sábado, janeiro 31, 2009
Sócrates aguenta ventania e não cai
Uma ventania varre Portugal. Parece que vamos com o vento e que só vai restar o território alcatroado, colado para sempre. Pode ser uma ventania regeneradora, que purgue a Pátria de todos os males. Dos passados e futuros.
Num tempo em que a actualidade desafia os mais ágeis na arte de informar, onde o que agora é verdade, amanhã , ou daqui a pouco é mentira, o vento pode ajudar o país a andar. Se vier de Leste vamos parar ao Atlântico, se vier de Oeste para Espanha. Se for nortada lá vamos para o Sara. Estamos com poucas hipóteses de nos safarmos à ventania. Sócrates, Zézito para o tio, abana mas não cai, numa réplica da famosa frase dos anos noventa, uma taveirada pegada:"aguenta, não chora, menina da Kokai!". Sócrates aguenta não cai. Até ver.
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Zézito, o dia negro e as forças ocultas
Mais um dia negro com forças ocultas a manobrarem o destino de Sócrates. A entrevista de ontem de Cândida de Almeida apaziguou o ambiente Free, mas hoje mais bombas caíram. E o pior: ninguém se cala com a coisa. A entrevista do Tio à TVI foi um grande momento de televisão. Gostei muito da sinceridade, e alguma ingenuidade, do tio do Primeiro. Revelou que trata o sobrinho por Zézito (uma ternura) e foi franco ao ponto de dizer que já é rico há muito tempo, e lamenta que não haja mais em Portugal. O senhor engenheiro (a sério) quase chorou. Foi de uma sinceridade comovente. Chegou a revelar a sua hipotética doença de Parkinson, embora tenha avisado que ninguém tinha a ver com isso. Muito bom.
Parece que estamos no PREC. De 5 em 5 minutos há uma novidade. E sempre má. A seguinte pior do que a anterior...
O anúncio da acusação à Universidade Independente (onde Sócrates tinha amigos e onde fez a célebre licenciatura) de crimes gravíssimos, digamos que não é uma moldura muito interessante para o que lhe está dentro. E o discurso de Cavaco Silva em Fátima foi de uma violência total para o governo, ao achar inacreditável que um deputado ou governante do PS (não fixei) tenha vindo dizer que afinal a lei do divórcio tinha defeitos. E passa de seguida um atestado de incompetência a quem faz leis.
Vejo neste discurso abençoada pela Virgem um indício de que Cavaco começa a estar farto e que demitir Sócrates seria uma verdadeira Free benesse.
E-MAILS FATAIS
“O dia 14 de Março é o dia mais importante para que tudo se resolva”, lê-se na mensagem que Charles Smith enviou, a 10 de Março de 2002, para Garry Russell, director do Freeport no Reino Unido. Foi dia 14 que o aval ambiental foi conseguido.
Ainda de acordo com o “Sol”, nas mensagens, os ingleses demonstram não confiar nos portugueses. Num dos e-mails o engenheiro escocês alerta Russell: “Na reunião de 17 de Janeiro assumiste que pagávamos pelo estudo de impacto ambiental 90 por cento à cabeça, mas aconselho-te a dividir a quantia em três ou mais tranches”. Terá sido nesta data que, segundo a carta rogatória inglesa, José Sócrates participou num encontro com responsáveis da empresa.
Depois de aprovada a declaração ambiental, Smith recebe uma mensagem de Bill McKinney, da empresa imobiliária irlandesa com o mesmo nome que trabalhou no projecto. O objectivo é protestar por não ter recebido a sua parte nem ter sido informado do licenciamento. Na resposta, o sócio da consultora desculpa-se explicando que “tinha ordens muito rígidas do ministro no sentido de não dizer nada antes da recepção do documento e do relatório”.
Dois meses depois, em Junho, Charles Smith envia uma nova mensagem a Russell para que se façam os pagamentos. “Qual a posição em relação à aprovação da EIA? Para este também é necessário um pagamento de 50 k. Não estou a dizer para pagar, faça só a transferência, de modo a que nada fique estagnado”, cita o “Sol”.
Alteração à ZPE
O caso Freeport tornou-se público em Fevereiro de 2005, quando uma notícia do jornal “O Independente”, a escassos dias das eleições legislativas, divulgou um documento da Polícia Judiciária (PJ) que mencionava José Sócrates, então líder da oposição, como um dos suspeitos, por alegadamente ter sido um dos subscritores daquele decreto-lei quando era ministro do Ambiente. Posteriormente, a PJ e a Procuradoria-Geral da República (PGR) negaram qualquer envolvimento do então candidato a primeiro-ministro no caso Freeport. Em Setembro passado, o processo passou do Tribunal do Montijo para o DCIAP.
Já este ano, a 10 e 17 de Janeiro, o Ministério Público emitiu comunicados a esclarecer que, até àquele momento, não havia indícios do envolvimento de qualquer ministro português, do actual governo ou de anteriores, em eventuais crimes de corrupção relacionados como o caso e, na semana passada, prometeu levar a investigação até ao fim. Ontem a informação foi reiterada.
O processo relativo ao espaço comercial do Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei. Apesar disso, no fim-de-semana passado, o primeiro-ministro garantiu que participou em apenas uma reunião relacionada com o empreendimento Freeport, na Câmara Municipal de Alcochete, que teve como único objectivo "a apresentação das exigências ambientais que tinham levado ao chumbo do projecto". / PÙBLICO
Islândia falida vai ter lésbica assumida
O ex-primeiro caiu e para o seu lugar avança uma lésbica assumida. Nada contra nem a favor, só se fala porque a futura primeira faz da sua opção sexual uma bandeira. Se recuperar a ilha ficará na história como uma mulher de tomates.
O politicamente correcto em tempo de depressão. Sócrates não está nada só com a sua futura lei que permitirá o casamento de homossexuais. Um free-wedding.
Presuntos implicados (a saga continua)
Gostei da serenidade e daquele seu ar doce e firme, entre a mãe zelosa e a mulher firme. O tom da voz é nela tranquilo e forte. Esclareceu o que podia, sem deixar suspense, sem sugerir nada para lá das suas palavras. Fiquei a perceber pormenores que não tinha entendido.
Claro que as explicações foram jurídicas, no âmbito de uma investigação criminal. Todos sabemos que há fios de meada que nunca se conseguirão deslindar.
Politicamente nunca se perceberá a pressa na aprovação, as alterações feitas e o papel de certos actores secundários (aparentemente) nesta trama.
A sobrinha desapareceu de cena, o primo medita longe, o tio vai ser ouvido um destes dias pelos investigadores. Os outros entrarão em cena, o senhor Arouca não contaria melhor esta novela.
O rasto dinheiro só será descoberto com a colaboração daqueles cães pisteiros ingleses, embora os cães não tenham voto na decisão de qualquer juiz português.
Todos inocentes até ver. A saga continua.
PS: fiquei emocionado quando no final da entrevista Cândida Almeida falou do exemplo que quer deixar à sua filha. Muito bom.
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Presunto Implicado
Podemos brincar, podemos (e devemos) detestar Sócrates, podemos acreditar na sua total inocência, mas que isto dá preocupação dá. Lá isso dá. Gostava de ser mosca e saber no que está a pensar e sentir o Presidente da República. Safa !
Primo de Sócrates medita
Que Dalai Lama nos acalme.
