Ao fundo, por detrás de outros carros da faixa esquerda, há uma sirene que reconheço logo ser de um carro-patrulha da BT. Dou uma sapatada no travão, passo para os 120 e encosto à direita. O carro da polícia desliga a sirene logo que se aproxima, e vem atrás de mim durante dois ou três quilómetros. "Filou-me, vou ser mandado encostar"- comento para a minha mulher. A um quilómetro da área de serviço a carrinha Astra da polícia fica ao meu lado e manda-me saír da auto-estrada, com a voz do polícia a sair de um altifalante. No parque da área de serviço, já lá estão outros carros apanhados em excesso de velocidade.
O polícia vem ao meu encontro, educadamente:" Boa-tarde senhor condutor, os seus documentos, tenho a informá-lo que foi apanhado a 173 quilómetros por hora, com o desconto fica em 162 (cito de cor) o que perfaz uma multa de 124 euros. Deseja pagar já?"- pago já. Entretanto vários polícias começam a rondar a carrinha Opel Insígnia Sport que conduzo e a perguntarem-me se gosto do carro. Estão encantados por verem pela primeira vez o novo modelo da Opel. Parece que viram um fenómeno.A minha mulher ouviu alguns comentarem, enquanto eu pagava no guichet instalado na Volkswagen Sharon, que eu vinha a 173 e que a carrinha era uma beleza de bomba! Por eles eu nem pagava multa nenhuma. Foram simpáticos e o "caixa" despediu-se assim:" boa Páscoa senhor jornalista e quando escrever sobre nós não diga muito mal!". Estive para lhe responder:"à vontade eu até sou lido e comentado pelo vosso colega JJ!".
A cena passou-se na A23 pouco antes de Castelo Branco, no primeiro dia da Operação Páscoa. Havia uma operação montada como se se tratasse de uma batalha militar, com estratégia de reconhecimento e capacidade de neutralizar, para depois sacar a multa a condutores incautos. Na verdade, foi a primeira vez que fui multado por excesso de velocidade. Ando cerca de 40 mil quilómetros por ano, muitos deles em estrada, e raramente ando dentro dos exíguos limites de velocidade, embora seja muito prudente a conduzir, mas não seja parvo: andar a 17o num carro super-seguro, com tempo seco, visibilidade, mantendo distâncias de segurança e fazendo uma condução defensiva, não é nenhuma anormalidade. A 140 (a velocidade da tolerância) dá para dormir e fazer-se uma condução distraída.
O que me intriga ainda é a forma como fui apanhado: não havia carros na berma, não fui apanhado por um carro descaracterizado e a patrulha que veio atrás de mim, não sei de onde saiu pois não a ultrapassei nunca. Portanto: a polícia pode não apanhar ladrões, pode não fazer patrulhamento em andamento, mas sabe esconder-se e fazer umas corridas para sacar uns euros para o orçamento.
É evidente que temos de aceitar limites de velocidade, mas era muito mais sério a polícia avisar que estava com radares na estrada e dar um exemplo de seriedade e não de caçadores furtivos.
Concluindo, que o meu amigo Luís precisa de "ver" os carros da polícia para ter "juízo" , porque, se soubesse «de onde saiu» a bófia, então, ia dentro dos limites, devendo entender como "limites" até 150, que é a velocidade a partir da qual a BT normalmente chateia. Se bem que se fosse eu a ter o prazer de o encontrar era logo nos 120,0001. Tinóni, tinóni ::))
ResponderEliminarAbraço e multas "simpáticas"
JJ
Os dois últimos parágrafos do post dizem tudo, caro Luiz.
ResponderEliminarNão sendo novidade, porque essa é a prática desde há uns anos a esta parte, é a treta de verdade que se vê nas nossas estradas.
Um abraço
Não percebo a lógica destes "johnnyzitos"!
ResponderEliminarMas alguém tem dúvidas de que se a polícia «avisar» que basta esta ficar fora de vista para carregarem logo no pedal.
Mas vocês são "tótós" ou querem fazer os outros!?
Basta ver na auto-estrada, quando o trânsito vai a cumprir a velocidade, é porque a BT anda por perto e logo que esta fique fora de vista toca a assapar de novo.
Tenham juízo e não sejam "ceguinhos", aqui como o nosso amigo Luís foi desta vez (hi, hi, hi...), porque só é apanhado pela BT na auto-estrada, mesmo em excesso de velocidade, quem vai a apreciar «uma beleza de bomba... que é o novo modelo da Opel» ou, então, quando se leva a mão no sítio errado... ou certo, depende.
Essa conversa da polícia fazer de «caçadores furtivos» não passa de conversa da treta.
As regras são para cumprir por atitude de cidadania e não porque a polícia se mostra ou deixa de mostrar.
Tomem "juízo" e cumpram as regras, sendo certo que a BT, por norma, não autua abaixo dos 150, o que me parece razoável... e sensato.
Eu, apesar da profissão que tenho, já fui autuado por excesso de velocidade, nunca usando de quaisquer favores ou truques corporativos para me safar, e não tenho que me queixar, querendo dizer com isto que não tenho uma ideia fundamentalista do excesso de velocidade, nem de nada, aliás. Pois, quando posso e vejo que sobretudo não comprometo a segurança de terceiros, tanto assapo.
Agora achar que se a polícia não se mostra que anda a fazer emboscadas, é uma mentalidade absurda.
Paguem e não bufem, se querem fazer vrrruuuummmmm.
JJ
segundo as minhas fontes, os pequenos radares são colocados na berma junto aos rails enquanto o carro fica escondido numa das varias vias de inversão de marcha que a gnr possui nas auto estradas.
ResponderEliminarEste post foi para dizer mal da policia, o que não deixa de ser verdade, é certo, ou para dizer que tem um carro novo? E logo uma "bomba". Em tempos de crise, não deixa de ser "hilariante" ler o seu blog. Para quem diz mal de tudo e todos, aparentemente a vida não lhe corre mal e todas as preocupações "sociais" que tanto apregoa, são da boca pra fora. Ainda bem que a crise não toca a todos. Já a agora, o maquinão é bom ou não?? Lá bonito é. Também estou a precisar de carro novo....
ResponderEliminarA lei é para ser cumprida e só quem a cumpre tem o direito de a contestar. Acho que o valor da multa é que é vergonhoso. Devia ser de 10 vezes o valor do selo do carro multiplicado pelo numero de kms/hora acima do maximo permitido!
ResponderEliminarLa mejor policía estradal es la Guardia Civil de Tráfico Española
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