
Identifico-me muito com a obra de Oscar Niemeyer.
Como arquitecto ele é um dos mestres dos mestres.
Se a arquitectura é espaço e tempo, esse conceito foi-me transmitido fisicamente quando desci uma escada circular que está implantada na Assembleia Nacional em Brasília.
Foi uma sensação de harmonia aliada ao funcionalismo e à escala do Homem.
Niemeyer conciliou o racionalismo com a funcionalidade a partir de uma ideologia posta na rotura com os conceitos tradicionais, com o fim de dar uma nova vida, fazer com a arquitectura uma sociedade nova: mais democrática, sem preconceitos formais. A arquitectura ganha espectáculo, ritmo, sinfonia, mas também uma geometria fria e arrojada de cortar a respiração.
Quando ao fazer cem anos este comunista diz que a vida nada mais é que um sopro e que ele não se considera ninguém de extraordinário, apenas mais um comum dos mortais, que acabará no esquecimento, mostra uma lucidez arrepiante. A consciência daqueles que ganharam a eternidade.
Corrija lá o nome ao homem.
ResponderEliminarhttp://www.britannica.com/ebc/article-9373480
Também achei incríveis essas palavras em que ele disse que não tinha feito nada de extraordinário, e que quando morresse seria esquecido...
ResponderEliminarE a vitalidade, aos 100 anos é fora de série... é ele e o nosso Manoel de Oliveira.
apoiado Oscar
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