Páginas

sexta-feira, maio 26, 2006

Robert Capa morreu há 52 anos

Cerro Muriano











Desembarque na Normandia














Robert Capa






Faz hoje, 25 de Maio, 52 anos que morreu na Indochina, ao pisar uma mina, Robert Capa. Fundador da agência Magnum, 1947, foi considerado no seu tempo " o maior e melhor fotógrafo de guerra". Disse-o revistas tão insuspeitas como LIFE, VU ou PICTURE POST.
Este húngaro chegado a Paris no final dos anos vinte, trotskista e fotógrafo com preocupações sociais, logo se destacou com as suas reportagens na guerra civil espanhola.
Inventou uma forma de fotografar a guerra: estar perto do assunto, das pessoas, estar envolvido. Dizia ele " se uma fotografia não é boa é porque não foi tirada suficientemente perto".

Uma das suas célebres fotografias foi feita em Cerro Muriano, Espanha, e retrata o momento exacto em que um soldado republicano cai atingido por uma bala franquista. Foi nesta campanha que viu desaparecer Gerda Taro a sua bela namorada, também fotógrafa.

Em Espanha acampanhou Hemingway. Ao longo da vida foi amigo de Ingrid Bergman ( com quem manteve um caso amoroso), Picasso, Steinbeck e muitos outros.
As fotografias inéditas do desembarque na Normandia ( 4 rolos de que só se aproveitaram 12 frames por causa de um acidente na revelação) foram das mais referenciais deste herói do fotojornalismo que adorava jogar póker, beber champagne e que era um verdadeiro susto a conduzir.

Alguém o viu um dia no Café Palace dos Restauradores, anos 40, de passagem por Lisboa talvez ao encontro de Ingrid Bergman em Casablanca. Mas a origem judia e o empenho na construção de Israel pode ter muito a ver com a sua passagem por cá.

Morreu na Indochina quando o editor fotográfico da LIFE o desafiou para fazer umas fotos da retirada francesa na Indochina, uma vez que ele estava no Japão na abertura de uma exposição da Magnum.

Um pelotão avançava por um campo ele correu à frente e acabou por pisar uma mina. Fatal.

1 comentário: