O doutor Van Zeller está contente com Vieira da Silva e Teixeira dos Santos no governo. Um amigo meu todo PPD, da ala cavaquista (mas desiludido com ele!), está confiante no governo Sócrates (R) de recauchutado.
Mas o doutor Van Zeller está possesso por uma sindicalista, mesmo da ala amarela, ir mandar
(ou ser mandada) no Ministério do Trabalho. O cabecilha dos patrões até evoca o vermelho nome em vão dos comunistas do PREC. Não o faz por menos e perfila-se agora,não como o defensor do aeroporto na Margem Sul ( porquê?), mas como o ponta de lança do cavaquismo de Belém.
A pose de Van Zeller está cada vez mais óbvia no retrato, e não há fotógrafo que lhe consiga tirar outra pose menos cara de pau (nem eu!!).
Portanto: a direita está contente com a equipa de Sócrates. No essencial o patronato manobrador, aquele que vive de empreitadas públicas e subsídios agrícolas, está em boas mãos. E nem Ferreira Leite, nem aquele rapaz que marca passos para ser chefinho dos laranjas desavindos, conseguiriam um team tão jeitoso para satisfazer o patronato. Esse mesmo que gera despedimentos em vez de trabalho, que promove os baixos salários e a desqualificação, esse mesmo patronato cuja maioria (85 por cento) mal tem a quarta classe, mal sabe gerir, nem inovar, mas que está sempre com a ponta afiada para a lamuria, o desânimo, tudo em nome da crise. E o Doutor Van Zeller é o rosto dessa classe medíocre que não soube adaptar-se aos novos tempos, aos desafios da globalização, à inovação do comércio digital.
Por isso ficam tão irritados porque uma sindicalista vai para a Praça de Londres, olhar pela luta de classes do alto do 20º andar do arranha -céus do antigo Ministério das Corporações de Marcelo Caetano.
Só falta ao patronato erguer uma estátua a Vieira da Silva, o autor do nefasto código do trabalho e o mentor da reforma da Segurança Social, essa que mudou as regras no fim da vida contributiva fazendo do Estado uma entidade desonesta, sem ética, nem moral. Tudo aquilo que o patronato do século passado gosta.
Viera da Silva, que tirou a quem desconta, pode agora dar a quem conta: ainda há uns milhões do QREN para distribuir pelos famintos. A venda de Ferraris vai melhorar.
já se despede em Portugal ...por SMS.
ResponderEliminarna Quimonda...
Que verbo é este, o "adolar"?
ResponderEliminar....esta é a verdade nua e crua !!!
ResponderEliminar:-(
III Congresso Nacional de Economistas
A revolta de Fernando Nobre: "Temos 40% de pobres"
O presidente da AMI, Fernando Nobre, criticou hoje a posição das associações patronais que se têm manifestado contra aumentos no salário mínimo nacional. Na sua intervenção no III Congresso Nacional de Economistas, Nobre considerou "completamente intolerável" que exista quem viva "com pensões de 300 ou menos euros por mês", e questionou toda a plateia se "acham que algum de nós viveria com 450 euros por mês?"
Numa intervenção que arrancou aplausos aos vários economistas presentes, Fernando Nobre disse que não podia tolerar "que exista quem viva com 450 euros por mês", apontando que se sente envergonhado com "as nossas reformas".
"Os números dizem 18% de pobres... Não me venham com isso. Não entram nestes números quem recebe os subsídios de inserção, complementos de reforça e todos outros. Garanto que em Portugal temos uma pobreza estruturada acima dos 40%, é outra coisa que me envergonha..." disse ainda.
"Quando oiço o patronato a dizer que o salário minimo não pode subir.... algum de nós viveria com 450 euros por mês? Há que redistribuir, diminuir as diferenças. Há 100 jovens licenciados a sair do país por mês, enfrentamos uma nova onda emigratória que é tabu falar. Muitos jovens perderam a esperança e estão à procura de novos horizontes... e com razão", salientou Fernando Nobre.
O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto". Para Fernando Nobre "não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma".
No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: "Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais".
Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que "acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros quanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros... Não é um Estado viável! Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis".
http://www.ionline.pt/conteudo/29380-a-revolta-fernando-nobre-temos-40-pobres
Mais uma vez, muito bem postado!Na mouche, ainda que "adolar"...enfim.Perdoa-se,no fim é tudo escrito com o coração. L.R.
ResponderEliminarAdulado, claro. Gracias.
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