O Socraquistão está óptimo. E os que Praquistão péssimos, mas gastadores.
Um engenheiro a quem eu não recorreria para me fazer o projecto de estruturas de uma casa rasteira, e um vendedor de carros usados de sonho a quem eu nunca ousaria comprar um chasso, disseram, ou disse, hoje na sede da Democracia, que está tudo Porreiro !
A oposição diz que Sócrates está nas nuvens levado por um balão da Eurovisão, mas na verdade o nosso Pá Primeiro está na real.
A venda de utilitários subiu cinquenta e tal por cento, agora os pelintras dos jornalistas da TV que gostam de classificar de carros topo de gama uma banheira rolante, já podem passar o preconceito à gama geral. O país exporta mais uns caixotes, há menos calaçeiros a abandonarem a escola (o que é um gasto acrescentado em papel higiénico!), há mais portugueses a irem trabalhar lá para fora e a mandarem mais uns milhões para a banca local, vão pagar-se as scuts, as scooters e vamos deduzir menos no IRS para termos juizinho e pormos os nossos filhos a estudarem em escolas oficiais onde se irão sentir cidadãos da Ucrânia ao Brasil, de Timor a Cabo-Verde, da Feira de Cascais à Feira do Relógio. A escola democrática e pública paga com o esforço da Classe Média.
E vamos pagar mais pelas horas de espera nos hospitais públicos apinhados por gente desesperada, sem eira nem beira: aqueles que agora velhos ajudaram a erguer um país ao pé coxinho. Um país doente.
Sócrates está nas nuvens e na nuvem ao lado está um vizinho, outro grande visionário da vida política portuguesa. Um Super Homem da política, que anda a governar desde 1985 e que em vez de salvar o País que ele chama de inviável, limita-se a ajudar velhinhas a atravessar a rua e a distribuir frases demolidoras como quem dá rosas envenenadas.
O estado da Nação é o estado da política, de uma classe medíocre, sem sentido da coisa pública.
A classe que rejubila em mordomias, começando pelo escândalo da compra de carros novos (estes sim topo de gama) distribuídos pela camarilha que nos cobra impostos, dita comportamentos, vigia as nossas vidas. Uns tipos que nós elegemos e que nos apertam os ditos até ao grito final.
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quinta-feira, julho 15, 2010
domingo, julho 13, 2008
O estado da Nação em slideshow
Uma edição inteligente, sensível e jornalística da minha colega da SIC Anabela Neves, sobre as minhas fotografias do estado da Nação, passada quinta na Assembleia.
Foi a primeira vez que colaborei neste conceito com a SIC, confesso que estava renitente ao princípio, reconheço agora que só falta às fotografias falarem ! Algumas falam mesmo. Assim vale a pena fazer multimédia.
fotografias de Luiz Carvalho

quinta-feira, julho 10, 2008
O Estado da Nação

Rangel caiu na cadeira como se tivesse levado um murro certeiro. E levou-o de Sócrates, ali no hemiciclo da Nação, no início do debate sobre o estado da dita. O novo líder da bancada laranja tem o mesmo apelido do Emídio, o Ranger, e que até é muito amigo de Sócrates, mas este terceiro líder PSD em 3 anos, caiu inanimado. Só faltava Gama de laço vir contar ao pé dele:" 3,2,1...perdeu!". Imagino Manuela Ferreira leite em casa a tratar do netinho e sem poder socorrer o KO monumental do seu avançado centro no parlamento.
Sócrates esteve hoje num daqueles dias de arrogância máxima para propaganda mais. Usou palavras como esquerda, afagou a classe média, distribuiu uns trocos aos pobres e anunciou essa coisa espantosa: vai tirar 100 milhões de euros aos lucros das petrolíferas, sem que tal faça baixar o preço dos combustíveis, e foi dizendo que essa taxa não vai fazer aumentar a gasosa. Não vai ? A ver vamos. Mesmo que assim seja, o que Sócrates faz é ficar com um terço do grande bolo que as Galps deste mundo ganham SÓ à custa do aumento. Portanto: todos ganham com o preço em alta do petróleo menos o consumidor que vai pagando. Para fazer política correcta o primeiro deseja que os contribuintes andem, ou a pé ou de transportes públicos. Quer dizer: Sócrates sonha com a Albânia do Ever Hocha, das bicicletas e dos carros pretos dos burocratas.
O cúmulo do discurso de Sócrates chegou com o insulto a Louçã. Sócrates usa a desonestidade intelectual e gincana das palavras para minimizar ou apagar algumas verdades que Louçã lhe lançou.Armaou-se em Diácono e pai tirano. Sócrates é bom em telenovela e sabe-o.
A moda agora é: quando alguém diz verdades com coragem é acusado de "pessoa sem credibilidade"- o mesmo que disseram os senhores juízes de Marinho Pinto (grande entrevista hoje a Judite de Sousa) quando este os atacou por achar inadmissível que órgãos de soberania possam fazer greve e serem sindicalizados. E hoje ficámos a saber do estatuto de excepção que a classe tem nas reformas, nos ordenados, nas mordomias.
O estado da Nação não foi debatido. O problema estrutural não foi analisado na AR, mas os partidos entretiveram-se numa bagunçada e num total desrespeito por aqueles que votaram e lhes deram um bom emprego. Aproveitem enquanto é tempo.
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