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quarta-feira, outubro 07, 2009

António Costa alcatifa jardim


Todos oscaminhos vão dar às hortas. Vamos lá voltar daqui a 6 meses para vermos?

ACosta acompanhado de uma comitiva camarária de peso, onde não faltava o Zé (o vereador dos jardins e afins) foi hoje visitar, com ar de inauguração, o jardim na Quinta da Granja.

Que tem isto de relevante? Nada, a não ser este facto que algumas das dezenas de microfones estendidos parece não terem perguntado: que justificação cabal se pode dar para uma inauguração (não foi mas o acto foi igual) a dois dias das eleições? Depois, a obra estava a ser acabada à pressa, havendo ainda um solitário operário a alcatifar com tapete de relva o recinto.

O projecto não deve ter sido feito por um arquitecto tal é a mediocridade do traçado e as soluções concretizadas. O tal jardinzeco não tem candeeiros, nem sombras, apenas uns tristes bancos espalhados pelo espaço inóspito e desconfortável. Não se percebe para quem serve aquele investimento. E mais grave: quanto custou a performance para as televisões mostrarem?

O jardim fica nas traseiras de uns prédios desgraçados da década de sessenta, perto do Colombo, mas nada no percurso que os milhares de utentes fazem da zona comercial e dos transportes, o espaço alcatifado acaba frente a umas hortas (essas sim uma intervenção justa e inteligente, feita por habitantes de uma quinta perto!) sem saída. Nada daquilo faz sentido. É um absurdo e um projecto de curioso a brincar à arquitectura paisagista. Pobre Ribeiro Telles, ele que apoia Costa, se vir aquilo!

Custou um balurdio (basta calcular a área de tapete de relva ali posto!) para nada, enquanto o Jardim da Amália está ao abandono com a justificação que a pobre câmara está depenada porque os presidentes maus gastaram o dinheiro todo dos pobres lisboetas!...

Por este critério, o engenheiro Belmiro é que devia ter feito há meses uma inauguração à séria do jardim no terraço do Colombo. É um espaço habitável, confortável, com a FNAC e outras lojas estupendas a 100 metros, com estacionamento, restaurantes e mais: não foi pago com o dinheiro dos contribuentes.

Aliás, se Jorge Sampaio tivesse tido alguma abertura quando era edil para um projecto com inteligência na Quinta da Granja, agora não estávamos a pagar para mais um futuro estaleiro de lixo e de cocós para cães. Mas como iria assim o Zé fazer falta?

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Se não existisse gente dessa no mundo, era tudo uma seca. Não tínhamos em quem "bater", por isso até faz falta. Não faz é falta na CML.

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