Dizia o Miles Davis que a nostalgia era detestável. Sem nostalgia, mas com muita saudade (lá vem o fado a fazer lobby!) este 2010 tirou-me da vida pessoas que de uma forma ou outra me marcaram, e que farão sempre parte das minhas referências. Nesse aspecto foi o pior ano da minha vida. Nunca vi partir tanta gente com quem tinha uma relação de afecto, embora de formas diferentes.
Foram pessoas que amei, com quem briguei, que critiquei muitas vezes, mas que sem elas a minha vida teria sido muito diferente, porque a minha aprendizagem não teria sido tão rica e experiente. Com umas aprendi a conduzir, a ser adulto, a gritar, a ter mau feitio, outras aprendi a arte de saber aprendendo, step by step, outras....não me quero alongar.
Alguns nomes: Maria da Luz, Pedro Beça-Múrias, Isabel Oliveira, António Feio, Carlos Pinto Coelho, Ernâni Lopes, Dennis Stock, o meu tio Adão, a minha tia Rita. Com o desaparecimento deles aprendi que não há nada como gostar da vida. Aliás, o motivo mais forte que fez com que tivesse sido fotógrafo, e de uma outra forma, arquitecto.
Bom- Ano!!!
sexta-feira, dezembro 31, 2010
quinta-feira, dezembro 30, 2010
E se Vara tivesse dado umas boas acções a Sócrates?
Se Vara tivesse convidado Sócrates a comprar umas acções especiais da CGD ( por exemplo) e tivesse ainda metido um familiar do engenheiro na operação, o primo, a mãe, o tio, e ao fim de uns meses tivesse havido o milagre da multiplicação dos lucros para 140 mil e 200 mil euros, o que seria do país?
A imprensa calava-se? O engenheiro diria que tinha declarado no IRS e estava safo? O engenheiro atiraria a arma de arremesso de que estava a ser insultado, caluniado? O engenheiro mandaria ver na internet o que tinha ganho, no traste do Magalhães?
Não gostando eu de Sócrates, uma coisa tenho de reconhecer: até agora ele nunca ganhou um balúrdio de massa que tenha sido declarada ou apanhada em falta. Bocas muitas. Provas: zero.
Ora, a bronca da SLN, a mãe do BPN, aquela sociedade dos cavaquistas Oliveira e Costa e Dias Loureiro e companhia limitada, tem tudo a ver com a forma como se emigrou da política para os negócios.
E Cavaco, para quem se tem de nascer duas vezes para se ser mais sério do que ele (e dou isso de barato), é o responsável político pela geração que mais esquemas, tráfico de influências e corrupção trouxe ao país. Não é ele. É o monstro que o cavaquismo criou.
Cavaco é o pai tirano que vê os filhos crescerem, tornarem-se malandros, ladrões e bandidos, embora os tivesse batipzado, mandado à catequese e dado o crisma!
Claro que a sua honestidade é à prova de bala e resiste a dois nascimentos, mas nem tudo o que é legal é ético, e nem tudo o que é ético num cidadão comum o é num político. Muito menos político profissional, como bem o mostrou no debate com Alegre.
E se Cavaco gosta de citar as donas de casa e a sua competência doméstica, eu cito outro político que gostava de ver na doméstica Maria de S. Bento o padrão de todas as virtudes. E dizia ele: em política o que parece é.
A imprensa calava-se? O engenheiro diria que tinha declarado no IRS e estava safo? O engenheiro atiraria a arma de arremesso de que estava a ser insultado, caluniado? O engenheiro mandaria ver na internet o que tinha ganho, no traste do Magalhães?
Não gostando eu de Sócrates, uma coisa tenho de reconhecer: até agora ele nunca ganhou um balúrdio de massa que tenha sido declarada ou apanhada em falta. Bocas muitas. Provas: zero.
Ora, a bronca da SLN, a mãe do BPN, aquela sociedade dos cavaquistas Oliveira e Costa e Dias Loureiro e companhia limitada, tem tudo a ver com a forma como se emigrou da política para os negócios.
