Os portugueses estão mais pobres, mas os partidos estão mais ricos. Os orçamentos apresentados para a campanha eleitoral duplicaram em todos, embora o CDS tenha feito uma engenharia financeira para reduzir para metade. Veremos se assim vai ser!
O que chateia é que parte daquele dinheiro é nosso e veio dos nossos impostos, daqueles pagadores do Estado, que Sócrates diz que são uns ricos que ganham para cima de 5 mil euros por mês. Ora, a democracia é linda, mas tudo tem um preço. Esta democracia está a tornar-se num capricho tão caro como se os portugueses passassem a alimentar burros a pão-de -ló!
Repare-se que até os miserabilistas do Bloco de Esquerda vão gastar 1 milhão de euros em cartazes, gasóleo, megafones, estrados, holofotes, sumo tang, lombo de porco e coiratos! E nem vamos referir os vídeos feitos com câmaras compradas no Lydl e as fotos feitas com telemóvel! O PCP também vai carregar nos gastos. Já o PSD deve gastar pouco: para fazer cartazes como aquele da líder parecendo a Maga Patalógica, basta um bate-chapas e tintas Robbialac!
Hoje é mais fácil fazer propaganda. A internet é uma ferramenta barata e as televisões com a ansiedade de mostrarem tudo e todos acabam por produzir de borla os melhores tempos de antena. O Louçã com um palhaço do Chapitô ao lado, Portas a beijar uma peixeira, Sócrates a escrever num Magalhães, ou Ferreira Leite a mandar uma deliciosa gaffe, não custam assim tanto dinheiro! Não percebo tanta despesa.
Mas há um aspecto que passa ao lado dos candidatos. É que eles estão-se bem nas tintas para os eleitores. Aquela aproximação ao votante está cada vez mais distante. E isso é incompreensível numa sociedade das redes sociais, do jornalismo online, da interacção.
Resta-nos o facto de esse dinheiro ir ajudar alguns a terem trabalho por um mês.
Sem comentários:
Enviar um comentário