A Bolsa ou a vida?
Não jogo na Bolsa e até tenho aversão a jogos. E até já vi ao meu lado colegas a ganharem numa semana o que eu ganhei num ano através de uma jogada bolsista. O que me deixou irritado como todo o portuguesinho com laivos de inveja. Também me irrita a lógica das empresas que trabalham mais para os resultados em bolsa do que para os resultados reais. Mas a verdade é que a Bolsa é um barómetro da economia e da saúde financeira de um país e que esse casino acaba por dinamizar o mercado de capitais, dinâmica essencial para esta máquina capitalista que por vezes nos traz algum conforto.
O zigue-zag do governo e do seu ministro Teixeira dos Prantos sobre este tema é, mais uma vez, de uma falta de solidez total. Quer dizer: aprovaram o orçamento, o PEC, e agora assustados pelo BE decide impor a tributação das mais-valias. Uma medida demagógica e perigosa. Quem tem mesmo muito dinheiro aceitará pagar qualquer coisita para não se chatear, mas se o imposto for a doer passam a jogar lá fora noutras praças. Mais fuga de capitais. Os pequenos accionistas, aqueles que usam a bolsa para tirarem mais uns tostões para melhorarem a reforma e a poupança vão pagar a doer ou remetem-se à reforma total. Passam a jogar ao berlinde nos jardins decrépitos das tristes cidades de Portugal.
Claro, que a Banca continua na maior. Bastava passar a taxa de 15 para 20 ou para 1 ponto acima para muitos milhões entrarem nos cofres do Estado. Mas isso é outro casino!!!
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