E Cavaco, para quem se tem de nascer duas vezes para se ser mais sério do que ele (e dou isso de barato), é o responsável político pela geração que mais esquemas, tráfico de influências e corrupção trouxe ao país. Não é ele. É o monstro que o cavaquismo criou.
Cavaco é o pai tirano que vê os filhos crescerem, tornarem-se malandros, ladrões e bandidos, embora os tivesse batipzado, mandado à catequese e dado o crisma!
Claro que a sua honestidade é à prova de bala e resiste a dois nascimentos, mas nem tudo o que é legal é ético, e nem tudo o que é ético num cidadão comum o é num político. Muito menos político profissional, como bem o mostrou no debate com Alegre.
E se Cavaco gosta de citar as donas de casa e a sua competência doméstica, eu cito outro político que gostava de ver na doméstica Maria de S. Bento o padrão de todas as virtudes. E dizia ele: em política o que parece é.
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sábado, dezembro 18, 2010
O PREC dos patrões e da Dona Merkl !
A forma ardilosa e matreira como se vão destruíndo os direitos do Estado Social, conquistados a ferros durante os últimos cinquenta anos, é um escândalo. E uma vergonha sem fim.
A manha instalou-se no governo, nos sindicatos e no patronato. Veja-se a recente ideia de mexer nas indemnizações pagas a quem é despedido.
Primeiro não se disse que eram só para os futuros contratos. Parecia que era para todos. Quando a coisa já estava aceite, sem grande contestação e com João Proença já com as calças em baixo, como sempre, veio dizer-se que os que agora estão sob contrato, não veriam ajustados o valor das indemnizações.
Mas dois dias depois, como a medida não foi contestada, já deu para ir mais longe. Afinal, os que já têm contrato também serão penalizados.
Claro! Não serão reduzidas as indemnizações...apenas a forma de cálculo. O cinismo não pode ser maior. E a falta de carácter político de Proença, a verdadeira cremalheira do Partido dito Socialista, não pode ser mais amarelo e traidor. O senhor dos Passos não faria melhor!
Estamos perante uma situação que até agora nunca tinha sido muito contestada pelo patronato. Por razões práticas.
Isto é: as actuais indemnizações permitem a qualquer patrão despedir individualmente sem justa causa, sendo que, a causa evocada para passar a ser justa basta que utilize um dos vários items que o novo código do trabalho introduziu, também com a total anuência dos sindicatos.
Para o despedideiro é bom negócio despedir: poupa na segurança social, poupa na troca do despedido por um aprendiz a soldo baixo, e até pode deduzir no IRC a "despesa" que teve ao ver-se livre de um empata. Portanto: pagar mais uns tostões até pode compensar.
Não compensaria, se tivesse de indemnizar também a segurança social pela perda de entrada de contribuição e não tivesse de deduzir um despedimento como uma despesa. E não compensaria, se uma empresa com lucro, tivesse de ser penalizada com despedimentos, para aumentar os lucros e a distribuição de lucros pelos sócios e acçionistas.
O que é notável, e mostra bem os tempos de falta de contestação e de amorfismo em que vivemos, é o facto de as medidas penalizadoras serem feitas à semana. Ora, isto cria uma instabilidade sem preço na sociedade e faz com que o Estado seja cada vez mais um gangster pronto a assaltar o cidadão na sua carteira e nos seus direitos.
Assistimos à falta de política em favor da engenharia financeira. Exactamente o que levou o Mundo ao estado em que está. Meia dúzia de medidas da treta, que não fazem avançar a economia, mas fazem encher o ego de um patronato troglodita, montado em carros topo de gama e em contas blindadas no estrangeiro, são suficientes para a Dona Merkl achar que o país vai no bom caminho.
Portanto: para a semana quem tem agora contrato de trabalho vai passar a receber menos em caso de despedimento e daqui a 15 dias não recebe nada.
É o PREC dos patrões.
A manha instalou-se no governo, nos sindicatos e no patronato. Veja-se a recente ideia de mexer nas indemnizações pagas a quem é despedido.