Sócrates na AR em free Style
O clímax do debate foi quando Sócrates puxou de um livreco de grafismo pavoroso e começou a ler louvaminhas à sua política de educação. Para Sócrates, aquilo era a prova do seu sucesso no ensino. Não se assustem: não metia a executada Universidade dos diplomas domingueiros, apenas e só um relatório da OCDE sobre ensino básico.
Paulo Rangel desmontou a armadilha: aquilo não era um documento da OCDE mas de técnicos, contratados pelo governo, que habitualmente também trabalham para a OCDE. Depois desta mentirola, Sócrates levanta-se continua a vociferar contra Rangel, o PSD e Ferreira Leite, e só na intervenção seguinte, quando o pó tinha assentado, é que Sócrates diz que nunca disse que era um relatório da OCDE. É genial do ponto de vista da propaganda. E continua a morder as canelas de Rangel. Para apaziguar a coisa acaba por concordar com Louçã, depois de o ter desarmado, falando do Freeport antes deste.
Só Visto!
terça-feira, janeiro 27, 2009
A Grande família
Há personalidades que ficam na História pelos seus grandes feitos.
segunda-feira, janeiro 26, 2009
A prima do sr. ministro era sua secretária ?
Já se percebeu: Sócrates quando apertado fica fora de si.O seu ministro adjunto, hoje à noite ao ser entrevistado por Mário Crespo na SIC, teve sempre o pé no travão e no limite da contenção ligou a cassete. Crespo, que até lhe perguntou por uma prima de Sócrates que era sua secretária (acho que ouvi bem entre tanto ruído), acabou por o deixar acelerar num espasmo total, como quem diz:"nada a fazer, fala e vai-te embora".
O problema de Sócrates é que a sua vidinha está cheia de episódios de lana caprina, que no fundo revelam bem o seu patamar cultural e técnico (começando no inglês e passando pelo Técnico), um curriculum medíocre, também tipico dos dias que correm: o tempo dos pequenos de espírito triunfarem mais pelas manobras do engraxatório, da reverência ao chefinho, tudo embrulhado num permanente assustado perfil.
Este caso até nem deve ser nenhum escândalo. Nem acredito em corrupção, embora eu ainda esteja naquela fase em que acredito no Pai Natal, apesar de estar a tentar curar-me. O que é grave em tudo isto, é o lado miserável de espectáculo que Sócrates dá: arma-se em vítima, evoca os malandros do costume, e ele é um santo que gosta dos portugueses, da classe média, dos professores, do alcatrão, da velocidade, e soube honrar os justos e profundos anseios da comunidade gay, a civil e agora a prisioneira.
O país agora não fala de problemas, crises e azias económicas. Hábil em televisão, o Primeiro arregaça as mangas e à falta de actores para fazerem distrair os portugueses é ele mesmo que vem para a pantalha, num jogo de sombras e ilusões, fazer o papel da sua vida: o entertainer nacional. No episódio de hoje há indignação, amanhã intriga, depois paixão e esmola, por fim uma banhada total para um público pobre de espírito e ainda por cima de carteira.
domingo, janeiro 25, 2009
FREEPORTUGAL
Fui hoje a Coruche, mas decidi não ir pela estrada que passa perto do FreePort. Fui pela A1, virei no Carregado, passei pela nova ponte sobre o Tejo, saí para Benavente e cheguei a Coruche, gastando mais 15 quilómetros e pagando umas portagens.
O que me surpreende é isto: como pode um país como Portugal, onde carências básicas persistem, ter uma rede de auto-estradas destas? No caso uma auto-estrada esplêndida, mas sem indicações capazes das saídas e das povoações que servem, que custou uma barbaridade e que parece um deserto de alcatrão entre o Ribatejo e o Alentejo. Um FreePortugal. Uma via que não promove a região porque a atravessa do alto, sem servir a maioria das vilas por onde passa e , mesmo que servisse, tornaria incomportável em custos a sua utilização diária pelos locais.
Sinceramente não percebo. Não era precisa ali aquela auto-estrada. Era, sim, precisa uma estrada nacional de qualidade, segura, que servisse as povoações e que fosse gratuita. Mas o novo-riquismo e os interesses instalados entre empresas de obras públicas e poder político criam estes elefantes brancos, pagos por nós e pelos que virão.
Temo que Sócrates vá continuar esta loucura: a "alcatrização" total do país, em nome da crise e do relançamento da economia (!!) e se for preciso matar os pássaros vamos a isso: Bang! bang! Bang!- chegou o engenheiro amigo do ambiente.
Oh tio, oh tio !!!...(3)
Alguns dados objectivos sobre o Caso Freeport: as autoridades ingleses investigam o pagamento de luvas, o tio de Sócrates confirma que meteu a cunha para a reunião, o primo de Sócrates tentou usufruir de uma prestação de serviço, o complexo comercial teve um evidente tempo record no que respeita a aprovação, houve aspectos ecológicos desvalorizados. Objectivamente havia muito dinheiro em causa (o próprio advogado o reconheceu), havia alguma deferência pelo facto de haver a família real inglesa pelo meio.
No meio de toda esta trama vai ser difícil provar o que é pouco claro mas não ilegal, o que parece favorecimento mas não atropela a lei.
O ponto mais quente e politicamente insustentável será se se provar que o tal tio de Sócrates foi beneficiado em todo este processo. Tal como dizia hoje na SIC-N Ricardo Costa, será aqui que Sócrates pode tremer, e nem sequer estará em causa questões jurídicas ou acusatórias, serão questões políticas. Por isso Sócrates tem pressa em que isto seja deslindado.
Claro que Sócrates tem de vez em quando casos irritantes. Este é mais um a acrescentar ao da sua licenciatura dominical, da sua obra oculta de arquitecto diletante, casos de que ele soube sempre sair por cima, graças ao seu talento de actor e graças a um qualquer santo padroeiro.
Também não se percebe porque nunca avançaram as investigações a este caso, há 3 anos atrás, e porque houve uma jornalista condenada por ter escrito sobre isto, a minha amiga Inês Serra Lopes no Independente.
Se os ingleses não tivessem começado a cheirar o caso tinha morrido por cá. Certo?
Quanto à chamada comunicação social (um termo que eu detesto) teve um cuidado extremo em referir o nome de Sócrates neste caso. Durante duas semanas apenas se falava de "um ministro do governo Guterres". Por um lado revela prudência por outro desconfio de miaúfa.
Por fim: é bom constatar-mos que o jornalismo de investigação não acabou em Portugal. Este fim de semana trouxe bom jornalismo. O e-mail no Expresso e o resumo da trama. A Felícia Cabrita voltou, e o Sol não podia ter tido melhor publicidade, numa semana negra, onde o entra-não entra do tal capital angolano se tornou notícia. A forma como a notícia foi tratada revela coragem, provocação mesmo, sabendo nós que o amigo de Sócrates, o ex-bancário-banqueiro Armando Vara, que agora tem poder sobre o jornal através do BCP (as voltas que o Mundo dá, meu Deus!) não irá tornar a vida fácil para o semanário. A recusa em não deixar entrar o capital angolano não é por acaso.
Tudo o que Portugal dispensava no meio do turbilhão era mais uma história de políticos e ladrões.
(actualizado)
sábado, janeiro 24, 2009
Vacas no esplendor da relva de Lisboa
Com estas vacas, Lisboa inicia a época da mamadeira total. O Empata que manda nos relvados da Capital, essa grande figura da democracia José Sá Fernandes, deve ter dado o seu consentimento. Se autoriza stands de carros porque não haveria de aceitar vacas ?
