Páginas

quinta-feira, novembro 01, 2007

Já vi o filme Corrupção e gostei


A sala das Amoreiras não estava completamente cheia mas estava compostinha. Algumas velhotas e um resto de público habitual, que agora até já se dá à lata de atender telemóveis e falar durante a sessão. A bestialidade está na hora do dia e pela hora da morte.

Gostei do Corrupção. E não dormi.
Não porque seja um grande filme, bem estruturado e com as personagens bem agarradas. Só comecei a gostar mesmo do filme já na segunda parte quando a personagem Carolina me comoveu, encorpada pela Margarida Vila-Nova, uma excelente e definitiva actriz.
O filme apela à caridade machista: uma mulher jovem e bonita, que trabalha no alterne para sustentar os dois filhos, que não quer homens, rejeitando o Totó do Judite que a persegue
( filmado na minha ex-Rua Reinaldo Ferreira em Alvalade!) e que acaba nos braços do presidente que a protege e aos filhos. É bonito. Ela retribui-lhe em mimos, pisadelas nas costas, banhos quentes, cafézinhos, carinho e sexo oral. Tudo bem batido e misturado deu em amor verdadeiro.
Acredito nos sentimentos da Carolina e fiquei a gostar dela. É uma mulher coragem dos dias de hoje. É a personificação de uma certa ternura feminina, numa excursão ao fundo do ser mas também do ter. É a tese de que tal como não há rapazes maus, também não há putas más. Abreviando: entre o suburbano chique e o cheque. O choque veio depois durante a rejeição e o cerco por capangas e companhia. Carolina transforma-se num ícone da violência doméstica, da amante rejeitada num jogo de usa e deita fora onde o poder é exercido na sua faceta mais negra.

O filme é tecnicamente muito bom. Tem uma excelente fotografia que nos quer remeter para o ambiente dos filmes negros dos anos cinquenta. E consegue-o.
Foi filmado em vídeo HD e aquilo tem uma qualidade que não faz ter saudades da película.
Estava à espera de em desempenho mais forte do Nicolau. E se ele falasse à Pinto da Costa teria sido delirante. O excesso posto na representação, o uso de clichés para caracterizar situações acaba por fragilizar o filme, mas...tomáramos nós que houvesse centenas de filmes portugueses destes todo o ano. É uma fita escorreita que se vê com agrado e que a critica vai detestar, logo: vamos ao cinema vê-la.

Corrupção não deixa, no entanto, de ser um filme de um benfiquista parcial ( estavam à espera de quê ?), um filme com intenções anti-Porto com intenções demagógicas. A história de Carolina também só é contada do lado dela como se não houvesse outra verdade. E se há corrupção e favores no futebol, como há noutras áreas da sociedade, também os há de certeza no Benfica.
Um filme sobre o Rei da pneuzada não ficaria pior no écran com a vantagem que daria uma comédia delirante. Ãh!Ãh!...
João Botelho é um homem de excelente bom gosto. Trabalhei com ele em 85 na Grande Reportagem. Ele fez o design gráfico do projecto que era muito bonito. Mas o João é aquele benfiquista que se sabe. E não ter ido buscar o Bolhão Félix para representar já estamos com muita sorte!! Apesar de não terem faltado na figuração benfiquistas conhecidos.

Enfim: é um filme que se deixa ver, com alguma coragem, apesar de se ter evitado filmar cenas no Porto. Que me lembre só há um plano feito a partir da Ponte D. Luis e corta logo para a Avenida das Descobertas em Lisboa, o que não dá racord nenhum para quem conhece o local.
Quanto á edição não me pareceu mal, mas podia ainda ter levado ali mais uns cortes. A música está bem mas percebo Botelho: aquilo com jazz até doía. Mas o pagode não gosta de jazz e nós elitistas e sulistas- que somos cada vez menos- temos de compreender o povo. E é ele que paga. Uma pimbalhada também não ficava mal. Tudo em famelga. Penso eu de que meus lindos!!
E para acabar tomem lá um pouco de realidade:

