"Afinal o Feio não é nada feio!"- foi um desabafo de Beatriz Costa, por volta de 1980 numa galeria de arte que ficava no Bairro Alto, perto do actual Pavilhão Chinês.
Acabei por fazer uma foto aos dois, que não encontro no meio de umas centenas de envelopes de negativos não organizados.
O António Feio estava em início de carreira. Já o tinha fotografado com a Claúdia Cadima num apartamento em Benfica, com vista sobre a estação dos comboios. Fiquei logo a gostar dele.
Tinha a minha idade e a sua morte deixou-me muito triste.
Era um homem de talento, com um sentido raro da liberdade, da irreverência, um artista -vivo, actuante, um interventor atento, crítico e que levava tudo com um prazer desmedido!
Gosto de gente vibrante e o António contagiava à sua volta com boa onda. Tinha um gosto apurado e era um cavalheiro apaixonado.
Era também um porchista em estado puro: usava o seu 911 (teve vários que ia comprando sempre usados) no dia a dia mostrando que é um carro para gente que gosta de automóveis e que na verdade o 911 é o melhor utilitário do Mundo. Vais ter um 997 no Céu!!!
Perdemos um dos grandes portugueses do nosso tempo. Ficamos pobres, com uma sensação de perda total.
O resto são tretas!!!
sexta-feira, julho 30, 2010
quinta-feira, julho 29, 2010
Sócrates free
A comunicação de Sócrates à Pátria sobre o Caso FreePort foi fria, dita sem convicção. Sócrates mostrava mesmo um ar cansado, um ar de leão ferido, ainda a combater no limite das forças.
Ninguém sabe se o Caso está mesmo acabado.
Com a constituição dos dois arguidos que tentaram corromper mas não se sabe quem o permitiu, voltarão de certeza outras declarações em off.
Não nos esqueçamos que o chamado Caso TVI deriva das notícias que foram sendo dadas pela informação de Manuela Moura Guedes. Havia que fazer calar as bocas de MMGuedes, nem que fosse preciso comprar a estação de Queluz de Baixo.
Uma coisa é certa: os tribunais julgam perante a técnica específica da justiça, que varia com a forma como os vários intervenientes interpretam factos e relacionam situações objectivas.
Outro julgamento, mais feroz, implacável, e porventura mais falível, é o que resulta da opinião pública, baseada em factos políticos. E o facto político, não judicial, é um empreendimento daqueles ter sido aprovado dois dias antes do fim da legislatura, depois de uma alteração do plano de ordenamento que anteriormente inviabilizara a construção da coisa.
Em política cuidados e caldos de galinha evitam sempre este tipo de boatos e calúnias desagradáveis.
Ninguém sabe se o Caso está mesmo acabado.
Com a constituição dos dois arguidos que tentaram corromper mas não se sabe quem o permitiu, voltarão de certeza outras declarações em off.
Não nos esqueçamos que o chamado Caso TVI deriva das notícias que foram sendo dadas pela informação de Manuela Moura Guedes. Havia que fazer calar as bocas de MMGuedes, nem que fosse preciso comprar a estação de Queluz de Baixo.
Uma coisa é certa: os tribunais julgam perante a técnica específica da justiça, que varia com a forma como os vários intervenientes interpretam factos e relacionam situações objectivas.
Outro julgamento, mais feroz, implacável, e porventura mais falível, é o que resulta da opinião pública, baseada em factos políticos. E o facto político, não judicial, é um empreendimento daqueles ter sido aprovado dois dias antes do fim da legislatura, depois de uma alteração do plano de ordenamento que anteriormente inviabilizara a construção da coisa.
Em política cuidados e caldos de galinha evitam sempre este tipo de boatos e calúnias desagradáveis.
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Caso Freeport,
José Sócrates
As vítimas da Casa Pia e o seu contrário
Todos acreditam na Justiça enquanto ela não lhes desce a espada sobre a cabeça.
Esta semana, Carlos Cruz deu várias entrevistas dando a entender que não tem grande esperança na Justiça. Os outros arguidos do Processo Casa Pia também não mostraram grande entusiasmo pela justiça da Justiça. Por outro lado algumas das chamadas vítimas da Casa Pia, entrevistadas também pela SIC, mostraram uma serenidade e uma maturidade que eu não estava à espera. E mostraram uma grande fé na Justiça.
Pensava eu que iam surgir das entrevistas uns marginais, uns excluídos da vida, uns oportunistas mascarados de coitadinhos, e ouvi homens de grande coragem, com um discurso maduro sem exteriorizarem sentimentos de vingança.
Na reportagem da SIC os arguidos faziam de vítimas, chorando e lamentando a barbaridade em que tinham sido postos. CC até lamentava o facto do Procurador João Aibéu não lhe fazer calorosos cumprimentos quando se cruzava com ele! Só faltava lamentar não lhe ter pedido um autógrafo!
As vítimas entrevistadas assumiam-se como gente a quem a Vida tinha maltratado, mas que souberam aprender a grande lição da tolerância e que agora só esperavam pelo dia do juízo final. Mais uma vez adiado para Setembro.
Há uma coisa em que eu acredito: nenhum sistema judicial promove um julgamento desta dimensão se não houver matéria para acusação, defesa, se não houverem coisas, muitas coisas, para serem esclarecidas. E não se encontram 30 vítimas inventadas, como se fossem um conluio de paranóicos, pagos por um qualquer esquema do mal.
Aliás, 3 das testemunhas fizeram acusações semelhantes, embora não se tivessem nunca cruzado na vida e uma delas lamentava mesmo na SIC a forma sortuda como um dos implicados conseguiu sair do processo logo no princípio.
Nem tudo o que parece é, aguardemos Setembro para o resultado.
Esta semana, Carlos Cruz deu várias entrevistas dando a entender que não tem grande esperança na Justiça. Os outros arguidos do Processo Casa Pia também não mostraram grande entusiasmo pela justiça da Justiça. Por outro lado algumas das chamadas vítimas da Casa Pia, entrevistadas também pela SIC, mostraram uma serenidade e uma maturidade que eu não estava à espera. E mostraram uma grande fé na Justiça.
Pensava eu que iam surgir das entrevistas uns marginais, uns excluídos da vida, uns oportunistas mascarados de coitadinhos, e ouvi homens de grande coragem, com um discurso maduro sem exteriorizarem sentimentos de vingança.
