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segunda-feira, dezembro 29, 2008

Pelos Açores marchar, marchar

Vamos lá a ver se eu percebi: os deputados do PS e do PSD votaram os Estatutos dos Açores permitindo que a Assembleia Regional só pudesse passar a ser dissolvida ouvidos também o governo regional, os partidos regionais e a própria Assembleia. Esta nuance terá sido acrescentada tirando poderes ao PR que estão na Constituição.
O PR em vez de mandar a lei para o tribunal Constitucional decidiu dar-lhe um veto político. Assim, a lei voltou ao Parlamento e tendo de novo sido aprovada (agora com a abstenção cobardolas do PSD) teve mesmo de ser promulgada pelo PR e (acho) que já nem o Tribunal Constitucional a pode emendar. Ficou trancada.
Drama, tragédia o horror: o Presidente dramatizou o acto (evitável se tivesse sido pedida a fiscalização ao TC e não dado o veto político) e vem fazer queixas dos partidos, das maiorias ocasionais, alertando que estão em causa os superiores interesses do Estado!...
Tenho uma dúvida: pode ou não, agora, o PR dissolver a Assembleia dos Açores depois de ouvidos aqueles tipos todos? É que se pode não percebo o drama. O drama é só por ter de ouvir mais uns representantes das ilhas? Ou falar com aqueles tipos torna-se penoso, atendendo à pronúncia que exige legendagem ? Será assim tão grave ter de ouvir mais umas vozes de César ou de outro qualquer cacique local? E depois...cá vai disto: dissolva-se!!!.
Por isto não me parece que a Pátria esteja assim tão carente de Estatutos dos Açores e que essa seja uma preocupação do pagode ao ponto de se poderem minar relações institucionais numa altura em que deveria haver sincera coesão entre órgãos institucionais.
Há semanas o PR nem se pronunciou sobre o facto de um idiota de um deputado na Assembleia da Madeira ter mostrado uma bandeira Nazi e de os outros arregimentados de Jardim o terem expulsado como se se tratasse de um badameco qualquer. Parece que o deputado foi até arrastado por um segurança. Aqui o PR nada disse e estavam em causa o normal funcionamento de uma instituição. Ou não?
Sejamos claros: Cavaco não gosta de perder e percebe-se. Ainda por cima quando a armadilha partiu do PS ou pior: do seu próprio ex-partido, esse ingrato que mata o pai e despreza a mãe.