada por José Manuel Oliveira, surge a filtrada "pista do velejador britânico", remetendo também para uma alegada referência no computador de Robert Murat, o único arguido do caso, e da rota marítima de fuga:
A situação é mais grave do que o DN a pinta. De acordo com informações a que Do Portugal Profundo tive acesso, existe uma preocupante falta de controlo pelo Estado dos movimentos de entrada e saída de barcos na Marina de Lagos, uma situação que desconheço se é exclusiva desta marina.
Do Portugal Profundo contactei ontem, 28-5-2007, à tarde a Marina de Lagos e foi-me dito que, desde há meses, o Posto de Fronteira internacional do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) na Marina não tem ninguém "em permanência", isto é, está normalmente... vazio. Apesar deste posto constar do Acordo de Schengen, não tem ninguém, aparecendo os agentes do SEF quando são chamados pelos serviços da Marina. Não existe, assim, um controlo presencial dos movimentos de entrada e saída da Marina pelo SEF.
O processo de vigilância será o seguinte: a Marina comunica por e-mail (!) com o SEF - dentro da obrigação estipulada de comunicar aos órgãos de polícia criminal - que existe uma embarcação que quer sair para um país ou território fora do chamado Espaço de Schengen, como Marrocos, e os agentes do SEF, tal como os da Alfândega, aparecem para o controlo dos passageiros e tripulantes. Na Marina dispõem ainda de contactos telefónicos fixos e móveis do SEF. Todavia, se o proprietário da embarcação não declarar expressamente que vai para um porto estrangeiro fora do Espaço de Schengen essa fiscalização não é feita.
O horário de Inverno da Marina, entre 16-9 e 31/5, que vigorava quando Maddie desapareceu, vai das 9 às 18 horas. As embarcações de mastro mais alto precisam que seja levantada a ponte levadiça para poderem sair e isso só pode ocorrer, nesses casos, quando os serviços da Marina estão abertos (no horário referido). Todavia, quando pretendem deixar a Marina fora do horário, também existirão casos desses em que as embarcações passam com autorização, dentro do horário de abertura dos serviços, a ponte levadiça e ficam amarradas depois no pontão para poderem partir quando desejarem. No caso de embarcações de mastro menos alto e nas embarcações a motor a questão do bloqueio da ponta levadiça não se põe e podem partir na prática quando entenderem, não existindo controlo dos seus movimentos fora do horário previsto.
Mais ainda, a Brigada Fiscal também controla os movimentos das embarcações e fá-lo 24 hortas por dia. O controlo da Brigada Fiscal é feito muito por causa da lota, de forma a prevenir que o peixe seja vendido pelos pescadores fora desse espaço autorizado. Os agentes da Brigada Fiscal, que cumprirão turnos de 6 ou 8 horas, realizam um percurso que inclui a lota e não estarão permanentemente no extremo do pontão. Aliás, nem sequer têm um local no pontão onde se abrigar nessa tarefa - ao que parece tendo já existido directivas que terão proibido que o agente leve o carro próprio para se abrigar. Mais ainda, a vigilância da Brigada Fiscal, incide sobre a área fiscal, cabendo ao SEF o controlo da entrada e saída de pessoas e dispondo de informação referente a pessoas que são procuradas.
Este dispositivo (serviços da Marina no horário previsto e Brigada Fiscal para a vigilância alfandegária e fiscal) não garante o controlo da fronteira marítima internacional em Lagos - o que é grave num contexto de constante imigração ilegal a partir de Marrocos e África sub-sahariana e de tráfico de droga - e não podia ter prevenido a fuga do(s) raptor(es) de Maddie através de um barco, se foi essa a via utilizada. Madeleine pode não ter sido extraída do País num barco, mas, se foi, o dispositivo não era suficiente para prevenir a fuga pelo mar a partir de Lagos.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): Robert Murat que é arguido - e não acusado nem pronunciado -no processo de desaparecimento de Madeleine Beth McCann tem direito à presunção de inocência até à emissão de sentença condenatória transitada em julgado. Também o "velejador inglês", quem quer que seja, não é que se saiba arguido neste processo.