Primeiro não se disse que eram só para os futuros contratos. Parecia que era para todos. Quando a coisa já estava aceite, sem grande contestação e com João Proença já com as calças em baixo, como sempre, veio dizer-se que os que agora estão sob contrato, não veriam ajustados o valor das indemnizações.
Mas dois dias depois, como a medida não foi contestada, já deu para ir mais longe. Afinal, os que já têm contrato também serão penalizados.
Claro! Não serão reduzidas as indemnizações...apenas a forma de cálculo. O cinismo não pode ser maior. E a falta de carácter político de Proença, a verdadeira cremalheira do Partido dito Socialista, não pode ser mais amarelo e traidor. O senhor dos Passos não faria melhor!
Estamos perante uma situação que até agora nunca tinha sido muito contestada pelo patronato. Por razões práticas.
Isto é: as actuais indemnizações permitem a qualquer patrão despedir individualmente sem justa causa, sendo que, a causa evocada para passar a ser justa basta que utilize um dos vários items que o novo código do trabalho introduziu, também com a total anuência dos sindicatos.
Para o despedideiro é bom negócio despedir: poupa na segurança social, poupa na troca do despedido por um aprendiz a soldo baixo, e até pode deduzir no IRC a "despesa" que teve ao ver-se livre de um empata. Portanto: pagar mais uns tostões até pode compensar.
Não compensaria, se tivesse de indemnizar também a segurança social pela perda de entrada de contribuição e não tivesse de deduzir um despedimento como uma despesa. E não compensaria, se uma empresa com lucro, tivesse de ser penalizada com despedimentos, para aumentar os lucros e a distribuição de lucros pelos sócios e acçionistas.
O que é notável, e mostra bem os tempos de falta de contestação e de amorfismo em que vivemos, é o facto de as medidas penalizadoras serem feitas à semana. Ora, isto cria uma instabilidade sem preço na sociedade e faz com que o Estado seja cada vez mais um gangster pronto a assaltar o cidadão na sua carteira e nos seus direitos.
Assistimos à falta de política em favor da engenharia financeira. Exactamente o que levou o Mundo ao estado em que está. Meia dúzia de medidas da treta, que não fazem avançar a economia, mas fazem encher o ego de um patronato troglodita, montado em carros topo de gama e em contas blindadas no estrangeiro, são suficientes para a Dona Merkl achar que o país vai no bom caminho.
Portanto: para a semana quem tem agora contrato de trabalho vai passar a receber menos em caso de despedimento e daqui a 15 dias não recebe nada.
É o PREC dos patrões.
terça-feira, dezembro 14, 2010
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Segredos de Porco Preto
O Mundo já estava perigoso, agora está cómico. As recentes revelações do wikileaks não nos surpreendem. Apenas confirmam aquilo que já sabíamos, mas não tínhamos a certeza de poder afirmar. Nada do que tem sido revelado se pode considerar grande segredo de Estado. Eu diria que são mais segredos do estado a que o Mundo chegou. O pior é ao que vai chegar. Por aqui a coisa ficava em modos de assim.
As opiniões dos americanos sobre Sócrates e Cavaco são hilariantes. E a confirmação de que Cavaco é vingativo e que acha o Chavez um louco, é um grande momento para a História. Aquela de não ter sido recebido pelo Jorginho Bush na Casa Branca, e que já quase todos nos tínhamos esquecido, é muito boa.
Afinal não foi só na Polónia, e em Angola, que Cavaco foi ignorado em viagem de Estado. A grande desfeita foi em Whashington, ainda por cima vinda do filho do velho Bush que recebera Cavaco-Primeiro com honrarias especiais.
Claro que Cavaco responderá (se algum porta-microfones se atrever no final de uma cerimónia corta-fitas) que as revelações "nem merecem resposta", da mesma forma que respondeu ao candidato do PCP a PR, quando este acusou o homem do leme de ter sido aquele que lançou a primeira pedra para o cemitério em que Portugal se encontra emparedado ( livre interpretação aqui do blogueiro).