Na reportagem da SIC os arguidos faziam de vítimas, chorando e lamentando a barbaridade em que tinham sido postos. CC até lamentava o facto do Procurador João Aibéu não lhe fazer calorosos cumprimentos quando se cruzava com ele! Só faltava lamentar não lhe ter pedido um autógrafo!
As vítimas entrevistadas assumiam-se como gente a quem a Vida tinha maltratado, mas que souberam aprender a grande lição da tolerância e que agora só esperavam pelo dia do juízo final. Mais uma vez adiado para Setembro.
Há uma coisa em que eu acredito: nenhum sistema judicial promove um julgamento desta dimensão se não houver matéria para acusação, defesa, se não houverem coisas, muitas coisas, para serem esclarecidas. E não se encontram 30 vítimas inventadas, como se fossem um conluio de paranóicos, pagos por um qualquer esquema do mal.
Aliás, 3 das testemunhas fizeram acusações semelhantes, embora não se tivessem nunca cruzado na vida e uma delas lamentava mesmo na SIC a forma sortuda como um dos implicados conseguiu sair do processo logo no princípio.
Nem tudo o que parece é, aguardemos Setembro para o resultado.
Cavaco agora já não comenta Oi a venda Vivo ponto PT!
Estou de férias e sem grande pachorra para o país real. Mas não aguento! Lá vai: então o Senhor Presidente da República não hesitou há dias em apoiar o uso da força dourada pelo governo, e fê-lo como já é seu hábito, à saída de um qualquer evento corta-fitas, andando e mastigando frases de bolo-rei, enquanto os desgraçados câmeras tropeçam nos cabos e abanam a artilharia.
Mas hoje ao ser questionado pela solução encontrada para que Portugal não saísse tão humilhado da investida espanhola sobre a Vivo, o PR voltou a meter a máscara número dois e preferiu não dar opinião. Apenas revelou o número de calhamaços que vai levar para férias (este ano já não precisa de "um bom jipe"), como a querer dizer que para ele férias é fazer serão a estudar dossiers e a assinar despachos. Sempre o mito do trabalhador pela Pátria!
E para fugir à resposta sobre as manobras de Oi e Vivo ilimitadas ponto PT, respondeu que estava por ali porque tinha ido dar uns prémios a dois escritores! O que parece surreal vindo de quem teve um sub-secretário de Estado da Cultura, em pleno Cavaquismo, que mandou para a fogueira da Inquisição, com efeitos retróactivos e por razões culturalmente atendíveis um tal de José Saramago!
É nisto que Cavaco é bom: finge sempre que nada faz. Mas está sempre a trabalhar para o bronze. Principalmente no Verão, quando consulta os oráculos e a família!
Mas hoje ao ser questionado pela solução encontrada para que Portugal não saísse tão humilhado da investida espanhola sobre a Vivo, o PR voltou a meter a máscara número dois e preferiu não dar opinião. Apenas revelou o número de calhamaços que vai levar para férias (este ano já não precisa de "um bom jipe"), como a querer dizer que para ele férias é fazer serão a estudar dossiers e a assinar despachos. Sempre o mito do trabalhador pela Pátria!
E para fugir à resposta sobre as manobras de Oi e Vivo ilimitadas ponto PT, respondeu que estava por ali porque tinha ido dar uns prémios a dois escritores! O que parece surreal vindo de quem teve um sub-secretário de Estado da Cultura, em pleno Cavaquismo, que mandou para a fogueira da Inquisição, com efeitos retróactivos e por razões culturalmente atendíveis um tal de José Saramago!
É nisto que Cavaco é bom: finge sempre que nada faz. Mas está sempre a trabalhar para o bronze. Principalmente no Verão, quando consulta os oráculos e a família!
quarta-feira, julho 28, 2010
PT vende anéis e compra uns adornos.
A PT tinha 50 por cento da Vivo e a Telefónica a outra parte. Agora a PT tem 20 por cento de Oi que é uma operadora menor, que nunca terá a importância da Vivo.
É verdade que depois do uso da Golden Share os accionistas da PT ainda arrecadaram mais uns trocos (!) mas no final da operação a realidade é esta: a PT vendeu os anéis e foi à feira comprar uns adornos com algum valor, mas sem comparação ao ouro despachado.
Foi uma forma airosa de Portugal sair desta investida espanhola e uma solução simpática que Lula encontrou para continuar a ter os portugueses nas telecomunicações brasileiras, ainda a precisarem de muito saber tecnológico português.
Se um bom negócio é aquele em que todos lucram, este parece ter acabado em bem, embora a fragilidade portuguesa se tenha evidenciado. Portugal não podia resistir ao ataque espanhol. Es la verdad!!!
É verdade que depois do uso da Golden Share os accionistas da PT ainda arrecadaram mais uns trocos (!) mas no final da operação a realidade é esta: a PT vendeu os anéis e foi à feira comprar uns adornos com algum valor, mas sem comparação ao ouro despachado.
Foi uma forma airosa de Portugal sair desta investida espanhola e uma solução simpática que Lula encontrou para continuar a ter os portugueses nas telecomunicações brasileiras, ainda a precisarem de muito saber tecnológico português.
Se um bom negócio é aquele em que todos lucram, este parece ter acabado em bem, embora a fragilidade portuguesa se tenha evidenciado. Portugal não podia resistir ao ataque espanhol. Es la verdad!!!
sexta-feira, julho 23, 2010
O fracasso atendível dos rapazes de Passos Coelho
Pedro Passos põe aquela voz de apresentador do Festival da Canção, põe uns óculos à homenzinho, e reunido com os seus rapazes em directa, como o fazem os calões em véspera de ponto, amanhou umas emendas à Constituição em verdadeiro estilo jerico.
O sócio de Passos naquelas empresas, que ao que parece continuam a ser deles e de Ângelo Correia, o Doctor Relvas, aparece com um ar de "entreteiner na televisão, chamando demagogos a quem considera que tirar o direito ao trabalho é uma aberração.
Percebe-se. Para esta geração degenerada do PSD o Portugal ideal seria aquele em que a lei do trabalho fosse igual à da Índia, a segurança social copiada da chinesa, as leis de segurança como as do amigo Kadafi de Ângelo Correia e os impostos cobrados como na Suécia. A educação gratuita para os indigentes, a saúde primária tolerada para os moribundos, a justiça acessível para os bandidos sem salvação e a liberdade de imprensa controlada por uma comissão que liquidaria os direitos dos jornalistas, começando pelos direitos de autor.
