No auge da Perestroika dizia eu a um amigo:"Ainda vamos ter saudades do comunismo!".
Ele um cavaquista praticante, eu um anticomunista primário.
Na verdade, o comunismo era uma coisa sinistra. Sentíamos por ele o que muitos de nós hoje sentimos pelo extremismo islâmico.
Hoje no recinto da Festa do Avante voltei a lembrar-me da minha profecia. Na verdade, o comunismo traz-nos hoje uma onda de nostalgia. Um sabor a tempos onde contava o espírito de equipa, a disciplina de grupo, aliados a um fervor de alegria e cumplicidade entre amigos e camaradas, fazendo da vida uma missão.
A construção da Festa do Avante é todos os anos obra de formiguinhas no carreiro, que labutam no calor do verão, no pó, com suor e muita boa vontade. Quem ali entra fica camarada e logo recebe um gesto de aceitação, entre-ajuda. "Bom-dia camarada, pode evacuar na casa de banho das mulheres!".
Ontem: uma avó trouxe o neto e os dois trabalhavam na pintura do recinto.
Voltei a ver Renaults 4L a trabalhar, Fords Transit transformdas em Mad-Marxs (!) com camaradas empoleirados a fazerem o V e a erguerem o punho quando a Leica os fintava para a fotografia.
Aquela gente é gira. Fui e ainda sou amigo de muitos comunistas.
Posso dizer que algumas das pessoas mais integras e sérias que conheci na minha vida eram comunistas radicais. Tratei diariamente com alguns deles, e os que partiram deixaram-me uma enorme saudade.
Eram pessoas sempre prontas a ajudar e a interessarem-se pelos outros. Sectários, fraternos e tolerantes. Uns chatos quando vinham com a ladaínha comunista. Mas davam luta e eu adorava provoca-los. Os pecepistas eram uma tribo.
O comunismo é o contra-peso da democracia. Faz pressão contra os poderosos, chateia os patrões, irrita o governo e alimenta ilusões aos que nada têm ou que se julgam os justiceiros sociais.
Tirando os burocratas, os cinzentões, os profissionais do Partido, o povo comunista é muito porreiro.
Os melhores pastéis de bacalhau que comi foram feitos pelo PCP de Aveiro durante uma viagem em que acompanhei Carlos Carvalhas em campanha.
É um povo alegre, gosta de festa, constrói e pratica a mitologia comunista melhor do que os católicos o fazem com Fátima, ou a direita com a patética e franciscana Festa do Pontal, sem ponta nenhuma.
A Festa do Avante tem muita ponta, muita pica e milhares de litros de cerveja embarrilada para jorrar pelas goelas secas dos camaradas, com a voz doridas pelas palavras de ordem.
Depois há cor e música empolgante.
Gosto disto!!!
Fiquei rendido ao ritual Avante. Na verdade já o estava. Há 4 anos comprei lá um Cristo de barro que guardo na minha casa alentejana, numa das freguesias mais vermelhas do antigamente.
E quando hoje vi as barraquinhas a representarem Portugal do Minho à Madeira, fez-me lembrar a exposição do Mundo Português tão bem gizada pelo Cotinelli Telmo com a mão de Ferro.
Não há festa como esta em nenhuma parte do Mundo. O Comunismo deixa saudades.
