A falta de ambição portuguesa traz-nos sempre a semente do atraso e da pobreza.
Aqui na Costa Alentejana, onde me encontro de férias, é verdade que a paisagem dá sinais de alguma desordem urbanística mas a coisa ainda está bastante preservada.
Não é por uma qualquer politica autárquica de protecção. Por exemplo na Praia do Carvalhal o lixo está por recolher há dias porque a Câmara de Odemira tem mais que fazer...
Na Zambujeira mantêm-se aqueles restaurantes familiares, casebres a alugarem quartos a turistas manhosos de pé descalço e bicicletas pela mão. Os preços são módicos com alguma tendência para a especulação. Os comerciantes são antigos agricultores que agora ganharam um estatuto de pequeno-burgueses.
Quer dizer: com este turismo não vamos a lado nenhum. Como não promovemos um turismo de qualidade, e a zona tem todas as condições e encantos naturais para isso, qualquer dia temos um turismo pobre, desordenado, selvagem, que vai provocar danos irreparáveis na paisagem e o país pouco ou nada vai lucrar com isso.
O turismo rico não terá lugar e a costa alentejana será um subúrbio para especuladores locais, autarcas ambiciosos e saloiada tresmalhada à procura de férias de garrafão.
Foi o que aconteceu ao Algarve, tirando os oásis que conhecemos.
Por mim prefiro o monte da Dona Helena. É um descanso e só as melgas incomodam.
Só uma pequena correcção (se me permite), a Praia do Carvalhal é no concelho de Grândola, é (portanto) desta Câmara, a responsabilidade da recolha do lixo.
ResponderEliminarTodas as praias entre Tróia e Melides pertencem ao Concelho de Grândola.
Está enganado, há outra Praia do Carvalhal em Odemira. LC
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