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sexta-feira, março 14, 2008

Meneses na SIC parecia o anúncio do Media Market

A reportagem da SIC com Luís Filipe Meneses, uma espécie de Um Dia Com, irá transformar-se num case study de como se fabrica um líder em Portugal. Aqui a realidade é mais cómica e trágica do que a ficção de um Inimigo Público ou de uma boa cena dos Fedorentos. Mais uma vez.

Filmada naquele estilo de reportagem, mas que afinal foi tudo encenado ou combinado, embora as duas câmaras tenham cambaleado bastante e os planos se tenham cruzado demasiadas vezes, esta reportagem mais parecia o filme de promoção do Media Market. "Saloio sou eu!" - O guião era mau, a realização pífia, o actor um canastrão. Os diálogos mais primários do que os das novelas venezuelanos.

" Ele é meiguinho e muito humano!"- diz a namorada. " É vaidoso mas não é orgulhoso!- diz a mãe, e acrescenta: " só a paciência que ele tem para aturar este tipo de gente!". O pai gaba-lhe o estilo e Meneses aproveita para fazer queixinhas do pai em directo:" ele bateu-me uma vez depois de uma operação ao apêndice e nem se ralou que eu tinha pontos !". Genial! De seguida, numa tirada à La Santana ( começa a ter tiques e trejeitos dele) faz de pobre e queixa-se da ingratidão de comentadores, jornalistas, críticos. Fica triste, é o novo coitadinho.

Depois foi à barbearia. E numa cena digna de Sinhôzinho Malta, enquanto o engraxador lhe dava lustro aos sapatos, outro cortava-lhe o cabelo e o líder debitava teoria política com o Record nos joelhos.

Depois deste espectáculo que pensar de Sócrates ? Ao menos tem mais bom gosto e bom senso. E sabe de propaganda como este escuteiro de Gaia jamais saberá.

Para terminar com a cereja em cima do bolo, na peça seguinte da SIC, vem Miguel Veiga dizer que o novo símbolo do PSD parece de uma gasolineira. E é. Não têm um líder a gasóleo ? Então atestem.

3 comentários:

  1. ainda nao entendi muito bem o porque deste "ataque" ao lider do psd em todos os meios de comunicaçao social,basta ver a obra que tem em gaia e avalizar a sua qualidade como politico...pode nao ser o salvador da patria mas nao me parece que qualquer um de nos fizesse melhor do que ele na mesma posiçao...melhor do que socrates será de certeza,ao menos nao comprou o diploma e nao nos engana a partida...

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  2. O comentario anterior contem uma pergunta pertinente!
    Porqu� que atacam o Menezes por todos os lados?

    A resposta � f�cil Porque lidera a partir do apoio das bases polpulares e isso � extremamente perigoso para os interesses instalados em LISBOA. Se tirassemos Lisboa do mapa Portugal era um pa�s mais rico!
    E que interesses est�o instalados em Lisboa? Os politicos e seus negocios: Concess�es, licen�as de constru� e/ou explora�o , contratos com o estado, sejam alugueres de elicopteros ou sistemas de comunica�es para as Policias etc.( Nestes negocios existem chorudas comiss�es)

    Vejam o descaramento da entrevista do ialAbel Pinheiro, aquele que disse que o Telmo assinava toda a merda que lhe aparecesse � frente! E que �financiou at� o PCP!
    esse menino era respons�vel por uma d�vida � seguran�a Social de 1 milh�o de contos ! Pagou? Alguma vez...prescreveu
    ....


    O ultimo dirigente politico em Portugal a ter a coragem de enfrentar o sistema de comiss�es e dinheiro sujo nos contrato com o estado ou empresas publicas, mataram-no e chamava-se S� Carneiro! Fa�o-lhe daqui a minha homenagem!


    O Menezes se n�o se p�e a pau , fazem-lhe o mesmo!
    At� o Pinto da Costa se afastou dele!
    porque ser�?

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  3. As entrevistas sobre as vidas pessoais de José Sócrates e de Luís Filipe Menezes reflectem a que os políticos se prestam ou a que os media os obrigam.

    Quanto ao primeiro fico na dúvida se o fez porque a tal se prestou, ou se não teve outro remédio, indo mais pela última hipótese, e achando que a entrevista não o favoreceu, porque a sua espontaneidade não teve nada de espontâneo.
    Quanto ao segundo, e que quer ser primeiro, acho que lhe deu muito jeito, sobretudo porque aproveitou para cortar o cabelo… do pouco que já tem, achando que mais depressa lhe cai o resto do que chega a primeiro-ministro.

    JS

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