sexta-feira, agosto 27, 2010
quarta-feira, agosto 25, 2010
terça-feira, agosto 24, 2010
NOVA ADENDA AO ACORDO HORTOGRÁFICO
Última actualização do dicionário de língua portuguesa - novas entradas:
Testículo: Texto pequeno
Abismado: Sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa
Biscoito: Fazer sexo duas vezes
Coitado: Pessoa vítima de coito
Padrão: Padre muito alto
Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo
Democracia: Sistema de governo do inferno
Barracão: Proíbe a entrada de caninos
Homossexual: Sabão em pó para lavar as partes íntimas
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas
Detergente: Acto de prender seres humanos
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F
Conversão: Conversa prolongada
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Luz solar: Sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton
Tripulante: Especialista em salto triplo
Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca
Assaltante: Um 'A' que salta
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Detergente: Acto ou efeito de prender pessoas
Vidente: Aquilo que o dentista diz ao paciente
Barbicha: Bar frequentado por gays
Ortográfico: Horta feita com letras
Destilado: do lado contrário a esse
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho
Coordenada: Que não tem cor
Presidiário: Aquele que é preso diariamente
Ratificar: Tornar-se um rato
Violentamente: Viu com lentidão
Testículo: Texto pequeno
Abismado: Sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa
Biscoito: Fazer sexo duas vezes
Coitado: Pessoa vítima de coito
Padrão: Padre muito alto
Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo
Democracia: Sistema de governo do inferno
Barracão: Proíbe a entrada de caninos
Homossexual: Sabão em pó para lavar as partes íntimas
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas
Detergente: Acto de prender seres humanos
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F
Conversão: Conversa prolongada
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Luz solar: Sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton
Tripulante: Especialista em salto triplo
Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca
Assaltante: Um 'A' que salta
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Detergente: Acto ou efeito de prender pessoas
Vidente: Aquilo que o dentista diz ao paciente
Barbicha: Bar frequentado por gays
Ortográfico: Horta feita com letras
Destilado: do lado contrário a esse
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho
Coordenada: Que não tem cor
Presidiário: Aquele que é preso diariamente
Ratificar: Tornar-se um rato
Violentamente: Viu com lentidão
domingo, agosto 22, 2010
NOVO CURSO DE PHOTOJORNALISMO A 28 de Setembro
Inscrições e informações em: lightshot@netcabo.pt
965 101 612 ou 917 575 249
quinta-feira, agosto 19, 2010
Dia da Fotografia SEMPRE!
Hoje é o Dia da Fotografia. A minha querida amiga Ana Sousa Dias da LUSA pediu-me uma foto e um depoimento. Eu escrevi-lhe o que se segue, embora ela não tenha espaço no diaporama para publicar o texto integral.
Aproveito para deixar o meu testemunho sobre a solenidade do dia:).
Não gosto de "dias de", nem do Natal. O Dia da Fotografia é todos os dias, embora os dias dos fotógrafos sejam agora dias diferentes. Isto é: o Mundo mudou e a fotografia na sua idade digital baralhou e voltou a dar desafios, nem sempre estimulantes.
A perda de espaço e de protagonismo na imprensa, a banalização do acto fotográfico e o regresso da mentalidade de pato-bravo nas instâncias editoriais, devolveu aos fotógrafos os dias passados, aqueles em que os fotógrafos ainda não falavam, nem escreviam(!).
Os ataques aos direitos de autor e a ideia de que o fotojornalismo se reduziu a bonecada sem conteúdo é fruto dos tempos, mas coisa passageira! A qualidade supera e resiste. Sempre.
Os fotógrafos ganharam agilidade, e um mundo fantástico de partilha na net, usando agora múltiplas e estupendas ferramentas multimédia. Esse suporte é a grande SCUT visual!
Escolhi esta fotografia porque é o meu regresso breve à fotografia analógica, à Leica M6 (muito melhor do que a M9 digital!) e ao mítico filme TRI-X da Kodak.
Foi em Fátima, horas antes da chegada do Papa. Estas portuguesas têm muito das figuras que o Gageiro retratou por ali perto na distante década de sessenta, e que muito me influenciou.
O país mudou. Mas mantém, tal como na fotografia, o seu lado cinzento, preto-e-branco.
Para o melhor e para o deprimente.
Luiz Carvalho
(fotojornalista do Expresso e professor de fotografia)
Aproveito para deixar o meu testemunho sobre a solenidade do dia:).
Fátima, 2010. Leica M6. Filme TRI-X. FOTO DE LUIZ CARVALHO.
