Páginas

segunda-feira, março 05, 2007

Quando o Sardo deita postas de pescada


Ainda a propósito do programa Câmara Clara sobre fotografia com a presença do Sardo e daquele que será o Ansel Adams dos pobres.

O Sardo é uma daquelas figuras que pululam na "cultura" portuguesa, um daqueles idiotas úteis para servirem de burocratas aos designios artisticos daqueles que têm de mandar na cultura e não sabem como.

Este Sardo veste um fato preto, monta um daqueles Land Rover que a Expo 98 gostava de dar aos burocratas ( não sei se é o caso), rapa a môna, fala entre dentes e está feito um inteligente citável. Depois de se ligar ao lobby do Molder, desata a vomitar ódio sobre a fotografia e o fotojornalismo.

Quando o Gerard Castello Lopes expôs no CCB era a bestiola director. Mas ao ter convidado várias personalidades para um debate sobre fotojornalismo, entre os quais estava eu, o Jorge Calado e o próprio Gerard, o excelentissimo faltou numa total falta de respeito e falta de coragem para participar no debate. Voilá...

Quando entrevistei a Susan Meiselas para o Expresso e lhe perguntei porque não estavam as suas melhores fotografias no CCB, sobre o trabalho que tinha feito na Cova da Moura, ela respondeu-me que a escolha tinha sido...do Sardo. Ao qu`isto chegou!

Quer dizer: o tipo não enxerga um boi à frente do que é fotografia mas tem a suprema lata de se armar em tutor, editor e censor de uma personalidade tão notável como a Susan Meiselas. Depois vem à televisão arrotar postas de pescada sobre fotojornalismo.

7 comentários:

  1. Pois.
    Tenho o programa gravado e ainda não tive oportunidade de o ver.

    Mas se existe culpa, essa está sem dúvida em quem convida!

    ResponderEliminar
  2. Em relação aos comentários acerca de Eduardo Veloso é pena que de facto não o conheça pois perceberia que perdeu uma oportunidade de estar calado.

    ResponderEliminar
  3. Bom, vamos lá ver se entendo, este peixe não é, de certeza, um sardo. Robalo também não, parece. Talvez, uma taínha.

    ResponderEliminar
  4. Já deu para perceber que não gosta do homem. Terá, com toda a certeza, as suas razões. O que me choca, ainda para mais, sendo professor universitário, é insultar o homem com base no apelido quando, se tivesse feito alguma investigação, verificaria que a origem do seu apelido não é portuguesa nem, tão pouco, tem a haver com peixes.

    ResponderEliminar
  5. O "anonymous" pode ter feito investigação sobre "sardões".
    Mas, olhe, deve também investigar que não se escreve "... tem a haver com peixes" mas "tem a (ou que) ver com peixes".
    Penso eu "de que".,, ou será penso eu "que"!?

    ResponderEliminar
  6. Fiquei chocado com tudo o que li a propósito de Delfim Sardo, pois trata-se de um dos teóricos da arte com mais relevância neste país. O lugar do WorldPressPhoto não é no Centro Cultural de Belém, pois este é um espaço dedicado sobretudo à arte contemporânea. Isto não significa que o WPP não tenha o seu interesse, mas a nível artístico é pouco relevante. É claro, que isso é sempre difícil explicar para quem abraça a profissão do foto-jornalismo.
    Delfim Sardo percebeu que não se constrói um programa artístico de grande relevância e projecção internacional com o WPP. É preciso muito mais...é necessário exibir as últimas tendências da arte contemporânea, tentar captar públicos através de cursos, visitas guiadas, colóquios, etc.
    Lamento desiludi-los mas o WPP para a maior parte dos teóricos e artistas resume-se à captação de momentos fantásticos, de grande qualidade fotográfica, mas não revelam uma estrutura artística a partir de um conceito, não revelam um diálogo crítico com a produção artística actual. Como arte, é sempre muito limitado, porque esta não se limita a aspectos estéticos.

    ResponderEliminar
  7. Dicutir se a o WPP deve ser feito no Centro Cultural de Belém ou noutro sítio qualquer é o mesmo que discutir se a missa de domingo deve ser na Igreja ou na Capela.
    Cosmos

    ResponderEliminar