Um Mundo cómico. No ano passado o ministério da Justiça gastou uma enormidade em computadores e uma impressora por cada caixote windows adquirido, na tradição do computador- máquina de escrever, mas hoje a procuradora Maria José Morgado, que no passado distante citava Mao Tsé-Tung, no passado recente apontava os fumos de corrupção, mas hoje ( baixando o nível) falava na importância do nível do toner na prevenção da criminalidade e na defesa dos direitos dos cidadãos. Amanhã ainda reclamará por lenha para queimar os processos eternamente adiados e prescritos pela inércia da Justiça. Embora, faça-se desta vez justiça, são pessoas como Maria José Morgado que mantêm a chama viva da luta contra a corrupção.
Desencantados podemos estar todos, mas de barriga cheia de risota. Um tempo bera mas onde a verdade ainda vem ao de cima. Essa é a força da internet, o carril por excelência da democracia.
Agora, aquela de Cavaco ter entregue na PIDE uma espécie de atestado de bom comportamento é que eu não sabia. Essa não!!!
As opiniões dos americanos sobre Sócrates e Cavaco são hilariantes. E a confirmação de que Cavaco é vingativo e que acha o Chavez um louco, é um grande momento para a História. Aquela de não ter sido recebido pelo Jorginho Bush na Casa Branca, e que já quase todos nos tínhamos esquecido, é muito boa.
Afinal não foi só na Polónia, e em Angola, que Cavaco foi ignorado em viagem de Estado. A grande desfeita foi em Whashington, ainda por cima vinda do filho do velho Bush que recebera Cavaco-Primeiro com honrarias especiais.
Claro que Cavaco responderá (se algum porta-microfones se atrever no final de uma cerimónia corta-fitas) que as revelações "nem merecem resposta", da mesma forma que respondeu ao candidato do PCP a PR, quando este acusou o homem do leme de ter sido aquele que lançou a primeira pedra para o cemitério em que Portugal se encontra emparedado ( livre interpretação aqui do blogueiro).
Um Mundo cómico. No ano passado o ministério da Justiça gastou uma enormidade em computadores e uma impressora por cada caixote windows adquirido, na tradição do computador- máquina de escrever, mas hoje a procuradora Maria José Morgado, que no passado distante citava Mao Tsé-Tung, no passado recente apontava os fumos de corrupção, mas hoje ( baixando o nível) falava na importância do nível do toner na prevenção da criminalidade e na defesa dos direitos dos cidadãos. Amanhã ainda reclamará por lenha para queimar os processos eternamente adiados e prescritos pela inércia da Justiça. Embora, faça-se desta vez justiça, são pessoas como Maria José Morgado que mantêm a chama viva da luta contra a corrupção.
Desencantados podemos estar todos, mas de barriga cheia de risota. Um tempo bera mas onde a verdade ainda vem ao de cima. Essa é a força da internet, o carril por excelência da democracia.
Agora, aquela de Cavaco ter entregue na PIDE uma espécie de atestado de bom comportamento é que eu não sabia. Essa não!!!
sábado, dezembro 11, 2010
Aguenta e não chora! Portuga anseia pelo FMI!
Sabemos, ouvimos e lemos, há muito que não ignoramos: os portugueses adoram protectores. Nos sapatos, mas não só: de preferência na vida. Tomaram o gosto com o Salazar e o seu chapéu de chuva que fez de cada português um pastorinho abrigado das intempéries do Mundo. Da guerra, do comunismo, do consumismo e dos pecados. Em troca de um pão e um copo de vinho, com um terço por sobremesa e um bagaço como digestivo, o português tornou-se numa ovelha obediente num rebanho bem guardado.
Por tudo isto e muito mais não admira que agora, à falta de um governo responsável, com "huevos" e com sentido social, o português anseie pela vinda do FMI. A Nossa Senhora já deu o que tinha a dar e parece que também entrou em crise devido à míngua das esmolas, e até o professor de economia posto pelo voto popular na cadeira de Belém já não consegue fazer de Menino Jesus, nem de qualquer outra figura prestável do presépio nacional.