Não gosto de "dias de", nem do Natal. O Dia da Fotografia é todos os dias, embora os dias dos fotógrafos sejam agora dias diferentes. Isto é: o Mundo mudou e a fotografia na sua idade digital baralhou e voltou a dar desafios, nem sempre estimulantes.
A perda de espaço e de protagonismo na imprensa, a banalização do acto fotográfico e o regresso da mentalidade de pato-bravo nas instâncias editoriais, devolveu aos fotógrafos os dias passados, aqueles em que os fotógrafos ainda não falavam, nem escreviam(!).
Os ataques aos direitos de autor e a ideia de que o fotojornalismo se reduziu a bonecada sem conteúdo é fruto dos tempos, mas coisa passageira! A qualidade supera e resiste. Sempre.
Os fotógrafos ganharam agilidade, e um mundo fantástico de partilha na net, usando agora múltiplas e estupendas ferramentas multimédia. Esse suporte é a grande SCUT visual!
Escolhi esta fotografia porque é o meu regresso breve à fotografia analógica, à Leica M6 (muito melhor do que a M9 digital!) e ao mítico filme TRI-X da Kodak.
Foi em Fátima, horas antes da chegada do Papa. Estas portuguesas têm muito das figuras que o Gageiro retratou por ali perto na distante década de sessenta, e que muito me influenciou.
O país mudou. Mas mantém, tal como na fotografia, o seu lado cinzento, preto-e-branco.
Para o melhor e para o deprimente.
Luiz Carvalho
(fotojornalista do Expresso e professor de fotografia)
domingo, agosto 15, 2010
sexta-feira, agosto 13, 2010
A Boa TV noite dentro, lá para as 3 da manhã!
Para não dizerem que estou sempre a dizer mal, hoje vou dizer bem de algumas coisas que vi nas últimas madrugadas na TV.
Começo pelo programa de Joaquim Furtado sobre a invasão da Guiné-Conakry nos anos 70.
Aí está um trabalho de jornalismo de investigação,um testemunho ímpar sobre a História recente portuguesa. E uma das poucas ocasiões em que eu como contribuinte sinto que o meu dinheiro ainda é por vezes muito bem empregue nos gastos da RTP.
Os depoimentos dos vários testemunhos muito bem recolhidos e editados, as imagens de arquivo excelentes, o texto sóbrio, económico, sintético, como convém em televisão (e não só!). Os parabéns também ao meu ex-colega e amigo do Expresso, José Manuel Saraiva que colaborou.
Outra grande reportagem passou ontem feita pela TV da Catalunha sobre a comunidade islâmica e os movimentos terroristas em Barcelona.
Uma reportagem com um trabalho de câmera rigoroso, em 16x9, com uma fotografia cuidada, servindo planos de uma espontaneidade, verdade e impacto raros. Televisão feita com gramática televisiva, sem as muletas dos textos em off, sem os planos de tripé à Pai Adão, sem aquela montagem do corta plano aqui, cola plano de corte ali, mete um tipo sentado a falar, vai música, vem texto para pintar, entra imagem de arquivo, remata com umas imagens em slow-motion.
Jornalismo televisivo de investigação, vivo, ágil, moderno, eficaz. Nada do que se faz na TV portuguesa. Até numa reportagem com camionistas, feita e reposta hoje por uma das nossas televisões, as imagens são fabricadas, as situações encenadas, lembrando o pior do cinema de amadores.
Na reportagem da TV da Catalunha punha-se em discussão, sem que isso fosse redundante na estrutura da reportagem, a coexistência de uma comunidade islâmica de dimensão apreciável, a viver e a ocupar um espaço urbano tão próprio como o de Barcelona, pondo problemas sérios de segurança, sem que a polícia ou os juízes pudessem ter o controle mais eficaz sobre muitas das acções encobertas. Fiquei a saber, embora já desconfiasse, que a Europa tolera os intolerantes e que está a deixar-se minar, por causa dos complexos democráticos de um largo sector político cobarde e incompetente.