Ali o discurso de Cavaco às vacas ficava fantástico.
sexta-feira, janeiro 23, 2009
As crónicas punjentes de Pedro Múrias
São peças de uma densidade rara em rádio.Punjentes. Claro que o facto de ser seu amigo me pode levar a ser mais parcial na apreciação, mas estou certo que os ouvintes do fim de tarde no RCP (por volta das 18,30) têm gostado fortemente das crónicas. Elas revelam, com sentido de humor e um profundo respeito pelo sofrimento e solidão alheios, o que é a vida lateral de muitos cidadãos que, fragilizados, têm de suportar o calvário do sofrimento nos antros dos hospitais portugueses. Embora ele refira sempre que os médicos e as suas equipas são de uma disponibilidade total para assistirem os que, doentes, precisam de vencer.
Não sei se as crónicas estão online.Dêem um salto ao site do RCP. Vale mesmo a pena ouvir. Estamos perante um jornalismo que urge ressuscitar. O jornalismo de proximidade, de autor.
Um grande abraço Pedro, e que segunda-feira seja um dia mesmo a teu favor.
Sim. Eu posso ser arquitecto (*)
E fiquei a saber que tenho algumas afinidades muito particulares com Obama. Ele tem Miles Davis como um dos seus músicos de jazz preferidos e fiquei também a saber que se não fosse político, o Presidente Americano gostava de ser arquitecto. Para já, quem gosta de Miles Davis tem tudo de mim!
Depois da profissão de arquitecto ter sido vista durante gerações,"como uma opção que não era suficientemente viril para ser um engenheiro, nem tanto assim maricas para ser um decorador" , foi preciso Obama descer à Terra para dignificar os arquitectos. Eu que estou sempre a esconder essa minha faceta profissional (sim eu fui mesmo arquitecto) pois sempre me prejudicou na faceta de fotojornalista, posso agora gritar: sim eu posso ser arquitecto! E não se admirem que o capital fresco angolano para o Sol não seja já uma influência desta preferência negra pela arquitectura do José António Saraiva.
(*) não confundir com arquisócrates !
O puto falou verdade, disse o tribunal
Ora se o miúdo disse a verdade, essa verdade não é passível de ser investigada e levada a julgamento ?
Recordemos que o deputado socialista ganhou recentemente uma queixa contra o Estado português por ter sido preso preventivamente num processo em que foi considerado inocente. Em que ficamos ? A justiça depende agora da hora, do dia, ou da forma de conduzir o caso?
Depois do fracasso das engenharias financeiras, só faltava mesmo o da engenharia jurídica!
Oh tio, oh tio !!!... (2)
Embora fora de portas fui seguindo as novidades- os alertas no telemóvel ajudam.
O Freeport está na ordem do dia.
Começámos por ouvir pela manhã Sócrates a dar uma declaração muito desajustada (como agora se diz). Para ele isto é uma armadilha das forças internas do PS e da malvada oposição (estou a enriquecer o pensamento dele)que só aparece antes das eleições.
Bom: não me parece que a polícia inglesa agora seja uma aliada da oposição portuguesa e que tenha uma avença do sindicato dos magistrados portugueses. Claro que Cluny veio logo considerar uma pressão sobre "os senhores procuradores", as declarações do PM.
Não se percebe porque foi agora aPJ tão célere e não o foi há 3 anos. É verdade que esta é uma nova PJ e este um novo Procurador.
Uma coisa em comum tem Sócrates com a oposição: também ele viabilizou o projecto, ou ajudou muito a isso no seu despacho, a poucos dias das eleições. Melhor: quando o governo Guterres agonizava e todos os ratos do navio sabiam que ele ia afundar.
Igreja segura e video nas caixas de esmolas
Uma igreja com vídeo-vigilância com controle efectivo das caixas de esmolas.
Não se admirem se um destes dias à saída da missa do Galo, ou outra, encontrarem um Smart com sirenes e com o escrito nas portas: " Igreja segura".
Valha-nos Deus !!!.. E a Prosegur!!!
Oh tio, oh tio !!!...
As diligências envolveram o juiz Carlos Alexandre, magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e elementos da Polícia Judiciária. E vão ter novos desenvolvimentos nos próximos tempos, uma vez que, no início desta semana, chegou a Lisboa uma carta rogatória das autoridades britânicas que estão também a investigar a empresa-mãe do "outlet" de Alcochete por suspeita de fraude fiscal.
Presente na Cimeira Ibérica, em Zamora, José Sócrates recomendou às autoridades judiciais que “façam rapidamente o seu trabalho”, recordando que durante a campanha eleitoral de 2005 o caso Freeport tinha sido abordado pela primeira vez. “E volta agora, quando vão novamente ser disputadas eleições”, acentuou Sócrates, que se recusou a comentar a acção das autoridades judiciais.
Ministro do Ambiente à data da aprovação do decreto-lei que alterou a delimitação da Zona de Protecção Especial, excluindo dela a área prevista para a construção do empreendimento, três dias antes das eleições de 2002, José Sócrates reiterou hoje que o licenciamento do Freeport “foi feito obedecendo a todas as normas e exigências legais”. E acrescentou: “Eu bem posso falar, porque era ministro do Ambiente. Embora não tivesse participado no licenciamento, o Ministério do Ambiente fê-lo obedecendo a todas as normas e exigências ambientais. Disse-o em 2005 e digo-o agora”, frisou.
A sociedade de Advogados Vieira de Almeida divulgou um comunicado ao fim da tarde de hoje, confirmando a busca. Garantiu que “esclareceu todos os fluxos financeiros em que interveio, sempre como representante legal da Freeport, nomeadamente no que se relaciona com o contrato de compra e venda do imóvel onde se situa o 'outlet'”, no montante de cerca de cinco milhões de euros.
Realçando prestar serviços de assessoria à Freeport, a empresa de advogados apresenta esta sociedade como estando cotada em Inglaterra, e diz que lhe prestou “serviços jurídicos nas diferentes fases de desenvolvimento do projecto, em moldes similares aos prestados à generalidade dos clientes internacionais”.
As suspeitas quanto aos meandros do licenciamento do "outlet" de Alcochete começaram a ser investigadas pela PJ de Setúbal em 2004 e adensaram-se quando a empresa-mãe foi alvo de uma inspecção em Inglaterra. Nesta acção foi detectada a transferência de uma avultada verba que os responsáveis da Freeport terão justificado como tendo sido destinadas a facilitar o licenciamento do empreendimento.
No âmbito de um inquérito por alegada fraude fiscal, as autoridades britânicas têm trocado informações com as suas congéneres portuguesas. E foram pedidos esclarecimentos mútuos entre Lisboa e Londres, para averiguar como, e para quê, a soma detectada na contabilidade da Freeport foi usada. Ambos os inquéritos estão depedentes de informações recolhidas pelos investigadores portugueses e britânicos. Esta cooperação foi, aliás, debatida numa reunião, na Holanda, em que participaram investigadores ingleses e Cândida Almeida, coordenadora do DCIAP, e dois directores nacionais-adjuntos da Polícia Judiciária.7 PÚBLICO
quinta-feira, janeiro 22, 2009
quarta-feira, janeiro 21, 2009
Obama e os comentadores de serviço
É um erro, penso eu de que...os ouvintes e leitores, e os espectadores, estão fartos de banalidades, embora alguns dos nomes opinativos sejam por si só o garante da audiência mínima garantida.
