O primeiro Primeiro de Maio português em Liberdade foi há 32 anos.
Lembro-me da Alameda cheia de gente, um mar de gente, uma vaga de liberdade como nunca tinha havido e nunca mais houve. No ano seguinte a festa unitária descambou em arruaça do PCP. Lembro-me do Manuel Alegre com o Mário Soares sentados na Av. dos Estados Unidos impedidos de entrarem no Estádio do Inatel.
Em 74 era sim uma festa. Eu fotografava aquele caudal de gente entre a Alameda e o Estádio já chamado de 1º de Maio. Furei e consegui colocar-me na tribuna ao lado de Soares e Cunhal, uma foto do Eduardo Gajeiro acabou por documentar ali a minha presença.
Hoje estou no Carrascal, uma aldeia perto de Arraiolos onde entro na clandestinidade sempre que posso. É uma zona tradicionalmente comunista, de gente idosa e fraterna. Há 2 anos aceitaram-me como se fosse da comunidade, sem nunca me terem visto, sem saberem quem era.
Apesar da convicção comunista os ícones do partido desapareceram das ruas.
A esta hora o silêncio só não é total porque há pássaros que chilram ao longe e nem os cães ladram. Não há vento e amanhã vai estar calor.
O horizonte estava vermelho ao caír do dia.
Viva o dia do trabalhador no doce remanço do Carrascal.
Fico feliz por saber que algures em Portugal existem pessoas que acolhem os outros sem saberem, se quer de onde vêm. Mas fico triste por saber que dentro do nosso ambiente de trabalho, que tantos anos dedicamos, existem outras que nem dão valor ao bom trabalho.Falo naturalmente da sua saida do Expresso online, não colaborei lá durante muito tempo, mas deu para ver que era um projecto muito bem encaminhado. Quanto a mim o Expreesso África era algo que aprendi a acreditar, mas por infurtúnio do destino acabou.
ResponderEliminarDesejo-lhe boa sorte.
Rita Pablo
Comprar jornais deixou de ser o meu passatempo e tenho que admitir que a emprensa deixou de ser o que era
ResponderEliminarQuanto ao chevagna acho que não queria ir à missa e acho que pode ser uma pessoa como outra qualquer
Deixo aqui é muito respeito por ele
Já que somos todos uns espertos