Sócrates diz bom-dia aos jornalistas. Em Belém. Fala agora num tom mavioso. E saca do vocabulário a palavra diálogo. Em 7 minutos disse 12 vezes diálogo. Isto acontece a quem está viciado em teleponto e quando toca a improvisar começa a repetir palavras e a atabalhoar o discurso.
Uma dúzia de "diálogo" em 7 minutos...é fazer as contas.
O homem da Regisconta virou homem das testemunhas de Jeóva.
Vamos passar da arrogância à simpatia. Do carrascão ao cálice de Porto. Portanto: a política vai ser uma mariquíce pegada, sem mau feitio, sem berros, sem amuos, sem gritos. O debate quinzenal na AR vai ser um espectáculo cinzento: Louçã passará de Lucifder a menino do coro, humilhado pela derrota autárquica, e Portas dará ares de político responsável, quiçá um putativo ministro num possível governo de desgraça nacional.
Entretanto, os anti-alegristas começam a agitar-se no PS. João Soares lança a boca para ver se o homem do sótão vai para Belém, outros atiram o barro Gama à parede, outros atrevem-se com Sampaio, outros cochicham Dias Amado. Se no PSD há nervoseira para derrubar leite, no PS a meta é agora Belém.
Os portugueses podem estar descansados: o perfume do poder é a flor preferida dos nossos políticos. Que seríamos nós sem eles?
Cinco estrelas, meu caro.
ResponderEliminarAssino por baixo.
O cinismo, no seu estado puríssimo.
O problema é esta cena não é apenas tipica deste seu «mavioso».
Esta é a idiossincrasia dos políticos em geral (palavra bonita, idiossincrasia, não acha, para um bófia, não está mal, hein!?).
Meu caro, "vá pesca" ou andar de bicicleta para os lados da curva do Mónaco, e mando-os para um sítio que a gente sabe. A todos, e também a alguns colegas seus jornalistas, que são uns freteiros de rasca espécie.
JJ
JJ