A capa da Visão desta semana é surpreendente. E vendo-a sentimo-nos, pelo menos eu, uns verdadeiros otários. Não palermas que defendem um aeroporto inviável pago com dinheiros dos pobres contribuintes, mas sim uns otários que trabalhando seriamente uma vida não conseguirão uma migalha do que os nossos empreendedores conseguiram em meia dúzia de meses. Notável para eles, claro!
Os milhões que Berardo, Azevedo, Amorim, Vasconcelos e muitos outros ganharam na especulação bolsista é de ficar de boca à banda. Ingenuidade minha que ainda encontra no capitalismo um mal menor e um modo decente de ganhar a vida. Isto é o cumulo da tontaria !
Na verdade um pobre de Cristo que desconta metade do que ganha para impostos, vê como uns espertalhaços ganham milhões sem pagarem quase nada ao Estado, numa actividade apenas e só especulativa, que nem empregos cria. Como é possível um país de corda na garganta permitir ganhos desta monta sem que a economia real possa daí tirar benefícios concretos ?
Num quadro destes em que para ganhar milhões basta saber especular, quem vai depois disto investir em negócios de risco, a longo prazo, sustentáveis, com responsabilidades sociais ? Só um tanso, claro. Investir em actividades produtivas ? Ter de aturar sindicatos, fisco, um rebanho de manhosos atrás ? É melhor na verdade jogar na bolsa, nas engenharias financeiras, na especulação.
Estarei a ser primário, confesso o meu fraco saber em economia, mas também não me parece ser-se necessário um sabão de economia para entender que estes milhões pouco ou nada reflectem aquilo que o país precisa: criar produção, exportar, ganhar, criar trabalho.
Pode ser que o nosso professor de economia, com assento em Belém, nos venha um destes dias explicar. Por mim gostava.
Os milhões que Berardo, Azevedo, Amorim, Vasconcelos e muitos outros ganharam na especulação bolsista é de ficar de boca à banda. Ingenuidade minha que ainda encontra no capitalismo um mal menor e um modo decente de ganhar a vida. Isto é o cumulo da tontaria !
Na verdade um pobre de Cristo que desconta metade do que ganha para impostos, vê como uns espertalhaços ganham milhões sem pagarem quase nada ao Estado, numa actividade apenas e só especulativa, que nem empregos cria. Como é possível um país de corda na garganta permitir ganhos desta monta sem que a economia real possa daí tirar benefícios concretos ?
Num quadro destes em que para ganhar milhões basta saber especular, quem vai depois disto investir em negócios de risco, a longo prazo, sustentáveis, com responsabilidades sociais ? Só um tanso, claro. Investir em actividades produtivas ? Ter de aturar sindicatos, fisco, um rebanho de manhosos atrás ? É melhor na verdade jogar na bolsa, nas engenharias financeiras, na especulação.
Estarei a ser primário, confesso o meu fraco saber em economia, mas também não me parece ser-se necessário um sabão de economia para entender que estes milhões pouco ou nada reflectem aquilo que o país precisa: criar produção, exportar, ganhar, criar trabalho.
Pode ser que o nosso professor de economia, com assento em Belém, nos venha um destes dias explicar. Por mim gostava.
Ninguém enriquece trabalhando... Já diziam os velhos sabidos...
ResponderEliminarUm abraço, professor