O português típico que respondeu à sondagem deste fim-de-semana do Expresso, SIC e Rádio Renascença, sonha agora com uma santa aliança FMI-PSD, uma joint venture entre Borges e Coelho, a santa aliança mais que perfeita para levarem a cabo o desmantelamento final do Estado Social. A última bandeira ( e única) que fazia até agora a diferença entre a esquerda social-democrata (PS) e o liberalismo troglodita da direita (PSD).
Portanto: os portugueses depois de terem sido chibatados pelo governo de Sócrates, estão agora já a baixar as calças à espera das vergastadas dos carrascos do Fundo. Há qualquer coisa de sórdido e de masoquista no comportamento do português, mas esta tendência doentia para o sofrimento começa a ser mais preocupante do que a subida dos juros da dívida. A não ser que haja aqui neste síndroma da dor algo de místico e de redentor. Soubemos esta semana que João Paulo II se auto-flagelava na intimidade e também já sabíamos que um banqueiro caído em desgraça desafiava a auto-tortura em nome do Senhor, na mesma altura em que gizava grandes engenharias financeiras.
Se o Zé Coitado acha que é a levar nas nálgas que vai enriquecer...o melhor é por-se a jeito e ouvir outro grande mestre da chicotada que no melhor das suas curtas-metragens, gritava: "Aguenta e não chora!".
Por tudo isto e muito mais não admira que agora, à falta de um governo responsável, com "huevos" e com sentido social, o português anseie pela vinda do FMI. A Nossa Senhora já deu o que tinha a dar e parece que também entrou em crise devido à míngua das esmolas, e até o professor de economia posto pelo voto popular na cadeira de Belém já não consegue fazer de Menino Jesus, nem de qualquer outra figura prestável do presépio nacional.
O português típico que respondeu à sondagem deste fim-de-semana do Expresso, SIC e Rádio Renascença, sonha agora com uma santa aliança FMI-PSD, uma joint venture entre Borges e Coelho, a santa aliança mais que perfeita para levarem a cabo o desmantelamento final do Estado Social. A última bandeira ( e única) que fazia até agora a diferença entre a esquerda social-democrata (PS) e o liberalismo troglodita da direita (PSD).
Portanto: os portugueses depois de terem sido chibatados pelo governo de Sócrates, estão agora já a baixar as calças à espera das vergastadas dos carrascos do Fundo. Há qualquer coisa de sórdido e de masoquista no comportamento do português, mas esta tendência doentia para o sofrimento começa a ser mais preocupante do que a subida dos juros da dívida. A não ser que haja aqui neste síndroma da dor algo de místico e de redentor. Soubemos esta semana que João Paulo II se auto-flagelava na intimidade e também já sabíamos que um banqueiro caído em desgraça desafiava a auto-tortura em nome do Senhor, na mesma altura em que gizava grandes engenharias financeiras.
Se o Zé Coitado acha que é a levar nas nálgas que vai enriquecer...o melhor é por-se a jeito e ouvir outro grande mestre da chicotada que no melhor das suas curtas-metragens, gritava: "Aguenta e não chora!".
segunda-feira, dezembro 06, 2010
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sábado, dezembro 04, 2010
Cavaco adivinhou tudo há 7 anos! Não fosse ele um economista!
Parece que há 7 anos Cavaco Silva já tinha previsto os negros dias de hoje. Não se trata de quiromânçia política nem de nenhum dom extraordinário que o ainda Presidente da República tenha acabado de descobrir. No fundo Cavaco é um professor de economia, e os economistas têm todos as receitas para salvarem o país... só que nunca conseguiram salvar o País! E até o ajudaram a afundar quando exerceram o Poder.
Lembremos algumas medidas do então primeiro-ministro Cavaco Silva:
Foi o primeiro a criar as nefastas parecerias público-privadas. E fê-lo dando à Lusoponte a gestão da Ponte Vasco da Gama e como brinde a Ponte 25 de Abril. O buzinão que ia fazendo de Cavaco Silva o Acabado Silva foi precisamente gerado pela onda popular contra a medida da Lusoponte de querer portajar a 25 de Abril pelo mesmo preço da Vasco da Gama.
Cavaco que introduziu na Função Pública o conceito de promoção automática na carreira, e que deu aos professores benesses nunca antes tidas e fez de cada burocrata um funcionário a progredir, mesmo que fosse uma perfeita nulidade.