Hoje o dono do BES deu-se ao luxo de falar de política de trabalho, pondo em causa a relação do Banco com os seus clientes que se sentem ultrajados com estas propostas e o grande merceeiro Belmiro já veio dizer que a tal razão atendível é igual ao que está. Se é igual estejam quietinhos e desistam de despedir a sopeira! Só falta vir o grande empregador Amorim apoiar o delírio do jovem e inexperiente líder laranja.
Tudo bons rapazes! Uma sondagem soprou-lhes com vantagens perante um eleitorado desnorteado, medroso de ter de deixar ir aos centros comerciais, e eles logo meteram as gravatas de seda, óculos à inteligente e vozes colocadas num tom mavioso para pronunciarem a frase estafada do "interesse de Portugal".
Estes neo-idiotas sonham com um Portugal retrógrado, sem Estado Social, um país anterior a Marcelo Caetano, um país onde o Presidente da República despede o governo com "razão atendível" e os patrões podem despedir à la gardére.
Se esta gente rosna assim e saliva na oposição o que morderia se chegasse ao Poder?
Passos está a cometer abençoados erros. A máscara do anjolas que pedia perdão, o bom-rapaz que queria vingar o engenhocas, deixou cair rápido a personagem. Esta emenda da Constituição é pior do que os sonetos de Cavaco,e dentro do PSD já se volta a tocar a reunir! Força barões!
O sócio de Passos naquelas empresas, que ao que parece continuam a ser deles e de Ângelo Correia, o Doctor Relvas, aparece com um ar de "entreteiner na televisão, chamando demagogos a quem considera que tirar o direito ao trabalho é uma aberração.
Percebe-se. Para esta geração degenerada do PSD o Portugal ideal seria aquele em que a lei do trabalho fosse igual à da Índia, a segurança social copiada da chinesa, as leis de segurança como as do amigo Kadafi de Ângelo Correia e os impostos cobrados como na Suécia. A educação gratuita para os indigentes, a saúde primária tolerada para os moribundos, a justiça acessível para os bandidos sem salvação e a liberdade de imprensa controlada por uma comissão que liquidaria os direitos dos jornalistas, começando pelos direitos de autor.
Hoje o dono do BES deu-se ao luxo de falar de política de trabalho, pondo em causa a relação do Banco com os seus clientes que se sentem ultrajados com estas propostas e o grande merceeiro Belmiro já veio dizer que a tal razão atendível é igual ao que está. Se é igual estejam quietinhos e desistam de despedir a sopeira! Só falta vir o grande empregador Amorim apoiar o delírio do jovem e inexperiente líder laranja.
Tudo bons rapazes! Uma sondagem soprou-lhes com vantagens perante um eleitorado desnorteado, medroso de ter de deixar ir aos centros comerciais, e eles logo meteram as gravatas de seda, óculos à inteligente e vozes colocadas num tom mavioso para pronunciarem a frase estafada do "interesse de Portugal".
Estes neo-idiotas sonham com um Portugal retrógrado, sem Estado Social, um país anterior a Marcelo Caetano, um país onde o Presidente da República despede o governo com "razão atendível" e os patrões podem despedir à la gardére.
Se esta gente rosna assim e saliva na oposição o que morderia se chegasse ao Poder?
Passos está a cometer abençoados erros. A máscara do anjolas que pedia perdão, o bom-rapaz que queria vingar o engenhocas, deixou cair rápido a personagem. Esta emenda da Constituição é pior do que os sonetos de Cavaco,e dentro do PSD já se volta a tocar a reunir! Força barões!
terça-feira, julho 20, 2010
PSD quer dar brinde de 1 ano a Cavaco e PPC já engasga nos despedimentos. Desculpa pá!
Passos Coelho já voltou a pedir desculpa. Hoje em directo de Vila Real para a SIC, engasgou e tentou remediar aquela bestialidade política que é a revisão da Constituição. Fora de tempo político e virada para o tempo da outra senhora. Uma proposta bafienta, ressabiada, a salivar por passado e a deixar cair a máscara da rapaziada de Passos: uns ressacados por Poder, já a afiarem a faca para aquilo que eles acham que é o seu tempo de reinar. Acalmem-se! Duche frio em tanta excitação.
Despedir à balda, cuidar dos pobres em hospitais misericordiosos, mandar os injustiçados para uns gabinetes de juízes privados, fazer da escola pública um reduto para calões pobres, estes são alguns dos fetiches políticos de uma direita ultra-liberal medíocre, uma casta de empresários que estão agora a querer trepar para a política e a usarem a política como uma forma de ataque ao Estado Social, à Europa dos valores.
Para estes apaniguados, o sonho é um Portugal com as leis laborais da China, os impostos da Suécia, o nível de consumo de Angola ( só para ricos!), a educação da Coreia do Norte e a Saúde de Marrocos. Um mimo de projecto político para um país. Este PSD vai morrer de ridículo no meio de trapalhadas que fazem lembrar alguns síndromas santanistas.
O que é notável é termos um Presidente da República que foi eleito para defender a Constituição, e que é apoiado por um PSD que o quer reeleito para o termos que aturar na pior das hipóteses (Oh Deus!) mais seis anos.
Quer dizer: o PSD dá brinde de um ano a quem votar Cavaco! O que já não admira é como Cavaco que controla o PSD, e quer mandar no país através de um governo laranja, não tenha vindo já a público criticar a Revisão de jerico da Constituição do PSD.
Quem cala consente. E o facto de estar em Angola não serve de desculpa.
Despedir à balda, cuidar dos pobres em hospitais misericordiosos, mandar os injustiçados para uns gabinetes de juízes privados, fazer da escola pública um reduto para calões pobres, estes são alguns dos fetiches políticos de uma direita ultra-liberal medíocre, uma casta de empresários que estão agora a querer trepar para a política e a usarem a política como uma forma de ataque ao Estado Social, à Europa dos valores.
Para estes apaniguados, o sonho é um Portugal com as leis laborais da China, os impostos da Suécia, o nível de consumo de Angola ( só para ricos!), a educação da Coreia do Norte e a Saúde de Marrocos. Um mimo de projecto político para um país. Este PSD vai morrer de ridículo no meio de trapalhadas que fazem lembrar alguns síndromas santanistas.