Ontem era o dia deles, dos sabe-tudo. E foi ouvir algumas das maiores anormalidades, que acabaram por deixar indignadas pessoa que até nada têm a ver com jornais e política.
Houve um desses comentadores, que não vou dizer o nome, que decidiu começar a dizer que o discurso do Obama era banal, típico de um americano médio, que qualquer outro presidente teria dito o mesmo e até chegou a dizer que pelo facto de não ter sido anunciado o seu nome do meio, Hussein, já revelava um recuo ideológico. Tramou-se: quando chegou a vez de Obama fazer o juramento lá apareceu o seu nome dito na totalidade, incluindo o Hussein.
O jornalista-comentador perdeu uma excelente oportunidade de estar caladinho, mas isso era o que ela deveria ter feito desde o princípio.
terça-feira, janeiro 20, 2009
Presidente Cavaco no Twitter
Trata-se de uma ferramenta cada vez mais utilizada por deputados e outros órgãos públicos, mas que agora passa a estar à disposição de Cavaco Silva. É uma nova forma de acompanhar a actualidade do Presidente, a sua agenda, intervenções, visitas e outras iniciativas, confirmou o Gabinete de Imprensa.
«O desenvolvimento desta rede social tem vindo a ser observada pela Presidência da República, sendo considerada importante uma presença num espaço de partilha de informação com crescente utilização por parte dos utilizadores portugueses», vincou.
Recorde-se que em nome individual, o Presidente da República faz já parte, desde Fevereiro de 2008, da rede social de talento português The Star Tracker, com membros espalhados pelo mundo, residentes em 73 países.
Pode acompanhar a Presidência da República no Twitter.O discurso de Obama em português
Aqui estou hoje, humilde perante a tarefa à nossa frente, grato pela confiança que depositaram em mim, consciente dos sacrifícios que os nossos antepassados enfrentaram. Agradeço ao Presidente Bush pelo seu serviço à nossa nação, assim como a generosidade e a cooperação que demonstrou durante esta transição.
Quarenta e quatro americanos fizeram até agora o juramento presidencial. Os discursos foram feitos durante vagas de crescente prosperidade e águas calmas de paz. No entanto, muitas vezes a tomada de posse ocorre no meio de nuvens espessas e furiosas tempestades. Nesses momentos, a América perseverou não só devido ao talento ou à visão dos que ocupavam altos cargos mas porque Nós o Povo permanecemos fiéis aos ideais dos nossos antepassados e aos nossos documentos fundadores.
Assim tem sido. E assim deve ser com esta geração de americanos.
Que estamos no meio de uma crise, já todos sabem. A nossa nação está em guerra, contra uma vasta rede de violência e ódio. A nossa economia está muito enfraquecida, consequência da ganância e irresponsabilidade de alguns, mas também nossa culpa colectiva por não tomarmos decisões difíceis e prepararmos a nação para uma nova era. Perderam-se casas; empregos foram extintos, negócios encerraram. O nosso sistema de saúde é muito oneroso; para muita gente as nossas escolas falharam; e cada dia traz-nos mais provas de que o modo como usamos a energia reforça os nossos adversários e ameaça o nosso planeta.
Estes são indicadores de crise, resultado de dados e de estatística. Menos mensurável mas não menos profunda é a perda de confiança na nossa terra - um medo incómodo de que o declínio da América é inevitável, e que a próxima geração deve baixar as expectativas.
Hoje eu digo-vos que os desafios que enfrentamos são reais. São sérios e são muitos. Não serão resolvidos facilmente nem num curto espaço de tempo. Mas fica a saber, América - eles serão resolvidos.
Neste dia, unimo-nos porque escolhemos a esperança e não o medo, a unidade de objectivo e não o conflito e a discórdia
Neste dia, viemos para proclamar o fim dos ressentimentos mesquinhos e falsas promessas, as recriminações e dogmas gastos, que há tanto tempo estrangulam a nossa política.
Continuamos a ser uma nação jovem, mas nas palavras da Escritura, chegou a hora de pôr as infantilidades de lado. Chegou a hora de reafirmar o nosso espírito de resistência, de escolher o melhor da nossa história; de carregar em frente essa oferta preciosa, essa nobre ideia, passada de geração em geração; a promessa de Deus de que todos somos iguais, todos somos livres, e todos merecemos uma oportunidade de tentar obter a felicidade completa.
Ao reafirmar a grandeza da nossa nação, compreendemos que a grandeza nunca é um dado adquirido. Deve ser conquistada. A nossa viagem nunca foi feita de atalhos ou de aceitar o mínimo. Não tem sido o caminho dos que hesitam – dos que preferem o divertimento ao trabalho, ou que procuram apenas os prazeres da riqueza e da fama. Pelo contrário, tem sido o dos que correm riscos, os que agem, os que fazem as coisas – alguns reconhecidos mas, mais frequentemente, mulheres e homens desconhecidos no seu labor, que nos conduziram por um longo e acidentado caminho rumo à prosperidade e à liberdade.
Por nós, pegaram nos seus parcos bens e atravessaram oceanos em busca de uma nova vida.
Por nós, eles labutaram em condições de exploração e instalaram-se no Oeste; suportaram o golpe do chicote e lavraram a terra dura. Por nós, eles combateram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn.
Tantas vezes estes homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até as suas mãos ficarem ásperas para que pudéssemos viver uma vida melhor. Eles viram a América como maior do que a soma das nossas ambições individuais; maior do que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.
Esta é a viagem que hoje continuamos. Permanecemos a nação mais poderosa e próspera na Terra. Os nossos trabalhadores não são menos produtivos do que eram quando a crise começou. As nossas mentes não são menos inventivas, os nossos produtos e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada ou no mês passado ou no ano passado. A nossa capacidade não foi diminuída. Mas o nosso tempo de intransigência, de proteger interesses tacanhos e de adiar decisões desagradáveis – esse tempo seguramente que passou.
A partir de hoje, devemos levantar-nos, sacudir a poeira e começar a tarefa de refazer a América.
Para onde quer que olhamos, há trabalho paraa fazer. O estado da economia pede acção, corajosa e rápida, e nós vamos agir – não só para criar novos empregos mas para lançar novas bases de crescimento. Vamos construir estradas e pontes, redes eléctricas e linhas digitais que alimentam o nosso comércio e nos ligam uns aos outros.
Vamos recolocar a ciência no seu devido lugar e dominar as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade do serviço de saúde e diminuir o seu custo. Vamos domar o sol e os ventos e a terra para abastecer os nossos carros e pôr a funcionar as nossas fábricas. E vamos transformar as nossas escolas e universidades para satisfazer as exigências de uma nova era.
Podemos fazer tudo isto. E tudo isto iremos fazer. Há alguns que, agora, questionam a escala das nossas ambições – que sugerem que o nosso sistema não pode tolerar muitos planos grandiosos. As suas memórias são curtas. Esqueceram-se do que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem fazer quando à imaginação se junta um objectivo comum, e à necessidade a coragem.
O que os cínicos não compreendem é que o chão se mexeu debaixo dos seus pés – que os imutáveis argumentos políticos que há tanto tempo nos consomem já não se aplicam. A pergunta que hoje fazemos não é se o nosso governo é demasiado grande ou demasiado pequeno, mas se funciona – se ajuda famílias a encontrar empregos com salários decentes, cuidados de saúde que possam pagar, pensões de reformas que sejam dignas. Onde a resposta for sim, tencionamos seguir em frente. Onde a resposta for não, programas chegarão ao fim.
E aqueles de nós que gerem os dólares do povo serão responsabilizados – para gastarem com sensatez, reformarem maus hábitos e conduzirem os nossos negócios à luz do dia – porque só então poderemos restaurar a confiança vital entre o povo e o seu governo.
Não se coloca sequer perante nós a questão se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. O seu poder de gerar riqueza e de expandir a democracia não tem paralelo, mas esta crise lembrou-nos que sem um olhar vigilante o mercado pode ficar fora de controlo – e que uma nação não pode prosperar quando só favorece os prósperos. O sucesso da nossa economia sempre dependeu não só da dimensão do nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance da nossa prosperidade; da nossa capacidade em oferecer oportunidades a todos – não por caridade, mas porque é o caminho mais seguro para o nosso bem comum.
Quanto à nossa defesa comum, rejeitamos como falsa a escolha entre a nossa segurança e os nossos ideais. Os nossos Pais Fundadores, face a perigos que mal conseguimos imaginar, redigiram uma carta para assegurar o estado de direito e os direitos humanos, uma carta que se expandiu com o sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e não vamos abdicar deles por oportunismo.
E por isso, aos outros povos e governos que nos estão a ver hoje, das grandes capitais à pequena aldeia onde o meu pai nasceu: saibam que a América é amiga de todas as nações e de todos os homens, mulheres e crianças que procuram um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para liderar mais uma vez.
Recordem que as primeiras gerações enfrentaram o fascismo e o comunismo não só com mísseis e tanques mas com alianças sólidas e convicções fortes. Compreenderam que só o nosso poder não nos protege nem nos permite agir como mais nos agradar. Pelo contrário, sabiam que o nosso poder aumenta com o seu uso prudente; a nossa segurança emana da justeza da nossa causa, da força do nosso exemplo, das qualidades moderadas de humildade e contenção.
Nós somos os guardiões deste legado. Guiados por estes princípios uma vez mais, podemos enfrentar essas novas ameaças que exigem ainda maior esforço – ainda maior cooperação e compreensão entre nações. Vamos começar responsavelmente a deixar o Iraque para o seu povo, e a forjar uma paz arduamente conquistada no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear, e afastar o espectro do aquecimento do planeta.
Não vamos pedir desculpa pelo nosso modo de vida, nem vamos hesitar na sua defesa, e àqueles que querem realizar os seus objectivos pelo terror e assassínio de inocentes, dizemos agora que o nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado; não podem sobreviver-nos, e nós vamos derrotar-vos.
Porque nós sabemos que a nossa herança de diversidade é uma força, não uma fraqueza. Nós somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus – e não crentes. Somos moldados por todas as línguas e culturas, vindas de todos os cantos desta Terra; e porque provámos o líquido amargo da guerra civil e da segregação, e emergimos desse capítulo sombrio mais fortes e mais unidos, não podemos deixar de acreditar que velhos ódios um dia passarão; que as linhas da tribo em breve se dissolverão; que à medida que o mundo se torna mais pequeno, a nossa humanidade comum deve revelar-se; e que a América deve desempenhar o seu papel em promover uma nova era de paz.
Ao mundo muçulmano, procuramos um novo caminho em frente, baseado na confiança mútua e no respeito mútuo. Aos líderes por todo o mundo que procuram semear o conflito, ou culpar o Ocidente pelos males da sua sociedade – saibam que o vosso povo vos julgará pelo que construírem, não pelo que destruírem. Aos que se agarram ao poder pela corrupção e engano e silenciamento dos dissidentes, saibam que estão no lado errado da história; mas que nós estenderemos a mão se estiverem dispostos a abrir o vosso punho fechado.
Aos povos das nações mais pobres, prometemos cooperar convosco para que os vossos campos floresçam e as vossas águas corram limpas; para dar alimento aos corpos famintos e aos espíritos sedentos de saber. E às nações, como a nossa, que gozam de relativa riqueza, dizemos que não podemos mais mostrar indiferença perante o sofrimento fora das nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem prestar atenção aos seus efeitos. Porque o mundo mudou, e devemos mudar com ele.
Ao olharmos para o caminho à nossa frente, lembremos com humilde gratidão os bravos americanos que, neste preciso momento, patrulham desertos longínquos e montanhas distantes. Eles têm alguma coisa para nos dizer hoje, tal como os heróis caídos em Arlington fazem ouvir a sua voz. Honramo-los não apenas porque são guardiões da nossa liberdade, mas porque incorporam o espírito de serviço; uma vontade de dar significado a algo maior do que eles próprios. E neste momento – um momento que definirá uma geração – é este espírito que deve habitar em todos nós. Porque, por mais que o governo possa e deva fazer, a nação assenta na fé e na determinação do povo americano.
É a generosidade de acomodar o desconhecido quando os diques rebentam, o altruísmo dos trabalhadores que preferem reduzir os seus horários a ver um amigo perder o emprego que nos revelam quem somos nas nossas horas mais sombrias. É a coragem do bombeiro ao entrar por uma escada cheia de fumo, mas também a disponibilidade dos pais para criar um filho, que acabará por selar o nosso destino.
Os nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com que os enfrentamos podem ser novos. Mas os valores de que depende o nosso sucesso – trabalho árduo e honestidade, coragem e fair play, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo – estas coisas são antigas. Estas coisas são verdadeiras. Têm sido a força silenciosa do progresso ao longo da nossa história. O que é pedido, então, é o regresso a essas verdades.
O que nos é exigido agora é uma nova era de responsabilidade – um reconhecimento, da parte de cada americano, de que temos obrigações para connosco, com a nossa nação, e com o mundo, deveres que aceitamos com satisfação e não com má vontade, firmes no conhecimento de que nada satisfaz mais o espírito, nem define o nosso carácter, do que entregarmo-nos todos a uma tarefa difícil.
Este é o preço e a promessa da cidadania.
Esta é a fonte da nossa confiança – o conhecimento de que Deus nos chama para moldar um destino incerto.
Este é o significado da nossa liberdade e do nosso credo – é por isso que homens e mulheres e crianças de todas as raças e todas as religiões se podem juntar em celebração neste magnífico mall, e que um homem cujo pai há menos de 60 anos não podia ser atendido num restaurante local pode agora estar perante vós a fazer o mais sagrado juramento.
Por isso, marquemos este dia com a lembrança do quem somos e quão longe fomos. No ano do nascimento da América, no mais frio dos meses, um pequeno grupo de patriotas juntou-se à beira de ténues fogueiras nas margens de um rio gelado. A capital tinha sido abandonada. O inimigo avançava. A neve estava manchada de sangue. No momento em que o resultado da nossa revolução era incerto, o pai da nossa nação ordenou que estas palavras fossem lidas ao povo:
“Que o mundo que há-de vir saiba que... num Inverno rigoroso, quando nada excepto a esperança e a virtude podiam sobreviver... a cidade e o país, alarmados com um perigo comum, vieram para [o] enfrentar.”