Um programa que não tomava partido, mas que ouvia várias partes e que deixava a própria comunidade em causa defender-se. Aliás a reportagem foi possível porque numa reunião desses islâmicos radicais foi autorizada aquela equipa a seguir durante dias a vida daquela gente.
Outra reportagem que me deixou colado à TV, embora também madrugada dentro, foi um Toda a Verdade sobre o estado da assistência social nos Estados Unidos. Um programa onde se ficou a saber claro, que nos States mesmo quem tem um seguro de saúde de topo poderá sempre acabar por pagar uma fortuna em caso de doença grave, à excepção de uma minoria de segurados por empresas que cobrem as despesas totais, como a Microsoft.
Fiquei a saber que o meu filho David, que nasceu prematuro e precisou de cuidados intensivos, e que foram dados gratuitamente numa maternidade pública, teria tido muita dificuldade em ter sido salvo nos Estados Unidos, porque eu não teria tido nunca 1 milhão de dólares para pagar por uma assistência desse tipo, referida na reportagem. Um programa bom para oferecer aos Passos Coelhos desta vida!
Afinal, ainda há uma querida televisão. Há só que esperar pela madrugada ou por gravar no irritante gravador da Zon!
Começo pelo programa de Joaquim Furtado sobre a invasão da Guiné-Conakry nos anos 70.
Aí está um trabalho de jornalismo de investigação,um testemunho ímpar sobre a História recente portuguesa. E uma das poucas ocasiões em que eu como contribuinte sinto que o meu dinheiro ainda é por vezes muito bem empregue nos gastos da RTP.
Os depoimentos dos vários testemunhos muito bem recolhidos e editados, as imagens de arquivo excelentes, o texto sóbrio, económico, sintético, como convém em televisão (e não só!). Os parabéns também ao meu ex-colega e amigo do Expresso, José Manuel Saraiva que colaborou.
Outra grande reportagem passou ontem feita pela TV da Catalunha sobre a comunidade islâmica e os movimentos terroristas em Barcelona.
Uma reportagem com um trabalho de câmera rigoroso, em 16x9, com uma fotografia cuidada, servindo planos de uma espontaneidade, verdade e impacto raros. Televisão feita com gramática televisiva, sem as muletas dos textos em off, sem os planos de tripé à Pai Adão, sem aquela montagem do corta plano aqui, cola plano de corte ali, mete um tipo sentado a falar, vai música, vem texto para pintar, entra imagem de arquivo, remata com umas imagens em slow-motion.
Jornalismo televisivo de investigação, vivo, ágil, moderno, eficaz. Nada do que se faz na TV portuguesa. Até numa reportagem com camionistas, feita e reposta hoje por uma das nossas televisões, as imagens são fabricadas, as situações encenadas, lembrando o pior do cinema de amadores.
Na reportagem da TV da Catalunha punha-se em discussão, sem que isso fosse redundante na estrutura da reportagem, a coexistência de uma comunidade islâmica de dimensão apreciável, a viver e a ocupar um espaço urbano tão próprio como o de Barcelona, pondo problemas sérios de segurança, sem que a polícia ou os juízes pudessem ter o controle mais eficaz sobre muitas das acções encobertas. Fiquei a saber, embora já desconfiasse, que a Europa tolera os intolerantes e que está a deixar-se minar, por causa dos complexos democráticos de um largo sector político cobarde e incompetente.
Um programa que não tomava partido, mas que ouvia várias partes e que deixava a própria comunidade em causa defender-se. Aliás a reportagem foi possível porque numa reunião desses islâmicos radicais foi autorizada aquela equipa a seguir durante dias a vida daquela gente.
Outra reportagem que me deixou colado à TV, embora também madrugada dentro, foi um Toda a Verdade sobre o estado da assistência social nos Estados Unidos. Um programa onde se ficou a saber claro, que nos States mesmo quem tem um seguro de saúde de topo poderá sempre acabar por pagar uma fortuna em caso de doença grave, à excepção de uma minoria de segurados por empresas que cobrem as despesas totais, como a Microsoft.
Fiquei a saber que o meu filho David, que nasceu prematuro e precisou de cuidados intensivos, e que foram dados gratuitamente numa maternidade pública, teria tido muita dificuldade em ter sido salvo nos Estados Unidos, porque eu não teria tido nunca 1 milhão de dólares para pagar por uma assistência desse tipo, referida na reportagem. Um programa bom para oferecer aos Passos Coelhos desta vida!
Afinal, ainda há uma querida televisão. Há só que esperar pela madrugada ou por gravar no irritante gravador da Zon!
terça-feira, agosto 10, 2010
Jornalismo incendiário
A informação televisiva é há muito de uma indigência total. Mas no mês de Agosto abusa. Fazer a análise de um telejornal pelo alinhamento, pelas palavras e pelas imagens dadas a ver é um exercício de grande masoquismo, mas que no final revela bem o estado decadente e inútil a que chegou a televisão. Um meio que só sobrevive porque o maralhal mantém aquilo ligado por rotina e também porque apenas 10 por cento do que é emitido merece a atenção de quem entretanto berra com os filhos, desanca na mulher, bate no cão e tenta estrangular a sogra. Se a internet fosse acessível e já tivesse entrado na rotina, a televisão ficava reduzida ao seu papel de embrulho.
Incêndios em directo com estagiárias armadas em parvas repórteres de guerra, velhinhos às portas da morte a falarem dos malefícios do calor, o ministro da administração interna a contar a área ardida e a dizer que este ano ardeu menos um campo de futebol do que há 5 anos, histórias de desgraças, e mais uns planos gerais de praias cheias...é difícil maior banalidade. O Mundo para as televisões resume-se a faits-divers, banalidades, lugares comuns, estupidez natural.
Ontem havia uma reportagem no Algarve, onde o que se dava a ver eram planos de casas e janelas, chegando a ter sido editada uma imagem de uma persiana, isto para ilustrar o facto de 4 doentes terem sido molestados numa operação às cataratas...no Algarve. Um case-study de como não se deve fazer televisão. E no entanto estas bostas vão para o ar!
Mas o que é preocupante, é a leviandade e a demagogia que os editores (?) utilizam para manterem viva a chama do populismo. Passam em rodapé que este ano há 30 reformados com pensões um pouco acima dos 5 mil euros. "Pensões milionárias", dizem os senhores editores. Se para um jornalista 5 mil euros é um rendimento milionário muito mal pago anda o jornalismo.
Claro que não explicam se são reformas resultantes de uma vida de descontos se de reformas oportunistas baseadas em poucos anos de descontos. Mas esse "pormenor" não interessa nada.
O que interessa é encher chouriços e atirar achas para a fogueira.
Já tínhamos um país de incendiários passámos a ter uma informação televisiva incendiária.
Incêndios em directo com estagiárias armadas em parvas repórteres de guerra, velhinhos às portas da morte a falarem dos malefícios do calor, o ministro da administração interna a contar a área ardida e a dizer que este ano ardeu menos um campo de futebol do que há 5 anos, histórias de desgraças, e mais uns planos gerais de praias cheias...é difícil maior banalidade. O Mundo para as televisões resume-se a faits-divers, banalidades, lugares comuns, estupidez natural.
Ontem havia uma reportagem no Algarve, onde o que se dava a ver eram planos de casas e janelas, chegando a ter sido editada uma imagem de uma persiana, isto para ilustrar o facto de 4 doentes terem sido molestados numa operação às cataratas...no Algarve. Um case-study de como não se deve fazer televisão. E no entanto estas bostas vão para o ar!
Mas o que é preocupante, é a leviandade e a demagogia que os editores (?) utilizam para manterem viva a chama do populismo. Passam em rodapé que este ano há 30 reformados com pensões um pouco acima dos 5 mil euros. "Pensões milionárias", dizem os senhores editores. Se para um jornalista 5 mil euros é um rendimento milionário muito mal pago anda o jornalismo.
