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sexta-feira, agosto 25, 2006

Évora de passagem


Fotografias de Luiz Carvalho, ontem em Évora.

Passeio por Évora, mão esquerda dada ao David, mão direita com a Ricoh GR e disparar sobre o que vou vendo ao longo do trajecto entre o largo onde está a Câmara e uma simpática tabacaria, que fica sobre as arcadas, depois de passar a Praça do Giraldo.
Cruzo-me com os alentejanos de sempre, estes simpáticos homens de boinas e chapéus pretos que por ali fotografo há 30 anos.
Não são sempre os mesmos mas vão-se revezando na saga dos tempos. Agora a paisagem humana é mais atraente do que há décadas atrás, quando o PCP dominava a cidade e onde ali ia muitas vezes a pretexto de fotografar um comício, uma manifestação, manobras populares.
A nova paisagem humana é diversificada mas chega a ser impressionante a quantidade e variedade de mulheres bonitas, muito jovens, que passam homenageando o verão na forma de vestir. Há também muitos turistas com ar de turistas, espanhóis e até japoneses como hoje vi.
Évora é de facto uma bela cidade. O centro transpira cultura, bom gosto. É uma cidade com vida, útil, onde não se vai só para passear. Ali trabalha-se e sente-se no palpitar das ruas, no movimento. Gosto de ir a Évora, apesar do estacionamento ser um bico de obra, que era muito bem resolvido com um parque subterrâneo na Praça do Giraldo. Como a câmara é de esquerda acha que os carros não entram, o que me leva muitas vezes a desistir de lá ir.
Hoje fiz algumas fotos e deixo aqui duas clássicas, entre o pitoresco e o neo-realismo. Têm a particularidade de terem sido feitas só com a mão direita, enquanto o meu filho me puxava, desesperado, para escolher um brinquedo na tal tabacaria.
A maior tristeza é o Café Arcada que foi transformado numa cervejaria com serviço péssimo, caro e antipático.
Não havia necessidade.

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