O que é notável é termos um Presidente da República que foi eleito para defender a Constituição, e que é apoiado por um PSD que o quer reeleito para o termos que aturar na pior das hipóteses (Oh Deus!) mais seis anos.
Quer dizer: o PSD dá brinde de um ano a quem votar Cavaco! O que já não admira é como Cavaco que controla o PSD, e quer mandar no país através de um governo laranja, não tenha vindo já a público criticar a Revisão de jerico da Constituição do PSD.
Quem cala consente. E o facto de estar em Angola não serve de desculpa.
segunda-feira, julho 19, 2010
O Cobrador do fraque bate à porta de Eduardo dos Santos
foto de Miguel Lopes, LUSA, embora tirada da net onde vinha como do DN. Justiça seja feita.
Sócrates e Soares têm o seu ditadorzeco de estimação, o Bokassa da América Latina, o Comandante Chavez. Sócrates queria vender uns trastes de umas máquinas de jogos chamadas Magalhães, queria exportar cimento e tijolo, e desejava que a comunidade portuguesa não fosse espoliada pelo fervoroso socialista Chavez. Soares tem uma visão da real-política na terceira idade avançada e quando se tem uma fundação para sustentar a ideologia pode ser metida na gaveta para fazer companhia ao socialismo que nunca descongelou de lá.
Agora é a vez de Cavaco Silva ir homenagear o seu Chavez, o Presidente Eduardo dos Santos, esse baluarte da democracia africana, esse fazedor de paz, esse líder-irmão cujos serviços consulares gostam de humilhar alguns portugueses, sobretudo se forem jornalistas, e não lhes darem o visto para visitarem o país mais injusto do Mundo. Cavaco gosta de Eduardo dos Santos, e este vai dizendo que gosta do ex-colonialista, mas sem dar nunca grandes confias, enquanto os calotes caem.
No país dos milhões, dos chineses empreendedores, dos negócios sem rosto, no país onde coabitam pacificamente nas ruas de Luanda uma classe nova-rica com os desgraçados mais desprezados da Humanidade, no país onde se compram com benesses os favores da oposição, onde todos se calam e consentem a injustiça de um crescimento grande mas com um desenvolvimento raquítico, nesse país da chuva do ouro negro, há empresários portugueses sem receberem fornecimentos, há empresas paralisadas, há meses. Uma vergonha.
Vai agora o Presidente de Portugal negociar os calotes dos angolanos. E vai como se fosse um cobrador do fraque em versão de Estado, tendo de ouvir da boca do devedor, à frente de todos, que os pagamentos vão ser faseados e pagos aos bochechos. Com calma maninho!
Claro que Angola tem sido um bom mercado para muitos portugueses e que é um mercado de que nós precisamos. Mas este colonialismo ao contrário é historicamente aberrante e deixa Portugal como uma sopeira a quem o patrão decidiu não pagar a féria que devia. De mão a abanar. Os angolanos adoram usar a arrogância e nós pactuamos com esta permanente injúria. Porque temos complexos colonialistas, má consciência e andamos à procura de uns dólares de origem duvidosa.
Claro que a dívida que Portugal tinha para com Angola já foi paga e se não me engano até fizemos há pouco tempo um empréstimo aos tipos. Ou estou maluco?
Sócrates e Soares têm o seu ditadorzeco de estimação, o Bokassa da América Latina, o Comandante Chavez. Sócrates queria vender uns trastes de umas máquinas de jogos chamadas Magalhães, queria exportar cimento e tijolo, e desejava que a comunidade portuguesa não fosse espoliada pelo fervoroso socialista Chavez. Soares tem uma visão da real-política na terceira idade avançada e quando se tem uma fundação para sustentar a ideologia pode ser metida na gaveta para fazer companhia ao socialismo que nunca descongelou de lá.
Agora é a vez de Cavaco Silva ir homenagear o seu Chavez, o Presidente Eduardo dos Santos, esse baluarte da democracia africana, esse fazedor de paz, esse líder-irmão cujos serviços consulares gostam de humilhar alguns portugueses, sobretudo se forem jornalistas, e não lhes darem o visto para visitarem o país mais injusto do Mundo. Cavaco gosta de Eduardo dos Santos, e este vai dizendo que gosta do ex-colonialista, mas sem dar nunca grandes confias, enquanto os calotes caem.
No país dos milhões, dos chineses empreendedores, dos negócios sem rosto, no país onde coabitam pacificamente nas ruas de Luanda uma classe nova-rica com os desgraçados mais desprezados da Humanidade, no país onde se compram com benesses os favores da oposição, onde todos se calam e consentem a injustiça de um crescimento grande mas com um desenvolvimento raquítico, nesse país da chuva do ouro negro, há empresários portugueses sem receberem fornecimentos, há empresas paralisadas, há meses. Uma vergonha.
Vai agora o Presidente de Portugal negociar os calotes dos angolanos. E vai como se fosse um cobrador do fraque em versão de Estado, tendo de ouvir da boca do devedor, à frente de todos, que os pagamentos vão ser faseados e pagos aos bochechos. Com calma maninho!
Claro que Angola tem sido um bom mercado para muitos portugueses e que é um mercado de que nós precisamos. Mas este colonialismo ao contrário é historicamente aberrante e deixa Portugal como uma sopeira a quem o patrão decidiu não pagar a féria que devia. De mão a abanar. Os angolanos adoram usar a arrogância e nós pactuamos com esta permanente injúria. Porque temos complexos colonialistas, má consciência e andamos à procura de uns dólares de origem duvidosa.
Claro que a dívida que Portugal tinha para com Angola já foi paga e se não me engano até fizemos há pouco tempo um empréstimo aos tipos. Ou estou maluco?
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quinta-feira, julho 15, 2010
O Estado velho da Nação imortal
O Socraquistão está óptimo. E os que Praquistão péssimos, mas gastadores.
Um engenheiro a quem eu não recorreria para me fazer o projecto de estruturas de uma casa rasteira, e um vendedor de carros usados de sonho a quem eu nunca ousaria comprar um chasso, disseram, ou disse, hoje na sede da Democracia, que está tudo Porreiro !
A oposição diz que Sócrates está nas nuvens levado por um balão da Eurovisão, mas na verdade o nosso Pá Primeiro está na real.
