Muito acutilante a crónica de hoje no Público de Pedro Lomba. Já sabíamos, mas esquecemos. Não andamos a parar para pensar.
No essencial: esta Europa está em fim de vida e a caminho do suicídio. Não encontra coesão económica e política, enfraquece perante as investidas financeiras, perdeu o projecto inicial. Pior: a quebra na natalidade vai fazer com que daqui a vinte anos seja um continente de velhos e em que os novos vão ser maioritariamente de origem muçulmana.
Uma Europa que virou as costas a si própria, gerida por um exército fandango de burocratas pagos a peso do ouro (já que pelo Euro dá pouco), mais preocupados com tretas politicamente correctas do que com a resolução do grande dilema europeu: crescer e produzir, mantendo o chamado Estado Social.
Hoje em Espanha o socialista Zapatero propõe medidas escabrosas para um esquerdino, medidas que levam o Estado Social e democrático para o caminho da exclusão, das diferenças cada vez maiores entre os que têm alguma coisa e os desgraçados. Por cá, Sócrates aguenta e não chora mas acabará por seguir o vizinho nas medidas que este vier a adoptar: chamar o FMI e aplicar medidas que vão doer a quem trabalha, a quem vive da bengala do Estado no fim da vida. Vão doer a todos menos ao despesismo dos burocratas, aos que usam o Poder para benefício próprio, sem sentido de serviço público.
Uma Europa doente, castrada, invadida. Uma Europa sem ânimo, nem fôlego para sair de uma crise gerada pelos especuladores financeiros, sem dúvida, uma crise que já estava instalada no layer anterior: aquele que foi tapado pelo crédito abundante, fácil, pela especulação, pela economia de Casino.
Sem projecto cultural, sem ambição política, esta é a Europa que nós vamos odiar não tarda nada.
Uma não Europa,é tudo o nos resta.L.R.
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