Foi Cavaco que fomentou a paranóia de qualquer teso comprar casa própria, tendo feito de cada português um proprietário, refém toda a vida dos juros oscilantes dos bancos, com um garrote no pescoço sempre pronto a apertar.
Cavaco acabou com as pescas, a agricultura, e ajudou a liquidar as pequenas e médias empresas.
Cavaco lançou na sociedade a ideia de que quem tinha mais de 45 anos era velho para trabalhar e começou a permitir reformas aos 50 anos sem penalização. Assim permitiu que as grandes empresas, nomeadamente a banca, se tivessem visto livre dos trastes e daqueles que tinham experiência, competência e ética. Um país de reformados.
Mas se Portugal se transformou nos anos do cavaquismo num grande jardim de reformados a jogarem à sueca, foi também o berço dessa geração de gente como Dias Loureiro, Oliveira e Costa, só para citar os protagonistas de um dos maiores escândalos da banca.
Cavaco foi Ministro das Finanças, Primeiro-Ministro e Presidente da República durante quase 20 anos. Parece que desceu agora à Terra e que esteve sempre no Céu abençoando um país tresmalhado.
Depois destes anos todos no Poder regressa com a mensagem que todos o conhecem e que todos podem confiar nele. A estratégia eleitoral é boa e a equipa de Cavaco é de uma eficácia e profissionalismo totais. É aliás tão boa que não se sente, nem se vê.
Insistir no papel de salvador da Pátria, quando já nada há para salvar parece, no mínimo, um atestado de indigência aos portuguesinhos. Embora eu ache que eles merecem. Aí concordo com Cavaco.
Lembremos algumas medidas do então primeiro-ministro Cavaco Silva:
Foi o primeiro a criar as nefastas parecerias público-privadas. E fê-lo dando à Lusoponte a gestão da Ponte Vasco da Gama e como brinde a Ponte 25 de Abril. O buzinão que ia fazendo de Cavaco Silva o Acabado Silva foi precisamente gerado pela onda popular contra a medida da Lusoponte de querer portajar a 25 de Abril pelo mesmo preço da Vasco da Gama.
Cavaco que introduziu na Função Pública o conceito de promoção automática na carreira, e que deu aos professores benesses nunca antes tidas e fez de cada burocrata um funcionário a progredir, mesmo que fosse uma perfeita nulidade.
Foi Cavaco que fomentou a paranóia de qualquer teso comprar casa própria, tendo feito de cada português um proprietário, refém toda a vida dos juros oscilantes dos bancos, com um garrote no pescoço sempre pronto a apertar.
Cavaco acabou com as pescas, a agricultura, e ajudou a liquidar as pequenas e médias empresas.
Cavaco lançou na sociedade a ideia de que quem tinha mais de 45 anos era velho para trabalhar e começou a permitir reformas aos 50 anos sem penalização. Assim permitiu que as grandes empresas, nomeadamente a banca, se tivessem visto livre dos trastes e daqueles que tinham experiência, competência e ética. Um país de reformados.
Mas se Portugal se transformou nos anos do cavaquismo num grande jardim de reformados a jogarem à sueca, foi também o berço dessa geração de gente como Dias Loureiro, Oliveira e Costa, só para citar os protagonistas de um dos maiores escândalos da banca.
Cavaco foi Ministro das Finanças, Primeiro-Ministro e Presidente da República durante quase 20 anos. Parece que desceu agora à Terra e que esteve sempre no Céu abençoando um país tresmalhado.
Depois destes anos todos no Poder regressa com a mensagem que todos o conhecem e que todos podem confiar nele. A estratégia eleitoral é boa e a equipa de Cavaco é de uma eficácia e profissionalismo totais. É aliás tão boa que não se sente, nem se vê.
Insistir no papel de salvador da Pátria, quando já nada há para salvar parece, no mínimo, um atestado de indigência aos portuguesinhos. Embora eu ache que eles merecem. Aí concordo com Cavaco.
quinta-feira, dezembro 02, 2010
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