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quinta-feira, janeiro 27, 2011

Parquímetros para ler jornais na net?

Sobre pagar ou não pagar conteúdos na internet. A minha opinião:
O ADN da internet é a livre partilha. O sucesso do YouTube, do Google, só para citar os maiores, deve-se à sua grande utilidade, á forma amigável como servem os usuários, à gratuitidade.

A internet já é paga, e bem paga, por todos nós que temos assinaturas e muitas vezes várias assinaturas. Contratos que comtemplam televisão, telefone e internet. Só eu tenho 3 assinaturas, o que representa uma renda considerável.

Portanto: pagar para ter acesso a conteúdos na net é difícil de aceitar. O negócio da internet não está "dentro" da internet mas sim naquilo que ela gera fora. Isto é: o negócio de um jornal não está directamente no seu online mas no negócio que ele pode gerar: mais leitores na edição impressa, maior influência perante um público muito mais vasto do que o do papel. O online tem um protagonismo fundamental no agarrar dos leitores muitas vezes ao minuto e poder criar uma comunidade vasta, que por si é um valor de mercado valioso.

O que eu gasto em anúncios e tempo na internet a promover os meus cursos não está na net, está no negócio que gera no meu estúdio.

O online paga-se com a mais valia da comunidade aderente ( uma multidão influente e consumidora ) e com a publicidade gerada com as milhares ou milhões de páginas vistas. Um blogue como o Instante Fatal, o ano passado com uma média de 600 visitas diárias, conseguiu facturar mil euros de publicidade. Pouco? Claro. Mas não sei se um jornal online terá gerado o proporcional em rendimento publicitário.

O sonho de os jornais deixarem de ser impressos em papel e pagos na net a um preço semelhante, poupando-se no papel, na tipografia, na distribuição, numa redacção menos ambiciosa, em troca de uns vídeos amadores, de umas fotogalerias enfastiosas ou de umas notícias requentadas com títulos a roçarem o Correio da Manhã na sua secção de sociedade, não é viável.

Os leitores estão a abandonar a compra dos jornais não é por serem em papel. É por serem dispensáveis, porque a qualidade baixou, quando se trocou o conteúdo pela embalagem, a reportagem pelo jornalismo sentado, a investigação
pela análise dos espertos que vão à televisão.

Uma edição banal tanto o é no papel como no iPad. Com a desvantagem no iPad pois o gato não pode usar o papel numa operação de convergência doméstica.

Claro que o senhor Murdock, uma figura nada recomendável para se seguir em política de jornais e televisão, um coveiro neo-liberal do jornalismo, com muitos adeptos por cá, tentou com um pequeno sucesso esta operação de parquímetro no Wall Street Journal. Mas o New York Times acabou por voltar a abrir os conteúdos da sua edição online depois de um fracasso total. Está agora a tentar repetir a experiência, mas sem negar as maiores dúvidas.

É curioso, e preocupante, que quem aparece a defender o pagamento das edições online, são muitas vezes os que nada contribuíram para jornais online fortes, com uma linguagem multimédia, com uma escrita eficaz para a net, com uma equipa de excelência. Gostava de ver edições online de grande qualidade e não réplicas medíocres das já sofríveis edições de papel.

A qualidade de uma edição online não está no facto de ter uma edição para iPad. Aliás por 150 euros qualquer jornal da paróquia tem a sua edição na Apple Store, embora haja quem faça dessa operação banal, um feito glorioso de grande génio editorial. A qualidade de uma edição online está na qualidade e na inovação. Na escrita, nas fotografias, nos vídeos, na infografia, na agilidade da notícia, no cross-promotion das várias edições impressas, online, rádio e TV. A qualidade está na grestão de uma redacção sénior, competente, repartida por editores com autonomia que possam distribuir os conteúdos em função das plataformas diferentes e das diferentes velocidades de informar.

Enquanto a possibilidade de fazer um clique nos possibilitar de mudar de site, vai ser difícil convencer alguém a pagar. A não ser que a oferta seja na verdade irresistível e consiga subverter a grande dimensão democrática da internet: partilhar em total liberdade, sem custos.

terça-feira, janeiro 02, 2007

1milhão e quinhentos mil por mês vêem onlines

Jornais online portugueses em alta, pese embora uma descida de 4,2% relativamente ao ano passado. Só em Portugal os jornais online descem. Infelizmente as tiragens em papel também.

Em Novembro, acederam a «sites» de informação de jornais, a partir de casa, 1.478 mil portugueses, menos 4,2% que no mês anterior, mas o terceiro maior valor registado durante o ano, revela o estudo Netpanel da Marktest, divulgado esta sexta-feira.
Entre os «sites» portugueses da imprensa escrita, o do «Jornal de Notícias» (JN) foi o que mais cresceu em utilizadores únicos, quando comparado com o mês de Outubro, registando um acréscimo de 27,2%, passando para os 341 mil utilizadores.

É no entanto o «Público» que continua a liderar esta tabela, com 443 mil utilizadores únicos. Seguem-se o «Record», com 408 mil, «A Bola», com 401 mil. Acima do JN está ainda o «Diário Digital» com 360 mil utilizadores.

A média diária de utilizadores ascende a 321 mil, representando um decréscimo mensal de 2,4%. Foram visitadas perto de 90 milhões de páginas, 6% menos que no mês anterior, O tempo total de navegação ficou-se pelas 1,3 milhões de horas, uma diminuição de 11,4% face a Outubro.
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