A venda de utilitários subiu cinquenta e tal por cento, agora os pelintras dos jornalistas da TV que gostam de classificar de carros topo de gama uma banheira rolante, já podem passar o preconceito à gama geral. O país exporta mais uns caixotes, há menos calaçeiros a abandonarem a escola (o que é um gasto acrescentado em papel higiénico!), há mais portugueses a irem trabalhar lá para fora e a mandarem mais uns milhões para a banca local, vão pagar-se as scuts, as scooters e vamos deduzir menos no IRS para termos juizinho e pormos os nossos filhos a estudarem em escolas oficiais onde se irão sentir cidadãos da Ucrânia ao Brasil, de Timor a Cabo-Verde, da Feira de Cascais à Feira do Relógio. A escola democrática e pública paga com o esforço da Classe Média.
E vamos pagar mais pelas horas de espera nos hospitais públicos apinhados por gente desesperada, sem eira nem beira: aqueles que agora velhos ajudaram a erguer um país ao pé coxinho. Um país doente.
Sócrates está nas nuvens e na nuvem ao lado está um vizinho, outro grande visionário da vida política portuguesa. Um Super Homem da política, que anda a governar desde 1985 e que em vez de salvar o País que ele chama de inviável, limita-se a ajudar velhinhas a atravessar a rua e a distribuir frases demolidoras como quem dá rosas envenenadas.
O estado da Nação é o estado da política, de uma classe medíocre, sem sentido da coisa pública.
A classe que rejubila em mordomias, começando pelo escândalo da compra de carros novos (estes sim topo de gama) distribuídos pela camarilha que nos cobra impostos, dita comportamentos, vigia as nossas vidas. Uns tipos que nós elegemos e que nos apertam os ditos até ao grito final.
Um engenheiro a quem eu não recorreria para me fazer o projecto de estruturas de uma casa rasteira, e um vendedor de carros usados de sonho a quem eu nunca ousaria comprar um chasso, disseram, ou disse, hoje na sede da Democracia, que está tudo Porreiro !
A oposição diz que Sócrates está nas nuvens levado por um balão da Eurovisão, mas na verdade o nosso Pá Primeiro está na real.
A venda de utilitários subiu cinquenta e tal por cento, agora os pelintras dos jornalistas da TV que gostam de classificar de carros topo de gama uma banheira rolante, já podem passar o preconceito à gama geral. O país exporta mais uns caixotes, há menos calaçeiros a abandonarem a escola (o que é um gasto acrescentado em papel higiénico!), há mais portugueses a irem trabalhar lá para fora e a mandarem mais uns milhões para a banca local, vão pagar-se as scuts, as scooters e vamos deduzir menos no IRS para termos juizinho e pormos os nossos filhos a estudarem em escolas oficiais onde se irão sentir cidadãos da Ucrânia ao Brasil, de Timor a Cabo-Verde, da Feira de Cascais à Feira do Relógio. A escola democrática e pública paga com o esforço da Classe Média.
E vamos pagar mais pelas horas de espera nos hospitais públicos apinhados por gente desesperada, sem eira nem beira: aqueles que agora velhos ajudaram a erguer um país ao pé coxinho. Um país doente.
Sócrates está nas nuvens e na nuvem ao lado está um vizinho, outro grande visionário da vida política portuguesa. Um Super Homem da política, que anda a governar desde 1985 e que em vez de salvar o País que ele chama de inviável, limita-se a ajudar velhinhas a atravessar a rua e a distribuir frases demolidoras como quem dá rosas envenenadas.
O estado da Nação é o estado da política, de uma classe medíocre, sem sentido da coisa pública.
A classe que rejubila em mordomias, começando pelo escândalo da compra de carros novos (estes sim topo de gama) distribuídos pela camarilha que nos cobra impostos, dita comportamentos, vigia as nossas vidas. Uns tipos que nós elegemos e que nos apertam os ditos até ao grito final.
terça-feira, julho 13, 2010
Os roteiros de Cavaco Silva aos pobres
Os roteiros de Cavaco Silva são como uma longa peregrinação pelo país que restou de um tempo a que nos habituámos a chamar de cavaquismo. O país que cresceu e não se desenvolveu, o país que apostou no betão, no alcatrão em forma de duas faixas, que o socratismo transformou em três vias na forma de SCUTS. O desgraçado país que Cavaco-Presidente percorre com o cajado do sub-desenvolvimento e da exclusão, acompanhado pela Primeira-Dama a distribuir rosas em forma de sorrisos pelos pobrezinhos, é o que sobra de um tempo inútil em que não se planeou o futuro mas a ganância e a possidoneira do novo-riquismo. Um tempo que gerou apaniguados políticos, boys, uma casta de saloios encartados que desceram da província à procura de um lugar ao Sol na política ou nos negócios laterais a ela.
O cavaquismo que pagou caro a destruição das pescas, da agricultura, o país que esqueceu a escola pública e abriu universidades privadas como quem abria supermercados, o país dos funcionários públicos promovidos em automático, o país do professor de economia despesista e benfeitor de clientelas políticas. Cavaco visita hoje o que resta da sua política imediatista, sem visão, sem estratégia política. Passa pelos destroços do Cavaquistão e esquece-se que são as suas ruínas que pisa.
Ao ver Cavaco na TV a lamentar-se do elevado número de desempregados, a retratar um país na fossa e a seguir pedir coragem aos inadiáveis defuntos, só não percebo porque estando ele na política activa desde 1985 o país afinal não melhorou: escorregou para o abismo mais ou menos próximo.
Num dia diz que Portugal é inviável, no outro pede coragem, à saída de mais uma inauguração apela à união de facto entre o partido que o apoia para se recandidatar e o partido cujo dirigente detesta de forma visceral. Cavaco ensaia a técnica do duche frio-duche quente numa massagem tailandesa para relaxar uma base social de apoio flutuante, ainda ferida pela aprovação dos casamentos gay e do IRS com efeitos retroactivos.
Ao afirmar que o tempo dos governos de iniciativa presidencial já foi e que agora têm de ser os "agentes políticos" a fazê-lo, não parece que seja uma frase muito simpática para o governo. Parece dizer: isto não está a dar, temos de mudar a coisa. Uma frase que não une, desperta o rastilho das eleições e parece apoiar o arauto do neo-liberalismo, do coveiro do Serviço Nacional de Saúde, da liberdade de imprensa, do Estado Social. No fundo é com esses que Cavaco quer renovar a licença de habitação em Belém: a velha e caprichosa ideia da direita: um Presidente, uma maioria.