América. Face aos nossos perigos comuns, neste Inverno das nossas dificuldades, lembremo-nos dessas palavras intemporais. Com esperança e virtude, enfrentemos uma vez mais as correntes geladas e suportemos as tempestades que vierem. Que seja dito aos filhos dos nossos filhos que quando fomos testados recusámos que esta viagem terminasse, que não recuámos nem vacilámos; e com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levámos adiante a grande dádiva da liberdade e entregámo-la em segurança às futuras gerações.
Tradução: Jornal Público
Por detrás de Obama está um grande fotógrafo
O fotógrafo de Obama (salve camarada Presidente!) é português, mas já há umas daquelas irritantes criaturas que comentam que o tipo é apenas descendente de açorianos, como se isso fizesse alguma diferença. Aliás por essa ordem de ideias os brasucas que se intitulam portugueses eram devolvidos a Iemanjá.
Mas se falhámos o cão de água para a Casa Branca( em princípio) acertámos para lá num fotógrafo de primeira água.
Temos em Portugal o nosso Souza, o Luis Filipe Catarino no Palácio de Belém, fotógrafo do Presidente Cavaco. E, sendo suspeito porque sou seu amigo e admiro-o, encontro entre Souza e Catarino algumas semelhanças, embora sejam de gerações diferentes. O "nosso" fotógrafo é também inspirado na mesma fonte: a fotografia humanista de rigor gráfico, empenhada e eficaz, qualidades que os arrivistas desprezam porque não sabem, nem querem saber, e agora também já é tarde. Nem as fotografias deixam respirar (private joke!). Não se pode fotografar com açaime nos olhos, é simples.
Portanto: estou muito obanamaníaco e começo pelo fotógrafo.
Cada Presidente tem o fotógrafo que merece e por detrás de um grande Presidente está sempre um grande fotógrafo.
Mais nada.
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Souza congela instantes de Obama
Quando daqui a horas Obama tomar posse vai ter por perto um olhar atento e especial: Pete Souza, 54 anos, português dos Açores, estará em tensão à espera dos melhores momentos para registar na sua máquina fotográfica digital, onde por vezes prefere o modo black and white.
O nosso conterrâneo é um fotojornalista renomeado na América, com um curriculum extenso e obra notável. É professor de fotojornalismo na Universidade de Ohio, e quando Robert Gibbs, futuro secretário de imprensa de Obama, o convidou para ser o fotógrafo oficial do Presidente, o português não hesitou em abandonar logo o seu lugar de fotojornalista do Chicago Tribune.
O anúncio do novo fotógrafo do Presidente foi feito pela Associação norte-americana de fotojornalistas (imagina-se isto em Portugal?) e Souza fez questão em afirmar que aceitava ser fotógrafo do Presidente na condição de documentar "em nome da história".
Como fotojornalista do Chicago Tribune, Pete Souza fotografou durante um ano Obama no Senado e segui-o em 7 viagens por diversos países. Apostou desde 2005 numa vitória de Barack Obama. Teve fé e acertou.
Souza já tinha sido fotógrafo de Ronald Reagen, conhece portanto a Casa Branca, e tem experiência neste tipo de trabalho que, sendo exercido como o de qualquer fotojornalista, exige uma disciplina rigorosa e uma postura por vezes mais intimista.
As fotografias de Souza são do melhor que tenho visto em fotojornalismo. Ele consegue conciliar essas duas dificeis vertentes do fotojornalismo: o rigor gráfico e o rigor narrativo. As suas fotografias têm lá a escola toda de Henri Cartier-Bresson ou de Sebastião Salgado (dois mestres que ele gosta de citar). Estamos perante um fotojornalista que viajou pelos confins do Mundo, em territórios de guerra e por multidões pela paz.
O seu portfolio é um rosário de instantes fortes, bem intencionados, um longo caminho visual de memórias da História. Pete assume uma das qualidades cada vez mais raras no exercício da profissão por "jovens habilidosos" que é o exercício da memória, o empenho pela verdade, a composição como uma das belas-artes.Humanista à flor do olhar, convicto e leal na hora do disparo, Pete trabalha com meios simples, eficazes, luz natural mas bem dominada, com a vénia de uma dádiva de Deus, usa do humor e reflecte comoção.
Se Obama é o anjo que parece ter descido à Terra, Pete Souza, com o seu olhar de fotojornalista humanista, não podia ter sido mais bem escolhido.
Era bom aproveitarmos por cá, para reflectirmos no papel do fotojornalismo, e na dignidade que a profissão desperta nas sociedades cultas e nas instituições superiores. Obama não escolheu um bate-chapas nem um estafeta da imagem, quis um fotojornalista.
Sendo assim, junto-me à obamamania.
Também em www.expresso.pt
Jesus desce hoje à Terra
É a unanimidade total. Amigos da direita e amigos da esquerda, família em geral e colegas de trabalho, todos falavam hoje de amanhã: o Dia Obama. A viagem de comboio América fora, com todo o simbolismo, o lado bonito do Presidente, a consciência de que ele nada fará mas ajudará o moral das tropas, a esperança, o sonho, tudo somado: a possibilidade de ter um líder sério, carismático, uma luz, um Poder personificado. Com uma galeria de líderes internacionais sem carisma, sem prestígio, com alguns cúmplices de Bush ainda não arredados do Poder, Obama é o Redentor.
Jesus desceu à Terra e, enquanto os triliões de perdas dos bancos vão sendo anunciados, como se a Terra tivesse subitamente aberto um buraco e por ali um furacão interior tivesse sugado a ganância humana, o povo global espera pelo amanhã que cantará.
Bush saiu com avaliação negativa mas os nossos professores continuam a insistir numa greve teimosa, com contornos paranóicos. Uma greve que rejeita uma avaliação medíocre, como todas as avaliações que se conhecem, começando nas repartições do Estado burocrata, acabando nas empresas ditas modernas, apoiadas por multinacionais que geram a preço de ouro os recursos humanos, como tivessem a fórmula sagrada de dividir entre competentes e abóboras.
Obama traz com ele um novo tempo. De mudança sem dúvida, de rotura urgente duvido.
Abram alas para o Sócrates!!!
Ora, ele não especificou o que são ricos. Por exemplo para Cavaco qualquer mortal que em 1994 ganhasse 120 contos foi considerado por ele "gente que vive bem". Portanto, Sócrates está a preparar-se para sacrificar os que ganham mais de 1500 euros por mês (já vi isto em qualquer lado!) e mesmo que perca os votos destes ganhará os votos dos invejosos (a grande maioria da canalha).
Li por alto que ele disse que preferia morrer a receber luvas de quem quer que fosse. Nobre atitude mas nunca foi explicado porque foi libertada de zona reservada ecológica uma área imensa onde acabou por ser construída uma cidade do consumo. Claro que a honra das pessoas e a honestidade são inatacaveis mas as atitudes políticas podem e devem ser questionadas. Sócrates nunca explicou porque foi mudado o critério que levou à autorização da construção do Freeport. Acredito que tal decisão tenha tido uma louvável justificação. Venha ela.
domingo, janeiro 18, 2009
Pete Souza fotógrafo de Obama
Fotógrafo de Obama é português
Do Diário Digital:
O luso-descendente de origem açoriana Pete Souza foi nomeado fotógrafo oficial da Casa Branca pela equipa do Presidente eleito, Barack Obama, segundo a Associação norte-americana de Fotojornalistas, refere a Lusa.
