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domingo, outubro 25, 2009

A Gripe A, Caim, e os vacinados compulsivos

Os portugueses adoram crises. E os telejornais adoram a Gripe A. Em zapping todas as televisões são iguais: na gripe, na estrutura das peças, na voz dos jornalistas em off e em termos do estilo:"crise à parte...". Este jornalismo generalista intoxica os mesmos que se rebolam a rir quando um idiota cai à água depois de ter marrado contra uma placa de esferovite.

O país está suspenso pelo desenrolar destes enredos previsíveis, e demasiado parvos, para serem verdade. Hoje eram os eleitos, os indispensáveis à Nação, que vinham ocupar tempo de antena com declarações tão ridículas como aquela do deputado de serviço José Lello, esse marreteiro de piquete no PS para desancar na oposição interna e externa. Essa figura grada do regime, a quem todos nós devemos grandes préstimos à democracia, veio dizer que se ia vacinar porque sem ele os portugueses corriam o risco de ficarem órfãos de representantes no circo (sem animais ferozes!) parlamentar.

Lello esqueceu-se de ler o rótulo da vacina, pois em letras miúdas deve trazer lá explicado que a estirpe não pega em certo tipo de criaturas. Nem o vírus da gripe se arrisca a tanto. E se tal explicação não vem lá devia vir, porque me apetece, e detesto aquele estilo.

Há uns tipos que se acham os maiores. Esta arrogância não desponta só entre os actores canastrões da politiquice nortenha. A altivez vem já como imagem de marca de personagens como José Saramago, um comunista com um curriculum lamentável no que toca à defesa dos direitos dos trabalhadores, quando em 75 saneou do DN um grupo de jornalistas competentes e honestos que não passavam de uns reacçionários a abater para o director-camarada de então.

E se em 75 Saramago lançou para a rua jornalistas tirando-lhes o pão e o direito ao exercício da profissão, hoje não tem problema em insultar muitos milhões de cristãos, desrespeitando crenças, fé, tentando humilhar toda uma cultura (por sinal aquela que lhe deu aquele Nobel e que lhe compra os livros de que ele vive).

As televisões bem podem especular sobre as virtudes da vacinação da Gripe A e o avanço tecnológico que é o Magalhães 2. Bem podem. E já agora podiam interrogar o senhor Saramago para se saber se ele aceitará ser vacinado contra a gripe ou prefere esperar sentado que o senhor António Costa lhe estenda a passadeira vermelha para a sua catedral da Casa dos Bicos. Paga por ateus e muitos cristãos.

2 comentários:

  1. em nome de Deus ... ontem morreram muitos cidadãos.


    No Iraque !

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  2. Quanto ao Lellito, concordo com o acima escrito .Podia tambem por lá o Rangel ,o Pacheco
    o GURO DO NORTE:C. Magno,etc e tal...Quanto ao
    Saramago,li o livro e acho como dizia o padre é uma sátira.Quanto ás afirmações, responsabiliza
    quem as faz, e eu, em parte, só em parte,aceito algumas das ditas..L.R.

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