O cavaquismo que pagou caro a destruição das pescas, da agricultura, o país que esqueceu a escola pública e abriu universidades privadas como quem abria supermercados, o país dos funcionários públicos promovidos em automático, o país do professor de economia despesista e benfeitor de clientelas políticas. Cavaco visita hoje o que resta da sua política imediatista, sem visão, sem estratégia política. Passa pelos destroços do Cavaquistão e esquece-se que são as suas ruínas que pisa.
Ao ver Cavaco na TV a lamentar-se do elevado número de desempregados, a retratar um país na fossa e a seguir pedir coragem aos inadiáveis defuntos, só não percebo porque estando ele na política activa desde 1985 o país afinal não melhorou: escorregou para o abismo mais ou menos próximo.
Num dia diz que Portugal é inviável, no outro pede coragem, à saída de mais uma inauguração apela à união de facto entre o partido que o apoia para se recandidatar e o partido cujo dirigente detesta de forma visceral. Cavaco ensaia a técnica do duche frio-duche quente numa massagem tailandesa para relaxar uma base social de apoio flutuante, ainda ferida pela aprovação dos casamentos gay e do IRS com efeitos retroactivos.
Ao afirmar que o tempo dos governos de iniciativa presidencial já foi e que agora têm de ser os "agentes políticos" a fazê-lo, não parece que seja uma frase muito simpática para o governo. Parece dizer: isto não está a dar, temos de mudar a coisa. Uma frase que não une, desperta o rastilho das eleições e parece apoiar o arauto do neo-liberalismo, do coveiro do Serviço Nacional de Saúde, da liberdade de imprensa, do Estado Social. No fundo é com esses que Cavaco quer renovar a licença de habitação em Belém: a velha e caprichosa ideia da direita: um Presidente, uma maioria.
A reforma acachimbada de Ernâni Lopes
Há muitos anos atrás, quando o governo era soarista e centrão, eu e a Rosário Hespanha, minha colega redactora no Tal&Qual, o então ministro das finanças Ernâni Lopes de roupão, à porta da sua modesta casa de S.Martinho do Porto. Ele acabara de decretar uma série de leis irritantes e mesquinhas. Tínhamos de por um selo fiscal no passaporte para sairmos do país, tudo era fortemente penalizado em impostos. Claro que a malta dava a volta às medidas draconianas do ministro do cachimbo. Moeda para viajar era trocada na candonga à porta de um banco, o JB era comprado por mil escudos no mercado paralelo e outros expedientes foram postos em prática!
Soares vinha à RTP a preto e branco anunciar novas medidas de austeridade e definir o chamado cabaz de compras, uma lista de produtos essenciais para a sobrevivência do português desgraçado.
Ernâni Lopes ficou com o gosto do aperta o cinto e mesmo passados muitos, muitos anos, ele adora falar ao Expresso, ao Mário Crespo, ou em mesas quadradas do PSD para voltar com a sua política masoquista económica. Faltam os acessórios da tiazinha para termos uma política sado-masoque.
Este fim-de-semana, Ernâni voltou a apelar para que os ordenados dos políticos desçam 20 por cento e que a féria dos funcionários públicos baixe outros vinte. Tudo em nome da poupança. E até deu o exemplo da miserável Irlanda que está numa situação de recessão brutal por causa do aperta o cinto.
O que Ernâni Lopes se esquece de dizer é que há outras medidas que podiam ser tomadas e não o são. Como por exemplo a taxação extra a empresas que ganham centenas de milhões, não criam postos de trabalho e até aproveitam os lucros brutais para "investirem" no despedimento de trabalhadores. O que Ernâni Lopes não diz é que o governo acaba de reformar a frota automóvel e que os ministros exibem os novos BMW da série 5, com matrícula de há 1 mês.
O homem do cachimbo pode continuar a atacar os mesmos de sempre mas não será o fumo da cachimbada que tapará os gastos de patos-bravos-novos-ricos que são esta classe política medíocre e gastadora.
P.S: tinha-me esquecido que este salvador da Pátria gastadora, recebe do Banco de Portugal desde os 47 anos, uma reforma das chamadas chorudas. Ora, se o homem é assim tão recto e austero, porque não entrega a reforma aos pobres?
Soares vinha à RTP a preto e branco anunciar novas medidas de austeridade e definir o chamado cabaz de compras, uma lista de produtos essenciais para a sobrevivência do português desgraçado.
Ernâni Lopes ficou com o gosto do aperta o cinto e mesmo passados muitos, muitos anos, ele adora falar ao Expresso, ao Mário Crespo, ou em mesas quadradas do PSD para voltar com a sua política masoquista económica. Faltam os acessórios da tiazinha para termos uma política sado-masoque.
Este fim-de-semana, Ernâni voltou a apelar para que os ordenados dos políticos desçam 20 por cento e que a féria dos funcionários públicos baixe outros vinte. Tudo em nome da poupança. E até deu o exemplo da miserável Irlanda que está numa situação de recessão brutal por causa do aperta o cinto.
O que Ernâni Lopes se esquece de dizer é que há outras medidas que podiam ser tomadas e não o são. Como por exemplo a taxação extra a empresas que ganham centenas de milhões, não criam postos de trabalho e até aproveitam os lucros brutais para "investirem" no despedimento de trabalhadores. O que Ernâni Lopes não diz é que o governo acaba de reformar a frota automóvel e que os ministros exibem os novos BMW da série 5, com matrícula de há 1 mês.
O homem do cachimbo pode continuar a atacar os mesmos de sempre mas não será o fumo da cachimbada que tapará os gastos de patos-bravos-novos-ricos que são esta classe política medíocre e gastadora.
P.S: tinha-me esquecido que este salvador da Pátria gastadora, recebe do Banco de Portugal desde os 47 anos, uma reforma das chamadas chorudas. Ora, se o homem é assim tão recto e austero, porque não entrega a reforma aos pobres?
terça-feira, julho 06, 2010
Uma Europa velha à procura de reforma
A Europa discute hoje, e por muito tempo, o que vai fazer com o actual sistema de segurança social, uma das maravilhosas facetas da nossa sociedade democrática. Na verdade o sistema está condenado, não só porque os cidadãos passaram a viver mais tempo, mas sobretudo porque a sustentabilidade do sistema foi tida apenas na vertente dos descontos e de quantos o fazem e não numa perspectiva a longo prazo. Isto é: a Europa desprezou a natalidade, a família, pouco deu em troca às famílias que desejavam ter vários filhos.