Numa entrevista ao jornal da associação, Pete Souza confirmou ter aceite o convite para fotógrafo oficial da Casa Branca, que lhe foi feito pelo porta-voz e futuro secretário de imprensa de Barack Obama, Robert Gibbs.
Souza, 54 anos, adiantou ter aceite a posição de fotógrafo oficial na condição de documentar a presidência de Obama «em nome da história».
Com Barack Obama, que toma posse terça-feira, Pete Souza regressa à Casa Branca, onde já esteve como fotógrafo oficial de Ronald Reagan.
«O Pete é uma grande pessoa e um fotógrafo maravilhoso», disse Gibbs, acrescentando que a Casa Branca tem sorte em tê-lo de volta.
O luso-descendente conheceu o Presidente eleito Obama em Janeiro de 2005, no primeiro dia do então senador no Capitólio.
Souza, que trabalhava para o Chicago Tribune, documentou o primeiro ano de Obama no Senado, bem como as suas viagens a sete países.
O resultado desse trabalho foi compilado em Julho passado no livro «The Rise of Barack Obama», que integrou a lista de «best-sellers» do New York Times.
Na altura do lançamento, em entrevista à Lusa, Pete Souza previu que Barack Obama chegaria à Casa Branca e admitiu que gostaria de ser seu fotógrafo oficial.
«Depois de alguns meses a documentar o senador Obama, tornou-se claro que tinha os atributos necessários a um futuro Presidente dos Estados Unidos», disse, destacando a sua «notável» história de vida, os dotes de «poderoso» orador e a forma como se relaciona com as pessoas e como estas lhe respondem.
Neto de emigrantes açorianos, Pete Souza é fotojornalista freelance e professor assistente na Universidade de Ohio, contando no currículo com trabalhos publicados na National Geographic, Fortune e Newsweek e mais de cinco anos de experiência como fotógrafo oficial da Casa Branca.
Como fotojornalista esteve também, após o 11 de Setembro, entre os primeiros jornalistas que cobriram a queda de Cabul, no Afeganistão, onde chegou depois de ter cruzado as montanhas Hindu Kush a cavalo com quase um metro de neve.
Admirador de Sebastião Salgado, Henri Cartier-Bresson, David Halberstam e Bruce Springsteen, Pete Souza disse alimentar o desejo de um dia regressar aos Açores para poder registar em imagens a vida no arquipélago.
«Em 1988, acompanhei o meu tio numa visita à ilha onde nasceram os meus avós. É um lugar maravilhoso. Espero regressar, contou.
Natural de South Dartmouth, Massachussets, Pete Souza graduou-se com distinção em comunicação social na Universidade de Boston e obteve um mestrado em jornalismo e comunicação de massas na Universidade de Kansas.Teresa Caeiro é vice de Portas
Leite: gaffes continuam, até à derrota final
O pior é o que as "bojadas" da líder da oposição revelam, ou escondem: uma ideologia repressiva, controleira, que acha que a imprensa deve estar sob o jugo do Poder político. Ela já tinha largado aquela pérola de que " não podem ser os jornalistas a decidir o que se deve publicar", agora veio criticar a Agência Lusa porque o correspondente António Sampaio (um abraço para ti!) em Madrid, foi perguntar aos partidos espanhóis o que pensavam de a líder da oposição em Portugal querer que Badajoz fosse a última estação para o TGV.
Para a Doutora Leite a LUSA tem de pedir licença a partir de agora para entrevistar pessoas, e se não forem perguntas que valorizem o desvalorizado partido leitista então é Sócrates que está a usar os jornalistas como lebres para a vitória anunciada nas próximas legislativas.
O problema de Manuela Ferreira Leite é que seriedade e algum saber (algum!) não bastam para fazerem um político feliz.
Salazar também era sério e sabia de finanças e veja-se o sarilho que nos arranjou depois da década de sessenta.(LC)
Esta não foi a primeira vez que a líder do PSD foi alvo de controvérsia dentro e fora do seu partido. Em Julho de 2008 deu brado o facto de ter considerado que "a família tem por objectivo a procriação". A 1 de Novembro de 2008 que "as grandes obras públicas só ajudam a combater o desemprego em Cabo Verde e na Ucrânia". A 12 de Novembro do ano passado que "não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite". E a 17 de Novembro de 2008 a frase mais polémica: "Não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois venha então a democracia".|(DN)
A mama da Brisa
Vem isto a propósito de só hoje ter reparado que já pago 1, 25 euros para passar na A5 para fazer um trajecto de 9 quilómetros entre Oeiras e o Estoril. Se for de jeep pago 2,4 euros.
Estes preços são uma barbaridade para quem anda para trás e para a frente por necessidade e se não for pela auto-estrada demora 3 vezes mais do tempo e acaba por se cansar. É, aliás, com a comodidade que estes preços monopolistas da Brisa jogam.
Para se ir a Castelo Branco não se paga nada (na SCUT) mas para fazer uma auto-estrada urbana tem de se pagar a doer.
O que se passa com os preços destas empresas que nos levam o ordenado era muito importante analisar. Elas continuam a ganhar milhões à custa dos consumidores com todos os reflexos negativos que têm na economia esgotada.
sábado, janeiro 17, 2009
Freeport: o "presunto" implicado
Prematuros
Os heróis da linha da frente
Nem de propósito: acabou de passar na SIC-N um Panorama BBC sobre fotojornalistas de guerra. Apareceu, entre outros, Philip Jones-Griffits a testemunhar sobre o seu trabalho Vietnam INC (ver foto). Fotógrafos que fizeram do jornalismo uma das belas-artes de homenagear o Homem nas suas grandezas e tragédias. Fotógrafos empenhados, de causas.
É destas elites que o jornalismo precisa e não de banalidades, modas e bonitinhos gráficos.
Verdade. Nunca os leitores precisaram tanto desta palavra.
sexta-feira, janeiro 16, 2009
Agência de chouriços fotográficos
A Controlinveste despediu hoje 11 fotógrafos e anunciou que vai fazer uma agência de fotografia. Portugal nunca teve uma agência de fotografia de "news" por duas razões: o mercado é mínimo e os jornais sempre quiseram a originalidade, o estilo, a caixa. Havia uma competição grande nos diários portugueses- quando havia vários diários- para ver qual deles publicaria a foto mais surpreendente. Concorrência pura.
Uma agência de fotografia é uma produtora de imagens noticiosas ou, noutra vertente, uma produtora de histórias. As agências nasceram em França no final dos anos trinta com a Dalmas e nos anos sessenta com a Gamma, a Sipa e a Sygma. A Magnum é outro campeonato.
Essas agências competiam entre si ferozmente e permitiram a existência de um fotojornalismo agressivo, autónomo intelectualmente, competitivo e de grande qualidade.
Eram agências controladas pelos fotógrafos porque eram eles os sócios e fundadores.
E estas agências nasceram para combater as más condições de trabalho nos jornais: salários baixos, imagens não assinadas, perda dos direitos de autor. A Gamma nasceu de uma dissidência em massa dos melhores fotojornalistas dos melhores jornais franceses.
Portanto: não foram os jornais que criaram as agências, foram os fotógrafos que não quiseram trabalhar mais como assalariados dos jornais. Até há 5 anos estas agências eram a principal fonte fotográfica de jornais e revistas, sendo que todos os jornais e revistas sempre mantiveram fotógrafos nos quadros, precisamente para salvaguardarem a originalidade e a capacidade para poderem fazer reportagens próprias.
