terça-feira, julho 28, 2009
Edite Soeiro
Morreu a querida Edite Soeiro. Não a conheci muito mas o pouco que convivi com ela marcou-me profundamente.
Quando em 1987 comecei a colaborar na revista de O Jornal com uma secção semanal de 4 páginas da minha responsabilidade, a convite do Cáceres Monteiro, senti uma certa hostilidade por parte de alguns colegas da redacção. Viam talvez em mim um colaborador que aparecia e desaparecia e que acabava por ter um espaço demasiado significativo.
Claro que a maior resistência veio do Joaquim Lobo que era o chefe da fotografia...
A Edite Soeiro recebeu-me desde o primeiro dia com uma disponibilidade total. Ajudou-me logo. Ouvia o que eu tinha para propor de fotos e pequenos textos e as coisas saiam sempre, fechadas por ela, em perfeita sintonia. Raro nos jornais.
Mais tarde, de há 4 anos para cá, passei a cruzar-me com ela no edifício da Impresa, onde trabalhava na Visão. Falávamos sempre com um beijinho e um afecto muito grande.
Resistiu a não deixar nunca de trabalhar e embora para o fim não fosse todos os dias à redacção, essa sua participação permitia que se sentisse útil e jornalista- o que ela gostava e sabia ser na vida, que durou até hoje, aos 75 anos de idade.
Uma grande lição humana e uma grande referência no jornalismo português.
Um grande beijinho querida Edite !!!
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