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sexta-feira, abril 03, 2009

A névoa socialista

Os socialistas nunca são culpados de nada, mas à volta daqueles de quem se fala, paira sempre uma névoa (não confundir com o Domingos Névoa!) intrigante. Veja-se o curriculum extra-político deste Lopes da Mota: esteve metido na fuga de Fátima Felgueiras, mas foi ilibado. A mulher parece ter sido favorecida pela mesma Fátima, mas acabou como vereadora da cultura em Lisboa (fiquei a saber do estado da cultura de Lisboa, mesmo que já adivinhasse), ele é acusado de pressão para se acabar com a saga Freeport, mas parece que foi apenas pressão de ar e não tiro de pólvora...Bom, se estendermos a Sócrates os episódios anteriores da telenovela "Sócrates o menino de ouro que venceu as campanhas negras", muitas coincidências são deste calibre. É engenheiro, mas o canudo saiu ao domingo (não confundir com Domingos de Névoa!) assinou projectos mas as assinaturas eram diferentes, era autor-engenheiro mas os mamarrachos superam os do Siza em quadratura, manda a ASAE cheirar o fumo de tabaco aos cidadãos mas ele fuma no avião, declarou guerra às off-shores mas uma das suas casas foi comprada a uma empresa off-shore...o rol não acaba...
Este diz-que-diz, e nunca se prova, é insustentável.
Hoje Sócrates fugia na escadaria do Parlamento a um repórter da SIC. Uma vergonha:um primeiro-ministro não se pode dar a espectáculos destes lamentáveis.
O processo Freeport não está a pôr em causa o Estado de Direito- como dizia há 48 horas Jorge Coelho numa saída rápida da sua toca de empreiteiro supremo. Não. O que põe em causa o Estado de direito é esta falta de sentido de Estado, a falta de ética, e o total descaramento. Quer venha de Mário Soares que se tornou num indefectível de Sócrates (tal como o fez com Hugo Chavez, Fundação "oblige") quer se trate de um free-lancer socialista, com cadastro comunista hard, que hoje perante uma plateia de estudante de direito, citou Amália Rodrigues e Alain Oulman, depois de ter andado anos de braço no ar a cantar o "camarada avante, avante!". Vital é um destes "Trocas" para quem tudo vale, desde que o situacionismo se mantenha.

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