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quinta-feira, dezembro 11, 2008

Cimento contra a crise

Os jornalistas apanharam o ministro Mário Lino numa esquina e este, talvez aproveitando a aberta do chefe em Bruxelas, desatou a filosofar:" Sim, vamos fazer investimentos públicos, reanimar a economia, vamos fazer estradas, portos, aeroportos, infra-estruturas...tudo o que se puder para pôr o país a andar" (cito de cor). O desvairado Lino dispara em todas direcções e não quer perceber que de nada adiantará gastar mais uns valentes milhões numa auto-estrada para o deserto de Bragança, onde nem já as brasileiras medram. Claro que a IP quatrozinha de Betoneira do Amaral (a sua obra de eleição como disse um dia a Herman José no Parabéns!) já matou mais de duzentas pessoas (um número trágico para a incompetência técnica dos gurus cavaquistas) mas se a IP4 é um corredor da morte isso não justifica fazer uma auto-estrada ao lado.
Ferreira Leite hoje em Bruxelas veio dizer que o investimento que Barroso quer encorajar não é referido como sendo público, mas como sendo bom. Ora, todos sabemos que o país precisa é de produzir para exportar ou de construir para atrair turistas e empresários. O país não precisa de alcatifas novas nem de halls de entrada com embutidos. Infelizmente os nossos ministros pensam como os autarcas: em redondo, em rotunda. Uns rotundos idiotas.

4 comentários:

  1. Bom Dia

    Sou um leitor assíduo do seu blogue e gosto muito, mas vou ter de dizer isto.
    Para vocês que estão habituados desde sempre a ter tudo à beira e de que o melhor de Portugal vá sempre para Lisboa e Porto, não sabem obviamente o que é andar em estradas de porcaria cheias de curvas e buracos em que antes de nos decidirmos em ir às grandes cidades é necessário benzer-nos.
    Eu sei que faz somente referência ao IP4 e que provavelmente estará de acordo com IC5, esta sim já cá deveria estar à anos.
    Tenho sim dúvidas se uma remodelação no IP4 não teria menos custos do que a construção da A4.

    Se Bragança é deserto, a culpa é somente dos governantes que tivemos nestes anos todos, pois se houvesse igualdade de direitos teriamos sempre tido estradas idênticas às vossas, universidades, hospitais e por aí fora e neste momento não seria concerteza deserto.

    Cumprimentos

    Luís Almeida

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  2. as fotos a cor do Dubai é que saíram mal mesmo...mas no Qatar há-de correr tudo melhor

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  3. É patusca a aura mística de "Bragança" para um suburbano do litoral. Sabe-se na Rinchoa que há uma auto-estrada de Ribeira de Pena para Guimarães? Duvido. Mas fala-se de Bragança e todo o suburba tem opinião, normalmente a mesma: abandone-se aos espanhóis. Daqui agradece-se. Cambada de parolos.

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