É verdade que o controle da natalidade nos países ditos desenvolvidos trouxe este problema da natalidade, mas deviam ter sido os governos a promoverem o crescimento, o desenvolvimento, a produtividade de forma a podermos ter uma reforma digna e uma vida de trabalho dentro dos limites razoáveis da condição humana, que serão os 60-65 anos. Dependendo também do tipo de profissão, claro.
Preferimos a mão de obra externa, a penalização das famílias com filhos. Repare-se que hoje o "custo" para sustentar, educar e permitir o crescimento de uma criança até à idade da saída da casa dos pais, ultrapassa em muito o equivalente à compra de uma casa de 500 mil euros! Se é assim que se quer consolidar esta sociedade, esqueçam.
A Europa está decadente, num beco, sem rumo e sem futuro.
É verdade que o controle da natalidade nos países ditos desenvolvidos trouxe este problema da natalidade, mas deviam ter sido os governos a promoverem o crescimento, o desenvolvimento, a produtividade de forma a podermos ter uma reforma digna e uma vida de trabalho dentro dos limites razoáveis da condição humana, que serão os 60-65 anos. Dependendo também do tipo de profissão, claro.
Preferimos a mão de obra externa, a penalização das famílias com filhos. Repare-se que hoje o "custo" para sustentar, educar e permitir o crescimento de uma criança até à idade da saída da casa dos pais, ultrapassa em muito o equivalente à compra de uma casa de 500 mil euros! Se é assim que se quer consolidar esta sociedade, esqueçam.
A Europa está decadente, num beco, sem rumo e sem futuro.
segunda-feira, julho 05, 2010
Praia do Tamariz, chique já era. Chocante!
O que aconteceu ontem na Praia do Tamariz era de esperar. O policiamento nas praias da linha é nulo, embora as brigadas que mandam parar indiscriminadamente os automobilistas na rotunda de Carcavelos, estejam sempre em acção.
Nesta altura do ano as praias da linha estão cheias de crianças das escolas, de gente em férias. Não há policiamento, embora se saiba que aquela zona está cada vez mais perigosa, insegura.
De praias de encanto e charme dos anos 40 e 50, as praias da linha têm-se transformado em zonas de perigo, frequentadas por marginais, gente sem nada para fazer, imigrantes ilegais, bandos de desordeiros. A impunidade é total e a polícia incapaz de agir em casos de violações da lei e da ordem pública.
Hoje andar de comboio na linha é mais aventura do que atravessar o Harlém à meia-noite e estender a toalha ao Sol pode ser um risco.
A linha chique passou a linha choque. Eu moro na zona e o meu filho vai com os amigos da escola para uma dessas praias. Fico sempre bastante apreensivo. Não há segurança pura e simples. O anel de marginalidade e violência tem crescido à volta da zona e agora está instalado ao lado de quem lá mora. Pode ter-se um bando de brasileiros como vizinhos que acham que as regras da Selva Amazónica se aplicam à rua onde habitamos e onde decidimos investir o nosso dinheiro para podermos ter a família segura e tranquila. Eles ditam as regras, os hábitos e nós entretemo-nos a chamar a polícia que quando chega pouco pode fazer.
Muitos são ilegais, não têm emprego, vivem em anexos de casas sem licença para habitação. Admiro-me que não haja mais assaltos, brigas e tiroteio. O caldeirão cultural da zona é explosivo. Claro que vão chamar-e de reacionário, Mas experimentem por os vossos filhos nas escolas oficiais da zona, com ciganos à porta com os rádios dos Audis (sim dos Audis!) aos berros, sem fazerem nada, a viverem à custa dos nossos impostos, ou atrevam-se a passear pela praia do Tamariz, ou tentem apagar as vuvuzelas ou os fogareiros a assarem maminha e vão ver o que vos acontece!
Como ninguém resolve nada, um dia haverá tragédia. Como ontem se pressentiu.
Nesta altura do ano as praias da linha estão cheias de crianças das escolas, de gente em férias. Não há policiamento, embora se saiba que aquela zona está cada vez mais perigosa, insegura.
De praias de encanto e charme dos anos 40 e 50, as praias da linha têm-se transformado em zonas de perigo, frequentadas por marginais, gente sem nada para fazer, imigrantes ilegais, bandos de desordeiros. A impunidade é total e a polícia incapaz de agir em casos de violações da lei e da ordem pública.
Hoje andar de comboio na linha é mais aventura do que atravessar o Harlém à meia-noite e estender a toalha ao Sol pode ser um risco.
A linha chique passou a linha choque. Eu moro na zona e o meu filho vai com os amigos da escola para uma dessas praias. Fico sempre bastante apreensivo. Não há segurança pura e simples. O anel de marginalidade e violência tem crescido à volta da zona e agora está instalado ao lado de quem lá mora. Pode ter-se um bando de brasileiros como vizinhos que acham que as regras da Selva Amazónica se aplicam à rua onde habitamos e onde decidimos investir o nosso dinheiro para podermos ter a família segura e tranquila. Eles ditam as regras, os hábitos e nós entretemo-nos a chamar a polícia que quando chega pouco pode fazer.
Muitos são ilegais, não têm emprego, vivem em anexos de casas sem licença para habitação. Admiro-me que não haja mais assaltos, brigas e tiroteio. O caldeirão cultural da zona é explosivo. Claro que vão chamar-e de reacionário, Mas experimentem por os vossos filhos nas escolas oficiais da zona, com ciganos à porta com os rádios dos Audis (sim dos Audis!) aos berros, sem fazerem nada, a viverem à custa dos nossos impostos, ou atrevam-se a passear pela praia do Tamariz, ou tentem apagar as vuvuzelas ou os fogareiros a assarem maminha e vão ver o que vos acontece!
Como ninguém resolve nada, um dia haverá tragédia. Como ontem se pressentiu.
sexta-feira, julho 02, 2010
Ana Jorge receita sopa e mata-velhos não pagam nas SCUTS!
Elegemos uns políticos nossos amigos.
Cavaco manda-nos de férias para a Santa Terrinha, Sócrates mete-nos a mão na cintura e a ferros abre-nos furos no cinto, a Santa Oposição ameaça que vai regressar ao Poder para liberalizar o desemprego, Portas ameaça levar-nos a bordo dos seus submarinos e deixar-nos lá em baixo, o ex-ministro da insegurança social diz que o desemprego é normal.
