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sexta-feira, dezembro 18, 2009

A incoerência dos casamentos gay


Portugal respira fundo: já temos casórios gay. Homofobia ? Nada disso meus caros. Cresci com uma contra-cultura de esquerda contra a instituição do Casamento, a Família, Deus, Pátria e Autoridade. Portanto, certos fedelhos que agora andam aos pulinhos porque o folclore de Las Vegas foi assumido pelo grande encenador Sócrates, estão enganados.

O Estado não deve interferir em caso algum na validação ou não dos comportamentos dos cidadãos. E estes não devem autorizar que o Estado possa legislar sobre a liberdade de cada um, das suas tendências sexuais e por aí fora.

O que os homossexuais que vivem juntos, e que acabam por constituir um casal, precisam é de uma lei que os proteja em assuntos tão terrenos e nada românticos como partilhas, direitos de propriedade, transmissão de bens. Isto é: dois cidadãos que vivem juntos e partilham uma economia doméstica comum devem ter os mesmos direitos e deveres de um qualquer casal heterossexual. Desde quer assim o desejem.

E devem poder adoptar crianças desde que cumpram os apertados critérios que regulam essa atribuição.

Para Sócrates um casal gay pode casar, mas já não é fiável do ponto de vista moral para poder adoptar uma criança. O que é uma monstruosidade moral muito maior do que não reconhecer o casamento gay.

Conheço um casal de artistas de teatro, que há muitos anos adoptou uma criança que é hoje um homem e que sei ter tido um ambiente formidável na infância. Hoje uma pessoa feliz. Há anos havia menos politicamente correcto, menos leis, mas mais abertura para se passar à acção as coisas de bem.

Portanto: o povo de esquerda gosta de folclore. E a esquerda que andou a bradar contra o casamento como uma instituição decadente glorifica agora essa mesma instituição.
Para exibicionismo de parte foleira e exibicionista da comunidade gay, que faz agora do casamento um acto público político e ressabiado e não um acto íntimo, discreto e sério.

Lamentável. Eu se fosse homossexual teria vergonha desta palhaçada. Um insulto a quem assume a sua "diferença" com recato e dignidade.

PS: título original do post: " A vergonha dos casamento gay".

3 comentários:

  1. o seu ruido cheira-me a homofobia e ao ruido que se fez em espanha quando o assunto se colocou...hoje em espanha já ninguem liga ao assunto...é normalissimo...caro luiz, recicle-se...

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  2. Há aqui alguem que não sabe ler, serei eu?

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  3. Ola.
    Concordo plenamente com tudo o que li.
    É de facto uma vergonha que só agora se tenha aprovado o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Mas mais vergonhoso é quando, em redor de uma união sentimental (é isso, não é? Ou serei eu que vejo as coisas demasiado cor de rosa?) haja tanto espectáculo como o que tem havido. E muito pior é que nós (os cidadãos) permitamos que um governo possa decidir se de facto duas pessoas que se amam se possam unir nos "sagrados laços do matrimónio", sendo elas do mesmo sexo ou não. Para mim parece-me uma enorme fantochada que, nos tempos que correm ainda estas coisas sucedam. Não vou dizer que "só em Portugal" e lamentar-me como o bom português. E não o vou fazer porque infelizmente não é só em Portugal que estas coisas acontecem, mas vou lamentar que, nos mesmos tempos em que vivemos ainda estejamos atados a preconceitos e tenhamos medinho de nos unir a quem amemos e, ainda por cima, precisemos de "autorização" para o fazer. Isso era antigamente em que para namorar, as meninas, tínhamos de pedir aos papás. Mas não agora. Acho totalmente ridículo que se assistam a filmes-quase-porno-ao-vivo entre miúdos que ainda nem a idade legal mínima para votar têm e se considere isso "normal" mas que se considere que uma criança criada e educada, com tudo o que isso supõe, por duas pessoas do mesmo sexo possa vir a não ter uma vida sana (mentalmente falando). No outro dia dizia-me alguém: - Não, mas a criança depois pode vir a ser como eles.
    WTF?! "Como eles"?? Mas que raios...? O quê, ou seja que a homossexualidade é uma doença que se pode pegar a uma criança?? Por favor!...
    Mas enfim... estas são as mentalidades e contra isso nada se pode fazer, nem o governo pode agora fazer um referendo para que as mentalidades mudem. Assim como o governo não deveria ter o poder de decisão sobre este assunto.
    Obrigada pelo texto, meu caro Luiz.
    Ps: Jotar vivi em Espanha durante 5 anos, em Barcelona (que é considerada uma das capitais gays da Europa) e Madrid e devo dizer-lhe que também lá se liga ao assunto, apesar da lei ter sido aprovada há já muito e não é uma questão de reciclagem...

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