Fui à inauguração do BESphoto no CCB, Lisboa. Gostei imenso do happening. No Parque do CCB estacionei ao lado de um Range V8 e de dois Cayenne Turbo com matrícula do último mês. O salão estava cheio de gente gira. Vislumbrei alguns artistas que já não via desde o tempo de Belas-Artes, agora mais velhos e chiques. Normal. Havia um frenesim compreensível. Jornalistas de cultura com boinas à la française com acompanhantes marcianos, fotógrafos de publicidade em maré baixa, muitas tias da linha e respeitáveis cavalheiros. Uns pareciam gestores da banca, outros reformados de luxo. Lá vi um dos mentores deste projecto que cruza a banca com a foto, o Delfim Sardo de negro vestido. Ricardo Salgado olhava para as paredes e verificava como era empregue o seu dinheiro. O eurodeputado laranja Vasco Graça Moura à conversa com Manuel Pinho, marido da responsável pela exposição ( não, Nick Knight não estava!).
Gostei do ambiente. Conheci o fotógrafo Jorge Guerra, um decano da fotografia portuguesa, muito discreto, mas que teve uma vida plena de fotografia no Canadá, avistei o José Rodrigues e ainda falei um pouco com o Daniel Blaufuks.
Os canapés iam passando e estavam óptimos. As bebidas bem servidas. Bebi um gin tónico para o caminho e diverti-me a fazer umas fotografias do acontecimento.
Já para o fim chamou-me a atenção para uns painéis de vários metros, coloridos, forrados a vidro, ou acrílico.Um era um céu azul, outro água do Mar parada, outro não me lembro. Outros painéis eram uns carros que podiam fazer parte de um catálogo, só que havia sempre uma versão em que um dos carros era cortado ao meio no photoshop, numa das operações mais banais de fazer. Outro fotografou candeeiros redondos de jardim para fazerem de luas, outro fotografou umas texturas que pareciam merda. lindo! Foi então que me lembrei que estava ali para ver fotografias, mas que não as tinha encontrado.
Na verdade a fotografia não interessa nada para o caso e se interessasse eu ficava com aquela que é simplesmente um céu azul. Ficava bem naquele muro do meu jardim no Alentejo. Evitava gastar dinheiro em tinta e poupava trabalho à Dona Aurora. Muito melhor a pintar rodapés de azul do que aqueles pândegos a fotografar. A Dona Aurora tem um problema: não vive em Lisboa e não se dá nos círculos da inteligentzia.
Você fala, fala, mas vai lá comer os mesmos canapés...
ResponderEliminarEstou cá desconfiado que os canapés deviam ser a única coisa que se aproveitava. Gentinha superficial, pseudo intelectualóide e básica não interessa para nada. Fui uma vez à exposição do Besphoto e jurei para nunca mais. Que pobreza, que tédio, que merda. Pelos vistos nada mudou...
ResponderEliminarOlá Luíz
ResponderEliminarO meu comentário vai ainda no anonimato, pois eu Gaspar de Jesus continuo ainda meio analfabeto no que respeita a computadores... mas adiante. Quanto ao Besphoto, já todos sabemos o que se passa e como o BES gasta ou desbarata o seu dinheiro: terá sempre a de haver GENTE com coragem para lá ir e depois denunciar esses "festivais", que alimentam os falhados da Fotografia, e com mais coragem ainda para colocar noime à MERDAS que o Salgado paga e o Pinho apadrinha.
Não há dinheiro para patrocinar eventos Culturais neste país, mas para estas MERDAS não falta.
Faço votos para que os tais canapés não te tenham feito mal.
Bom fim de semana.
Duas notas curtas:
ResponderEliminar1- O dinheiro não é do BES , mas de todos nós.
2- O Gin tonico para o caminho depois dos primeiros na entrada , não terá sido também um risco corrido nesse caminho caso assoprásses para o balão?
Bem fez o Nozolino quando o "convidaram" a ser "o vencedor" daquele ano. Mandou a corja toda dar uma volta ao bilhar grande...
ResponderEliminarEra tudo um embuste!
De metro e meio, chapéu plumado e Leica na mão, você é o protótipo da criatura que desceu das berças para a cidade. Arroga-se a falar de fotografia, sem nada perceber. De quando a quando, fala de Bresson sem nada perceber da mestria e da magnitude da obra do “Homem”!
ResponderEliminarSe Salgado olha para onde o seu dinheiro anda a ser gasto, o “Tio” Balsemão devia olhar com nitidez para a mediocridade do seu trabalho como repórter fotográfico do Expresso.
Luís Campos
Oh Campos, não sei se voçê é o mesmo que aparece num sitezeco de chapéu à totó a fotografar borboletas com uma Nikona no tripé. Se não é pode ser e eu devia apagar o seu miserável comentário tipíco de um frustrado que não sabe se o destino lhe vai marcar a hora para ser fotojornalista ou um curioso de telefonias. Você não tem talento nem curriculum para me insultar no meu blogue. Cresça e apareça e vá dar banho ao cão. Pelo caminho aprenda a fotografar menos ao estilo de fotógrafo de salão.
ResponderEliminarLC.
Vou-me inscrever nos seus pseudo cursos e nos seu passeios fotográficos. Voçê vai ter de provar, mais que os professores avaliados, o seu brilhantismo.
ResponderEliminarLC
Lá está o senhor a voltar ao mesmo. Já foi ao médico ver se não tem algum problema de fígado? Fala de burguesia quando os seus comentários são de quem olha da sua posição supostamente "superior" à classe que você obviamente pertence. Fala do povo sem saber o que isso é. Nunca vi tal ausência de valores e tanta arrogância. Compre um espelho. Quando o criticam, vai log tentar ver as falhas de quem o critica, sendo o senhor um suposto mestre na arte da fotografia. Como diz o ditado popular "os cães ladram..."
ResponderEliminarEsta guerra não é minha.
ResponderEliminarMas, da mesma forma que o autor do blog já censurou comentários (alguns tarde, mas, ainda assim, a tempo) em que aqui fui insultado no contexto da minha profissão, acho mesquinho que alguns comentadores misturem o Luís de Carvalho enquanto blogger com o Luís de Carvalho enquanto profissional de um jornal.
E o Luís de Carvalho tem tido o cuidado de, ele próprio, não fazer essa mistura.
E, repito, embora esta guerra não seja minha, acho que se "Tio Balsemão" não tivesse o Luís de Carvalho como um bom profissional, que já não lhe teria posto os patins.
Portanto, Luís de Carvalho, aqui está a provar a “ginjinha” dos comentadores de “taberna”.
E estou consigo, mesmo quando você casca na bófia, porque sei que, quando o faz, não está a cascar no JS enquanto bófia.
Mande-os fod..., portanto.
Abraço
João José Fernandes Simões
Obrigado João Simões, finalmente o verdaeiro JS. O que me irrita é a arrogância de uns intelectuais de pacotilha que sobrevivem graças às masturbações mentais. Não fora isso eram umas almas penadas. mas, reconheço que aguento mal certo tipo de bocas que vomitam inveja. Habituei-me a levar com elas profissionalmente. E quando esta caõzoada tem oportunidade de ferrar, ferra. Eu que o diga !
ResponderEliminarLC
O Bes Photo não é um prémio de foto-jornalismo. Há que compreender um pouco a tradição da fotografia conceptual, que vem pelo menos desde os anos 60.
ResponderEliminarQueria o quê? "Instantes"?
Para além de que se nota que viu tudo sem atenção. Nem está informado nem leu sobre o que ia ver.
Mais vale pensar mais, ler mais e disparatar menos.
P.C., Lisboa
Do das silhuetas deves ter gostado porque nem falas...Mas então quantos fotografos eram? seis?
ResponderEliminarNuno Barreiros
Só viu os painéis do mar e do céu no fim? mas eles estão no início!!
ResponderEliminar8 paineis com 4 metros cada. Nao é dificil de ver.
anónimo
Burritos
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