Do Portugal Profundo contactei ontem, 28-5-2007, à tarde a Marina de Lagos e foi-me dito que, desde há meses, o Posto de Fronteira internacional do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) na Marina não tem ninguém "em permanência", isto é, está normalmente... vazio. Apesar deste posto constar do Acordo de Schengen, não tem ninguém, aparecendo os agentes do SEF quando são chamados pelos serviços da Marina. Não existe, assim, um controlo presencial dos movimentos de entrada e saída da Marina pelo SEF.
O processo de vigilância será o seguinte: a Marina comunica por e-mail (!) com o SEF - dentro da obrigação estipulada de comunicar aos órgãos de polícia criminal - que existe uma embarcação que quer sair para um país ou território fora do chamado Espaço de Schengen, como Marrocos, e os agentes do SEF, tal como os da Alfândega, aparecem para o controlo dos passageiros e tripulantes. Na Marina dispõem ainda de contactos telefónicos fixos e móveis do SEF. Todavia, se o proprietário da embarcação não declarar expressamente que vai para um porto estrangeiro fora do Espaço de Schengen essa fiscalização não é feita.
O horário de Inverno da Marina, entre 16-9 e 31/5, que vigorava quando Maddie desapareceu, vai das 9 às 18 horas. As embarcações de mastro mais alto precisam que seja levantada a ponte levadiça para poderem sair e isso só pode ocorrer, nesses casos, quando os serviços da Marina estão abertos (no horário referido). Todavia, quando pretendem deixar a Marina fora do horário, também existirão casos desses em que as embarcações passam com autorização, dentro do horário de abertura dos serviços, a ponte levadiça e ficam amarradas depois no pontão para poderem partir quando desejarem. No caso de embarcações de mastro menos alto e nas embarcações a motor a questão do bloqueio da ponta levadiça não se põe e podem partir na prática quando entenderem, não existindo controlo dos seus movimentos fora do horário previsto.
Mais ainda, a Brigada Fiscal também controla os movimentos das embarcações e fá-lo 24 hortas por dia. O controlo da Brigada Fiscal é feito muito por causa da lota, de forma a prevenir que o peixe seja vendido pelos pescadores fora desse espaço autorizado. Os agentes da Brigada Fiscal, que cumprirão turnos de 6 ou 8 horas, realizam um percurso que inclui a lota e não estarão permanentemente no extremo do pontão. Aliás, nem sequer têm um local no pontão onde se abrigar nessa tarefa - ao que parece tendo já existido directivas que terão proibido que o agente leve o carro próprio para se abrigar. Mais ainda, a vigilância da Brigada Fiscal, incide sobre a área fiscal, cabendo ao SEF o controlo da entrada e saída de pessoas e dispondo de informação referente a pessoas que são procuradas.
Este dispositivo (serviços da Marina no horário previsto e Brigada Fiscal para a vigilância alfandegária e fiscal) não garante o controlo da fronteira marítima internacional em Lagos - o que é grave num contexto de constante imigração ilegal a partir de Marrocos e África sub-sahariana e de tráfico de droga - e não podia ter prevenido a fuga do(s) raptor(es) de Maddie através de um barco, se foi essa a via utilizada. Madeleine pode não ter sido extraída do País num barco, mas, se foi, o dispositivo não era suficiente para prevenir a fuga pelo mar a partir de Lagos.
Limitação de responsabilidade (disclaimer): Robert Murat que é arguido - e não acusado nem pronunciado -no processo de desaparecimento de Madeleine Beth McCann tem direito à presunção de inocência até à emissão de sentença condenatória transitada em julgado. Também o "velejador inglês", quem quer que seja, não é que se saiba arguido neste processo.