quarta-feira, janeiro 09, 2013
VISEU O CAVAQUISTÃO VIROU PUTAQUISTÃO
Viseu é uma cidade especial na minha vida. É a capital do distrito da minha família, a cidade onde eu menino ficava estarrecido com a etiqueta dos empregados do Café Central que, nos anos 50, me recebiam e aos meus pais tratando-nos por "Vocências". Tudo fardado, a rigor, à moda antiga como eu por vezes gosto.
Depois foi a cidade onde vivi 4 meses, 1967, onde a minha irmã nasceu numa maternidade impecável. No tempo do Salazar.
Eu tinha 6 anos e atravessava sózinho a cidade, descia a Rua Direita, enregelado a caminho da escola primária. Vivia numa casa de esquina com vista para a Sé.
Aos 17 anos, já vivia em Lisboa, meti-me no comboio-correio que rolava a noite toda, e cheguei a Viseu onde uma namorada me esperava, com os olhos debroados a rimel, uma saia curta e uma confissão: queria fugir com um gerente do Hotel Grão Vasco. Portanto: fui enganado ainda na tenra idade em Viseu.
Viseu como capital do Cavaquistão sempre me fascinou. Era o cenário ideal para a capital de um regime parôlo, provinciano, novo-rico que traiu a tradição elegante e charmosa da burguesia rural beirã.
Agora, acabo de saber, que a capital do cavaquistão se transformou numa Amsterdão dos anos sessenta, numa adaptação portuguesa, com putas de Leste, mafiosos e umas almas penadas de pau feito.
O autarca-chefe que gosta de pintar o cabelo e que tem uma alcunha a condizer, Restaurador Olex, nada pode fazer contra as janelas-estilo-fenêtre que mostram umas bombas sexuais a venderem o que Deus lhes deu de forma generosa.
Ai Viseu, Viseu!.....
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