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quinta-feira, outubro 08, 2009

Santana Lopes vai perder e é bem feito

Ao que tudo indica Pedro Santana Lopes vai perder. E é bem feito.

Na parte final começou a fazer-se sentir a habitual instabilidade do candidato e a notar-se incoerências na personagem construída.

Santana foi claro nas suas propostas para Lisboa. Eram simples, exequíveis, sem dogmatismos e eram pensadas para servirem a comodidade das pessoas e a arrumação da cidade. Mais túneis para libertar a superfície para peões, mais estacionamentos em silos, mais segurança, ordem na EMEL, fora com os contentores da zona nobre ribeirinha. Santana esteve bem. Mas estragou tudo no fim.

Tal como Sócrates se acagaçou com o Bloco, e começou a disparar contra a classe média, Santana ao saber da diferença considerável que as sondagens o dão de ACosta, começou a armar-se em Sá Fernandes e a defender a demagogia que funciona sempre junto dos novos moralistas: atacar os carros na cidade.

Vai daí, Santana recuperou hoje aquela ideia de jerico de taxar as entradas dos carros em Lisboa. Nem ACosta teve tanta lata!

Com a recuperação desta ideia, acho que perdeu mesmo as eleições.

Havia gente de bom senso que via com realismo as propostas de Santana. Mesmo descontando a habitual instabilidade emotiva, a megalomania, o faduncho, a música de elevador nas ruas do Chiado pelo Natal, o V8 da Audi, os seguranças à La Rambo, os tiques narcisistas, as tias...descontando tudo isto, Santana podia ser um razoável mordomo de Lisboa. Tratava da limpeza, das flores, das compras, mandava arranjar uns trastes, e a cidade poderia melhorar !!..Com a demagogia e a trapalhice a vir já ao de cimo, Santana revelou o pior da sua face. A mesma que teve Bagão Félix enquanto seu ministro das finanças, um dos maiores castigadores da classe média.

Os eleitores nunca aprendem mas por vezes podem evitar o pior: o voto no cabotinismo.

3 comentários:

  1. Pois, mesmo à Santana, o Politicó Dependente. Não sabe fazer mais anda o rapaz, bem como se soubesse fazer alguma coisa também na politica. Enfim são os políticos que temos por isso aguardo uma abstenção enormíssima.

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  2. Você continua a espantar-me!

    O perfil psicológico está muito próximo. O que me admira é que só agora o tenha diagnosticado.

    Existem por aí políticos (e muita gente boa, sem ironia, que anda na bloga…) a precisar de divã. Posso garantir, na primeira pessoa, porque lá fui parar, e vim aqui parar, à custa de um «jerico». Em alternativa ao divã também podia ser o circo.
    E olhe que eu pensava que tal só acontecia aos outros, que, com cem quilos de peso e um metro e noventa de altura, a maluqueira era para os fracos.

    Se eu um dia tivesse a possibilidade de o conhecer pessoalmente contava-lhe umas histórias.
    Aqui não dá. O mundo está perigoso e os bufos de serviço andam sempre à espreita.
    E eu já percebi que há gente atenta aqui no seu jornal que me conhece pessoalmente.
    E não estou em condições de mostrar o baralho, sendo triste ser covarde à força e não ter a “imunidade dos jericos”.
    Como sabe, existem profissões em que se tem que ouvir e calar, em que os direitos de cidadania são (en)fardados.
    Já os «jericos» até podem ser condenados (condenados, não acusados nem pronunciados, atenção…) e continuam a fazer de nós parvos. O que eu não consigo perceber é como continuam a ganhar eleições.

    Vale o Instante Fatal para ler o que eu não posso, nem devo, bem vistas as coisas, falar. Mas a vontade é tanta… que até dói.

    JJ

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  3. Um dias destes você vai ter que me pagar uma avença, ai vai, vai.
    Esta vai mesmo anónima, digo eu, que por aqui já sou mais conhecido que o cheiro a merda:

    «...
    Porque o que retiro de mais importante do episódio, em que o PND, obviamente, não foi inocente, e ainda bem que não foi, e que continue, porque para palhaço, palhaço e meio.

    Dizia, que o mais importante é a habitual boçalidade dos palhaços insulares. Sendo isto que me interessa, e devendo entender-se insular num conceito lato, na medida em que ilhas destas também as temos no continente.

    Não é por razões inocentes que muitos municípios querem polícias municipais. Quando um actual candidato a um município não se entendeu com um responsável policial... onde este apontava soluções, aquele palhaço arranjava argumentos para confusões.

    Ao ponto de ter posto, às horas de ponta, em locais de grande visibilidade, motociclos da polícia municipal apenas a fazer figura de corpo presente.
    Ou melhor, de palhaços, pois, na altura, e julgo que ainda hoje, não estou seguro, nem competência tinham para regularizar o trânsito.

    Pior que isso, chegou a pôr bombeiros a regularizar o trânsito, querendo com esta, e aquela, idiotices demonstrar a suposta falta de polícias.

    E quando a polícia, as mais vezes, quando se põe a regularizar o trânsito, só atrapalha. Porque o tempo do polícia sinaleiro já não existe.

    Os problemas de trânsito resolvem-se, atenuam-se, antes de mais, com regulamentação e não com regularização. Com atitudes de cidadania. Com autoridade. Com políticas integradas de ordenamento do trânsito. Devendo a intervenção policial na regularização ser quanto baste.

    Alguns comandos locais, na falta de cooperação, como dizem os palhaços insulares, mas que eu diria subserviência, ao não acatarem ordens de quem não tem legitimidade para as dar, podem ver, alguns viram, as suas carreiras prejudicadas com transferências por conveniência de serviço. Tantas vezes para prateleiras douradas e onde se chateiam bem menos sem palhaços à vista.

    Sendo a fundamentação (política…) da transferência por conveniência de serviço um reles eufemismo para foder profissionais competentes e com os testículos no sítio…

    Com os testículos no sítio, para quem os tenha, porque hoje já existem bem poucos, porventura nenhum. E se existe algum, então, anda com eles bem apertados.

    Nos tempos que correm, os responsáveis policiais locais não passam também de uns palhaços. Que têm que rir e chorar conforme a qualidade (e a cor…) do circo.

    Não mandam nada. São mandados. Às vezes, à merda. Sem que para tal seja preciso ser tão explícito. Bastando o argumento da conveniência de serviço.
    ...»

    Nota:
    Qualquer associação com os dignos e respeitáveis candidatos a que o autor da posta (de pescada) aqui alude é mera imaginação dos leitores.
    Tudo não passa de psicanálise do autor do comentário feita a si próprio.
    Portanto, não liguem que é um maluco que escreve isto, assim a modos como o autor do post, ás vezes.

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