A Polícia Judiciária (PJ) de Portimão recebeu nas últimas horas dezenas de telefonemas com alegados testemunhos acerca do suspeito descrito na conferência de imprensa de sexta-feira daquela polícia, disse hoje à Lusa fonte policial.
De acordo com o inspector-chefe Olegário Sousa, desde o fim da tarde de sexta-feira «o número de chamadas não aumentou, mas o seu conteúdo é diferente», relatando a maior parte delas encontros visuais com o suspeito que terá sido visto na noite do alegado rapto.
Na conferência de imprensa, a PJ pediu informações acerca de uma pessoa caucasiana (não precisa se é homem ou mulher), com idade entre 35 e 40 anos, medindo entre 1,70 e 1,75 centímetros, cabelo curto e vestindo um blusão ou casaco de cor escura, calças de tecido de cor clara e sapatos de cor preta.
De acordo com a descrição policial, o homem ou mulher circulava na zona da Praia da Luz na noite em que a pequena Madeleine desapareceu - 03 de Maio - e teria ao colo uma criança «ou qualquer objecto que pudesse com ela ser confundido».
Nas suas declarações de hoje à Lusa, Olegário Sousa admitiu que ao final do dia de hoje poderão ter sido recebidas «cerca de 100 chamadas» nas instalações de Faro e Portimão da PJ, cujos números foram divulgados sexta-feira.
Entretanto, na Praia da Luz não aumentou substancialmente o número de pessoas que acorre diariamente ao posto móvel da GNR instalado junto ao aldeamento «Ocean Club», de onde desapareceu a menina britânica.
De acordo com fonte policial, sexta-feira à noite, depois da conferência de Imprensa da PJ, ninguém procurou o posto e hoje de manhã a procura também foi escassa.
A meio da manhã de hoje, um homem de 75 anos, morador em Ourique, Alentejo, foi ao posto móvel da Praia da Luz para descrever «uma manobra estranha» num parque de estacionamento da sua área de residência, no dia seguinte ao desaparecimento de Maddie.
«Vi uma senhora com uma criança ao colo que entrou no banco da frente de um carro, que entrou em contramão no parque de estacionamento», disse aos repórteres José Francisco, reconhecendo que não viu as características físicas da criança.
Apesar de ter relatado o caso, no próprio dia, à GNR de Ourique, o idoso procurou hoje as autoridades a cerca de 150 quilómetros de casa porque, alegou, «nunca mais se falou do caso».
Para que o testemunho não fique esquecido, não hesitou em pagar 90 euros ao «carro de praça» que o trouxe logo de manhã desde o Baixo Alentejo.
«Todos os testemunhos recolhidos no posto móvel ou noutras instalações são registados e encaminhados para a PJ», garantiu à Lusa fonte da GNR junto ao aldeamento «Ocean Club».
Entretanto, as autoridades abriram hoje ao trânsito a rua fronteira ao aldeamento, até aqui fechada à circulação, retirando as faixas que ali tinham sido colocadas na noite do desaparecimento.
Contudo, o posto móvel permanece na zona, no pátio do empreendimento, que sem mantém com acesso condicionado a automóveis e pessoas.
Diário Digital / Lusa
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