12 comentários:

  1. Façam um fime sobre a pimbalhada do sul,dos clubes da grande capitolia,cidade de gays e pedofilos.

    Muita gente há que so ficará satisfeita quando o Porto estiver separado por fronteira com a cidade Lisbánia.
    É terrivelmente assustadora a vontade que muita gente tem que isso aconteça.e eu sou um deles.
    Sou fotógrafo tambem caro dono do blog,mas estou farto da escumalha dessa cidade com a mnia nojenta que é dona do rwessto do País.
    Filmes como este deveriam ter ser apenas apresentados na lisbónia.
    Por aqui no Porto deveria pagar um imposto,o imposto sobre o produto ofensivo.
    Ofensivo já que é essa a intenção desses benfiquistas odiosos e invejosos para com o Porto.
    Mas o Porto é de facto uma Nação á parte e mais tarde ou mais cedo nos iremos separar da lisbónia.
    O dinheiro dá para tudo nessa cidade,para fazer filmes a denegrirem o Porto e suas gentes,para fazer aeroportos que custam mais que muitas cidades inteiras portuguesas,para discutir milhoes que se irao gastar na cidade como quem discute tremoços.

    Este mundo é um holograma que tudo vê e onde tudo fica registado,por isso esses odiosos oportunistas e ofensivos badamecos benfiquistas,sulistas e pouco elitistas irão descer ao nível que merecem.

    Fora isto,parabens por o blog,tem nivel e conteudo.

    ResponderEliminar
  2. ó porto, mas o norte é o Pinto da Costa e a Carolina Salgado ?

    Eu que gosto tanto do norte e de tantos nortenhos, penso que o norte é muito mais que a escumalha do futebol.
    Há muito mais para além dessa bosta de gentalha.
    Gentalha perigosa, diga-se !

    Não confundamos as coisas, Caro Porto !

    Vivó Nuorte Carago !

    ResponderEliminar
  3. oi porto olha que a 98% da gayzada que anda por aqui em Lisboa a chatera-nos os cornos, nasceu
    na Areosa, Massarelos, Matozinhos,
    e quanto a pedófilos Aldoar e A bempostinha ganham ao Parque Eduardo VII ( dados do adovogado ex psp anti panascas José Maria Martinho )
    Quanto ao filme tens razão é um nojo feito c dinheiros do Orelhudo já que o Valente não tinha chaveta para investir 1 milhão naquela treta.
    João Botelho é um desses portenhos ( e foram muitos) que desceram do Porto pra ganhar a buxa na tal Lisbónia, porque aí para quem quer mais que um galón c café de cebada e uma bola de berline tem de descer á capitólia. Aparentado de intelectual fazia uns bonecos engraçados mas era um péssimo designer gráfico. Morando e vivendo a movida bairroaltina e beneficiando de uma namorada a Pinhão com bons contactos através do comunista seu pai meteu-se-lhe na tola ser realizador e lá tem gasto umas coroas do OE para fazer uns filmecos medíocres e este n deve ser excepção.

    ResponderEliminar
  4. por acaso vi umas cenas e parecerema-me escaldantes c gajas et all
    É que esta mania agora de andarem só a falr de pedófilia tem de ter um contrapeso GAIJASSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

    Só a ideia de andarem a perseguir e a molestar crianças me enoja mas daí a prenderem toda a gente que passa a 10 km de uma criança não exagerem

    E este clima de insanidade e sujidade se já havia antes escondido agora à vista cheira mais mal com o Bagão o namora e a catalona a mexerem na merda...