Com o digital e a nova economia na net houve um realinhamento destas agências. A Corbis acabou por engolir algumas, assim como a Getty, e as agências tradicionais de informação como a Reuters e a Associated Press (para não citar outras) passaram a fornecer fotografias de uma qualidade que anteriormente não tinham possibilidade de vender. A transmissão de fotos pela rede tornou a fotografia em geral mais barata e acessível, como sabemos.
Ora, apesar de haver um mercado de agências de fotografia enorme em todo o Mundo (porque agora as agências são globais) não conheço um jornal de referência na América ou na Europa que não tenha um staff de fotógrafos permanente. É verdade que os quadros do El Pais ou do Paris-Match não são muito extensos em fotógrafos, mas são de um nível de exigência enorme em termos de qualidade. O Whashington Post ou o Los Angeles Times (por ex.) têm equipas de fotojornalistas de uma qualidade admirável, que estão ao mesmo nível do desempenho dos redactores dessas redacções.
Os jornais "lá fora" contam portanto com redacções de excelência em fotógrafos e recorrem muito a agências para a actualidade corrente e contratam free-lancers (a mil euros o dia!) para histórias "en assignement", a maioria das vezes propostas de fora.
As redacções de muitos jornais transformaram-se em newsrooms multimédia. E, partindo de um novo conceito, acharam que a fotografia deveria passar a estar enquadrada numa plataforma onde os fotógrafos pudessem produzir fotografias e vídeos, convergindo imagem fixa, vídeo, audio. Passaram a utilizar um equipamento mais versátil e passaram a editar imagens e som.
Alguns fotógrafos, como no Whashington Post passaram a ser designados por "videógrafos" e abandonaram a fotografia.
O importante é que nestes casos nunca foi posto em causa o estatuto de jornalista dos fotógrafos e a edição de vídeos foi sempre assegurada por fotógrafos e não por técnicos de apoio à redacção.
O que faz sentido nos dias de hoje numa redacção multimédia é a difícil tarefa de convergir a fotografia de reportagem com a possibilidade de se produzirem outras matérias digitais para a net. Logo: o editor de fotografia é também o editor multimédia (que não deve ser confundido com o editor ou coordenador dos conteúdos primários noticiosos do site, ou com o director online).
A ideia de uma agência de fotografia patrocinada por uma empresa com jornais é uma ideia que já tem 15 anos em Portugal. O Alfredo Cunha,que é agora o editor fotográfico do JN, já o tinha proposto ao José Manuel Fernandes do Público, o que levou a uma rejeição total dos fotógrafos e que abriu uma ferida que nunca mais foi sarada. A ideia é peregrina pois nasce ao contrário (não fosse ela portuguesa e das berças!).
Isto é: não são os jornais que precisam de fazer agências, são os jornais que precisam das agências para lhes venderem mais barato pois têm um mercado vasto o que embaratece as fotos e dinamiza o trabalho dos fotógrafos "agênciados".
Uma agência feita "à la Oliveira" é um saco cheio de fotógrafos, uma pool de estafetas, tipo Pizza-Hut (O Belmiro pode já dar as motas das pizzas!!) que tem um sargento que manda seguir este ou aquele para mais um "servicinho". O fotógrafo vai na motocicleta, bate uma chapa, envia pelo computador, recebe outro recado segue para outro lado... nem uma brasileira de Bragança fará por dia tantos serviços!!!
Isto não permite criatividade, competição, isto é uma fábrica de chouriços fotográficos.
Espero que criem também uma agência de textos para redactores. Um redactor pode escrever também para vários meios. Com a mão esquerda para um jornal dizendo bem de Sócrates, com a direita para outro elogiando Rio, ao mesmo tempo que dá um "sound -bite" para a rádio e se for um funcionário aplicado ainda pisca o olho e faz uma foto.
iPhone de Janis fotografa queda de avião
A imagem disparou milhares de visitas e bloqueou os servidores.
Jornalismo do cidadão de primeira.
PS: O Oliveirinha ainda a contrata para o DN a fotografar de iPhone!
quinta-feira, janeiro 15, 2009
Oliveira desinveste e despede a matar
Percebemos que o Mundo mudou e os jornais terão de mudar. Sabemos que a internet vai ser um longo caminho para trilhar e que daí virão novas formas de viver. Sabe-se que as redacções dos jornais não fazem sentido como há 5 anos atrás. Mas esta mudança na Controlinveste parece uma mudança de merceeiro. Andaram há semanas a contratar jornalistas para agora despedirem um batalhão de profissionais, a maioria capaz e competente.
Percebe-se que jornais mal feitos, que têm sido mal estruturados, que não aumentaram vendas nem ganharam novos públicos, que investiram mal na internet, venham agora despedir em massa e fazer fusões, como se se tratasse de misturar alhos e bugalhos.
Claro que a fotografia também não sai nada beneficiada nesta mudança. E o fotojornalismo volta a ser considerado um mero serviço de apoio à redacção e não uma função jornalística.
Vai haver uma pool de estafetas-fotógrafos mandado por um sargento qualquer. Não está em causa um projecto inovador para o qual pode ter de haver reajustamento de pessoas em função da competência. Não: a ideia é sempre, à portuga espertalhaço, de fazer mais com menos e fazer mais do mesmo.
Não gosto de me pronunciar sobre projectos alheios, mas a barbaridade desta mudança devia ser posta em questão pelo fragilizado Sindicato dos Jornalistas e pela classe.
O que fica depois de tudo isto é que esta gente que só sabe despedir, falhou completamente. Deviam começar por se despedirem a si próprios, pois nem mais jornais foram capazes de vender. Abandonaram o jornalismo para se tornarem em comissões liquidatárias. Uma miséria.
quarta-feira, janeiro 14, 2009
Steve Jobs sempre abandona a Apple
Steve Jobs, 53 anos, abandona temporariamente a Apple, até finais de Junho, anunciou hoje depois de fechados os mercados. O que já tinha sido desmentido vem agora confirmar-se. Só podemos desejar o seu regresso em saúde. Steve Jobs é um dos grandes génios contemporâneos, um guru, para quem encara o mundo digital como uma grande convergência de ferramentas de comunicação do nosso tempo. Longa vida ao camarada Steve!
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SOS: MULHERES, CUIDADO COM OS MUÇULMANOS!
O Senhor Cardeal avisou: as portuguesas que se cuidem: envolvimentos com muçulmanos podem sair perigosos!
A comunidade muçulmana ficou fula como o óleo mas o Senhor Cardeal Patriarca sabe do que fala. Quem casa com muçulmano tem de mudar de credo, tem de ser convertido, tal como carro a gasolina tem de ser convertido para andar a gás. Podem dizer que é mais limpo, barato, mas o carimbo GPL fica lá no traseiro a marcar a diferença.
Mudar a postura religiosa, de sentadas no banco da igreja e de joelhos, calçadas ao seu gosto, ou descalças e viradas para Meca, na mesma posição em que se perdeu a guerra, pode ser uma outra vida, outros hábitos. Em casa dos Muçulmanos quem lá manda é ele e não há declarações de direitos que se sobreponha à utopia.
Não se sabe se há muitas aderentes à causa muçulmana mas o aviso, embora atrevido, do Senhor Cardeal Patriarca faz sentido.
Para já, parece haver umas aderentes à causa muçulmana: algumas prostitutas que casam com paquistaneses para estes ganharem a nacionalidade portuguesa.