"Afinal o Feio não é nada feio!"- foi um desabafo de Beatriz Costa, por volta de 1980 numa galeria de arte que ficava no Bairro Alto, perto do actual Pavilhão Chinês.
Acabei por fazer uma foto aos dois, que não encontro no meio de umas centenas de envelopes de negativos não organizados.
O António Feio estava em início de carreira. Já o tinha fotografado com a Claúdia Cadima num apartamento em Benfica, com vista sobre a estação dos comboios. Fiquei logo a gostar dele.
Tinha a minha idade e a sua morte deixou-me muito triste.
Era um homem de talento, com um sentido raro da liberdade, da irreverência, um artista -vivo, actuante, um interventor atento, crítico e que levava tudo com um prazer desmedido!
Gosto de gente vibrante e o António contagiava à sua volta com boa onda. Tinha um gosto apurado e era um cavalheiro apaixonado.
Era também um porchista em estado puro: usava o seu 911 (teve vários que ia comprando sempre usados) no dia a dia mostrando que é um carro para gente que gosta de automóveis e que na verdade o 911 é o melhor utilitário do Mundo. Vais ter um 997 no Céu!!!
Perdemos um dos grandes portugueses do nosso tempo. Ficamos pobres, com uma sensação de perda total.
O resto são tretas!!!
O problema é que os mediocres vão ficando...
ResponderEliminarQue tristeza,tanta falta vai fazer,um Artista,
com um humor tão rico.TOU MESMO F....!!!!!L.R.
Sinto-me mais pobre.
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