Contra tudo, contra todos, menos contra o povo que o voltou a eleger pela 42ª vez, Alberto João Jardim torna-se com esta vitória o último dos sobreviventes da política ao longo dos últimos 30 anos.
42 vitórias seguidas é obra, e não se pode justificar esta proeza no facto do povo da Madeira ser burro, ou a outra desculpa esfarrapada de que não há democracia na ilha.
Na ilha não há sim, uma oposição competente, e o povo está bem com a obra feita, e mais: sabe que pode confiar num líder que está disposto a dar o corpo às balas, quando está em causa o interesse da Madeira.
Gastou sem declarar ? E então? A obra está lá. Exagerada, megalómana, como todas as grandes obras públicas que se fizeram neste país, começando nos quartéis dos bombeiros e palácios da justiça inaugurados por Eanes, às obras do betão de Cavaco, por aí fora. Eram tempos do crédito fácil e todos sem excepção quiseram mostrar obra numa alarvidade de novo-rico.
Jardim voltou a ganhar. Podemos detestar o estilo, fazer juízos de valor acalorados, podemos berrar e desvalorizar a obra, mas os madeirenses sabem que ali há um líder.
E isso é o que ninguém pode sentir quando olha para os políticos nacionais.
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