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quinta-feira, junho 14, 2007

Joana e Madeleine, alguns pontos tocam-se

Ao ler o livro de crónicas da Maria Filomena Mónica, " Confissões de uma liberal", de uma escrita muito clara e irreverente, como eu gosto, saltou-me duas crónicas que ela escreveu sobre o caso Joana.
E não consegui desligá-las do que aconteceu há pouco com a polémica do Ministério Público e dos agentes da judiciária acusados de terem agredido a mãe da petiz. Depois não consegui desligar do caso da pequena Madeleine.

Há aqui coisas, factos, situações que não colam.

No caso Joana não se percebe porque foi condenada a mãe sem nunca ter havido uma única prova material contra ela. Nem uma. A miúda saiu para comprar atum num supermercado cuja dona estrangeira tinha relacionamento com a miúda, e que desapareceu do país antes do julgamento, pese embora ter sido ouvida para memória futura.

Hoje no DN este assunto volta à baila com gente da aldeia a achar estranho esta personagem e o seu desaparecimento e volta-se a falar que muita gente da terra não disse mais coisas porque quem foi ouvido foi tratado como criminoso e perdeu horas e horas na judiciária.
Ainda se volta a falar na falta de provas periciais, a casa foi investigada muito tarde e as análises ao vestido da pequena foram feitas tão tarde que não têm qualquer valor no processo.No DN de hoje.

As confissões de culpa da mãe foram tiradas à murraça embora os profissionais da judiciária digam que ela se tentou suicidar. Este tipo de afirmações não vingam nos tempos que correm e quem se quer suicidar não se esmurra nos olhos.

Fala-se que a miúda foi vendida por 50 mil euros mas não houve uma única prova documental disso.


No caso da Madeleine ainda não foi explicado se a miúda foi raptada pela janela, pela porta, como se entra num apartamento com chave falsa, arrombamento, como foram detectadas impressões digitais, vestígios, sei lá, o público não sabe como foi feito o rapto. Saberá a polícia?

Bruto da Costa, antigo criminalista, veio dizer que a recolha de vestígios se for mal feita compromete para sempre a investigação.

Hoje, no 24 horas, uma testemunha mostrava-se indignada por não a ouvirem. Ela afirma com veemência que viu a miúda em Marrocos, mas ninguém lhe liga.

São dúvidas legitimas.
E tanto um caso como outro, dramáticos na sua condição, parece estar longe de serem um modelo perfeito de investigação e justiça. Parece.

2 comentários:

  1. é por estas e por outras é que a merda do 25 de Abril e os patós que gritaram Vitória da democracia ad seculum seculorum deviam ser ridicularizados na praça pública.
    Mas não se está mesmo a ver que a PJ asinda sofre do complexo PJ braço esquerdo da PIDE ? E que a formação dos agentes e inspectores é mais pró lado do Direito do que outra especialidade? E porque é os papagaios do costume estão sempre a tecer loas à PJ. Fedem hoje como ontem os jornalistas-bófias antes tb já tinham sido bufos tipo ...são muitos

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  2. A pseudo-amiga de Joana chama-se Nídia Rochato, mais conhecida por memória futura: diz-se que foi para Inglaterra. Aos 50 anos, qualquer comerciante, está disposta a aventurar-se num país estrangeiro, sobretudo no início de um ano lectivo,deve ser para (a)prender línguas!
    Cumprimentos

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