Parece que toda a gente alimentou esta falácia de Madaíl.
Dos jornais ditos tablóides, aos mais circunspectos, dos comentadores mais isentos aos mais caceteiros, toda a gente levou a manobra de Madaíl a sério. Só faltou levarem o homem ao colo ou num andor.
Percebe-se que anda toda a gente a fossar para ter clientela a todo o custo. E qualquer trolha percebe que alimentar suspense à roda do futebol dá conversa fiada. Mas parece que foi longe de mais tanta hipocrisia.
Madaíl quis legitimar desde o princípio a contratação de Bento inventando um caso político. Pensou: convido o Mourinho. Ele não pode dizer que não, ficaria liquidado para ser treinador da selecção daqui a uns anos (ideia que ele já divulgou). Mas como a ideia é mitómana, o Real Madrid nunca dará o consentimento (só se o dirigente do clube madrileno tivesse enlouquecido!) então pomos lá o idiota útil e quando a coisa der para o torto, estamos safos. Eu, Madaíl, até queria o Mourinho, portanto: não serei acusado de incompetente. Madaíl usou o nome de Moutinho como um escudo visível.
Esta é uma das histórias mais inenarráveis do futebol português. Uma manobra de baixa política e de marketing manhoso, tão de tosca como de xico-esperta. Mas em que toda a gente alinhou com a maior da desfaçatez.
Cada país tem o Paulo Bento que merece e a merdaíl respectiva.
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