Claro que não explicam se são reformas resultantes de uma vida de descontos se de reformas oportunistas baseadas em poucos anos de descontos. Mas esse "pormenor" não interessa nada.
O que interessa é encher chouriços e atirar achas para a fogueira.
Já tínhamos um país de incendiários passámos a ter uma informação televisiva incendiária.
sexta-feira, agosto 06, 2010
Madrid, Agosto 2010
Crónica visual de um fotógrafo em férias.
Fotografias de Luiz Carvalho
Madrid, Agosto de 2010 from Luiz Carvalho on Vimeo.
Fotografias de Luiz Carvalho
Madrid, Agosto de 2010 from Luiz Carvalho on Vimeo.
quinta-feira, agosto 05, 2010
A policia De Antonio Capuchinho Laranja
Há dias ACapucho naquele seu jeito cinzentão lamentava não ter policias para vigiar as praias.
Dizia que lhe restavam umas trotinetes e uns girinhos para o controle da cambada que transformou as praias da linha num musseque angolano(cito livremente).
Hoje deparo as 13 horas na rotunda da avenida Conde De Barcelona com uma brigada camarária a mandar parar carros, armados em BT, numa operação de assalto ao contribuente.
A nova ordem policial do ministro MAI deu nisto: transformou cada policia num angariador de fundos para o Estado glutão.
Ora, estamos a falar de duas coisas: numa operação de má fé, de abuso de autoridade, de arrogância estatal, contra automobilistas, praticada por uma policia municipal. E estamos a falar no oportunismo de um Presidente de câmara que usa o seu lugar para atacar aqueles que o elegeram para trabalhar pelo concelho, e não para se armar em cobrador de fato macaco, nas esquinas das desmazeladas ruas do concelho de Cascais.
Cascais é dos sítios do pais com mais imigrantes ilegais e que se movimentam à balda provocando desacatos permanentes. Mas a policia de Capucho prefere actuar na colecta da multa em vez de vigiar e controlar quem está no país ilegalmente e que vive em anexos sem licença de habitação.
Capucho devia ter vergonha e pedir desculpa aos tansos que o andam a eleger.
PS : post escrito num iPad sem teclado português. Se os brasucas mandam na nossa escrita, o Steve Jobs está desculpado por não posto ainda em Portugal à venda já o bicho(::)). Parece que lhe disseram que o iPad não tinha hipótese cá por causa da concorrência do Magalhães!!!
Dizia que lhe restavam umas trotinetes e uns girinhos para o controle da cambada que transformou as praias da linha num musseque angolano(cito livremente).
Hoje deparo as 13 horas na rotunda da avenida Conde De Barcelona com uma brigada camarária a mandar parar carros, armados em BT, numa operação de assalto ao contribuente.
A nova ordem policial do ministro MAI deu nisto: transformou cada policia num angariador de fundos para o Estado glutão.
Ora, estamos a falar de duas coisas: numa operação de má fé, de abuso de autoridade, de arrogância estatal, contra automobilistas, praticada por uma policia municipal. E estamos a falar no oportunismo de um Presidente de câmara que usa o seu lugar para atacar aqueles que o elegeram para trabalhar pelo concelho, e não para se armar em cobrador de fato macaco, nas esquinas das desmazeladas ruas do concelho de Cascais.
Cascais é dos sítios do pais com mais imigrantes ilegais e que se movimentam à balda provocando desacatos permanentes. Mas a policia de Capucho prefere actuar na colecta da multa em vez de vigiar e controlar quem está no país ilegalmente e que vive em anexos sem licença de habitação.
Capucho devia ter vergonha e pedir desculpa aos tansos que o andam a eleger.
PS : post escrito num iPad sem teclado português. Se os brasucas mandam na nossa escrita, o Steve Jobs está desculpado por não posto ainda em Portugal à venda já o bicho(::)). Parece que lhe disseram que o iPad não tinha hipótese cá por causa da concorrência do Magalhães!!!
Subscrever:
Mensagens (Atom)