O retrato de Salazar que o Presidente Cavaco evitou
As igrejas de Goa são a marca da presença dos portugueses por aqui durante mais de 500 anos. São brancas, luminosas como a fé que mantêm e propagam. A arquitectura delas tem uma escala harmoniosa entendendo como é importante a relação da forma com a função e do sentimento com a dimensão geométrica.
Hoje o Presidente Cavaco Silva visitou essa velha Goa, católica e profunda. O lugar onde a Índia manda mas que não conseguiu unificar. Os goeses são pacíficos e calmos mas orgulhosos. Sabem que nunca serão como os indianos. Nem na cultura, nem nos genes, nem na religião.
Um grupo de freiras, noviças, vestidas com roupas coloridas, outras mesmo com o hábito, cantaram divinamente a Cavaco. Este retribuiu com simpatia, perguntou como se dizia em goês “good-by” e ao repetir as freiras não resistiram a uma risada de espanto e alegria.
O túmulo de S. Francisco Xavier é omnipresente na igreja grande e fresca que tremeu com a voz de Katia Guerreiro numa canção religiosa trocada com uma outra artista local.
O museu tem uma amostragem extensa da cultura e da História portuguesas. O cuidado com que está preservado é evidente.
Claro que a Fundação Gulbenkian tem feito por aqui um notável, e dispendioso, trabalho de restauração. Que nunca lhe falta a verba e a vontade para manter assim a nossa memória no Mundo.
Augusto Santos Silva, que tinha acabado de chegar de avião, dizia-me com entusiasmo:« como foi possível termos abandonado tudo isto daquela forma, sem salvaguardarmos esta herança. O Salazar era mesmo burro!»
O Presidente percorreu atento o museu, posou ao lado de uma gigante figura de Camões mas soube evitar a tempo a passagem pelo retrato a óleo desse mesmo Salazar, que mandou resistir até à humilhação final.
Hoje o Presidente Cavaco Silva visitou essa velha Goa, católica e profunda. O lugar onde a Índia manda mas que não conseguiu unificar. Os goeses são pacíficos e calmos mas orgulhosos. Sabem que nunca serão como os indianos. Nem na cultura, nem nos genes, nem na religião.
Um grupo de freiras, noviças, vestidas com roupas coloridas, outras mesmo com o hábito, cantaram divinamente a Cavaco. Este retribuiu com simpatia, perguntou como se dizia em goês “good-by” e ao repetir as freiras não resistiram a uma risada de espanto e alegria.
O túmulo de S. Francisco Xavier é omnipresente na igreja grande e fresca que tremeu com a voz de Katia Guerreiro numa canção religiosa trocada com uma outra artista local.
O museu tem uma amostragem extensa da cultura e da História portuguesas. O cuidado com que está preservado é evidente.
Claro que a Fundação Gulbenkian tem feito por aqui um notável, e dispendioso, trabalho de restauração. Que nunca lhe falta a verba e a vontade para manter assim a nossa memória no Mundo.
Augusto Santos Silva, que tinha acabado de chegar de avião, dizia-me com entusiasmo:« como foi possível termos abandonado tudo isto daquela forma, sem salvaguardarmos esta herança. O Salazar era mesmo burro!»
O Presidente percorreu atento o museu, posou ao lado de uma gigante figura de Camões mas soube evitar a tempo a passagem pelo retrato a óleo desse mesmo Salazar, que mandou resistir até à humilhação final.
Amanhã Bombaim.
Excelente texto
ResponderEliminar"good bye"! :)
ResponderEliminarInteressantíssimo. Da primeira à última letra.
ResponderEliminar(Eu tb teria evitado o retrato do ditador!)
Boa noite! :)
A isto eu diria: Um povo sem memória é um povo sem futuro!
ResponderEliminarÉ impossível apagar a história.
Podem mudar o nome da ponte de Salazar para 25 de Abril, mas isso é tapar o sol com peneira xungosa!
Mudar avenida 28 de Maio para avenida das Forças Armadas, é outra...
O 28 de Maio, como Salazar, existiu. Para bem ou para mal!
Tristes...
É uma vergonha pessoas como Augusto Santos Silva dizer uma barbaridade destas! Se não sabem história, ao menos não humilhem ou não ofendam a memória do Dr. António de Oliveira Salazar que, como deveriam saber, foi talvez o português que mais se "agarrou" a Goa, com unhas e dentes, tendo dito que se perdêssemos Goa ao menos que fosse com luta! Ele defendeu a memória dos nossos antepassados ao querer lutar por Goa. "É horrível pensar que isso pode significar o sacrifício total, mas recomendo e espero esse sacrifício como única forma de nos mantermos à altura das nossas tradições e prestarmos o maior serviço ao futuro da Nação. Não prevejo possibilidade de tréguas nem prisioneiros portugueses, como não haverá navios rendidos, pois sinto que apenas pode haver soldados ou marinheiros virtuosos ou mortos."(Salazar)
ResponderEliminarQuanto ao lamentável acto do Dr. Cavaco Silva, penso que foi extremamente insolente, mostrando a falta de educação que um povo tem e desrespeitanto um homem que fez tudo pela Nação, nascendo pobre e morrendo pobre, como nunca haveremos de voltar a vêr com outro político!