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sexta-feira, março 23, 2007

Onde está o canudo de Sócrates?

O blogue Do Portugal profundo lançou a questão: Sócrates é mesmo engenheiro?

Depois a dúvida instalou-se na Nação: Sócrates tem canudo? Sócrates é engenheiro? Terá saído a Sócrates o Curso na Farinha Amparo?

" Quer ser engenheiro ? Simplex! faça como o engenheiro Sócrates: venha para a Independente e saia engenheiro contente!".



Na pátria dos patos bravos encartados, ser ou não ser cabouqueiro é tudo o que precisamos de saber.
Os engenheiros deixara marcas na História do país. Veja-se Guterres o engenheiro de correntes fracas, mas que em casa era incapaz de mudar um fusível !
Veja-se o "inginheiro do Norte carago" e outros ícones que têm feito deste país o clube dos amigos das secretárias e por outro lado um território construído como se fosse o somatório de muitas casas de banho com as paredes viradas para a rua.

Agora o mistério sobre a licenciatura de Sócrates na Independente no tempo em que era secretário de estado merece toda a investigação jornalística.

Quero saber se tenho mais habilitações do que o primeiro-ministro.
Quero saber se o compagnon de route de Sócrates, essa figura maior da democracia e da gestão da Caixa Geral de Depósitos, essa vara chamada Armando ( o homem que inventou as matrículas K e a data do ano de fabrico nas mesmas) e o grande idiota da tolerância zero nas estradas ( as pessoas têm memória curta é bom lembrar), o mesmo da Instituto da Prevenção Rodoviária que depois daquelas cegadas levou Sampaio a obrigar Guterres a demitir Vara, esse génio, afinal, parece que foi também encartada pela mesma Universidade!

Como querem falar de educação e de qualidade no ensino se afinal temos um Primeiro licenciado de aviário, que parece ter tanta vergonha do seu canudo que a página da Presidência do Conselho de Ministros lhe retirou o título académico desde ontem ?

Sócrates tem um curso simplex de engenheiro e pelos vistos vai querer aplicar a fórmula ao país. Imaginem uma universidade de canudos simplex: o aluno entra por um lado e sai pelo outro já formado, licenciado, apto.
Simplex
, meus caros.

Claro que ser ou não ser engenheiro não faz dele melhor ou pior Primeiro. Não ser verdadeiramente engenheiro para mim até é uma qualidade. Como arquitecto sempre detestei engenheiros em geral, gostando depois muito de alguns em particular.

Mas que tudo isto é irónico e revelador de um país não tenhamos dúvidas. Quando a credibilidade da formação académica de um primeiro-ministro anda nestes termos o que havemos de dizer dos outros que saem das faculdades ou daqueles que desistem de lá entrar ?

Depois dos jornalistas, dos médicos, dos advogados, dos políticos, da justiça, chegou a hora do descrédito das universidades. Mau, muito mau. Como sustentar uma sociedade democrático sem instituições credíveis, sem pilares ?

1 comentário:

  1. A propósito do licenciado Sousa, como diria o singular Alberto:

    Há dias, vi numa foto num jornal regional um antigo chefe de gabinete dum conhecido político que, nos últimos tempos, anda por aí cheio de “angústias”, citando o Marcelo Rebelo de Sousa, a propósito daquele, a assistir a um conhecido programa de televisão, que teve lugar recentemente num casino, também bastante conhecido.
    Passados uns dias, comentei com um conhecido comum que o tipo, que, actualmente é vereador, também numa câmara que em tempos foi cosmopolita e que actualmente não tem dinheiro para limpar a praia, já era doutor, assim chamam neste país a um simples licenciado, uma vez que por tal foi apresentado numa cerimónia pública em que estive presente.
    Estranhei, porque conhecendo bem o tipo, nunca me apercebi que andasse a estudar nos últimos tempos.

    Acontece que vim a saber pelo tal conhecido comum que o dito se tinha licenciado por uma universidade, também conhecida, da privada, que recentemente fez um protocolo com outra universidade, também privada, onde anda por aí chuva da grossa.
    Vim também a saber que o tipo vive actualmente com a secretária-geral da universidade em questão e que ambos se divorciaram dos, respectivamente, mulher e marido. Convém esclarecer isto, porque não faltará muito para que os divórcios deixem de ser necessariamente de sinal contrário.

    Li no blogue Cinco Dias, num post ali publicado em 12 deste mês, que “... um blogger é na essência um diletante e seria aborrecido defraudar o leitor.
    Não quero chegar a tanto, mas também é verdade que já vi tanta coisa na vida...!

    Já agora, há tempos, telefonei para o meu banco e pedi à funcionária para que fosse retirado do meu cartão de débito a identificação do meu nome onde constava “Dr. Fulano Tal”.
    A resposta da funcionária foi curiosa, ao observar que “o senhor é ao contrário dos outros”.

    E a verdade é que nos últimos tempos cada vez mais me convenço que ando mesmo ao contrário.
    Se calhar é uma mania minha. Ou, porventura, não sou um tipo normal.

    Estou mesmo a pensar fazer psicoterapia. Porque acho que ando a precisar de me tratar.
    Será que não sou um tipo “comum”...?

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