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quinta-feira, abril 02, 2009

Os anjos da guarda de Sócrates

"Calúnia, intriga, inveja e mal-dizer", foram hoje palavras usadas por Mário Soares e Alberto Martins em defesa de José Sócrates. Ontem, foi Jorge Coelho a tirar o capacete das obras e a vestir o seu ex-fato de político para dizer que o Caso Freeport estava a pôr em causa o Estado de Direito. E até João Cravinho, um anti-Sócrates assumido e que se tem notabilizado como um arauto da anti-corrupção veio a público defender o seu rival. Portanto, Sócrates não está nada só neste imbróglio que parece não ter fim.Pelo contrário: o ex-bombeiro de serviço do PS voltou a ligar a sirene e Soares até foi buscar a imprensa como mãe de todos os males de Sócrates.
Não se percebe porque precisa um homem inocente de tantos anjos da guarda à sua volta e logo todos no dia 1 de Abril.

3 comentários:

  1. Os cães de guarda do PS, os boys e os homens-tacho não podem deixar o seu ganha-pão cair. Contra as forças negras e ocultas do fripór marchar, marchar!

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  2. «...
    Desacreditar

    Enquanto cidadão, faço um esforço enorme para acreditar que os políticos são gente séria, embora tenha sérios motivos para achar que são gente pouco recomendável, pois o exercício da política é sinónimo de hipocrisia, cinismo e traições. Já no contexto profissional, tenho muitas razões para não ter dúvidas de que os políticos são, regra geral, gente arrogante e, quanto a seriedade, sobre alguns deles, as dúvidas são quase certezas, ainda que estas certezas sejam, muitas vezes, resultado da mais elementar intuição.

    O clima de suspeição que se vive actualmente, mais do que afastar aquele meu cepticismo, provoca-me uma sensação de náusea, de desprezo pelos políticos, de profunda repugnância, sentimento que, seguramente, é comum a tantos cidadãos que deixaram de se dar ao trabalho de votar, para isso contribuindo os enormes indicies de abstenção nos últimos actos eleitorais. Mas este drama acaba por ser mais problemático porque quando olho para as alternativas políticas concluo pela falta delas.

    E se sobre o poder político pairam suspeitas de corrupção, quase sempre com evidente calendário eleitoral, a promiscuidade entre protagonistas judiciários e políticos é um facto evidente e que em nada contribui para que os casos se esclareçam, ficando no ar a ideia de que não existe sequer interesse em que sejam esclarecidos. Sendo ainda mais evidente que os casos são quase sempre recorrentes, por decisões políticas tomadas nos últimos dias de governos de gestão, o que, no mínimo, não me parece razoável.

    Também, ou sobretudo, a promiscuidade entre alguns políticos e algumas empresas que os empregam em cargos com prostitutas remunerações, quase sempre os mesmos nos últimos vinte anos, pelo menos, depois de aqueles garantirem, quase sempre, reformas na administração pública e que lhes servem de aconchego se a coisa correr mal, e em que alguns não têm sequer o pudor de admitir que telefonam para este e para aquele, no mundo inteiro, graças aos conhecimentos adquiridos quando exerceram o poder político, então, a minha sensação não é de náusea. Mas de vómito.
    ...»

    JJ

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  3. "Não se percebe porque precisa um homem inocente de tantos anjos da guarda à sua volta e logo todos no dia 1 de Abril."

    Genial... :-)

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