    Please poupem-nos que somos gente asseada

    ResponderEliminar
  5. Luís,

    Gostei do que escreveu, gostei mesmo.
    E acho que me poupou o dinheiro do bilhete, porque era desse filme que eu estava à espera e com este seu post sinto que acabei por o ver.
    Gostei, sobretudo, pela abordagem que faz no plano social e mesmo psicológico do mundo das casas de alterne.
    Eu conheço esse mundo suficientemente para estar de acordo, no essencial, com a sua opinião.
    De facto, existem putas boas ou, se quisermos, nem todas as putas são más.
    O mundo do alterne tem muito de um certo tipo de escravidão, onde a mulher é o elo mais fraco, sempre.
    E onde muitos senhores a quem fazemos continências são gente muito reles.
    Mas, tal como as putas, nessa gente reles também nem todos são maus.

    Um dia destes vou escrever duas ou três histórias sobre episódios nessas casas de alterne no meu blog meio secreto e de que envio alguns dos posts apenas a alguns amigos (secreto, apesar da “pézinhos...”, ao que parece, o ter descoberto) e onde, finalmente, consigo escrever de forma sossegada, sem impulsos (espero que o nosso amigo “psicólogo de taberna” não me mande ao médico..., porque, a seguir, eu tenho que o mandar a um sítio bem mais esquisito).

    Ah...
    E que o seu colega fotógrafo, aquele lá de Faro, esteja melhor.
    E que faça umas fotos de acordo com o conselho que lhe dei, acho que lhe ia fazer bem e evitava chatices com a bófia.

    Abraço e obrigado pelo que escreveu.
    JS

    ResponderEliminar
  6. Secreto?
    não é isto?

    http://o*n*p*c*or.blogs.sapo.pt/

    ResponderEliminar
  7. Se lhe dissesse que sim, deixava de ser secreto, caro pc.
    Agora, se o meu amigo se põe a advinhar, é lá consigo.

    ResponderEliminar
  8. O João Botelho não é sportinguista?

    ResponderEliminar
  9. conte, conte js ... adoro ler histórias do "calor da noite" ....

    mas cuidado com os pormenores, não vá eu descobrir "mais coisas".

    como qq mulher que se preze descubro tudo o que quero.

    e sou muito modesta, como se constata....:-))))

    hoje apeteceu-me brincar.
    sorry luiz.

    ResponderEliminar
  10. A propósito de guerras entre sulistas e nortistas, aconselho o blog abaixo ..... é com cada ordinarice !!!!
    Mas vale a pena visitar, alguns comentários e comentadores são interessantes...


    http://bussola.blogs.sapo.pt/

    A bússola nunca se engana aponta, sempre para Norte.

    ResponderEliminar
  11. A guerras entre sulistas e nortistas dá nisto. Gajas, presidentes, futebol e filmes.
    Mas espera aí! Deixa-me pensar um pouco. Quem é que se meteu com a D. Carolina? Quem é que arranjou uma brazuca a seguir? Quem é que casou agora à pressa 2.ª vez com a mesma? Foi o presidente do E. Amadora? Ou será que foi o do Belenenses? Se calhar foi o do Lusitano de Évora, não?

    ResponderEliminar
  12. Meninos eu vi! eu vi e choquei-me com a qualidade do filme. Frustou-me a tão grande e mediática publicidade à volta de um filme a que se chamaria de polémico, mas que na realidade não mostra mais do que a realidade em que vivemos.
    Quanto ao enrredo ou à história está tudo dito, pois só não vê que não quer...
    O que mais me decepcionou foi a pós-produção deste filme. Muito fraca e triste mesmo, pois senti-me como um "triste" palhaço que esperaria ver uma história com qualidade e no fim de contas gastei 5 euros para esta aldrabiçe.
    Francamente, temos tão bom realizadores, autores e critico, porque é que não dão a devida oportunidade a estes mesmos de se evedenciar?
    Francamente, até foi preciso , no meio do filme ou do seu intrevalo, pedir a um funcionário do cinema que baixasse o som e aumentasse os graves do som...
    É uma atrás da outra.
    Continuem a alimentar estas más maravilhas e ai sim vamos todos sentir falta do "leão da Rodésia"

    zepplin

    ResponderEliminar