E agora a Ministra da Saúde manda-nos comer sopa para pouparmos em McDonalds. Só falta a seguir vir o obscuro ministro da íngricola receitar um copo de vinho a cada português.
Já não bastava pagarmos impostos sobre impostos, termos chipalhada a seguir-nos para todo o lado, não contentes com o facto de continuarmos a aturar a PT e o seu inútil monopólio, ainda recebemos lições de moral de uma ministra que, sendo uma excelente médica, quer agora ser uma nutricionista dos hábitos e das finanças.
O paternalismo arrogante com que o Estado, o Poder, os aperaltados eleitos tratam os seus eleitores é de uma desfaçatez total. Nem Salazar, nem os caetanistas, nem a tropa fandanga do 25, teve tanta lata e tanta pouca vergonha.
Entretanto o PS parece ter chegado a acordo com o PSD no que respeita à isenção de pagamento nas SCUTS: os mata-velhos não pagam.
Cavaco manda-nos de férias para a Santa Terrinha, Sócrates mete-nos a mão na cintura e a ferros abre-nos furos no cinto, a Santa Oposição ameaça que vai regressar ao Poder para liberalizar o desemprego, Portas ameaça levar-nos a bordo dos seus submarinos e deixar-nos lá em baixo, o ex-ministro da insegurança social diz que o desemprego é normal.
E agora a Ministra da Saúde manda-nos comer sopa para pouparmos em McDonalds. Só falta a seguir vir o obscuro ministro da íngricola receitar um copo de vinho a cada português.
Já não bastava pagarmos impostos sobre impostos, termos chipalhada a seguir-nos para todo o lado, não contentes com o facto de continuarmos a aturar a PT e o seu inútil monopólio, ainda recebemos lições de moral de uma ministra que, sendo uma excelente médica, quer agora ser uma nutricionista dos hábitos e das finanças.
O paternalismo arrogante com que o Estado, o Poder, os aperaltados eleitos tratam os seus eleitores é de uma desfaçatez total. Nem Salazar, nem os caetanistas, nem a tropa fandanga do 25, teve tanta lata e tanta pouca vergonha.
Entretanto o PS parece ter chegado a acordo com o PSD no que respeita à isenção de pagamento nas SCUTS: os mata-velhos não pagam.
quinta-feira, julho 01, 2010
Aumentos gerais deixam a TV louca.
Nos últimos dias desisti de ver televisão. O meu filho de 8 anos ajuda porque reivindica ver um canal idiota com putos-gordos-estúpidos americanos dobrados em tugês.
Aquela reivindicação do petiz em ter uma Golden Share sobre o plasma dá-me imenso jeito. Evito a pivot mais sexy da televisão portuguesa em plano de corpo inteiro (!), não tenho de aturar os esgares do orelhas e esqueço-me de vez do apresentador de notícias abrilhantado. Um descanso.
Se desligarmos a televisão temos o alívio de não termos de ouvir frases como, "crise à parte", "é a crise", "os portugueses apertam o cinto", o aleijadinho do 5º esquerdo virou assistente nas matines da outra, "a crise, os impostos, a justiça, o Dr. Marinho Pinto, Sócrates e seus companheiros, Cavaco e as lições de economês, a crise, o Senhor dos Passos, os processos...OFF! Um descanso.
Hoje as televisões devem ter rejubilado. E ainda ouvi de raspão entre a mudança do canal Panda para o inenarrável Nicklodeon (?) uma frase histérica de que tudo ia aumentar porque o IVA passou para 21%, um valor do qual nunca devia ter baixado, quando o melhor ministro das finanças, segundo uns espertos da TV, decidiu decretar o fim da crise e a remake do Milagre das Rosas em versão telenovela.
Hoje 1 de Julho, a TV empanturrou-se daquele tipo de noticias deprimentes que aumentam audiências e fazem os divãs dos psiquiatras portugueses mais frequentados que muitas marqueses relaxantes na hora de ponta.
A Televisão adora fazer sofrer, avisar o utente que está a ser saqueado e depois deste se sentir domado atira-lhe para cima com meia hora de publicidade para ele se inspirar no consumismo mais estúpido e demolidor para as parcas carteiras.
Alguém me dizia esta semana que não via notícias portuguesas para não se deprimir. E essa pode ser uma solução para sairmos deste síndroma da desgraça que caiu sobre Portugal, desde aquela triste noite em que um autocarro caiu ao rio com 60 a bordo. Nunca mais erguemos a cabeça. Não acham?
Aquela reivindicação do petiz em ter uma Golden Share sobre o plasma dá-me imenso jeito. Evito a pivot mais sexy da televisão portuguesa em plano de corpo inteiro (!), não tenho de aturar os esgares do orelhas e esqueço-me de vez do apresentador de notícias abrilhantado. Um descanso.
Se desligarmos a televisão temos o alívio de não termos de ouvir frases como, "crise à parte", "é a crise", "os portugueses apertam o cinto", o aleijadinho do 5º esquerdo virou assistente nas matines da outra, "a crise, os impostos, a justiça, o Dr. Marinho Pinto, Sócrates e seus companheiros, Cavaco e as lições de economês, a crise, o Senhor dos Passos, os processos...OFF! Um descanso.
Hoje as televisões devem ter rejubilado. E ainda ouvi de raspão entre a mudança do canal Panda para o inenarrável Nicklodeon (?) uma frase histérica de que tudo ia aumentar porque o IVA passou para 21%, um valor do qual nunca devia ter baixado, quando o melhor ministro das finanças, segundo uns espertos da TV, decidiu decretar o fim da crise e a remake do Milagre das Rosas em versão telenovela.
Hoje 1 de Julho, a TV empanturrou-se daquele tipo de noticias deprimentes que aumentam audiências e fazem os divãs dos psiquiatras portugueses mais frequentados que muitas marqueses relaxantes na hora de ponta.
A Televisão adora fazer sofrer, avisar o utente que está a ser saqueado e depois deste se sentir domado atira-lhe para cima com meia hora de publicidade para ele se inspirar no consumismo mais estúpido e demolidor para as parcas carteiras.
Alguém me dizia esta semana que não via notícias portuguesas para não se deprimir. E essa pode ser uma solução para sairmos deste síndroma da desgraça que caiu sobre Portugal, desde aquela triste noite em que um autocarro caiu ao rio com 60 a bordo. Nunca mais erguemos a cabeça. Não acham?
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