Aquele argumento de que o TGV não é rentável, e que o melhor era dar esse dinheiro aos pobres, às pequenas e médias empresas, aos funcionários públicos ou aos habituais pedintes à mesa do orçamento, não me parece que possa ter algum sucesso.
Se eu em minha casa não trocar de carro porque a torneira pinga, a camisa que comprei há 5 anos na China está a ficar rota, o meu filho mais novo não tem a enésima Playstation, a minha conta PPR não existe, a gata já devia ter sido esterilizada, e por aí fora...eu nunca faria nenhum daqueles "investimentos" que me dão prazer e qualidade de vida e que deixam uma clique de invejosos, com quem me tenho de cruzar no dia-a-dia, ainda mais roídos.
Ninguém precisa de TGV em nenhum lado do Mundo. Ninguém precisa de um Porsche na vida. Mas que a vida não é a mesma com eles, que ninguém duvide.
Nem todas as opções na vida podem ser feitas à luz do deve e haver. Esse tipo de tabuada é boa para a nossa contabilista-adjunta do professor de economia Cavaco Silva, a dona Ferreira Leite. Há muitas opções na vida que, tendo custos, não são por si resolvidas só à pala das contas de somar e sumir. São opções políticas, opções de vida, no limite são opções ideológicas.
Os portugueses são um povo sem ambição, com medo e com o gosto pelo miserabilismo. A opinião pública esteve contra a construção do CCB, da Ponte Vasco da Gama, da auto-estrada para o Algarve. Houve quem estivesse contra a televisão a cores em Portugal e isso ia custando votos ao governo socialista de então.
Os portugueses estão contra quem tem sucesso, contra a modernidade, embora depois sejam dos maiores consumidores de telemóveis e peregrinos de centros comerciais.
Ninguém precisa de TGV em nenhum lado do Mundo. Ninguém precisa de um Porsche na vida. Mas que a vida não é a mesma com eles, que ninguém duvide.
Nem todas as opções na vida podem ser feitas à luz do deve e haver. Esse tipo de tabuada é boa para a nossa contabilista-adjunta do professor de economia Cavaco Silva, a dona Ferreira Leite. Há muitas opções na vida que, tendo custos, não são por si resolvidas só à pala das contas de somar e sumir. São opções políticas, opções de vida, no limite são opções ideológicas.
Os portugueses são um povo sem ambição, com medo e com o gosto pelo miserabilismo. A opinião pública esteve contra a construção do CCB, da Ponte Vasco da Gama, da auto-estrada para o Algarve. Houve quem estivesse contra a televisão a cores em Portugal e isso ia custando votos ao governo socialista de então.
Os portugueses estão contra quem tem sucesso, contra a modernidade, embora depois sejam dos maiores consumidores de telemóveis e peregrinos de centros comerciais.
Quando tocam os sinos da piroseira a malta toca a reunir nas grandes superfícies. Quando está em causa uma aposta, o risco, preferem um subsidio.
Nunca se chegará a um consenso sobre o TGV. Este governo perdeu já demasiado tempo, encheu-se de miaúfa, está a adiar o que já devia estar a andar.
A grande vigarice de Ferreira Leite e dos seus putativos ministros será esta: negarem agora o investimento nas grandes obras, ganharem as eleições com essa tramóia, e se forem poder (te arrenego!!) a primeira medida que vão tomar é por essas obras a andar. Só que não será pelo lado visionário, será pela pressão das clientelas que apoiam este PSD dos interesses.
Não fazer TGV é ficar de fora da rede europeia e é cortar ainda mais com a ligação a Espanha.
É olhar o passado pelo retrovisor com nevoeiro sebastianista pela frente.
Nunca se chegará a um consenso sobre o TGV. Este governo perdeu já demasiado tempo, encheu-se de miaúfa, está a adiar o que já devia estar a andar.
A grande vigarice de Ferreira Leite e dos seus putativos ministros será esta: negarem agora o investimento nas grandes obras, ganharem as eleições com essa tramóia, e se forem poder (te arrenego!!) a primeira medida que vão tomar é por essas obras a andar. Só que não será pelo lado visionário, será pela pressão das clientelas que apoiam este PSD dos interesses.
Não fazer TGV é ficar de fora da rede europeia e é cortar ainda mais com a ligação a Espanha.
É olhar o passado pelo retrovisor com nevoeiro sebastianista pela frente.
olá, Luiz.
ResponderEliminarGostei da sua abordagem, muito boa!
Mas permita-me apenas uma observação:
Onde escreveu..."Mas que a vida não é a mesma COM eles que ninguém duvide", não quereria antes dizer..."Mas que a vida não é a mesma SEM eles que ninguém duvide"
???
Abracinho.
com eles ou sem eles a vida nunca é a mesma. O COM foi de propósito. Como no anúncio da ZON ! Abraço LC
ResponderEliminarEu nao posso dizer que estou contra ou a favor do TGV, ainda ninguem me explicou preto no branco qual a vantagem do TGV em Portugal. Falam, falam, falam, mas ainda ninguem o fez.
ResponderEliminarEu nao vivo em POrtugal há uns anos, portanto esse assunto nao me incomoda muito, mas de qq maneira, faz-me confusao falarem do TGV como falam. Ou do Aeroporto. Os meus amigos estrangeiros dizem que nós somos doidos em querer tirar o Aeroporto de Lisboa. ´Mas ó rui, está mesmo no centro, pá, a malta quase que pode ir a pé para o hotel.´
Pois, mas o chico-espertismo tuga é sempre o grande vencedor.
Ah, e nao se admirem se um dia tiverem que pagar aos tugas para voltar. A quantidade de pessoal que eu vejo chegar desde que para aqui vim há 3 anos, é considerável.
Cumprimentos
Snr.Luiz:Por uma questão de decência e boa educação, talvez fosse de bom tom ter mais um pouco de tento na língua quando fala da Drª.M.Ferreira Leite!Lá que o snr.Sócrates seja o que a gente sabe, designadamente Pinóquio, o que é verdade, não quer dizer que a Drª.Manuela também o seja. Pelo contrário. E para que conste, ela não tirou o curso na Independente e não a viu alterar o seu curriculum no site dos governos em que participou!Portanto, quanto a Freeports estamos conversados!
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