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segunda-feira, janeiro 05, 2009

Justiça portuguesa abusa das impressoras

"Em 2008, foram adquiridos 9.484 computadores e 4.350 impressoras, num investimento total de mais de 8,8 milhões de euros."

Esta pequena frase tirada de uma notícia do Portugal Diário revela uma realidade informática assustadora: há uma impressora na Justiça Portuguesa para cada par de computadores, o que quer dizer que a cultura do papel, da fotocópia, continua. Num ambiente digital de trabalho não faz sentido nenhum continuar a gastar papel e tinta para imprimir o que está no computador. Este é um dos grandes vícios das empresas: continuarem a usar o papel como se o computador não passasse de uma máquina eléctrica de escrever.
Os gastos em tintas e papel são brutais, o espaço que ocupa a papelada incrível, o tempo que se perde no imprime, agrafa, arquiva, um horror. Mas, meus caros, se até as empresas ditas multimédia nada fazem sem fotocopiadoras e impressoras, porque havia a função pública de ser um exemplo a seguir ?

3 comentários:

  1. Reza a história que certo dia o “escriturário” de uma secretaria militar terá sentido a necessidade de apresentar ao sargento uma nova reorganização do espaço dos arquivos.

    A sua ideia, era a de deitar fora todo o papel antigo que já não fizesse falta para libertar espaço para os novos documentos.

    O sargento aprovou a ideia, mas bem ao jeito militar, foi dizendo que sempre seria melhor que se fizessem cópias em duplicado de tudo o que fosse fora…

    A cultura mantém-se.

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  2. Eu fico impressionado por se usar, recorrentemente, ideias do tipo "ao jeito militar" ou da "função pública", como se estes "defeitos" não fossem típicos e transversais a todas as profissões, na pública e na privada.

    Conheço muito bem a administração pública, mas tenho também o conhecimento mais do que suficiente da privada, e sei que esta "cultura do papel" continua a existir um pouco por todo o lado, coisa que me irrita também, e que tem uma explicação "cultural", a qual não vou aqui desenvolver, apenas dizendo que se prende com o facto de ainda se sentir a falta de "poder" quando a secretária está vazia, ou, se quisermos, "virtualmente" cheia.

    Já agora, acrescento, que uma das minhas tarefas todos os sábados, quando compro o Expresso, é meter metade do jornal para o lixo.

    JJ

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  3. Essa é a tarefa de todos os que ainda compram o Expresso.

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